Nosso futuro continua! escrita por Tuka


Capítulo 4
O que foi meu amor?


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, como vocês estão, bem? Eu espero que sim.
Aqui tenho terminado outro capítulo para vocês, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/598689/chapter/4

POV ANGIE

–Você não vai sair de casa! –eu estava em outra discussão com a Giovanna.

–Por que não mãe? –ela reclamava.

–Era pra você estar na escola, mas não, você está de suspensão por três dias. –briguei com ela.

Ela bufou e se jogou na cama.

–Não adianta bufar, seus irmãos estão na escola e já que você não vai, você não vai sair para lugar nenhum. –falei.

–Mas eu nunca fiz nada de errado, foi só dessa vez. –ela bateu na cama.

–Não, não foi só des... –parei.

–Como não foi só dessa vez, eu nunca tinha feito nada An-ge-les. –para me irritar ela me chama de Angie ou Angeles, não de mãe.

–Já falei para não fazer isso Giovanna. –eu tentava me controlar.

–Qual problema, seu nome é Angeles. –ela cruzou os braços.

–Sorte sua que seu pai está trabalhando. –suspirei.

–Meu pai é o Leonardo.

Fui para mais perto dela.

–Ele. Não. É. Seu. Pai. –falei pausadamente. –Seu pai é o Germán.

–Não. É. Não. –ela se levantou.

–Sabe, sorte sua por eu não te mandar para longe desde que você botou fogo na festa da Violetta. –falei tudo sem pensar.

Vi que ela arregalou os olhos, ela me encarou e se sentou na cama. Ela ficou calada sem dizer nada. Olhei-a, ela olhava pro nada.

Me sentei ao lado dela.

–Eu era pequena. –ela falou.

–Eu sei. –falei calma.

–Você me desculpa, mãe? –ela me perguntou.

Abracei-a sem responder.

–Sim. –respondi rápida.

Deixei ela no quarto e fui para a sala.

Eu ajudo o Federico em algumas coisas do Studio e tinha que resolver umas coisas. Pequei o computador e fui para a sala ver se conseguia trabalhar, mas não, não consigo. Fiquei pensando que acabei fazendo tudo que eu não quis fazer, não gosto de lembrar que foi a Giovanna que colocou fogo na casa e que matou a Stephanie.

Quatro dias depois

POV NARRADOR

Quatro dias se passaram, mas para Violetta parecem anos por estar longe de Leon.

Os filhos de todos estudam na mesma escola, Colégio Buenos Aires, o melhor colégio de Buenos Aires, do berçário ao ensino médio. Todos se encontravam bastante na escola, o que os unia muito.

Giovanna tinha voltado para escola e estava nervosa atrás de uma pessoa.

É hora do intervalo e Bella está no jardim da escola andando com sua amiga, Claudia.

–Quanto você tirou na prova? –Bella perguntou a amiga.

–9,5. E você? –Claudia perguntou.

–10. Acho que se eu não tirar 10 minha mãe me mata. –Bella riu

–Sua mãe não pode ser tão rígida assim? –a amiga desconfiou.

–Ela é. Ela disse que sempre tirou nota boa, e eu tenho que ser assim.

As amigas continuaram a caminhar pelo jardim, sem parar de conversar em momento nenhum, até que, Bella sente duas mãos em suas costas, as mãos fizeram uma forte pressão fazendo com que Bella perdesse o equilíbrio e quase caísse de barriga. Claudia ao ver que sua amiga se machucaria, ela agarrou no braço da amiga e fez com que Bella não caísse.

Bella reequilibrou e arrumou a tiara em sua cabeça.

–Você está bem Bella? –perguntou Claudia preocupada com a amiga.

–Estou, por pouco. –Bella suspirou. –Quem foi que me empurrou?

–Não faço ideia. –respondeu a amiga sincera.

As duas amigas olharam para trás e viram Giovanna com uma expressão de raiva com as mãos na cintura.

–Giovanna? –Isabella estava confusa.

–Imagina, sua mãe. –a menina foi sarcástica.

Bella não acreditava que a conhecida teria feito isso.

–Você contou pra ela! –Giovanna foi pra cima de Bella.

Bella foi dando passos para trás com a missão de fugir.

–Não sei do que você está falando. –Bella foi sincera.

–Para de mentir, só você sabia, você contou para minha mãe! –Giovanna começava a falar mais alto.

Giovanna continuava andando, e Isabella recuando.

–Eu nunca contei nada pra sua mãe.

–Contou sim, só você sabia sobre quem causou o incêndio, foi você! –Giovanna estava começando a gritar.

Bella parou.

–Nunca contei nada. –a menina continuava sincera.

–Você contou pra minha mãe, a culpa é SUA!! –Giovanna empurrou Bella.

Bella sentiu duas mãos em seus ombros a empurrando para trás. Para que não caísse de cabeça Bella apoiou o peso no cotovelo, grande erro da menina. Logo sentiu uma dor insuportável no cotovelo e começou a chorar.

*Studio V&F

Violetta estava em sua sala vendo quais seriam os próximos testes.

Francesca estava em com um dos clientes, Sidney, que estava fazendo um teste de canto para ver se era aprovado.

Francesca olhava e ouvia atentamente quando sentiu o bolso de sua calça vibrar, seu celular estava tocando. Sem nem olhar ela desligou e continuou a avaliar. Novamente seu celular, e novamente ela o desligou. Quando acabou o teste, Sidney saiu da cabine e se sentou ao lado de Francesca.

–Então?

–Você ainda precisa treinar os agudos, você fica muito nos graves o que acaba não dando vida a música. –Francesca explicou. –Mas o resto está bom, é só isso mesmo.

–Vou treinar bastante em casa. –Sidney falou sorridente.

–Imagino. –Francesca novamente sentiu seu celular tocar. –Me desculpe. –ela pegou o celular e desligou a ligação.

–Tudo bem.

–Bom... –Francesca se virou para a mesa. –Você pode voltar Terça no mesmo horário.

Sidney assentiu e levantou.

–Obrigada.

Ele se despediu e foi em bora.

Como Francesca está grávida este era seu último horário pois não podia fazer muito esforço. Ela se levantou, andou até o elevador e subiu até o sexto andar onde encontraria a sala dela e da Violetta. Ela andou pelo extenso corredor cumprimentando a todos que passavam por ela. Quando chegou na sala viu Violetta com fones de ouvido, Francesca se aproximou devagar e deu um susto na amiga fazendo ela pular da cadeira.

–Francesca!

–Me desculpe. –Francesca riu. –O que você está fazendo?

–Revisando. –Violetta respondeu tirando o fone. –Como foi lá?

Violetta olhou para a amiga.

–Bem, ele está melhorando, mandei ele treinar mais os agudos, mas... –Francesca foi interrompida.

–Senhora Francesca, telefone para você. –um dos seguranças informou.

–Já vou, obrigada.

–Disseram que é urgente.

–Tá. –Francesca se levantou. –Já volto Vilu.

Violetta assentiu.

Francesca se retirou da sala e Violetta voltou ao trabalho. Violetta foi ver como estava sua agenda, que estava lotada. Violetta suspirou e se jogou na cadeira. Violetta estava distraída quando viu Francesca entrar correndo. Francesca pegou a bolsa.

–Vilu você fecha tudo sozinha?

–Fecho, o que aconteceu? –Violetta não estava entendendo nada.

–Eu não sei direito, me ligaram do colégio, falaram que a Bella se machucou. –Francesca falou rapidamente.

–Ela está bem? O que aconteceu? –Violetta falou preocupada.

–Não sei, não me explicaram direito.

–Tudo bem, eu fecho tudo aqui. –Violetta assentiu.

–Obrigada amiga. –Francesca se despediu.

Francesca se retirou da sala, Violetta suspirou e jogou todo o pesa na cadeira que estava sentada, fechar o Studio parece fácil, mas não é.

Francesca se despediu e correu para o estacionamento para pegar o carro.

Francesca pegou o carro e dirigiu até a escola, ela respirava fundo o tempo todo porque não podia ficar nervosa por causa da gravidez. Quando Francesca chegou no colégio entrou pela terceira porta da secretária, logo que entrou viu sua filha com o braço engessado e uma tipoia (usado para segurar o braço quando ele está engessado) rosa. Francesca correu até a filha e a abraçou.

–Bella! Seu rosto está vermelho, você estava chorando. O que aconteceu? O que aconteceu com seu braço? Você está bem? –Francesca abraçava sua filha.

–Estou bem mamãe. –Bella abraçava a mãe. –Meu braço está doendo um pouco.

–O que aconteceu? –Francesca segurou o rosto da filha entre suas mãos.

O Diretor se aproximou das duas. Francesca encostou a filha em sua frente.

–Senhora Hernandez. –o diretor Carlos cumprimentou Francesca.

–Sim.

–Bom, uma colega de classe da Isabella a empurrou e ela quebrou o braço no impacto. –o diretor falou com as mãos no bolso. –Chamei você e a mãe da coleguinha dela, ela já deve estar nos esperando na sala de reuniões, me acompanhe por favor.

Francesca assentiu e seguiu o diretor até a sala de reuniões.

*Corredor do colégio (10 minutos antes)

Angie estava indo para onde mandaram, sala de reuniões. Disseram que lá ela encontraria Giovanna. Angie andava batendo os pés de raiva, a quatro dias Giovanna já tinha mandado um colega para o hospital, agora de novo, outra reclamação por Giovanna ter agredido alguém. Angie entrou na sala e encontrou Giovanna de braços cruzados sentada de qualquer jeito na cadeira.

–Senta direito! –exigiu Angie ao abrir a porta.

Giovanna rapidamente obedeceu a mãe.

–O que você fez dessa vez? –Angie perguntou indo na direção da filha.

Giovanna bufou.

–Vou perguntar só mais uma vez Giovanna, o que você fez dessa vez? –Angie se sentou ao lado da filha.

–Empurrei uma menina. –Giovanna respondeu de bico.

–Você voltou hoje para a escola e já foi para a diretoria de novo. –Angie estava inconformada. –Quem que você empurrou?

–Em uma menina da minha sala mãe!

–Quem é a menina?

–Foi a ... –Giovanna foi interrompida pela porta se abrindo.

Quando Angie viu Francesca entrar com Bella a sua frente com o braço engessado, ela olhou feio para a filha.

–Não acredito que você empurrou a Bella. –Angie falou olhando torto para a filha.

Francesca também não acreditou ao ver que quem tinha quebrado o braço de sua filha foi a filha de sua antiga professora de canto. Francesca se sentou na frente de Angie e Bella em frente a Giovanna, o diretor na ponta da mesa.

–Bom, a Giovanna empurrou a Isabella que caiu e apoiou o peso no cotovelo, ela foi levada a enfermaria, fizemos o raio-x que constatou que o braço quebrou por causa da queda, os nossos médicos a engessaram o braço e agora está tudo bem, não é Isabella? –o diretor contou a história.

Bella assentiu.

–Mas por que a Giovanna empurrou a Bella? –Francesca perguntou.

Bella olhou para a mãe.

–Não foi nada mãe, foi só porque eu tirei mais que ela na prova. –Bella falou jogando um olhar tipo “É sobre aquele assusto complicado”.

–É. –Giovanna assentiu.

–Mas, senhora Castillo, a Giovanna vai ter que ficar mais quatro dias em casa de suspenção. –o diretor falou.

Angie assentiu.

–E a Isabella está liberada por hoje. –o diretor completou.

Francesca assentiu.

–E então Giovanna, peça desculpas. –Angie falou seríssima.

Giovanna olhou para a mãe e bufou.

–Anda logo. –Angie murmurou baio.

–Desculpa por quebrar o seu braço Bella. –Giovanna falou de saco cheio. –Me desculpa por ter quebrado o braço da Bella, tia Fran.

–Tia? –o diretor não entendeu nada. –Vocês se conhecem?

–Sim. –Angie assentiu.

–É. –Francesca deu sua tradicional risadinha sarcástica. –Ela foi minha professora.

–É verdade mãe? –Bella perguntou a mãe.

–Depois conversamos filha. –Francesca afagou o braço da filha.

–Sim, fui a professora dela. –Angie confirmou.

–Isso é bom, vocês se conhecem e podem resolver. –o diretor falou. –Mas, já está tudo explicado.

O diretor deixou as quatro irem em bora, elas saíram da sala de reuniões. Giovanna e Bella foram buscar suas mochilas na sala enquanto Angie e Francesca esperavam na recepção. Elas eram conhecidas, se conheciam muito bem e uma não iam ficar brava com a outra.

–Me desculpa Francesca. –Angie estava envergonhada.

–Tudo bem Angie. Mas, quem te contou quem causou o incêndio? Porque só eu e a Vilu sabíamos e eu não te contei, e a Vilu não queria te contar.

–Descobri por acaso. –Angie explicou.

–Entendi...

POV LUDMILA

Hoje é o dia do Fe buscar as crianças, ele ainda tem sorte que a Emily ainda não vai para a escola, ela só tem um aninho.

Eu estava com a Emily na sala esperando o Federico, ele tinha que ir buscar a Luly e o Jordan na escola. A Emily estava no meu colo, estávamos no sofá brincando. O Federico devia ter chego a vinte minutos com as crianças, mas nada.

–Onde está seu pai em? –pequei-a no colo.

Ela pegou em meu cabelo e puxou uma mecha.

–Não. –tirei a mão dela de meu cabelo. –Não pode. –falei séria.

Ela fez bico e começou a chorar.

–Sem frescura Emily!

Ela logo parou de chorar. Não suporto criança fresca ou mal educada, sei que quando mais jovem eu não era bom exemplo, mas fazer o que né.

Meus filhos me conhecem, sabem que eu não gosto de frescuras.

Ouvi o telefone tocar. Pequei a Emily no colo e atendi o telefone. Era da escola das crianças. A mulher do outro lado da linha começou a falar e disse que ninguém tinha ido buscar as crianças na escola e que eles estão lá até agora. No mesmo momento que a mulher falou ouvi a porta se abrir, era o Federico. Desliguei o telefone, ajeitei a Emily em meu colo e olhei bem, bem feio para o Federico. Ele me olhou sem entender nada.

–O que foi meu amor?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Espero que sim, até o próximo pessoal!