Apaixonada Por Um Lobisomem escrita por RebOS


Capítulo 3
Lambidas


Notas iniciais do capítulo

EAAAAAEE LOBINHOS! CAP 3 NA AREA, DEMOROU MAS FOI.
O titulo é meio nojento, mas vcs vao ter surpresa.
ABRAÇOS PELUDOS DE LOBISOMEM E ATÉ LÁ EMBAIXO, SE VC CONSEGUIR.



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Eu estava no meio de uma aula estressante de matemática. A professora explicou tudo extremamente rápido e passou quatro paginas de atividade. As aulas de quarta eram tediosas e chatas, eu sempre ficava irritada. Eu vou meter esse livro de matemática na garganta dessa mulher.

Então eu olhei para o Rudolph. Ele estava de olhos fechados, balançando a cabeça tentando disfarçar que ouvia musica. Só conheço o Rudolph a pouco tempo, mas sei muito bem que ele nunca presta atenção nas aulas, só fica ouvindo musica escondido. Como a professora não percebe? Ela fica no celular o tempo todo. Rudolph não faz NADA na aula, só desenha e ouve musica.

–Psiu! Ei, Rudolph!

Ele ainda estava de olhos fechados.

–Rudolph, miséria!

Ainda de olhos fechados.

–Rudolph, caramba!- joguei a borracha nele.

Ele tomou um susto quando a borracha atingiu a bochecha dele, não pude conter o riso. Ele tirou os pequenos fones pretos que se escondiam no seu cabelo negro, e olhou com cara feia para mim.

–O que é merda?

–O que está fazendo?!

Ele olhou para a professora e voltou a me encarar. Ela estava rindo das suas mensagens idiotas.

–Eu estou ouvindo musica para ter inspiração.

–Inspiração para a atividade?

–Claro...que não.

–Hahahaha.

–EI, PALHAÇOS,QUAL É A PIADA?- a professora gritou.

–Nada, professora –respondemos em uníssono.

–BOM MESMO.

Rudolph pegou uma caneta e escreveu algo numa folha, rasgou o papel e enganchou no bocal da caneta. Depois passou para mim.

–O QUE ESTÃO FAZENDO AGORA?- ela gritou de novo.

–Eu estou emprestando uma caneta, fala sério.

–BOM MESMO.

Eu tirei o papelzinho do bocal e li o que tinha escrito.

Ei, palhaços, qual é a piada?”

“Nada, estamos apenas rindo da sua cara de chupa-cabra”.

OBS: Que vontade de responder isso, cara.

Eu escrevi um prolongado “Ha ha ha ha” no final do papel, enganchei no bocal da caneta e devolvi para o Rudolph.

–RUDOLPH, VENHA AQUI NA MINHA MESA –a professora gritou.

Ele levantou e sussurrou um “Caralho, não sou surdo”. Foi bem baixinho, mas eu ouvi.

–Em qual parte da atividade você está?

–Atividade?

–Sim, a atividade da pagina 20 a 22.

–Eu ainda não comecei.

–Por quê?

–Estou sem livro, sou novato.

–Junte-se com alguém.

–Posso escolher?

–Lógico que não.

–Por quê?

–Porque você vai se juntar com Rebecca e vai ficar namorando em vez de fazer atividade.

A sala toda soltou uma risada. Eu corei de vergonha, essa velha me paga.

–Se a senhora quer me envergonhar não conseguiu.

–E quem está dizendo que eu quero te envergonhar garoto?

–Com um comentário desses...só pode.

–VOCÊ ME RESPEITE E VÁ FAZER A SUA ATIVIDADE COM A...ANGEL!

–E-Eu?!?- Angel gritou da sua mesa.

–Você mesma, vá lá Rudolph.

Coitada da Angel, sinceramente Rudolph dá medo com aqueles olhos.

*POV Rudolph*

Desgraçada seja a professora de matemática. Se ela morrer, saibam que eu vou dançar encima do caixão dela. Meu deus, sou malvado.

Eu estava indo em direção a mesa da Angel, ela estava com os olhos arregalados para mim. Olhos enormes e verdes assustados, me encarando. Eu vou tentar ser simpático com ela, não gosto que pessoas inocentes sejam vitimas do meu ódio. Afinal, ela provavelmente estaria achando que a dupla iria ser um inferno, tipo: “Angel, não durma sozinha hoje.”

Mas eu tentaria ser amigável, porque sim. Arrastei minha cadeira até perto dela, pude perceber que a garota estava tremendo. Imagine quando eu falasse “oi”, ela ia ter uma convulsão...isso seria legal? NÃO RUDOLPH! NÃO SERIA! Caramba, eu tenho uns pensamentos loucos de vez em quando.

–Oi, Angel- olhei para ela que fazia de tudo para não me encarar.

–O-Oi.

–Calma, garota, eu não vou te matar.

–E-Eu sei disso.

–Então aquieta o medo, pelo amor de Deus.

–Deus? Ufa, você é de Deus.

Eu poderia socá-la por me chamar indiretamente de criatura do capeta, mas eu apenas dei uma gargalhada.

–Sou sim, prazer em conhecê-la.

–Prazer também.

–Então, você tem amigas?

–Tenho sim, eu sou amiga da Eleonora.

–Quem é Eleonora pelo amor de Deus?

–Ela está viajando, chega semana que vem.

–Ah, saquei. Se você tiver afim, pode ficar comigo, Amanda e Rebecca.

–Sério?

–Claro.

–Vou aceitar sua oferta.

–Se você encher meu saco, eu te bato no final da aula.

Ela ficou séria do nada. Qual é garota! Cadê o senso de humor?

–Eu estava brincando.

–Você tem um humor estranho -MENTIRA! É VOCÊ QUE TEM!

–Pois é.

–Posso fazer uma pergunta?

–Pode.

–Você e Rebecca são apenas amigos?

–Caralho, todos fazem essa pergunta.

–É muito curioso, cara.

–Siiiim, somos apenas amigos.

–Jura?

–JURO, QUE MERDA.

–Calma não se irrite.

–Não ME irrite.

–Sua namora...amiga está olhando.

Eu olhei para Rebecca, ela estava mesmo olhando e não disfarçava. Eu falei silenciosamente “O que foi?”. Ela me respondeu “Poxa, fala baixo merda”.

–Eu acho que ela está mandando eu falar baixo.

–Você fala alto, cara.

–A sala que está silenciosa.

–RUDOLPH, PARE DE CONVERSAR.

–Ah, vai se lascar.

–O QUE MENINO?

–Eu mandei a Angel se calar.

–RUDOLPH, MAIS UMA RESPOSTA DESSA E VOCÊ VAI PARA A COORDENAÇÃO.

–Ok, ok.

Eu esperei a chupa cabra, quer dizer, a professora virar o rosto para soltar um sorriso de “Viu como sou incrível?” para Rebecca. Ela fez uma cara de tédio e voltou a sua atividade, que provavelmente estava quase terminada.

O sino tocou. ALELUIA SENHOR!

O povo levantou das cadeiras na velocidade da luz e saíram quase derrubando a porta.

–Você ainda vai se dar mal com essa sua rebeldia sem limites –Rebecca estava do meu lado.

–É, eu também creio nisso.

–Então por que faz isso seu retardado?

–Essa mulher irrita demais.

–DESGRAÇADO –ouvimos um grito da mesa dos professores. Era a chupa cabra.

–O que deu nessa mulher?-Angel falou do meu lado.

–Vou contar até três e nós vamos correr desesperados pela porta, ela pode ter uma arma. Um, dois...

–Cala a boca, Rudolph –Rebecca falou.

–Se eu morrer a culpa é sua.

Elas estavam indo para a toca do chupa cabra, digo, a mesa da professora. Adeus, Rebecca e Angel. Que vocês sejam felizes no céu, amém.

Fui em direção a elas, porque eu sou burro.

–Ela está chorando?- Chupa cabras tem sentimentos? DESDE QUANDO?

–Está sim –Rebecca respondeu com ar de pena. NUNCA tenha pena de um chupa cabra, ele pode te matar num momento de fraqueza.

–Por que está chorando chu..professora?

–ELE TERMINOU COMIGO, AQUELE DESGRAÇADO –Lógico! Quem quer beijar um chupa cabra?

–Quer um chazinho, professora? -Angel perguntou. CHUPA CABRAS NÃO TOMAM CHÁ, ANGEL.

–Não meninas, obrigada. Eu vou ir embora e passar um tempo sozinha- Vai e não volta.

–Tchau, professora –elas falaram em uníssono.

A mulher saiu pela porta com lagrimas nos olhos. Uns três minutos depois, nós saímos também para aproveitar o que restava do intervalo.

***

–Rudolph, não tinha pipoca só amendoins –Rebecca estava voltando da cantina.

–Amendoim? Cozido ou torrado?

–Tipo Japonês.

–Tem muito sal essa merda.

–Vai comer ou não?

–Vou, eu estou com fome.

Enquanto eu comia meus amendoins salgados, as garotas conversavam e se conheciam melhor. Amanda não parava de conversar com a Angel, e a Rebecca acabara de começar.

Nós estávamos sentados debaixo de uma arvore, tinha uma sombra incrível. O chato é que todos olhavam para mim no meio daquelas garotas tagarelas. Ninguém pode comer amendoim salgado nessa escola?

Agora olhavam com cara de segundas intenções, só porque eu tinha colocado minhas pernas encima do colo de Rebecca. Tinha uma garota olhando para mim e soltando um risinho tosco para mim e tirando fotos. Não pensei duas vezes e mostrei o dedo do meio para ela.

–Olha os modos, cara -Amanda me olhou.

–O que ele fez? –Rebecca perguntou, jogando um amendoim babado em mim.

–Poxa cara, que nojo!

–É para você tomar modos.

–Que merda, agora eu tenho cuspe seu no meu rosto.

–Era apenas um amendoim.

–Um amendoim com cuspe.

–Minha boca é limpa.

–Se você diz...

Dessa vez, ela cuspiu minha cara mesmo.

–POXA REBECCA!

–SINTA MEU CUSPE AGORA.

–Todos estão olhando para nós, merda –Amanda falou.

Não pude conter o riso, isso tudo aconteceu por causa de um amendoim babado. Rebecca tem uma vingança pesada, seria uma pena se eu tivesse também.

O amendoim deve estar rindo da nossa cara agora.

–Rebecca, ignore-o e vamos voltar a conversar.

Ela fez cara de zangada e me ignorou. Ui, que malvada.

–Desculpa, Becca.

–Vai dar desculpa para sua mãe.

–Desculpar minha mãe? Pelo que?

–Por ter nascido.

–Poxa, malvada você.

–Você não sabe quanto.

Ela é tão fofa irritada.

–O que eu faço para você me desculpar?

–Nasce de novo.

Mas eu não nasci de novo, principalmente porque não dava. Sabe o que eu fiz? Uma coisa muito ousada. Lambi a face dela.

Rebecca soltou um grito mais alto do que uma elefanta perdida do filho.

–MERDAAAAAAA.

Eu não pensei duas vezes, levantei correndo e corri. Ela foi atrás de mim com uma garrafa de água cheia na mão. Se ela me alcançasse, aquilo ia doer muito.

–VOLTA AQUI SEU LAMBEDOR DE UMA FIGA!

–Hahahahahaha.

Ela me alcançou e eu ganhei uma boa surra.

***

Hora da saída. Rebecca estava me ignorando e conversando com Amanda e Angel, sem dar ao menos uma olhada em mim. O pai dela buzinou do outro lado da rua, ela se despediu das amigas e estava na faixa de pedestres esperando passagem.

Eu fiquei do lado dela. Ela ainda não me olhou.

Segurei seu braço e virei o rosto para mim. Ela provavelmente me xingava mentalmente. Olhei para o pai que de distraía com o transito e dei um beijo rápido nos lábios macios e rosados dela.

Eu saí correndo sem ao menos olhar para trás, mas dava para ouvir a Rebecca me xingando loucamente mas com coração apaixonado.


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Notas finais do capítulo

AAOOOOOOH, CONSEGUIU? ENTAUM, O QUE ACHOU? PELO AMOR DE DEUS, RESPONDA. ABRAÇOS PELUDOS DE LOBISOMEM E ATÉ O PROXIMO CAP.