Nosso futuro continua! escrita por Tuka


Capítulo 6
O seu lugar é aí, no lixo...


Notas iniciais do capítulo

Oi! Gente eu não postei semana passada porque estava na praia e não tinha wifi, então vou postar um capítulo hoje e para compensar semana passada vou postar outra terça.
Espero que gostem do novo capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/598689/chapter/6

*Nota inicial importante!

POV FRANCESCA

–Não... –comecei a chorar.

–Sinto muito senhora Hernandez, a senhora está liberada. –o médico se retirou da sala me deixando com o Diego.

O Diego se aproximou de mim e me abraçou.

–Fica calma. –ele falou com os olhos molhados.

–Era meu filho. –falei caindo aos prantos.

Me levantei da cama e fui pegar a Bella no colo por ela estar dormindo, o Diego me impediu.

–Eu pego ela, você pega o Diogo, ele é mais leve. –o Diego pegou a Bella.

Fui na direção do sofá e peguei o Diogo no colo, dei um beijo em sua bochecha.

–Meu amorzinho. –falei ainda chorando.

–Vamos, Fran. –o Diego me abraçou.

Saímos do hospital e fomos direto para a casa.

POV NARRADOR

Francesca e Diego preferiram não ver o bebê, eles não queriam sofrer mais em ver seu filho morto.

No carro Francesca e Diego sempre deixavam lagrimas escorrer, mas, Francesca não parava, ela não conseguia segurar as lagrimas que surgiam em seus olhos. Diego queria deixar mais lagrimas caírem, mas ele queria ser forte em um momento difícil para ele e para a mulher. Diego tentava conversar com sua mulher mas a mesma não respondia, Francesca estava muito triste, angustiada, para falar.

Eles chegaram na mansão Hernandez. Logo que Francesca entrou na casa com seu filho no colo, correu para o quarto do filho e o deixou na cama dando um beijo em sua cabeça, ela saiu do quarto de Diogo e correu para o dela trancando a porta. Ela correu para a cama e ficou chorando desesperadamente debaixo das cobertas. Ela não acreditava que seu filho estava morto.

Diego foi para a porta de seu quarto, e, ao perceber que estava trancada ficou preocupado.

–Meu amor, abre a porta por favor. –ele pediu.

Ele não teve resposta.

–Francesca, abre a porta, vamos conversar. –ele insistia.

Ainda sem sucesso, ele não conseguia tirar uma palavra da mulher.

Ele parou e pensou, estava com os olhos vermelhos de tanto chorar, mas doía bem mais ver a mulher sofrendo. Ele pensou e resolveu ligar para alguém, alguém que ele imaginou que talvez conseguiria tira-la de lá.

*Vinte minutos depois

–Oi Vilu, que bom que veio. –Diego cumprimentou Violetta.

–Óbvio, você me ligou com urgência. –Violetta cumprimentou-o. –Posso deixar eles no sofá? –Violetta perguntou com seus filhos Kaila e Kelvin dormindo em seu colo.

–Claro. –Diego autorizou.

–Vem. –Violetta chamou Daisy e Nathan que estavam andando que nem zumbis pelo sono.

Eles a seguiram e deitaram no sofá, Kaila e Kelvin ficaram no outro.

–Dormi aí meu amor. –Violetta colocou Kevin no sofá.

Violetta direcionou seus olhos em Diego tendo toda atenção.

–Então, me explica porque me ligou as quatro da madrugada? –perguntou Violetta.

–A Francesca, ela está trancada no quarto e não quer sair. –falou Diego com um olhar triste e preocupado.

–Por que que ela se trancou no quarto? –perguntou Violetta a procura de uma explicação.

–Ela entrou em trabalho de parto, ela ficou umas três horas no parto e na cesariana pois o bebê estava preso, e acabou que ele morreu antes de nascer. –Diego tentava se controlar para não chorar.

–Não acredito... –Violetta posicionou as mãos em frente aos lábios. –Eu sinto muito. –ela abraçou Diego.

–Agora a Francesca não saí daquele quarto, ela nem fala comigo desde que soube. –falou Diego triste.

–Vou ver se consigo tira-la de lá. –Violetta se direcionou a escada que tem no lado direito da casa.

Violetta andou pelo grande segundo andar até chegar na grande porta de madeira que foi polida recentemente por estar com uma aparência brilhante, Violetta pegou na maçaneta e tentou abrir mas não conseguiu, estava trancada.

–Fran, abre a porta, sou eu Vilu. –falou Violetta de cabeça baixa olhando para o chão.

Ela não teve uma resposta então insistiu.

–Fran... Fran por favor abre a porta... –insistiu.

Sem respostas novamente.

–Francesca, eu não acordei meus filhos as quatro da madrugada por nada. –Violetta falou a espera de uma resposta. –Se eu tiver que voltar pra casa sem respostas eu vou ficar muito brava, meus filhos estão cansados e eles vão reclamar, mas eu quero que essas reclamações tenham um sentido.

Violetta aguardou, ela ouviu o barulho da porta destrancando. Violetta suspirou e contou até dez, entrou no quarto e teve a visão de uma pessoa de baixo do cobertor chorando, obviamente, Francesca. Violetta se aproximou da cama calmamente pois sabia que nem que quisesse, ela não podia tirar sua amiga dessa situação, mas pelo menos diminuiria um pouco a situação.

–Oi Fran. –Violetta se sentou na cama.

Sem respostas.

–O Diego me contou. –ela continuava a falar. –Eu sinto muito amiga, de verdade.

Violetta queria pelo menos um “Oi” vindo de sua amiga, mas ela não pronunciava nem uma vírgula.

–Francesca... –Violetta reclamou. –Eu não acordei as quatro por nada, eu vim te ajudar amiga, vai, sai daí, esse edredom não vai te proteger.

–Ele era meu filho. –ela saiu de baixo do cobertor.

–Eu sei Fran, eu sinto muito. –Violetta abraçou a amiga. –Imagino como deve ser, eu não sei como seria minha vida sem a Daisy, o Nathan, a Kaila ou o Kelvin, eu sinto muito Fran.

–Eu queria ele aqui comigo, no meu colo. –falou Francesca se sentando ao lado da amiga. –Queria acordar todo dia de madrugada ouvindo aquele choro agudo de bebê, ter que me levantar toda madrugada para ficar com ele...

–Você viu ele? –Violetta perguntou.

–Não, não quis. –Francesca respondeu chorando.

–Calma, Fran, se acalma amiga. –Violetta afagou o braço de Francesca. –O que você tem que fazer agora é conversar com o Diego e depois explicar para a Bella e para o Diogo, explica pra eles com calma e com jeitinho para eles entenderem bem. Já pensou se eles veem você assim, chorando e soluçando. –Violetta deu uma risada.

Francesca também soltou uma risada fraca.

–O que está acontecendo aqui, em Fran? Eu estou fazendo o seu papel, é você que sempre nos consola. –Violetta continuou a rir.

Francesca deu outra risada.

–Já terminei por aqui, você vai conversar com o Diego e depois com seus filhos. –Violetta se levantou. –Tchau Fran.

Elas se despediram e Violetta deixo a amiga conversar com o marido, e ela foi para casa com seus filhos.

*Mesmo dia -17:45

Todos estão no cemitério, enterro do Matheus, filho de Francesca e Diego.

Todos estavam de preto e de cabeça baixa, Francesca chorava e Diego se segurava para dar força a esposa. Violetta estava logo ao lado da amiga com seu filho no colo e os outros de pé confusos por não entender muito bem do assunto. Bella entendeu e compreendeu, Diogo ficou confuso mas entendeu que o irmão não estaria com eles.

Francesca estava inconformada, ela não acredita que estava vendo o pequeno caixão ser enterrado.

********************************************************

Todos já estão prontos para ir em bora, estavam no gramado perto de onde os carros estão estacionados.

–Eu sinto muito Fran. –Camila abraçou a amiga.

Todos estavam com certeza tristes pela amiga, mas a vida é a vida, coisas ruins acontecem.

*Três meses depois

POV BRODUEY

Voltou as aulas e nem sempre a Cami pode ir busca-los na escola, ou ela está trabalhando ou está com preguiça, e isso significa que eu tenho que busca-los e hoje é um desses dias.

Eu estava na porta da escola esperando as crianças, quando a Melody aparece de mãos dadas com o Miguel que estava dando risada enquanto a Melody falava com ele.

–Oi! –falei.

Os dois correram até mim, peguei os dois no colo.

–Oi papai! –a Melody disse.

–Oi papai! –o Miguel acenou.

–Como vocês estão? –perguntei.

–Bem, mas vamos pra casa que eu tô cansada. –a Melody disse mandona.

Ela desceu do meu colo e foi na direção do carro.

–Tudo bem mini Camila. –ri.

Ela me olhou feio, igualzinha a Cami.

–Eu não sou igual a mamãe, não sou mandona igual ela, mas eu quero ir pra casa, então vamos papai, sem reclamar. –ela abriu a porta carro, entrou e se sentou na cadeirinha.

–Mini Camila. –falei baixinho para o Miguel que riu.

–Mini mamãe. –ele repetiu rindo.

Coloquei os dois na cadeirinha e seguimos na direção de casa. Comecei a dirigir, no caminho o Miguel dormiu e a Melody começou a cantar. Nunca tinha ouvido minha filha cantar, ela tem uma voz encantadora, ela pouco desafina e tem uma voz suave e fofa, me causava até arrepios.

Chegamos em casa, estacionei o carro na garagem e fui entrar em casa, peguei o Miguel no colo por ele estar dormindo e entrei em casa com ele e com a Melody.

A Melody viu a Cami, correu e pulou no colo dela.

–Oi mamãe! –ela beijou a bochecha da Cami.

–Oi princesa. –a Cami ficou com ela no colo.

–Oi meu amor. –dei um selinho nela.

–Oi. –ela prolongou o selinho. –Ele está cansado, ele quase sempre chega dormindo. –a Cami passou a mão no cabelo do Miguel.

–Vou leva-lo para a cama. –dei outro selinho nela e fui a direção do quarto do Miguel.

Cheguei no quarto dele, coloquei-o na cama, fechei a cortina e saí do quarto fechando a porta logo em seguida.

Voltei para sala, não tinha ninguém, fui na direção da sala de jantar onde encontrei a Melody sentada em uma cadeira comendo uma maçã, e a Cami estava conversando com ela.

–Não sei mamãe. –cheguei no meio da conversa então não sei o assunto.

–Do que estão falando? –perguntei me sentando ao lado da Cami.

–Nada. –a Cami respondeu.

A Camila nunca me conta, quando ela não quer me contar ela não conta, mas, eu tenho uma informante.

–Do que vocês estavam falando, Melody? –perguntei.

A Cami me olhou feio sabendo que a Melody me contaria tudo.

–A mamãe pergunto se eu sabia porque o Miguel tá machucado. –minha princesa que não mente, ela me contou tudo que eu precisava saber.

–Meu amor. –abracei a Cami de lado. –Eu falei pra você que é normal, você não lembra da Melody, ela sempre chegava toda machucada, mas é de ficar brincando por aí.

–Mas...

–Mas... Nada, é coisa de criança, Cami.

–Eu sei...

POV NARRADOR

*Dia seguinte

São nove horas e as crianças estão na escola. E nesse momento Melody está sentada no chão brincando com suas amiguinhas. Elas estavam brincando até que uma coleguinha de classe aparece e chama Melody, que a seguiu até um banco, as duas se sentaram no banco então Melody resolve perguntar.

–Por que você me chamo? –perguntou Melody.

– Eu queria sabe uma coisa, aquele moço que veio te busca ontem, era seu pai? –a colega de Melody, a Carla perguntou.

–Sim, é meu papai. –respondeu Melody sorridente.

–Ele não é seu pai. –a menina falou metida, incrível para uma criança de seis anos.

–Po que não? –Melody não estava entendendo.

–Seu pai é preto, e você não. –essa fala da amiga irritou Melody.

–Mas minha mãe não é. –Melody indagou irritada.

–I daí, você tinha que ser igual ele.

–Mas eu sou igual minha mãe. –Melody estava querendo sair dali. –Olha meu cabelo, é igual o da minha mãe.

–Mas você é feia igual o seu pai. –a menina falou fazendo careta.

–Meu papai não é feio, eu também não. –Melody ficou com lagrimas nos olhos.

–É sim. –a menina continuava convencida.

–Não sou... –Melody estava quase chorando, faltava pouco.

–É sim, feia igual o seu pai.

–Não sou NÃO! –Melody empurrou a menina do banco fazendo com que ela caísse e começasse a chorar.

A professora levou Melody até a diretoria e Carla para enfermaria.

Ligaram para os pais de Melody que permaneceria na diretoria por um tempo.

Camila chagou na escola sem entender, sua filha é uma mor e não faria mal a ninguém. Ela se direcionou a diretoria, ao abrir a porta viu sua filha sentada com o rosto vermelho de chorar e o diretor sentada atrás da grande mesa de vidro.

–Bom dia senhora Torres. –o diretos cumprimentou Camila.

–Bom dia. –Camila cumprimentou.

Camila se sentou ao lado da filha que foi para o colo da mãe.

–O que aconteceu? –Camila não estava entendendo.

–A Melody empurrou uma coleguinha. –o diretor falou.

–Por que você fez isso. Melody?

–Mas mamãe...

–Mas nada Melody, você não deveria ter empurrado ninguém. -Camila estava ficando nervosa.

–Eu empurrei mas... –Melody queria explicar.

–Melody Torres! Não é para empurrar ninguém.

–Desculpa, mamãe. –a menina falou triste. –Eu não vou faze de novo, eu juro.

–Desta vez passa. –o diretor falou.

–Obrigada. –Camila agradeceu. –Não vai acontecer de novo.

–Não vai acontecer nada com ela, apenas vai voltar hoje mais cedo para casa, as coisas dela estão arrumadas com a professora, é só pegar e vocês podem ir.

Camila se levantou, se despediu e saiu da sala com sua filha no colo.

Camila Foi até a professora para pegar a mochila de Melody para elas poderem ir para a casa.

POV LEON

Eu estou preocupado com as crianças lá em Buenos Aires, será que a Violetta tem dinheiro para cuidar deles? Será que eles estão bem? Será que ela cuida bem deles em vez de ir ficar com o Diego?

São tantas perguntas que passam pela minha cabeça que me deixa até tonto, mas já dei um jeito, vou mandar todo mês doze mil reais para lá, assim tenho certeza de que as crianças estão bem. Para isso pedi para que o meu assistente John fosse todo mês para Buenos Aires, ele é mais confiável que tenho, depois da Lara. Ele partiu ontem, com certeza hoje a Violetta receberá o dinheiro.

Nós estamos Japão, vamos abrir uma empresa aqui também, iremos e bora do Japão daqui a dois meses, chegamos a uma semana, e ainda vamos ficar um tempo aqui.

A Lara me ajuda muito, não sei se conseguiria sem ela.

–Oi. –ela se sentou ao meu lado. –Olha só, uma foto do Nathan e da Daisy. –ela viu o que eu estava olhando.

–É a única foto que tenho deles, sinto tanta saudade deles. –falei sorridente.

–Também sinto saudades da Luisa, ela já está com oito anos, nem sei como ela está. –ela falou emocionada.

–O Nathan e a Daisy estão com seis anos, devem estar lindos.

–Com certeza. –ela assentiu. –Agora vamos trabalhar porque daqui a uma hora temos uma reunião com os japoneses para falar sobre a pista. –ela se levantou.

–Sim. –assenti.

Guardei as fotos no meu bolso, quando coloquei minha mão no bolso senti outra coisa, deixei a foto lá dentro e puxei o que tinha lá dentro. Era uma foto da Violetta. Olhei bem a foto, pensei no que fazer. Segurei as duas pontas da foto e a rasquei ao meio.

–Você não faz parte da minha vida. –joguei a foto no lixo. –Seu lugar é aí, no lixo...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como ficou?
O Leon é um sem noção, ele não pode fazer isso com a Vilu...