Uma canção de esperança escrita por Lu Rosa


Capítulo 16
Dezesseis




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Era verão e Lucille sabia que Gerard havia lhe preparado uma surpresa porque ele havia saído antes do hotel, e quando eles chegaram à estação de barcos, o dono de um deles os recebera com um sorriso de cumplicidade no rosto. O velhinho muito simpático a ajudou a subir em um deles e enquanto Lucille inspecionava o barco (ela sempre foi muito preocupada com transportes marítimos pois morria de medo de afogar-se) Gerard ainda trocava algumas palavras com o dono do barco.

Então ele soltou as amarras e colocou o barco em movimento, enquanto o velhinho acenava pra eles do cais.

Lucille se juntou ao marido na proa do barco e observou como ele manobrava bem o leme.

“- Bem, para onde vamos?” – ela perguntou enquanto o vento fazia seu cabelo fluir ao redor de seu rosto.

Gerard deu um sorriso malicioso para a esposa.

“- Vamos somente nos distanciar da costa. Ouvir o som do mar batendo no casco do barco e sentir o sol nos aquecer.”

O tom de voz de Gerard e suas palavras fizeram Lucille sentir um arrepio.

Logo eles chegavam a uma praia e Gerard soltou uma corda fazendo com que a âncora caísse no mar.

“- Acho bom ficarmos por aqui. Podemos almoçar e quem sabe... Descansar um pouco.”

“- Nós vamos descer?” – perguntou a moça.

Gerard balançou a cabeça enquanto se aproximava de sua esposa. Seus olhos ardiam de desejo por ela. Lucille era a sua vida, seu refúgio. Por ela, seria capaz de qualquer coisa, qualquer loucura para mantê-la segura e feliz.

Ele segurou o rosto dela entre as mãos beijando-a suavemente. Os corpos aproximaram-se um do outro, se movendo na cadencia das ondas que batiam no barco. As mãos dele desceram do rosto percorrendo o pescoço dela com os polegares até pousarem nos ombros. Dos ombros, as mãos continuaram descendo até a cintura. Ele a puxou para si, fazendo-a sentir a sua masculinidade.

Lucille sentiu-se com as pernas trêmulas ao sentir a virilidade dele contra seu abdome. Um calor formou-se em seu ventre.

“- Eu quero amá-la, Lucille. Amá-la sob o calor do sol, sob a luz da lua. Ver sua pele brilhar úmida à luz das estrelas...” – ele moveu seu corpo contra o dela. Lucille sentiu o calor espalhar-se. – “- Mas antes quero lhe mostrar uma coisa. Venha comigo.”

Ela fez um biquinho gracioso de amuo.

“- Gerard, por favor... Eu preciso de você agora.”

“- Calma, meu amor. A expectativa é o melhor afrodisíaco que existe.” – ele a puxou pela mão.

Eles desceram alguns degraus em direção ao interior do barco. Em uma das cabines, uma cama estava forrada de pétalas de rosas brancas. E outras estavam dispostas em vasos sempre com uma única rosa vermelha no centro.

“- Meu amor,” - ele levou a mão ao rosto dela acariciando-a com a ponta dos dedos. Estava sério e solene. – “você é minha esposa e eu a amo demais.”

“- Eu sei disso. Você não cansa de repetir.” – ela respondeu sorrindo feliz.

“- Eu nunca cansarei enquanto viver. Até quando eu for um velhinho de óculos e cachecol no pescoço e você for uma velhinha muito simpática tricotando roupinhas para os nossos netos, bisnetos, trinetos...”

“- Nossa! Isso é que eu chamo de pensar no futuro.” – ela riu.

“- Branca é a cor da pureza. E é assim que eu sempre vou vê-la, meu amor. Eu já tive a minha parte das coisas mundanas. Mas com você eu atingi o espiritual. Nosso amor não é do mundo. É espiritual. É eterno.”

Ele retirou uma das rosas brancas de um buquê próximo e deu a ela.

“- Pela paz que você trouxe à minha vida.”

As lágrimas escorriam pelo rosto de Lucille por declaração tão linda. Ela nunca perguntara nada a Gerard sobre seu passado. Não importava a ela. Mas, naquele momento, não pode deixar de pensar que existia algo de sombrio e misterioso no passado de seu marido.

Gerard a ergueu no colo a depositando sobre a cama forrada de pétalas. Com calma sobre humana, ele desabotoou os botões da blusa que ela usava. A cada pedaço de pele que aparecia ele depositava um beijo.

Lucille suspirava a cada beijo. Sim, Gerard tinha razão. A expectativa era o maior afrodisíaco. Ele continuou beijando-a até o limite onde começava a saia. Ele voltou pelo mesmo caminho até os lábios dela que o esperavam sequiosos. Gerard deitou-se ao lado dela fitando-a intensamente.

“- Essa noite eu vou amá-la de uma maneira especial. Você será minha mulher e eu serei o seu homem.”

“- Você já é o meu homem e já lhe pertenço. Somos casados.”

“- Sim. Mas esta noite eu lhe amarei de uma forma nova e inesquecível.”

Ele voltou a beija-la e ao chegar na barreira da saia, ele desceu o zíper lateral puxando-a juntamente com a calcinha. Colocou-se entre as pernas dela e começou a beijar a parte interna da coxa da moça.

Lucille abriu os olhos surpresa ao ver Gerard entre suas pernas beijando-a no centro de sua feminilidade. Nunca pensara que algo assim pudesse ser feito, mas sua mãe nunca tocara em assuntos assim com ela e com Colette e quando sua irmã se casara, apenas dissera que Pierre fora carinhoso mas mesmo assim fora desagradável.

Mas as sensações que sentia eram tão intensas que ela sentia-se flutuando arrebatada por uma força invisível. Uma força que ia lhe embotando os sentidos, ela só tinha consciência da língua dele lhe percorrendo a parte interna das coxas e voltando ao seu vértice. Lucille começou a se sentir estranha. Seu corpo todo queimava e quando já não era possível segurar mais, ela arqueou o corpo sobre a cama gritando o nome dele, ao mesmo tempo em que ondas percorriam seu corpo deixando-a exausta.

Satisfeito por proporcionar o prazer de sua esposa, Gerard subiu o corpo em direção a ela, beijando-lhe o pescoço suavemente.

"- O que foi isso?" – ela perguntou ainda ofegante.

"- Isso, meu amor é uma das formas que um casal pode amar-se." – ele correu a ponta dos dedos sobre o corpo dela provocando-lhe arrepios. – "Nossos corpos nos proporcionam prazer de várias formas. Com o tempo, nós descobriremos juntos outras formas de nos amar."

Ela sentou-se sobre a cama. Depois do que ele lhe fizera não sentia vergonha de sua nudez. Pelo contrário, ele era seu marido, seu homem. Sentia-se selvagem, atrevida.

"- Eu gostaria de receber mais lições agora..." – ela se inclinou para ele.

Ele inspirou forte ao sentir os lábios dela sobre a pele.

"- Agora?"

"- Hum. Hum."

Ele a deitou suavemente sobre a cama.

"- Então me deixe lhe ensinar..."

Gerard começou a beijar-lhe novamente os seios, mordiscando-os levemente. Mas dessa vez não desceu pelo corpo de sua esposa trilhando-o com beijos. Sua mão começou a percorrer o corpo dela até o conhecido ponto de prazer dela. Manipulando seu clitóris, ele sentiu todo o corpo dela tremendo. Então, levantou-se posicionando entre as pernas dela, trazendo-a para perto de si. Lentamente, começou a penetrá-la movendo-se para frente e para trás.

Quando o corpo dela começou a mover-se na mesma cadencia, aumentou a intensidade de seus movimentos, até que Lucille se agarrou a ele. Gerard a abraçou colando seus lábios aos dela. O êxtase explodiu entre eles e os gritos ressoaram sufocados pelas bocas coladas.


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