I'm in Love Again escrita por Layane Alves


Capítulo 1
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal,tive essa ideia ouvindo uma musica e espero que estejam do agrado de vocês.Será uma fanfic não muito aventureira,estilo ação e tals....será mais focado para o lado emocional de ambos...Espero que gostem e comentem...PS:É apenas o primeiro capitulo e espero que relevem algumas coisinhas.É isso,bjus...♥♥♥



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Acordei com uma dor estranha nas costas,parecia que eu tinha carregado o mundo inteiro nelas.E na verdade era exatamente isso,carreguei meus dois mundos nas costas,nos braços e principalmente na barriga.Eles são as coisas mais importantes da minha vida,meus filhos são a única forca que me mantem viva.

Me levantei vagarosamente pra não acorda-los,aqueles rostinhos coreanos estavam tranquilos do lado esquerdo da cama.Verifiquei se estavam secos e pra minha surpresa estavam.Nem acredito que meus bebes estão crescendo,um ano e três meses passam tao rápido!

Os deixei dormindo e segui para o banheiro pra me arrumar.Toda manhã é assim,acordo e me arrumo pro trabalho. Não é fácil uma mulher ter certa autoridade em um laboratório onde quase a metade dos funcionários são homens.Me surpreendo a cada dia comigo mesma.Mãe solteira,responsável por tudo no laboratório de criminalística da cidade....nem tenho tempo pra viver uma paixão,mas nem sei se quero.

A minha primeira e até então ultima paixão acabou com minhas esperanças de tentar de novo.Enquanto ele deve estar com aquela super modelo "ensaiando passos de dança" eu estou aqui criando coragem pra entrar na água gelada do chuveiro.

Esse foi o maior desafio pra mim,esquecer aquele coreano magnifico da cabeça aos pés,aquele homem com quem me deitei pela primeira vez,aquele que me jurou amor eterno e depois de anos parecia já ter esquecido sua promessa.Nunca irei amar alguém como o amei.Amei?Droga!A verdade é que ainda o amo!

Digo pra mim mesma apos me enxugar com a toalha.Me posiciono em frente ao espelho e o reflexo que vejo nele é de uma mulher triste e cheia de preocupações.Não posso mais ficar apenas pensando no passado.

–Stella Bonasera,voce é melhor que tudo isso.Siga em frente e arranque esse maldito amor de seu peito.–digo em voz alta como se o volume dela fizesse algum efeito em minha mente.

Todos os dias repetia isso frente ao espelho,nunca dava certo.Preciso ocupar meu coração com outras coisas alem do amor passado.

Caminho secando meu cabelo para o quarto com uma toalha menor.O closet enorme e bagunçado combinava perfeitamente com o tempo que tinha pra organizar minhas roupas.Algumas que nem sequer coloquei no corpo,outras ainda estavam amassadas,passar roupa e deixar bonitinha em um canto confesso que não é comigo.

Separo uma saia preta de cintura alta,uma blusa folgadinha de seda cor de abobora e meu confortável e mais usado salto 9 cm.Se não estivesse tao cansada como todo inicio de dia,usaria o 15 como antes de engravidar.

Apos estar vestida e devidamente arrumada com um simples rabo de cavalo,vou ate a cozinha e preparo a mamadeira dos dois.Dianna,a babá,chegará em alguns minutos e quero deixar as coisas deles organizadas,nisso sim sou ótima.Pra eles tudo tem de estar perfeitamente no seu devido lugar.A babá chega e me despeço apressada,ela já sabe todas as regras que tem de seguir.

Não eram nem seis da manha ainda e lá estava eu na cafeteria em frente ao prédio do laboratório a espera do meu café sem espuma,dose dupla e com adoçante.Perfeito!Feito na hora e quentinho como eu gosto.A moça atendente já até decorou meu pedido.É lei passar ali pra comprar este café,ele é a base do meu bom humor ao longo da carga horária estressante e cansativa.

–Bom dia Russel.-cumprimento o segurança do prédio e entro seguindo pro elevador.Ele apenas dá um sorriso amigável.

–Bom dia senhorita Stella.-Katrina sempre diz isso no elevador.A moça técnica de enfermagem ajuda a legista no necrotério,parte de seu estagio e não sei mais o quê de programa.Enfim,respondo gentilmente e bebo meu primeiro gole de cafe.Como é maravilhoso sentir o gosto quente da cafeína tocar minha boca nesse horário....humm,é perfeito demais.Mais perfeito que isso é o homem que está na minha sala,o vejo assim que saio do elevador.

–Linds,quem é aquele?-a abordo e me refiro ao perfeito na minha sala.

–É um tal Mac Taylor,disse que queria falar contigo e o encaminhei pra sua sala.-segurava duas caixas.-Algum problema?

–Não,nenhum.E as copias dos relatórios do ultimo caso estão na minha mesa?

–Urum,Danny colocou agorinha antes de sair.

–Trabalhando no turno da noite?

–É,Sinclair não o perdoou ainda.Terá de ficar nesse turno pelas três semanas seguintes.

–O pior que não posso fazer nada.

–Pois é...-a loura parece triste com algo.-Preciso mandar as evidências para o deposito.Até mais.

–Até.-caminho um tanto desconfiada pra minha sala.-Bom dia senhor Taylor!-deposito minha bolsa sobre a cadeira e o encaro.

–Bom dia,senhorita Bonasera?-se levanta e vem ao meu encalce.Pega em minha mão e dispõe nela um selinho.Que coisa! Senti um arrepio terrível quando sua boca tocou minha pele.Certo.Gostei,mas também fiquei um pouco desconfortável.

–O que deseja?-conduzo minha mão que acaba de ser beijada para a mesa cheia de papeis.

–Fui transferido pra cá pelo laboratório de Miami,serei o sub supervisor.É um prazer conhece-la também.-deu um sorriso.

–Igualmente.Havia até me esquecido disso,nem li suas recomendações.Me desculpe.

–Não se preocupe,onde é minha nova sala?-colocou o casaco.

–Do outro lado do corredor,em frente a minha.Quer que o acompanhe?

–Não obrigado.Irei apenas arrumar minhas coisas,começo mesmo é amanha.Hoje preciso ajudar minha esposa com a exposição de arte dela.

Estava sendo bom demais pra ser verdade.Casado é claro.Dou um sorrisinho de canto apenas para não deixá-lo sem graça.Não que eu queria ter alguma chance com ele é só...é que...ok,eu queria muito ter uma chance com esse homem maravilhoso de olhos azuis,mas a aliança em seu dedo denuncia que de fato é casado,sem chances agora Stella.

Nos olhamos por alguns segundos em silencio até ele desviar o olhar para o único e mais fofo retrato na mesa perto ao telefone.Fica admirado e resolve tocar com as mãos.

–Não quero ser grossa,mas ninguém toca nisso.-peguei de sua mão devolvendo ao seu devido lugar.

–Desculpa.Coreanos?

–Meus filhos pra ser mais exata.Sei que está pensando que é quase impossível,não é não....são meus filhos mesmo.-arqueei a sobrancelha e fixei meu olhar em sua expressão.

–Eu não iria dizer impossível.Parabéns,são lindos.

–São sim.-dou a volta na mesa e me sento.

–É casada?

–Senhor Taylor,isso aqui não é um interrogatório sobre minha vida pessoal.E se fosse,quem faria as perguntas seria eu.-não queria ser mais grossa,quando percebi já tinha falado.

–Tá certo.Até mais.-saiu seguindo pra sua mais nova sala.

–Você é horrível Stella!-digo me meus pensamentos e começo a assinar uns relatórios.Acho que isso seria a programação do dia:ficar sentada com uma caneta azul na mão escrevendo.Nossa,que ótimo programa nada entediante.

O dia passou mais rápido do que eu esperava.Isso é bom,agora poderei voltar e cuidar dos meus coreaninhos lindos! Organizo aqueles relatórios,todos já assinados e feitos as alterações necessárias,em uma pilha dentro das caixas e reservo num canto da sala.

Ergo a cabeça em direção ao relógio na parede e as horas marcam exatamente meu horário de saída.Enfim,já não aguentava mais ficar sentada nesta cadeira que me deixa com mais dores nas costas.

Caminhei apressada pelo corredor antes que o elevador se fechasse.Entrei e respirei fundo.Lindsay me encarou,esperava que eu dissesse algo sobre a cena,mas me recusei e então ela teve de iniciar a conversa.

–Uau! Pra uma mãe de gêmeos voce tem muita disposição pra correr pelo corredor do laboratório.

–Eu não estava correndo.-tento respirar e falar ao mesmo tempo.-Quando se está sozinha com dois filhos voce meio que se acostuma com a correria da vida.

–Sabe que não está sozinha,sempre que precisar sair posso ficar com eles.-a proposta dela parecia ser tentadora,mas não conseguiria sair pra nenhum lugar.

–Ok,nunca saio e se eu decidir ...te chamo.

–Stell,voce precisa se divertir de vez em quando.Só fica presa em casa e no trabalho...podemos programar de sair e levá-los junto.

–Boa ideia,mas gosto dos meus filhos no meu cantinho comigo.Quando for mãe entenderá o que sinto.

–Nunca entenderei então.-saímos do elevador.-Até amanhã Linds.-entrei em meu carro e ela acenou.

Assim que cheguei em casa escutei umas gargalhadas gostosas,eram meus amores brincando com Dianna,ela sempre tinha um jeitinho de faze-los rir na hora do jantar.

–Mamãe chegou!-disse animada e eles vieram até mim com aquelas perninas fofas que dá vontade de morder.

–Acabaram de jantar.Iria dar banho agorinha.

–Podemos fazer isso.-joguei minha bolsa no sofá e retirei meus saltos.Meus pês doem tanto.-Dou na Ayesa e voce no Henney.-disse tirando minha pequena do chão e caminhamos até o banheiro no final do corredor.

Minutos após o banho,os dois já haviam caído no sono e eu me joguei na cama ao lado deles.Estar aliviada depois que eles dormem é a parte confortável da noite,se fosse apenas assim seria ótimo.Toda madrugada eles insistem em acordar chorando e tenho de ficar acordada,eis o motivo do meu mau humor e cansaço pelas manhãs.

Tentei dormir,virei de um lado pro outro e ainda sim algo me incomodava.Esses pensamentos toscos em minha mente me causavam insonia.Como ele pode fazer isso comigo? Ela ela minha melhor amiga!Talvez seja por isso que tenho medo de me apaixonar de novo,e se meu novo amor me trair com minha amiga? Não posso e nem quero mais viver um novo amor.

Meu rosto nesse instante já estava molhado de tantas lágrimas que derramei,não consigo ficar séria quando me deito e penso em tudo.Ficar vulnerável era meu ponto fraco,odeio que me veem assim.É por isso que choro em silencio em minha casa,dessa forma ninguém me ver nesse estado de pena.

Quando me dei conta já estava dormindo e em meus sonhos veio apenas a imagem de um lindo homem com um belo par de olhos azuis.Não demorou muito pra ser despertada por Ayesa que chorava em completo desespero.Mesmo estando com pouca disposição,me levantei e a peguei no colo.

–Ei meu amor,o que foi?-a balancei em meus braços.-Mamãe está qui,não chora.-ela ainda continuava chorando.Tentei dar de mamar e ela recusou.-O que está acontecendo minha filha?

Quando está assim a única coisa que funciona pra que ela volte a dormir normalmente é um passeio de uns cinco ou seis minutos de carro.E lá vou eu,saindo do edifício com duas crianças nos braços.Ainda bem que não coloquei meu carro na garagem,ficaria bem mais difícil de acalmá-los.

Tudo certo.Agora estão acordados e seguros na cadeirinha do banco de trás.Dirijo com muito cuidado,meu pior medo é de que aconteça algum acidente,nessa hora da madrugada alguns motoristas acham que são donos da rua só por estar pouco movimentada e é aí que mora o perigo.

A avenida de fato estava com pouco movimento de veículos,parei no sinal vermelho e aguardei.Nesse meio tempo algo terrível aconteceu.Um caminhão ultrapassou o sinal colidindo com o carro de passeio que foi empurrado com força e imprensado no muro da fábrica de móveis.

O desgraçado do motorista saiu em alta velocidade deixando feridos dentro do carro.Filho de uma mãe! Me revolto quando o responsável foge da cena sem prestar nenhum socorro.

Sai nervosa e fui até o carro,me surpreendi ao ver Mac dentro dele e ao seu lado uma mulher grávida.Merda! Ela deveria ser a esposa dele e estava muito ferida.

–Mac?Mac?-o gritei e ele me olhou assustado.

–Claire,meu amor!-virou-se pra que ela que estava toda ensanguentada.-Tire ela daqui!-Pegou o celular e discou o número da emergência.

–Oh Meu Deus!-me desesperei e logo abri a porta do carro.Tentei tirar a bela mulher desmaiada e não consegui.-Não dá!

–Não consigo sair daqui também.A ajude por favor!-segurou na mão dela e me olhou como se implorasse para que eu a salvasse.

–Vou tentar.-mais uma vez falhei.Chequei e pulsação e um sentimento de culpa me veio a tona.Ela já estava morta.-Terei de tirar o bebe agora!-me desesperei ainda mais.Corri até meu carro e peguei meu kit,deveria ter alguma coisa que me ajudasse.Retornei para o carro deles e agora teria pouco tempo para tirar o bebe vivo de dentro dela.

–O que vai fazer?

–Sinto muito,mas terei de fazer isso.-desgrudei o cinto de segurança dela e levantei sua blusa deixando a mostra sua barriga enorme.Com um objeto cortante,que por acaso Peyton esqueceu em minha maleta,foi possível cortar a barriga e retirar o bebe ainda vivo.

Não que tenha sido fácil porque não foi,minha única experiência nisso foi quando ajudei a fazer uma autopsia o que nem se compara com fazer o parto de uma mulher morta.

Com cuidado cortei o cordão umbilical,me emocionei ao ouvir o choro daquela linda menininha de olhos azuis como os do pai.Olhei pra Mac e ele estava desmaiado.

Retirei meu casaco e enrolei a menina que tinha acabado de salvar.A ambulância chegou e terminou de fazer todo o processo,levaram-nos de imediato para o hospital.O choque foi demais pra mim,não estava acreditando que acabei de salvar uma vida e por minha causa uma outra se foi.

No que diz respeito a pessoas,sou uma péssima profissional.Foi culpa minha a esposa de meu novo colega morrer e eu nunca irei me perdoar por isso.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Preciso saber a opiniao de vcs...Obrigada,bjus♥



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