Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 19
Fenda que ilumina.


Notas iniciais do capítulo

Yoo, kokoro no mina-san! Aqui vai mais um capítulo de MSP. Estou recuperada do luto da viagem do Laxus. ú_ù
Hoje eu ia adicionar uma cena super legal, mas Gale me exigiu mais tempo. Pois é, as vezes nem eu sei o rumo que as coisas vão tomar, planejo algumas coisas e acabam acontecendo outras. Ainda bem, do contrário não teria "filler" suficiente e a fanfic ia terminar mais rápido. Coisa que ninguém quer, certo? CERTO. U_U
Tô amando escrever MSP, 'cês não tem noção. kkk Nem conto as ideias que estão surgindo igual milho de pipoca que estoura na panela. Já posso ir para Hollywood para dirigir filmes e mais filmes. 8)
Aff, ninguém quer saber disso, vocês querem ler de uma vez, então vão! Boa leitura!



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A campainha anuncia a chegada de alguém na mansão. A garota, que trabalhava em seu estúdio, corre em direção às escadas e dá de cara com Gajeel que fazia a revista pelos corredores, esbarrando nele.

– Droga, Gajeel! – Ela massageia a testa. – De onde você saiu afinal?

– Estou fazendo meu trabalho. Por que não contrata empregados de uma vez? – Disse ele, parecia entediado.

– Porque mal estou em casa para me servirem. E se estiver achando ruim, vai começar a atender a porta também. – Ela colocou as mãos na cintura.

– Tch, até que não vai ser mau. Ficar sem fazer nada o dia todo é um tédio.

– Isso porque agora não tenho tantos eventos e estou trabalhando no meu álbum. Em breve vai almejar por um dia de tédio. - Disse voltando a andar.

Ela seguiu até a porta e ele continuou seu caminho. Ao checar a tela ao lado da porta de entrada ela deu um sorriso e apressou-se em abri-la.

– Não acredito! – A azulada abraçou a pequenina que parecia animada em vê-la.

– Ela insistiu que eu a trouxesse aqui, não parava de falar sobre você. – Disse Juvia.

– Eu estava com saudade da tia Levy, ué!

– Eu também senti sua falta, Wendy. Você está enorme! Você está com o quê... Uns treze anos? – Tentou adivinhar, o que fez a garotinha rir.

– Doze! – Disse feliz por parecer mais velha que sua idade. A assistente sorria com a cena.

– Uau, o tempo realmente voa, não é? – Ela riu. – Entrem logo! – Disse ela dando espaço; e continuou – Wendy, você vai adorar os brinquedos novos da sala de jogos.

– Verdade?!

– Hm! Vai logo vê-los! Quero saber o que acha! – Ela correu em direção à sala, deixando Juvia e Levy para trás.

– Então, - Levy fitou a assistente. – como foi a viagem de Laxus? – A assistente perguntou.

– Ele chegou bem... Por sorte a Coreia do Sul não é tão longe do Japão. – Disse Levy, fitando o chão.

– Hm! – Ela concordou. – Foi uma pena eu não ter me despedido do Laxus...

– Tudo bem, Juvia. Você teve que buscar sua irmã. – Ela sorriu. – Tenho certeza que Laxus não ficou chateado com isso.

– Queria que Wendy tivesse chegado ao mesmo aeroporto, por que teve que ser do outro lado da cidade?! – Elas riram.

– Tia Levy, isso é o máximo! – Disse a garota assim que percebeu que as duas haviam chegado à sala de jogos.

– Não falei?! – Ela riu.

– Uoou.. Eu ficaria aqui o dia inteirinho! – Disse a menina sem tirar os olhos do brinquedo.

– Isso é ótimo, assim posso trabalhar tranquila com a Levy. Certo? – Perguntou Juvia à irmã mais nova.

– Hm! – Wendy concordou.

– Vai passar a temporada de férias comigo, então sempre viremos juntas a partir de agora por pelo menos um mês e meio. – Sussurrou Juvia.

– Será ótimo. – Ela sorriu. – Bom, então vamos logo adiantar as coisas, assim voltamos e brincamos com você, certo?! – Disse Levy.

– Tudo bem, tia Levy. Não se esforce muito!

– Hm! – Queria não ter que me esforçar muito, mesmo. Pensou a garota, que chamou Juvia para irem.

Elas seguiam para o estúdio, então Levy se lembrou de algo que havia perdido e resolveu questionar Juvia.

– Oh, agora me lembrei de uma coisa... Juvia, será que você não viu um anel por aí?

– Hm? Anel?

– Sim. Eu não o uso, mas eu costumava usar o tempo inteiro quando eu era mais nova. Ele é muito especial e não consigo achar em lugar algum.

– Eu não lembro a última vez que o vi... – Ela pôs o dedo no lábio e olhou para cima. Levy expirou.

– Arh... Eu perco tudo, mesmo! Aquele anel era tão especial. Me lembra a época em que eu era uma adolescente boba e feliz. – A assistente a abraçou.

– Awn. Não é como se você não fosse mais feliz, certo? Tenho certeza de que vai achá-lo! É só procurarmos direito!

– Hm. – Ela esboçou um sorriso.

...

Coreia do Sul.

Laxus aguardava a chegada de seu novo chefe na sala de espera do seu novo local de trabalho. Ele estava aparentemente entediado e ajeitava a gravata. Um rapaz adentra, então, a mesma sala e se apresenta como novo colega de trabalho.

– Você deve ser o Sr. Dreyar, estou certo?

– Sim. – O rapaz estendeu a mão e Laxus o cumprimentou.

– Bem vindo à organização. Vamos trabalhar juntos a partir de agora. Venha, vou introduzi-lo ao nosso presidente. – O rapaz notou algo que lhe pareceu inadequado e achou melhor advertir o loiro. – Ah, acho melhor esconder essa corrente... O presidente é bem rigoroso com vestimentas e não gosta que usemos absolutamente nada além dos trajes formais. – Laxus fitou o objeto ao qual ele se referia e deu um riso.

– Ah. Entendo.

– Uma pessoa especial? – O loiro o fitou. – Me refiro ao anel preso à corrente. – Disse o rapaz com um sorriso.

– Ah. – Ele segurou o objeto preso ao seu pescoço e o fitou com um sorriso nostálgico. – Heh. – Ele sorriu e o fitou, enfiando o anel embaixo de sua camisa. – É sim. – O rapaz o chamou para a sala do presidente e seguiu adiante. Laxus o seguiu com um olhar reflexivo e um leve sorriso no canto da boca. Ele olha para a janela, parece pensar em algo.

“Foi justo ficar com algo meu, uma vez que peguei algo seu, certo?... Chefinha.”

Laxus, na verdade, nunca estaria longe de Levy...

...

Lucy e Natsu estavam juntos em um coffee shop. Lucy tomava um Milk-shake feito com café e chantilly enquanto Natsu comia seu terceiro prato depois de pedir pães de queijo com bacon e panquecas com caramelo. Agora era a vez do waffle de morango com chantilly.

– Deus! Não entendo como consegue manter um corpo bonito comendo tanto.

– Oh. Você acha que tenho um corpo bonito, Lucy? – Disse o rosado sorrindo.

– Você só escutou essa parte? – Uma gota caiu pela testa dela.

– Hehehehe... É que faço exercícios para poder comer tudo o que eu quero sem preocupações.

– Sorte a sua conseguir, então.

– Mas e você? Não faz nada para ter um corpo tão bonito? – Ela corou.

– N-Não é como se eu fosse uma modelo como você... Eu apenas tento me alimentar da melhor maneira possível.

– Ah, entendi. – Deu um risinho e continuou. – Você sabe que esse Milk-shake aí não é feito de tofu, não é?

– Argh! Bom, eu também posso sair da dieta de vez em quando, não?! – Esbravejou a loira, fazendo o rosado rir.

– Certo, certo... Não te julgo. Eu sou o último que pode falar algo de pessoas que comem demais, eu sou um poço sem fundo. – A loira arregalou os olhos e se levantou da cadeira.

– Hey! Está dizendo que eu como demais?! – O rosado cruzou os dedos atrás da nuca e expirou.

– Arh... Você está meio estressada hoje, não é... – Ela massageou a testa e voltou a se sentar.

– Você não tem jeito... – Ela expirou. – Bem... vamos pedir logo a conta. Pretendo visitar Vikky e não quero que fique muito tarde.

– Uohoho..! Quer dizer a rapper?! – Animou-se o garoto.

– Não aja como se fosse um fã desesperado. E sim, é a rapper super famosa de quem está pensando.

– Heheheh... É que eu gosto de rap. Não é como se eu fosse persegui-la ou nada do tipo. – Brincou ele. Ela balançou a cabeça e não pode evitar um riso.

– De qualquer forma... Vamos, antes que fique muito tarde. Não quero ficar andando por aí sozinha durante a noite.

– Oh. Sendo assim, eu posso te acompanhar até lá. Não temos que provar mais nenhuma roupa, mesmo. – A loira pareceu considerar a proposta de Natsu.

– Hm...

...

Wendy se divertia brincando em um dos brinquedos da sala de jogos quando percebeu uma sombra atrás de si. Ao virar-se, a menina viu um par de pernas enormes à sua frente. Ao subir os olhos, ficou espantada com o tamanho do rapaz, que a olhava com uma sobrancelha arqueada.

– Gya!! – Ela correu e se escondeu atrás do brinquedo.

– Ói. O que faz aqui, menininha?

– A tia Levy disse que eu podia! – Ela a chama pelo nome verdadeiro?, o rapaz refletiu consigo.

– Então conhece a Levy...

– É. – Ela espiou o moreno. – Minha irmã trabalha com ela.

– Que irmã?

– Isso é um interrogatório policial ou o quê? – O moreno riu. Aquela garota era bem ousada, mesmo estando com medo.

– Gihihi... Foi mal, garotinha. Pode sair detrás dessa coisa, eu sou apenas o segurança particular da Levy. – A menina saiu desconfiada e encarou o moreno com a cabeça parcialmente abaixada. Ele se abaixou à altura dela e deu um risinho. – Ah... Olhando melhor você, imagino que seja irmã da Juvia. – A menina ficou surpresa e deu um risinho. Ela gostava de se parecer com Juvia.

– Hm.

– Heh. – Ele se estendeu e cruzou os braços. – Eu nunca tinha te visto por aqui.

– É que voltei dos Estados Unidos há pouco tempo.

– Ah. Foi por isso que Juvia não foi conosco aquele dia.

– Hm?

– Esquece, baixinha. Vou nessa, estou no meu horário de trabalho.

– Meu nome é Wendy! – Protestou a menina ao ser chamada por apelidos.

– Hm? – Ele expirou. – Heh. Ah, Entendi... Wendy. – Ele sorriu. – Gostei de você. É bem corajosa para alguém da sua idade. Tch... – Ela sorriu. Ele se virou para seguir seu caminho quando a menina exclamou para ele.

– Hey! – Ele a olhou de perfil. – Não vai me dizer o seu?

– Gajeel. – Ele a fitou parcialmente, sem virar. – Redfox. Gihi. Até mais. – Acenou de costas enquanto retornou às escadas. A menina sorriu e o observou até que sumisse. Esse cara é até legal. Gajeel, né? Heh.

Juvia e Wendy estavam de saída, o dia havia passado rápido. Levy foi levá-las até a porta e se despediu.

– Eu me diverti muito, tia Levy. Pena que não teve tempo de brincar também. – Disse a menina ao lado da irmã à porta. Juvia tinha suas mãos sobre os ombros da pequena.

– Me desculpe, Wendy. Eu adoraria ter um tempo para jogar, mas infelizmente estou tão atarefada...

– Hm! Espero que não tenha sido muito entediante ficar o dia todo sozinha. – Disse Juvia um tanto preocupada.

– Bem... Eu não fiquei o tempo todo sozinha. – Comentou a menina, olhando para o lado. Juvia e Levy a encararam com um ar confuso.

– Não? – Juvia questionou a irmã, inclinando-se para fitá-la.

– Eu conheci um cara meio assustador hoje. – Juvia e Levy se encararam.

– Ah, é? – Perguntou a assistente, que ainda fitava a chefe.

– Hm. Eu gostei dele.

– Gostou do Gajeel? – Levy se surpreendeu.

– Ele me deu medo no começo, mas ele é legal. – Ela sorriu.

– Não sabia que Gajeel tinha jeito com crianças. – Comentou Juvia com Levy.

– Juvia! Eu não sou mais criança desde que fiz doze anos!

– Ah, sim. Desculpe, Wendy. – Ela riu. – Isso me faz lembrar o afilhado do Lyon.

– Hm? – A menina fitou a irmã com uma sobrancelha arqueada.

– Vocês vão acabar se conhecendo um dia. Ele é bem esperto assim como você. – Disse ela, sorrindo. Notava-se que ela tinha carinho pelo menino por seu jeito de falar.

– Ah. – Retribuiu o sorriso.

– Bem... Nós vamos indo, então, Levy. Se cuide e não trabalhe até muito tarde.

– Hm! – Elas se abraçaram e depois ela abraçou Wendy.

Levy fechou a porta e expirou. Estava um pouco cansada. Ela caminhou de volta a seu estúdio e ensaiou algumas palavras para começar a escrever a música do dueto. Ela sentou-se ao estofado e dobrou as pernas, acomodando-se. Papel e caneta na mão, aqui vamos nós.

– Tudo bem, desta vez tem que sair algo aceitável... – Ela balançava a caneta entre seus dedos e dava batidas no papel esperando que as letras viessem...

...

A garota estava perplexa ao ver quem batia à sua porta.

– O que você está fazendo aqui? – Disse raivosa.

– Eu posso explicar, Levy. – Ela fechou a porta, mas o rapaz empurrou e a impediu.

– Vai embora, Rogue! – Disse a menina, fazendo força para fechá-la.

– Não vou! Me deixa te explicar! – Rebateu o moreno, impedindo-a de mandá-lo embora.

– Argh! – Ela se deu por vencida e se afastou, fazendo com que o garoto quase caísse à sua frente.

– Levy... Eu... – Ele estava ofegante devido à luta para conseguir entrar.

– Eu não quero ouvir mais as suas mentiras. – Ele se estendeu e foi até ela.

– Eu estava bêbado, você vai dar ouvidos para um bando de fofoqueiros?

– Rogue. Há fotos, vídeos, o quê mais? Tenho certeza que acho mais coisas se eu procurar.

– Mas não foi como eles disseram, Levy—

– Não! Foi pior! Você ficou comigo esse tempo inteiro por quê? Pra quê? – Ele a fitou em silêncio.

– Tudo bem... Eu posso ter cometido um erro, mas... Eu vou mudar, Levy.

– Rá, não me faça rir, Rogue. – Ela virou. – Sai da minha casa. – Ele foi até ela e a segurou. – Me solta!

– Levy, você tem que me dar outra chance! Eu te amo, acredita em mim!

– Me larga, Rogue! – Ele tentou beijá-la à força.

– Solte. A garota. – O moreno se distraiu e ela conseguiu empurrá-lo e se soltar dele.

– O quê? Vai me bater, Laxus? – Provocou ele.

– Infelizmente Levy não me permitiria tal diversão. – Disse o loiro estreitando um olhar fuzilador.

– Acho que não será necessário. – Disse ela afastando-se de Rogue. – Hunf... Ele te esmagaria como uma pulga dois tempos. – Zombou a garota. – Como eu poderia dormir à noite depois disso? – Laxus esboçou um risinho no canto da boca ao ouvir seu comentário.

– Levy, para com isso. Nós ainda não terminamos de conversar. Manda esse cara embora e me escuta!

– O show acabou, Rogue. – Ela o fitou. – E o meu papel de idiota também. – Ela se virou e se dirigiu até as escadas. – Agora ponha-se daqui para fora, se não quer que Laxus faça isso. Ele não será tão gentil, por isso aja com sabedoria.

...

Quando se deu conta, ela estava amassando a folha à sua frente.

– Arrrrrgh!! – Ela jogou a caneta para longe e rasgou o papel. Ela foi para o chão e engatinhou até o segundo estofado para pegar o moletom de Laxus. Ela sentou sobre as pernas e abraçou-se com o moletom de Laxus apoiando seus braços no assento do sofá, afundando sua cabeça na peça. – Estou perdida. – Ela levantou a cabeça. – Quer saber, é bem feito pro Gil. Ninguém mandou ele arranjar essa palhaçada!... – Ela esparramou os braços ao estofado novamente. – Pior que eu vou me queimar junto com ele... – Lamentou a garota. Ela pôs o moletom do amigo sobre a cabeça e deitou-se no chão. Da primeira vez seu moletom me deu inspiração, mas por que agora não funciona? A menina expirou.

– O que está fazendo?

– Ensaiando para meu enterro. – Disse sem se mover, ainda com a roupa em cima do rosto.

– Tch. Por que fala isso? – Ela se sentou e o moletom caiu em seu colo, deixando seu cabelo um pouco arrepiado.

– Porque não sou capaz de fazer uma música para cantar com o Rogue.

– Pelo que eu entendi você tem mais tempo que antes. – Disse o moreno com as mãos nos bolsos.

– Gajeel. Já se passou quase um mês e não consegui pensar em nada. Além disso, Rogue não vai me ajudar.

– Por que não? – Ele arqueou a sobrancelha. – Pensei que era um dueto.

– E é. Mas “o melhor empresário do mundo” disse ao empresário dos dragões gêmeos que eu faria a música sozinha. Eles não têm tempo porque estão no meio da turnê.

– E por que simplesmente não recusou? – Ela expirou e se levantou.

– As coisas não são tão simples, Gajeel. – Ela foi até o estofado e se jogou. O moreno se sentou no estofado em frente e apoiou os cotovelos aos joelhos. Inclinando-se para fitá-la.

– Então faça a música.

– Será que você não está me ouvindo?! – Exclamou a garota. – Eu estou há dias tentando fazer algo e não consigo! Tudo parece muito falso, não me encontro na música! – Ele pareceu pensar em algo. Ela desviou o olhar.

– Você me disse que escrevia tudo que sentia antigamente, certo... – Ela o fitou.

– E?

– Por que não faz isso agora?

– Eu já tentei isso. O que saiu não foi nada romântico. – Ele pareceu perder a paciência.

– Argh.. Você só consegue enxergar essa história com rancor porque está magoada. Tente abrir sua mente, olhe por outro ângulo. Como ele fez você se sentir com relação ao amor? – Ela franziu a sobrancelha. – Se você não acredita mais no amor, então escreva isso. Se você se sente magoada, então escreva. O que você sente é o que importa, esqueça o cara. – Ela olhou para o lado, pareceu refletir.

Ele se levantou.

– Quer saber, eu nem deveria estar aqui. Isso não é assunto me—

– Me ajuda? – O moreno a fitou, surpreso com o comentário repentino.

Ele ficou estático por alguns segundos. Pensou em recusar, afinal, isso não fazia parte do trabalho dele. Ele não estava ali para fazer músicas com Levy... Entretanto... Ela parecia perdida, ele não podia deixar uma artista, uma companheira amante da música, assim como ele, se sentindo tão desnorteada. Isso era uma desonra a tudo que ele acreditava. A música não deve trazer pesar! Mas prazer!

– Tch... – Ele olhou para o lado e expirou. Encarou novamente a garota e tirou do bolso uma caneta. – Isso caiu na minha cabeça quando você jogou. Acho que vai precisar, se quiser começar a escrever algo. – Por isso ele veio até aqui... A garota sorriu e pegou o objeto.

...Primeiro... Foque-se no sentimento que ficou dentro de você. Como se sente hoje... Esqueça o modo como se sentiu no passado, foque-se no presente... Escreva seus mais profundos sentimentos, sem se focar no lado negativo, mas no positivo. Já que é uma música que fala sobre amor e é um dueto, ela deve apresentar-se, no mínimo, positiva. Foque em algum tipo de esperança de que tudo mudará um dia. Assim como você e eu renascemos das cinzas. Seu coração pode voltar a bater, mesmo depois de ter sido mutilado...

Sob as orientações do moreno, Levy começou a pensar em algo. Pensar por esse ângulo... Como nunca havia pensado nisso? Gajeel fazia parecer tão simples. Uma solução simples para algo ainda mais simples.

Tenho vivido com uma sombra por cima da cabeça
Tenho dormido com uma nuvem sobre minha cama
Tenho estado sozinha por tanto tempo
Presa no passado, eu não consigo seguir em frente


Tenho escondido todas as minhas esperanças e sonhos
Apenas no caso de eu precisar deles de novo algum dia
Tenho reservado tempo
Para apagar um pouco de espaço nos cantos da minha mente

A garota encarava o papel com as primeiras letras de sua nova canção. O moreno a fitava com o queixo apoiado na mão.

– E então? – Ela o fitou.

– Não acredito.

– O quê? Ficou falso de novo?

– Não... Ficou... – Ela expirou. – Incrível. – Ela se jogou ao sofá e o moreno sorriu.

– Heh. Finalmente. – Ela o encarou alguns segundos. Desviou o olhar e sorriu. O moreno arqueou uma sobrancelha. Ela o encarou novamente, ainda sorrindo.

– Você não é só um cara que toca violão e gosta de Blues, não é?

– Eu disse que somos parecidos por uma razão. – Ela continuou a fitá-lo. Ele sorriu. – Nós dois somos amantes da música, Levy.

Ela viu uma luz em Gajeel que não havia percebido antes. Aquela arrogância e seu jeito irritado de falar a fizeram acordar. Foi como se tirasse a venda dos olhos, ele abriu uma porta que ela não se lembrava que existia. Ela estava tão cega pela raiva e pelo ressentimento, que aquilo estava barrando sua mente, impedindo-a de voar. Mas ele, com sua sabedoria, iluminou a escuridão que pairava sobre a mente de Levy e ressuscitou sua criatividade, ampliando seu senso perceptivo com relação a um relacionamento tão tortuoso do passado.

Não... Ele não é um simples amante da música. Esse cara... É um gênio.


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Notas finais do capítulo

Ah, antes que me esqueça... Para meus leitores fãs de Hentai, Postei um capítulo Gale hentai aqui no Nyah. Alguns já sabem e inclusive já leram. kkkk... Mas a fanfic se chama "Amores Proibidos", ela terá cinco capítulos para todos os shipps. Quem gosta de Henati Asfado e se interessar, eu não farei nesta fanfic, mas na outra é só "o que tem". kkk... Quanto ao próximo capítulo de MSP, creio que o encontro quádruplo vai finalmente acontecer lá! Vou pensar em algo bem legal. Enfim, no mais, é só isso! Até a próxima, rappers!