Juntos Contra o Clichê escrita por VILAR


Capítulo 19
Nunca espere muito de líderes de gangues


Notas iniciais do capítulo

Depois de sumir por mais um mês, cá estou eu.
Finalmente a semana de provas acabou.

Aos que chegaram até aqui:
Acabaram de ler 103 páginas! Nossa, passou voando, né? Nem parece que escrevo desde 2015.

Vou ficando por aqui. Preciso voltar a respirar depois da tortura das provas, auhsakak.
Volto daqui uns dias ♥
Beijos.



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— Quantas vezes eu preciso dizer que aqui dentro é proibido brigar? – indagou um Leo frustrado. Sua indignação era perceptível em sua voz elevada, completamente o oposto da mesmice simpatia. Seu sorriso constante desapareceu, dando lugar a diversos muxoxos e suspiros fortes.

— Você não disse isso nenhuma vez para mim. – arrisquei, amuada, levantando a cabeça para encarar a figura decepcionada. Seu corpo estava relaxado na cadeira de ferro, a coluna sem se preocupar com postura. As pernas esticadas para frente quase encostavam com as minhas rentes ao sofá. A cabeça pendia para cima com o pescoço dobrado para trás. Uma de suas mãos segurava a testa enquanto a outra repousava na coxa. Seus olhos semicerrados, ressaindo da franja longa, imediatamente fatiaram os meus. Voltei a abaixar minha cabeça, derrotada.

Pedro e eu estávamos sentados no sofá longo que ficava no meio da sala, lado a lado, sendo eu a pessoa na ponta esquerda. Leo arrastou uma cadeira enferrujada e sentou-se a nossa frente, a poucos centímetros de distância. Pedro não protestou momento algum, como também não ousou levantar a cabeça para encarar o seu chefe. Arrisquei dar uma olhada em sua direção com as lições de Leonardo ao fundo, curiosa sobre como o baixinho estressado estaria reagindo nesta situação.

Não pude impedir a leve queda do meu maxilar. Suas sobrancelhas grossas estavam franzidas como de costume, mas desta vez não demonstravam raiva. Os lábios finos estavam pressionados contra si mesmos formando uma linha torta. Os olhos verdes não desviam dos seus tênis gastos e, forçando um pouco mais a vista, pareciam marejados. Sua expressão de dor foi uma completa surpresa. Não acredito que fiz o chorar.

Voltei a encarar meu short enquanto processava a recente informação. “Eu, Sophie Novais, acabei de fazer um rapaz chorar” era a única frase que ocupava minha mente ainda chocada. Não conseguia escolher entre ficar arrependida ou orgulhosa, pois este foi de longe um dos meus melhores trabalhos.

 Um suspiro profundo junto dos barulhos da cadeira me vez olhar de soslaio para frente. – Terei que te dar uma advertência, Pedro. – Leonardo se reposicionou. Ambos os braços estavam dobrados por cima das pernas recolhidas dando suporte à parte de cima do corpo. Os dedos cruzados junto ao olhar sério davam mais tensão ao ambiente.

Pedro logo reagiu, finalmente olhando para Leonardo. Em um sobressalto levantou-se do sofá, assustando a mim e aos outros membros que estavam por perto. Leonardo, entretanto, permaneceu estático. – Não me dê uma advertência, chefe! – sua voz desesperada estava elevada, próxima a um grito, mas este, pela sua reação, não era seu objetivo. Ao perceber o erro voltou a se sentar, desta vez fingindo calmaria. – Por favor. – continuou, agora com a voz baixa e falha, sem desviar os olhos redondos do chefe.

De relance pude ver os homens reagindo mal à situação do companheiro. Dos que meu ponto de vista alcançava, a maioria parecia sentida com o que estava acontecendo com Pedro, porém não pareciam discordar da decisão do Leonardo. O significado da tal advertência não parava de rodar pelos meus pensamentos.

— Você achou certo o que fez? – dirigiu a voz grave para o subordinado ressentido.

Pedro deu como resposta um leve aceno com a cabeça ao mesmo tempo em que cerrava ainda mais os punhos. Seus ombros encolhidos o faziam completamente indefeso.

— Mais uma e você está fora, Pedro. – alertou Leonardo, voltando a encostar a coluna na cadeira de ferro e fazendo-a novamente ranger. Ele não parecia muito satisfeito em punir o companheiro, mas não demonstrava estar disposto a voltar atrás com a decisão.

O “fora” não foi suficiente para me fazer entender a situação do Pedro. Poderia estar fora da casa? De outro grupo qualquer? Ou, pelo o que mais faz sentido, fora da Alvorecer Rubro? A última possibilidade fez minha espinha estremecer. As advertências pareciam algo sério demais para puni-lo por uma troca de socos sem muitos danos. Uma súbita vontade de contestar a decisão de Leonardo invadiu meus pensamentos, contudo, se nem os outros membros viram problema, acho que eu, alheia ao funcionamento das tais gangues, não seria a pessoa mais adequada a fazê-lo. Reprimir-me só serviu para me deixar arrependida.

— Como você é cruel, Leo. – a voz cantarolada surgiu atrás do Leonardo. Desviei meus olhos para o dono e reconheci os cachos rebeldes em sua cabeça. O homem que me pediu para largar Pedro. Sua risada acompanhada da fala não foi capaz de apaziguar a tensão, se é que esta foi sua intenção.

Leonardo não respondeu o desconhecido, apenas soltou mais um suspiro e levantou-se da cadeira, pronto para dar o assunto como encerrado indo em direção ao homem mais animado do local. Antes que ele se afastasse a voz ao meu lado murmurou algo, trazendo a atenção de todos de volta para sua direção. Ao perceber que ninguém compreendeu, resolveu repetir aos gritos.

— É tudo culpa dela! – a exclamação ressoou por toda parte. Suas sobrancelhas franzidas afastaram a expressão de dor. A sua raiva voltou a dominar toda sua face. Pedro saltou do sofá e aproximou-se de mim, ameaçador. Os punhos cerrados pareciam prontos para me acertar um soco.

— O que? – reagi de imediato, atônita. Resolvi também levantar do sofá. Nossos corpos estavam a pouquíssimos centímetros de distância.

— É isso mesmo! – tornou a gritar. – A porra da culpa é sua! – sua mão avançou em mim, mas não para dar um soco, e sim um forte empurrão no ombro, que fez recuar um passo. Foi o suficiente para me fazer cair em seu jogo.

— Reveja a maneira que você toca em mim. – alertei levando o indicador para perto de seu rosto. Minha voz não estava tão alta quanto à dele, porém era óbvia a alteração. – Posso muito bem voltar a te quebrar se fizer isso de novo. – cuspi as palavras em escárnio. Pedro recebeu minha fala em pura fúria, mas a descartou em seguida para rebater a ofensa.

— Fala sério, piranha. Você luta como uma mulherzinha. – debochou demonstrando um pequeno sorriso que não combinava com toda sua raiva.

Sem pensar direito parti para cima dele, pronta para começar tudo de novo, mas desta vez com muito mais seriedade. A dúvida entre o orgulho e o arrependimento já tem uma resposta. Arrependimento. Arrependimento por ter sentido alguma compaixão.

Voltei com o braço direito para trás com os punhos cerrados preparada para acertar um forte soco para destruir seu nariz. Pedro fez o mesmo, porém com o braço esquerdo. Nenhum de nós estava propenso a recuar ou desviar. Nossos braços já estavam seguindo o rosto um do outro quando fomos parados.

Um muro amarelo tampou minha visão, porém não me fez parar soco agora desgovernado. Senti uma mão agarrar meu pulso, contudo não teve força o suficiente para interromper meu golpe. Meu punho, que foi arrastado para cima pelo desconhecido, acertou em cheio algo macio. A dor percorreu todo meu braço pelo jeito estranho que atingi o local. Um grunhido baixo atingiu meus ouvidos. A mão se desprendeu meu pulso logo após o barulho. Certamente não era meu alvo.

Afastei meu corpo do muro amarelo levando minha mão boa ao pulso dolorido, massageando a região fortemente. Desviei os olhos para encarar quem foi o causador da minha pequena fraturar e não poderia estar mais surpresa.

— Achei que a mocinha estaria cansada pela briga de poucos minutos atrás, mas pelo visto te subestimei. – ressoou a voz cantarolada em meio a algumas risadas mais baixas do que as anteriores.

O desconhecido levou uma das mãos à bochecha atingida, pressionando, como eu, o local atingido. O meu soco não foi capaz de fazê-lo chegar para trás com o impacto, mesmo que, segundo sua fala, o tenha pegado de surpresa. Mas havia algo ainda mais estranho. Meus dedos atingiram a região da bochecha esquerda, onde definitivamente eu não estava mirando e, mesmo tendo acontecido tudo muito rápido, não o senti puxar meu pulso para o lado, somente para cima. Havia apenas uma explicação pela troca de lugares.

— Não consigo acreditar que você moveu sua cabeça em tão pouco tempo. – reconheci com as sobrancelhas franzidas para o desconhecido.

Ajeitando as pernas abertas usadas para receber o soco sem sair do lugar e arrumando a blusa sem mangas amarela, o desconhecido direcionou-se para mim, mostrando-me a escuridão dos seus olhos arredondados. Se ele tirasse o sorriso dos lábios grossos seria bastante ameaçador.

— A velocidade é uma dádiva. – concluiu, dando as costas para mim.

O seu tamanho me impossibilitou de imagina-lo como uma pessoa rápida, porém, observando-o melhor, seus braços não continham muitos músculos. As pernas estavam cobertas pelo jeans claro, então poderia ser...

— Não aceitar sua responsabilidade é algo bastante infantil, Pedro. – a voz grave interrompeu meu raciocínio. Seguia-a, abandonando o desconhecido de vista.

Leonardo estava segurando o pulso do Pedro com muita força, visível pelas veias em destaques em sua mão. De onde estava só enxergava o seu perfil esquerdo, o bastante para visualizar sua expressão dura. A ausência do seu sorriso o deixava amedrontador. As sobrancelhas franzidas contracenavam com uma pequena veia que pulava em sua testa. Entretanto eu não conseguia sentir nenhuma raiva dele.  Era uma genuína decepção.

Pedro pareceu notar também, pois o choque em sua face se estendeu pelo corpo. De longe se percebia a tremedeira de suas pernas curtas. Os olhos verdes davam indícios de a qualquer momento saltar da face. Os lábios finos congelaram abertos.

— Não é só porque é o mais novo que pegarei leve com você. – alertou Leonardo, soltando o rapaz empurrando seu pulso para longe. Pedro só emitiu uma reação neste momento, pois teve que recolher o braço para perto do corpo.

— Che... – arriscou, a voz extremamente arrastada e trêmula, porém Leonardo o interrompeu.

— Eu acabei de te dar uma advertência por causa disso, Pedro. Cometeu o mesmo erro em menos de quinze minutos. – os olhos castanhos de Leonardo estreitaram ainda mais. Pedro logo tornou a abrir os lábios, pronto para se defender, mas Leonardo não deixou. – Bem na minha frente. – a única frase que era perceptível à cólera que estava sentindo. O sentimento foi tão intenso que mesmo eu, mais distante do que Pedro estava dele, pude sentir. Engoli em seco, admirada por conhecer um novo lado do meu amigo.

A tensão no ambiente era asfixiante.  Ninguém ousava interrompe-los ou emitir quaisquer outros barulhos.

— Você está fora. – proclamou Leonardo dirigindo-se para longe da figura perturbada com as palavras.

Pedro caiu de joelhos no chão, atordoado. Seus olhos arregalados sequer piscavam, apenas acumulavam lágrimas que não atreviam escapar. Os homens ao redor abaixaram suas cabeças, era notório o quanto a decisão os abalaram.

Meus olhos seguiam fielmente Leonardo, que ignorou completamente minha presença quando passou na minha frente e agora se dirigia para o desconhecido que o aguardava com os braços cruzados. A poucos passos dele, entretanto, uma voz chamou sua atenção.

— Chefe... – arriscou uma voz conhecida. Minha cabeça seguiu o barulho, pousando do outro lado da sala. Era Jô. – Não pode arranjar outra punição para o Pedro? – Jô não ousou fitar os olhos do Leonardo. Manteve a cabeça baixa para ajudar o companheiro. Pela incerteza na voz, ele demonstrava saber que não era correto duvidar da decisão do seu chefe.

Mesmo tendo arrastado Jô, Gigante e Pedro para festa, a amizade dos três não passou pela minha cabeça. Percorri o olhar rapidamente a sua volta, esperando Gigante surgir da multidão para ajudar a argumentar, mas foi algo que não aconteceu. Jô e Gigante, pelo pouco tempo que os vi, sempre estavam próximos, sendo fácil imaginar o grande companheirismo entre eles. Jô também era a única pessoa que Gigante parecia confortável a manter um diálogo com mais de cinco palavras. Entretanto, para proteger Pedro, Jô estava sozinho. Não consigo achar nenhum motivo plausível.

— Não parece muito... – a sua pausa me fez completar a frase mentalmente com a palavra “justo”. Levou a mão para coçar o maxilar, retraído, ponderando sobre qual palavra usar. – bom decidir neste momento. – completou, porcamente. Jô evitou a palavra “justo”.

Mas eu não quero fazer isso.

Ajeitei minha postura, lancei o braço esquerdo para cima e olhei diretamente para os olhos chamando a atenção. Eu havia me reprimido anteriormente, o que causou novamente a confusão, então desta vez não farei isso. Não ligo se não tenho conhecimento suficiente para contradizer. Não ligo se não parecerei uma idiota. Não ligo para nada no momento. Eu não concordei com isso e precisava expor.

— Jô está mais do que certo. – senti os olhares pesarem sob mim, mas não me abalei. Leonardo, ainda emburrado, parecia olhar pela minha alma com aqueles olhos fundos. – Na verdade, é totalmente injusto.— frisei a palavra que Jô evitou e, pela reação dos homens, não me era algo muito sensato.

Leonardo abandonou a inexpressividade. Um sorriso nasceu em sua face. Um sorriso bastante debochado. O ambiente silencioso foi preenchido com o contado do tênis escuro do Leonardo no chão de concreto. Ele vinha diretamente na minha direção. Mesmo com o ambiente favorável a sua presença avassaladora, não diminui minha confiança.

Seu corpo parou a poucos centímetros do meu. Precisava levantar o queixo para continuar a manter contato visual. Leonardo jogou a cabeça para o lado, fazendo sua franja tampar o olho direito.  Vagarosamente levou as mãos à cintura, fazendo-me sofrer com a ansiedade da sua resposta. Conseguia sentir sua respiração no meu rosto. Seu sorriso estendeu ainda mais.

— E o que a levou a pensar que entenderia do assunto mais do que eu? – Leonardo sequer estava me levando a sério. Sua voz continha tanto deboche quanto o sorriso.

Seu descaso tirou um pouco minha calmaria, pois, por estar apaixonada por ele, esperava algo mais. Com sorte, ele pode estar pensando a mesma coisa que eu por tê-lo interrompido.

O certo era raciocinar sobre o que dizer em uma hora delicada como esta, mas eu, depois de tudo o que acabou de acontecer, estava sem paciência. Utilizei as palavras que mais faziam sentido na minha cabeça.

— É claro que eu sei mais do que você! – comecei, com a voz mais alta do que a de Leonardo. Não demonstrava um pingo de raiva. Leonardo estranhou, arqueou as sobrancelhas pela minha resposta repleta de certeza. – Eu que estava presente na hora da confusão, não você. Eu que estava brigando com ele, não você. Eu que ouvi todo mundo aqui, tirando o Jô, apoiando a briga, não você. – levei as mãos à cintura, imitando sua posição.

Leonardo não deixou de demonstrar surpresa. Suas pálpebras se levantaram deixando os olhos estreitos mais visíveis. O sorriso diminuiu bastante, quase não deixou indícios.

— Não me parece muito justo punir somente o Pedro por ter esquecido a sua regra, não é? – continuei, vendo que estava o convencendo. Fiz questão de frisar novamente a palavra “justo”, pois este parecia uma calo colossal para Leonardo. – O correto não seria punir todo mundo pelo erro? – arrisquei pressiona-lo mais.

A cabeça de Leonardo levantou-se, desprendendo os olhos dos meus. Olhava por cima de mim para algo que não podia enxergar. Antes de eu me virar para ver o que poderia ser, entretanto, a fúria a minha frente fixou-me no lugar. Apertou os dedos na palma das mãos ao mesmo tempo em que voltou a abaixar a cabeça, mas desta vez sem olhar para minha face.

— Eu só vou perguntar uma vez. – advertiu. Mesmo com a voz baixíssima, todos ouviram nitidamente o alerta do chefe. Tamanha era sua intensidade que, se dependesse de um aviso seu, os homens seriam capazes de ouvir seus batimentos cardíacos. – A gritaria que eu ouvi antes de chegar aqui eram incentivos? – silêncio. A única coisa que chegava aos meus ouvidos era a respiração pesada do Leonardo.

O movimento súbito da sua cabeça, redirecionando-a para cima, assustou a todos, inclusive a mim. Leonardo voltou a cerrar os olhos. Agora ele não fazia questão de esconder a sua cólera.

— Respondam! – ordenou, aos gritos. Afastei um passo para trás. Não gostaria de estar no lugar desses homens.

Rodei o olhar pela sala esperando algum corajoso se pronunciar. Em menos de dez segundos todos balançaram a cabeça em afirmação, a vergonha e o medo estampados nas faces direcionadas para o chão cinzento. Existiam diversos tipos de pessoas nesta sala, até mesmo os mais musculosos que Leonardo, mas todos os presentes demonstravam temê-lo.

Ponderava sobre um bom motivo para o Leonardo ter homens tão fiéis quando senti uma mão tocar o meu ombro. Virei para trás, assustada. Um Jô preocupado me puxava para trás, pedindo silêncio com o indicador próximo aos lábios grossos. Acompanhava-o quando os olhos de Leonardo encontraram os meus.

— Não precisa protegê-la, Jô. – imediatamente parou de me puxar. Senti seus dedos apertarem meus ombros. – Ela está de saída. – Leonardo já não continha mais a fúria no olhar, porém não deixava de exalar firmeza. Arriscava a dizer que ele parecia mais assustador agora.

— Mas e o nosso...

— Hoje não. – cortou-me, seco.

— Você tinha prometido! – tentei caminhar até onde estava antes, contudo a mão de Jô me segurava.

— Hoje. Não. – afirmou, pausadamente, como se o motivo de eu continuar a falar fosse por causa de não ter ouvido suas palavras.

Apertei as unhas contra a palma da mão, não satisfeita com Leonardo. Esperei a semana toda para ele esquecer e, como se não bastasse, me enxotar. Pressionava os lábios uns contra os outros assimilando o que teria que fazer em seguida. Remexi o ombro para fazer a mão de Jô me largar e, em completo silêncio, caminhei para a porta de madeira. Deixei o local sem olhar na direção do Leonardo.


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Notas finais do capítulo

Sem referências :c