Eram Os Anos 70 escrita por Alice


Capítulo 1
Only


Notas iniciais do capítulo

Eu escrevi ouvindo esta soundtrack: http://8tracks.com/brella/royally-flushed



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As caixas de som retumbavam com a música, uma vontade incrível de dançar a envolvendo. Ah, ela amava os anos 70! Cruzou os pés, girou, dando uma voltinha, e gargalhou: ia dançar um monte essa noite! Talvez, com um ruivo maravilhoso usando jaqueta de couro, calças rasgadas e um cigarro de maconha na boca, exatamente igual ao que a encarava neste momento.

Ele era o sinônimo de proibido. Mas quem era ela para falar? A blusa cinza rasgada acima do umbigo, calças estilo boyfriend pendendo na cintura e o batom preto não a deixavam exatamente com cara de menina boazinha. E assim como ela começou a olhar para ele, ele começou a olhar para ela, o perigo nos olhos, o prazer nos sorrisos.

Até que ela pegou o próprio baseado. Quando ela colocou o cigarro de maconha, fino e longo, esguio, entre os lábios, ascendeu e tragou, soprando a fumaça para cima, ele veio. Exatamente como ela sabia que viria.

Homens.

Mas que homem: o ginger era ainda mais lindo de perto. Dez centímetros mais alto, quadril estreito, os ombros largos e o peito definido, que dava para ser visto pela camiseta branca. [Mas não bombado que nem aqueles idiotas de academia, agradecia mentalmente]. E [lógico, por que não?], haviam os olhos verdes, que ela obviamente poderia ficar encarando eternamente.

Graças aos Céus ela não era esse tipo de garota: ela simplesmente tragou de novo e soprou a fumaça na cara dele, que estava sério, encarando o rosto dela. Então não mais. Ele tirou o baseado dos dedos delas e tragou com um sorriso de canto, alguns fios de cabelo no rosto, pois o resto estava preso em uma pequeno rabo de cavalo.

Você deve ser ainda mais lindo com eles soltos…

– Você não é daqui – falou pela primeira vez.

– Não.

– Você é daquelas meninas boazinhas com boas notas e pais ricos.

Ele analisava bem. Ela estava sozinha, não conhecia o lugar nem ninguém. Era, na verdade, apenas uma menina que amava dançar e que resolveu se aventurar aos 18 anos de idade.

– E está triste, perdida.

Os seus país haviam morrido, a irmã mais velha fugido à cinco anos. A fortuna era dela. Ela apenas aproveitaria com a música, as corridas de moto que ela participava ilegalmente a dois anos, e com a maconha. Seus três vícios.

E a tristeza. Ela sorriu:

– Sim – pegou seu baseado de volta tragou – Vamos dançar.

Dançaram. Ela dançava bem e ele não, mas ela riu e ele ficou feliz por fazer ela feliz. Param, fumaram, e voltaram a dançar. Ele apresentou à ela seus amigos, todos com perdas sem fim, como ela - e como mais tarde saberia, ele. Ela mostrou à ele seu novoe studio, que havia um quarto, uma pequena cozinha e uma ótimo banheiro. Eles voltaram a tragar a erva da paz e se beijaram. Ele perguntou se ela era virgem, ela balançou a cabeça negativamente (jamais teria olhados os lindos motoqueiros que vencera e ficar com o cabaço).

E então se beijaram. E transaram. Nunca comentaram sobre isso, mas ele pensou o tempo todo que o seios dela eram os mais lindos do mundo, e ela sempre acharia que as costas dele era a coisa mais sexy do mundo - pois pênis não era algo que se caracteriza bonito, segundo ela.

Apenas no outro dia ela perguntaria o nome dele - Wallace West - e ele o dela - Ártemis Crock. Depois eles sorririam, se beijariam e transariam de novo. O batom dela marcado no pescoço e nas costas dele, o preto na pele branca, e os chupões roxos na pele parda dela.

Lindos nos anos 70!


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Notas finais do capítulo

E até hoje são assim, até hoje se conheceram assim e para sempre serão, porquê a mente é minha. Mas, pensando bem, logo eles vão mudar de novo.



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