Apaixonada Por Um Lobisomem escrita por RebOS


Capítulo 31
O comunicado.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Postei um ontem, mas postei um hoje também. Esse é pequenininho, mas tudo bem.
Estamos na visão do Ruru (Rudolph) Ehrlich.
Boa leitura.



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 –O quê? –Indaguei surpreso. –Isso é impossível. Não existe a possibilidade de eu ser o Alfa.

 Aquela noticia não fazia sentido. Eu continuava sem acreditar. Meus irmãos me encaravam seriamente. Akanta e Benjamin estavam calados, apenas observando o Tristan tentando fazer com que eu acreditasse que eu era o Alfa.

 –Não podemos fazer nada. É a verdade. –Tristan afirmava com toda certeza. –Ninguém do acampamento queria que um garoto de dezesseis anos assumisse o controle, ainda mais com a mentalidade que você está no momento.

 –Como isso é possível? Eu nunca me transformei fora do ciclo lunar. –Continuei negando.

 –Você nunca tentou, mas tem o poder de fazer isso.

 Calei-me por um momento. Passei as mãos pelo meu cabelo preto e bagunçado, tentando compreender o que estava acontecendo. Eu não queria ser o Alfa, não queria estar destinado a ficar naquele acampamento. A única coisa que eu realmente precisava fazer era resgatar a Rebecca das mãos do Scott.

 Scott.

 Era por isso que ele queria me matar. Os Vermelhos já haviam tirado o meu avô da jogada, mas para ter o nosso acampamento para eles, precisavam derrotar o Alfa que sobrava, ou seja, eu.

 –Eu quero uma guerra. –Pronunciei meu pensamento. –Eu estou no comando, então eu decido o que vaia acontecer daqui em diante. Eu quero que o Benjamin organize soldados, guerreiros ou sei lá como vocês chamam...

 –Não vai ter guerra. –Benjamin me interrompeu. –Não temos condições de guerrear num momento como esse.

 –Você não vai me impedir de fazer uma guerra. –Desviei o olhar do meu irmão ridículo e olhei para o Tristan. –Eu tenho que falar com algum comitê ou algo do tipo para colocar minhas decisões em prática?

 –Não sei, mas é bom você comunicar com os moradores. –Ele respondeu.

 –Vou agora mesmo, se for necessário. –Caminhei até a porta.

 –Rudolph! –Akanta me chamou. –Você precisa ter argumentos suficientes para que concordem com você.

 –Ah, mas eu tenho sim. –Sorri ironicamente para ela e abri a porta.

 Atravessei a varanda da casa da minha avó e desci as escadas. Caminhei pelo gramado e fui até o local que tinha maior quantidade de pessoas. Elas me seguiam com o olhar.

 Peguei um caixote de madeira que achei aleatoriamente, coloquei de cabeça para baixo e subi. Todos formavam um círculo imperfeito ao meu redor. Meus irmãos olhavam para mim de longe.

 Soltei um suspiro e preparei minhas palavras.

 –Moradores deste acampamento... –Eu não fazia ideia de como começar aquele discurso. –O meu avô, que antes era o Alfa, infelizmente não tem mais vida. Os Vermelhos o mataram cruelmente. Acho que vocês já sabem que o sucessor serei eu. –Olhei atentamente para os rostos curiosos do público. –Eu quero uma batalha contra os Vermelhos.

 A última frase fez com que um burburinho tomasse vida. Pessoas falavam ao mesmo tempo várias coisas que eu não fazia ideia do que era.

 –Eu já sei que vocês não querem guerra. –Ergui a minha voz. –Acreditem ou não, a guerra é necessária. Temos que vingar a morte do meu avô, resgatar a minha amiga, deter os vermelhos e... –Respirei fundo antes de falar a próxima frase. –Pegar o Lobosnausin de volta.

 Mais um burburinho tomou conta. Tristan fechou os olhos como se não soubesse se aquela notícia seria boa ou ruim para dar num momento daqueles.

 –Eu tinha um Lobosnausin. –Continuei falando. –Eu só apareci novamente nesse acampamento para devolver o livro para meu avô, mas então sofremos um acidente e eles tomaram de mim.

 Vi que meus amigos também me observavam de longe.

 –Um lobisomem precisa defender o livro com sua própria vida! –Uma pessoa aleatória gritou. Tinha voz masculina.

 –E você acha que eu não tentei defendê-lo, seu idiota? –Gritei. –Eu estava ferido, sangrando, minha namorada foi sequestrada e meu irmão estava sendo feito de refém no asfalto. Você acha que foi fácil? Eram vários homens armados contra pessoas feridas.

 Nenhuma pessoa fez outro comentário. Minha resposta foi satisfatória.

 –Não podemos ficar aqui encolhidos esperando que eles venham nos atacar. Uma guerra vai acontecer de qualquer jeito. Ou nós atacamos, ou eles nos atacam. Eu acho que vocês não vão querer que eles dêem o primeiro passo, não é mesmo?

 Não teve nenhuma reação positiva ou negativa a partir do que eu havia falado.

 –Quando vamos nos preparar para a batalha?

 Surpreendentemente, uma pessoa havia tido uma reação positiva. Outras pessoas a seguiram no raciocínio e começaram a fazer gestos afirmativos. Um pequeno sorriso abriu no meu rosto.

 Iríamos batalhar e iríamos vencer.

 Eu espero.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que esperem atenciosamente o próximo ♥
ABRAÇOS PELUDOS DE LOBISOMEM )o)



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