Nosso futuro continua! escrita por Tuka


Capítulo 16
Afinal...


Notas iniciais do capítulo

OI!! Gente, me desculpa não ter postado ontem, mas eu fui correr na Corrida Cartoon e quando voltei para a casa estava exausta e nem lembrei, hoje de manhã acordei e lembrei que tinha deixado vocês esperando então aqui estou eu!
Bom, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/598689/chapter/16

POV DIEGO

–Sua mulher perdeu a memória. –Ele disse calmo.

Eu não sabia que reação ter, não sabia o que fazer.

–Ela não perdeu totalmente a memória. Ela se lembra até os 17 anos dela, depois disso ela esqueceu completamente a vida dela. Ela não sabia a própria idade, disse que se lembrava do último aniversário e disse que foi o de 17 anos, os anos restantes ela esqueceu. –Ele falou.

–Isso é permanente? –Perguntei sem saber o que fazer.

–Não sabemos, pode ser permanente como pode ser passageiro, a única coisa que podemos fazer é esperar, o tempo nos dirá tudo.

–Obrigado, posso vê-la?

–Claro. Ela está acordada, é só entrar. –Ele falou.

Agradeci novamente.

Fui até a porta, segurei na maçaneta de metal gelada e suspirei nervoso, estava suando as mãos tremendo e não sabia como ela me receberia. Quando abri a porta ela estava deitada com as mãos sobre o corpo e olhando para a Janela.

Ela levou um susto ao me ver, mas logo sorriu.

–Oi! –Ela disse simpática.

–Oi. –Falei.

Me aproximei dela.

–Se lembra de mim? –Perguntei.

–Sinto muito, não me lembro. Não me lembro de muita coisa. –Ela falou ainda sorrindo. –O médico disse que perdi a memória de muitos anos de vida.

–Perdeu mesmo. –Assenti.

–Quem é você? Um amigo? Qual seu nome? –Ela perguntou interessada.

–Sou Diego. –Falei me sentando em uma poltrona. –Você me faz um favor?

–Claro! –Ela sorriu.

–Posso ver sua mão direita? –Pedi.

Ela ergueu a mão direita. Não vi em seu dedo a aliança de casamento. Imaginei que isso aconteceria, a aliança da Ludmila também foi roubada no dia do acidente.

–Qual problema? –Ela perguntou. –Ei, você não me respondeu, você é meu amigo?

–Não. –Sorri.

–Como assim? –Ela perguntou confusa.

Ergui minha mão deixando à mostra a aliança. Tirei a aliança e mostrei a ela que estava escrito “Francesca Cauviglia” e um coraçãozinho.

–Somos casados? –Ela perguntou encantada com a aliança.

–Somos, a quase dez anos. –Falei pegando a aliança de volta.

–Sinto muito não te reconhecer. –Ela falou triste.

–Tudo bem, o médico falou que é normal. –A verdade é que não estava nada bem.

A sala ficou um silêncio até que eu resolvi perguntar.

–Você se lembra da Bella? –Perguntei sabendo que se ela não soubesse a Bella ficaria em depressão.

–Quem é Bella? –Pronto, vou ter que aturar minha filha depressiva.

–A Bella é nossa filha. –Falei. –A coisa mais importante na sua vida, até mais que você mesma ou eu.

–Não consigo me lembrar. -Ela pareceu triste. –Como não consigo me lembrar da minha própria filha?

–O médico disse que pode se lembrar com o tempo. –Afaguei sua mão.

Ela puxou a mão afastando da minha.

–Como ela é? –Ela perguntou criando um sorriso em seus lábios.

–Ela é alta, e a menina de 13 anos mais gentil e bonita que já conheci. –Falei.

–13 anos? –Ela perguntou espantada.

Mostrei a ela uma foto da Bella, ela sorriu encantada

–Ela a mais velha do grupo. –Falei.

–Que grupo? –Ela perguntou confusa.

–Dos nossos amigos, entre todas as crianças ela é a mais velha. Você tinha 19 anos quando ela nasceu.

–Era nova, muito nova. –Ela falou assustada.

–Mas acredite, você fala que foi a melhor coisa na sua vida, e é, ela é a coisa que mais importa na sua vida. –Falei lembrando de tudo que ela fala praticamente todo dia.

–Deve ser mesmo. –Ela sorriu.

Nós ficamos em um silêncio mortalmente incomodador. Estava horrível ficar naquele quarto. Posso dizer que a Violetta me salvou ao entrar na sala praticamente gritando pela Francesca.

–Fran! Ainda bem que você está bem, não sei como ficaria se você morresse. Mas avisei que te mataria se morresse. –Falou enquanto abraçava a Francesca.

POV VIOLETTA

A Fran não me respondia nem me abraçava. Me afastei dela e olhei-a, ela parecia confusa, me olhava totalmente sem saber.

–Violetta? –Ela perguntou.

–Sim. –Respondi confusa.

O Diego me chamou para um canto do quarto.

Ele começou a contar para mim tudo o que o médico disse a ele, com todos os detalhes possíveis e impossíveis. Ele estava quase chorando porque a Francesca não se lembra dele. Pedi a ele que me deixasse um tempinho com a Fran.

Ele se retirou do quarto e eu fiquei sozinha no quarto com a Fran.

Ela me olhava um pouco confusa. Me aproximei dela com calma, e quando cheguei ao seu lado, coloquei uma poltrona ao lado da cama.

–Se lembra de mim? –Perguntei.

–Não muito. –Ela falou. –Você está diferente de como me lembro.

–É. –Ri baixo. –Estou mais velha, não tenho mais 17 anos.

–Me conte um pouco para eu me lembrar. –Ela falou sorrindo. –É casada?

–Sou. –Assenti. –Com o Leon, se lembra?

Ela fez cara de pensativa e parou por alguns instantes.

–É aquele topetudo? –Ela perguntou rindo.

–Não. – Ri também.

Ela voltou a pensar, pensar e pensar.

–Fran, se não lembrar tudo bem, não quero que fique fazendo esforço. –Falei carinhosa.

–Espera, é aquele que namora aquela menina loira? –Ela perguntou.

–Namorava. –Ri. –Sim é ele, agora somos casados.

–Não lembro muito os nomes. –Ela se lamentou.

–Tudo bem. –Afaguei sua mão.

–Vilu... –Ela parou. –Posso te chamar de Vilu?

–Claro, todos me chamam assim. –Sorri.

–Vilu, quando conheci o Diego? –Ela perguntou.

–Você tinha quase 17 anos, por...

–Eu não me lembro dele, queria me lembrar dele, porque não me lembro dele? –Ela perguntou triste.

Demorei uns instantes para responder.

–Olha, Fran. Talvez você não se lembre dele porque sua memória dele quando você tinha essa idade não são as melhores. Você odiava o Diego, ele fez mal para mim e você o odiou por um bom tempo então pode ser o motivo para você não se lembrar dele. –Contei.

–Quero me lembrar. –Ela derramou uma lagrima de cada olho.

–Você vai. –Sorri.

–Espero mesmo...

–Mãe! –Olhei para a porta assim como a Francesca.

–Bella o que faz aqui? –Perguntei.

–Bella! –O Leon entrou no quarto correndo.

–Leon! Era para você cuidar dela lá em baixo. –Falei brava.

–Ela fugiu! –Ele questionou.

–Bella, você não pode ficar aqui! –Falei.

–Quero ver minha mãe! –Ela teimou.

–Você não pode ficar aqui! –Insisti.

–Essa é a Bella? –A Fran perguntou radiante ao ver a filha.

–É. –Assenti. –E está mais teimosa do que nunca. –Fuzilei a Bella que estava confusa. –Mas ela é um amor normalmente.

–Deve ser mesmo. –Ela sorriu.

–Puxou para a mãe. –Ri. –Teimosa e carinhosa.

Percebi que o Leon e a Bella não estavam entendendo nada da nossa conversa. Pedi licença para a Fran e tirei os dois do quarto. Quando chegamos do lado de fora do quarto fechei a porta que se encontrava atrás de mim. Olhei os dois sem saber como contar, muito menos para a Bella.

–Vocês não podiam ter subido. –Falei primeiramente.

–A Bella fugiu, tive que segui-la. –O Leon justificou.

–Queria ver minha mãe. –Ela falou. –Mas ela está estranha.

–Bella. –Olhei-a afagando seu braço. –Sua mãe... –De repente minha coragem desapareceu. –Sua mãe... Ela... Ela perdeu... Ela perdeu a memória.

–O quê? –Ela deu um passo para trás.

–Bella, sua mãe bateu a cabeça e não e lembra de boa parte da vida.

–Não...

–Eu sinto muito. –Lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

–Ela tem que se lembrar de mim. –Ela falou desesperada.

–Ela mal se lembrou de mim. –Admiti. –Ela nem se lembra de seu pai.

–Mas ela me ama... –Ela insistia.

–Eu sei, ela te ama muito. –Peguei sua mão que tremia. –Se acalma, Bella. –Pedi.

Ela assentiu tentando para de chorar.

–Leon, leva ela pra casa, depois conversamos. –Pedi olhando para o Leon que estava chocado ao lado da Bella. –Pode ser Bela?

–Pode. –Ela assentou.

Dei um selinho no Leon e me despedi dos dois.

*Um mês depois

Nossa vida? Acho que estaria bem se a Fran não estivesse com a memória perdida.

Achamos estranho que nada me aconteceu nem com ninguém, fico feliz e aliviada, mas ao mesmo tempo fico cada vez mais preocupada, esse tempo pode tanto ser bom quanto ruim, ele pode estar programando algo grande ou me esqueceu (duvido).

A Fran vive indo na casa da Cami ou na minha, nós somos as pessoas de que ela mais se lembra então fica muito, mas muito tempo conosco. Ela se incomodou de morar na casa do Diego por viver com pessoas que ela não se lembra então alugou um apartamento aqui por perto.

POV FEDERICO

–Vamos Luly! –Chamei-a.

–Espera, papai! –Ela gritou do quarto dela.

Eu e a Ludmila vamos no cinema e depois em um restaurante, é nosso aniversário de casamento (este ano não esqueci, vitória para mim!). Nós vamos deixar as crianças na casa da Naty e vamos, bom, menos a Luly que insistiu que queria ficar na casa da Violetta. A Ludmila brigou comigo e me obrigou a deixar a Luly lá, o problema é que minha menina quer ir lá só para ficar com o Nathan! Ela só tem 9 anos, não pode gostar de garotos.

Depois de um bom tempo no quarto ela finalmente desceu. Estava com seu vestido rosa com algumas flores brancas espalhadas por todo o vestido, e o maior problema, era no joelho.

–Quem deixou você usar este vestido? –Perguntei indo na direção dela. –É muito curto!

–Federico! –A Ludmila deu um tapa no meu braço. –Está linda, Luly!

–Obrigada, mãe!

–Tá. –Resmunguei.

Saímos e fomos primeiro na casa da Vilu deixar a Lulu e depois na Naty deixar o Jordan e a Emily. Afinal de tudo quando deixamos todos já eram oito e vinte da noite. Nós fomos no Cinema e eu deixei ela escolher o filme só para ser um bom marido. Passamos quase três horas no cinema e quando saímos do cinema fomos para o restaurante.

Acho que nunca passei tanto tempo em um restaurante. Eu e a Ludmila conversamos bastante como o verdadeiro casal que nós somos. Ela estava muito feliz de estarmos sozinhos sem as crianças para não termos que prestar atenção e cuidar delas, fazia tempo que nós não ficávamos sozinhos assim!

A Ludmila quis ir para a casa então fomos. Nós pagamos, pegamos o carro e fomos para a casa. Ela queria ter um tempinho só nosso, coisa que não tínhamos a muito tempo.

POV CAMILA

Eu e a Vilu estávamos mostrando várias fotos à Fran e explicando mas nada o suficiente para ela se lembrar da vida que tinha antes de perder a memória.

–Essa foto é do seu casamento. –Falei. –É você e o Diego logo após a cerimonia.

Ela pegou a foto que estava em minha mão e analisou-a atentamente com brilho nos olhos e um sorriso em seus olhos enquanto ela tocava a foto.

–Vocês não sabem como eu queria me lembrar... –Ela falou ainda analisando a foto.

–Você vai. –A Vilu sorriu.

–E se eu não me lembrar mais. –Ela ficou tristonha de repente.

–Não diga isso, Fran... –Peguei em sua mão. –Você logo se lembrará de tudo.

Continuamos vendo as fotos até que a Francesca parou, ela ficou olhando para o nada e de repente saiu correndo. Eu e a Vilu corremos atrás dela e a vimos no banheiro abaixada no vaso sanitário. A Vilu foi segurar o cabelo dela e eu, preocupada perguntei.

–Você está bem, Fran?

–Só estou enjoada. –Ela levantou e abaixou a tampa do vaso dando descarga em seguida. –Devo ter comido algo estragado.

A Vilu me olhou com cara de preocupada e eu devolvi o mesmo olhar.

Nós voltamos para a sala e continuamos a conversar. A Fran passou o resto da tarde bem, mas foi em bora mais cedo, disse que estava cansada e queria descansar então logo foi em bora.

O médico disse que ela pode ficar cansada rapidamente então tentamos não liga para isso, mas o médico não disse nada sobre enjoos.

–Cami, você acha que a Fran... –A Vilu falou.

–Não sei... –Parei para pensar. –Acho que não. –Olhei-a. –Ela foi esfaqueada Vilu, acho difícil.

–E se o médico não nos contou? –Ela perguntou.

–Ele não faria isso. –Neguei.

–Você sabe que a Fran engravida muito fácil. –Ela continuou.

–Mas se for isso, ela normalmente não segura.

–Temos que ter certeza. –Ela pensou.

–Tá, mas e se for verdade, e se ela estiver grávida?

–Contamos ao Diego. –Ela arqueou os ombros.

–Mas a Francesca não é mais a Francesca. –Falei insegura do que poderíamos fazer.

–Eu sei, é com isso que estou preocupada. –Ela olhou para o chão. –Mas se for verdade vamos ter que contar ao Diego porque ele seria o pai.

–Mas ela não vai aceitar isso muito bem, ela não se lembra de nada, não se lembra do que teve com o Diego, ela vai ficar assustada e não vai querer ficar com o Diego e isso vai deixa-lo totalmente triste. –Falei.

–Eu sei. –Ela continuou olhando para o chão. –Temos que fazer ela relembrar a vida dela, não vai ter jeito.

–Mas temos que esperar e se não for isso, for apenas um enjoou normal, igual ela mesmo disse, quem sabe ela não comeu nada de estragado, pode mesmo ter sido isso. –Tentei esquecer.

–Pode ser, e eu espero sinceramente que seja isso mesmo porque se não vai dar uma confusão enorme e eu não quero estar no meio de tanta confusão. –Ela me olhou.

–Mas para ter certeza precisamos fazer um teste. –Falei pensando novamente no assunto.

–Ah claro, como se fosse a coisa mais fácil do mundo pedir para que uma mulher que esqueceu a memória fazer um teste de gravidez, ela vai ficar louca. –Ela falou irônica.

–Exatamente este é o problema, ela não vai aceitar!

–Nós vamos dar um jeito. –A Vilu falou.

–Mas pensando bem, Vilu. Ela foi esfaqueada, teria perdido o bebê. –Pensei.

–Vai saber que não foi profundo o bastante para chegar até o bebê. –Ela falou.

–Tá, pode ser, mas temos que ter certeza...

#2 dias depois#

Nós enganamos a Fran e dissemos que o médico queria um exame de sangue para concluir os exames.

Hoje eu e a Vilu vamos busca-lo hoje e ver no que dá.

Nós entramos no consultório pegamos os exames fomos para o carro da Vilu. Ela se sentou no banco do motorista e eu no passageiro, fechamos as portas e suspiramos com os exames em nossas mãos.

–Vamos lá. –Ela falou suspirando.

–Vamos lá. –Repeti.

Abri o envelope que estava em minhas mãos e procurei o resultado, depois de tanto procurar achei a parte do teste de gravidez.

Eu e a Vilu olhamos e afinal...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Afinal... Ai meu Deus, outro mistério, Deus me livre!
Espero que não seja nada!
Espero que tenham gostado!

*Comentar não cai o braço!