Apaixonada Por Um Lobisomem escrita por RebOS


Capítulo 25
Chegamos.


Notas iniciais do capítulo

EAI LOBINHOS )o) Tia Becks voltou do além com um capítulo quentinho para vocês. Acabou de sair do forno.
Sim, eu estava com um bloqueio de criatividade. Eu tinha outros planos para esse capítulo, mas eu distorci tudo. Queria que o drama e as tragédias chegassem logo e então criei isso. Boa leitura, nos vemos lá embaixo *u*



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Já haviam se passado algumas horas e nós continuávamos seguindo a estrada. Nos mesmos assentos que antes, no mesmo tédio. Rudolph e eu tentávamos conversar e ouvir músicas juntos para que o tempo passasse mais depressa. Cai no sono por alguns minutos, até sentir uma cutucada no meu braço.

—O Tristan vai parar a van e fazer um comunicado. –Rudolph falou perto do meu ouvido.

Afirmei com a cabeça e tentei me espreguiçar para que o sono fosse embora. Em poucos minutos o automóvel parou e o Tristan abriu a porta.

—Todo mundo ouvindo? –Ele falou. –Ok, nós paramos aqui porque já é meio dia e temos que comer algo. Addison deu um lanche para que nós nos servíssemos em algum intervalo na viagem. Vamos, desçam.

Todos se levantaram sonolentos e desceram da van. Tristan colocou um pano debaixo de uma arvore para que fizéssemos um piquenique.

—Sanduíches? –Jim perguntou, esfregando os olhos. –Vamos almoçar sanduíches?

—Sim, cada um pode montar o seu. Tem várias coisas ai. –Tristan apontou para a cesta. –Acho melhor você comer, porque num certo momento vamos ter que caminhar.

—Caminhar não... –Amanda resmungou.

—Vamos, comam logo antes que eu coma tudo sozinho.

—Você não faria isso. –falei.

—Eu sou um lobisomem de 20 anos de idade, acha que eu como pouco? –Tristan ergueu uma sobrancelha.

—Não, não acho. Já vi você comendo.

—E...?

—Ok, você come muito para uma pessoa normal! Vai comer todos nós também?

—Não subestime o poder de uma lua cheia... Ela muda as pessoas.

Encarei o Tristan com olhos cerrados.

—Que foi? É verdade. –Ele falou sorrindo.

—Você tem vinte? Achei que era mais novo. –Nick falou, passando requeijão na sua fatia de pão.

—Tipo...? –Tristan perguntou, mordendo seu sanduíche que já estava pronto.

—Achei que tinha a mesma idade que eu. Dezessete.

—E eu aqui achando que o Nick tinha vinte. –Tristan sorriu. –Você está meio acabado para sua idade. Tem responsabilidades?

—Tenho que cuidar de uma diabinha de sete anos. –Nick falou.

—Com dezesseis anos eu estava tomando conta de um troço problemático. –Tristan olhou para o Rudolph.

—Eu entendi a indireta, ok? –Rudolph resmungou.

—Sei como é, Nick. –Tristan tentava não rir do Rudolph. –Mas apesar de ter um louco dentro de casa eu não ficava muito abalado. Você precisa se divertir.

—É isso que estou tentando fazer nessa viagem. –Nick sorriu. –Tirar férias de responsabilidades.

—Isso mesmo. Deixa a guria lá.

—Eu não era tão problemático assim. –Rudolph falou.

—Claro, vamos fingir que não. –Tristan falou. –Angel, pode me passar o queijo?

Angel afirmou, passando o queijo mussarela para o Tristan.

—Ok, pode nos dizer quando vamos voltar à viagem? –Amanda perguntou.

—Podem descansar por um tempo. –Tristan mordeu seu sanduíche. –Saímos daqui a pouco. Aproveitem.

—Venha, Rebecca. –Rudolph levantou e estendeu a mão para mim. –Vamos dar um passeio.

—Não demorem muito. –Tristan falou. –E não se afastem muito.

Rudolph segurou minha mão e nós entramos na mata. Andamos entre os pinheiros tentando não nos afastar muito do grupo.

—Está gostando da viagem? –Rudolph perguntou.

—Sim, bastante. –Continuei caminhando. –Fala logo por que me trouxe aqui.

—Só queria passar um tempo contigo. –Ele olhou para mim. –Não tenho nada em mente para fazer.

—Bem, podemos pensar num assunto... Quer falar sobre o que?

—Não sei, alguma pergunta em mente?

—Não, mas... –Parei para pensar um pouco. –Eu queria tirar uma dúvida.

 -Ok, pode falar.

—Você me disse um dia que lobisomens não...

—Quer falar sobre lobisomens de novo?

Parei de andar e olhei indignada pra ele.

—Eu estou indo para um acampamento de LOBISOMENS. Você quer que eu fale de que?

—Ok, ok... –Ele ergueu as mãos. – Continue então.

—Obrigada. –Respirei fundo e continuei falando. –Você me disse um dia que lobisomens não se controlam durante uma transformação...

—Sim.

Olhei para ele de novo.

—Que foi? Estou concordando. –Ele falou tentando não rir.

—É sério. –Respondi.

—Continue.

—Naquele dia, eu falei que eles tinham a capacidade de reconhecer uma pessoa amada, mas você afirmou que era coisa de filmes idiotas de romance.

—Eu falei isso?

—Ou foi isso, ou foi algo do tipo.

—E qual é sua duvida?

—E se fosse eu que estivesse na sua frente?

—Creio que você não ficaria perto de mim enquanto eu estivesse transformado.

—E se estivesse?

Rudolph virou o rosto para desviar o olhar e eu continuei.

—Você me reconheceria? Você me protegeria?

—Eu não sei, ok? –Ele voltou a olhar para mim. –Eu queria ter certeza sobre isso e afirmar para você que te protegeria a qualquer custo, mas eu não posso. Lobisomens são criaturas assassinas, eles só pensam em saciar a fome. Da mesma forma que eu posso matar qualquer outro lobisomem, eu posso te matar também.

—Então você quer dizer que...

—Sim, eu quero que você fique longe de mim.

Desta vez, fui eu virei o rosto para não encará-lo

—Enquanto a fera estiver dominando, não sou eu que vou controlar o meu corpo. O Rudolph que você conhece vai estar lá dentro, esperando o dia amanhecer para ter o controle de novo.

—Ei! –Ouvimos o grito do Tristan e passos se aproximando. –Vocês precisam entrar na van, já vamos embora.

—Já? Mas o que ouve? –Rudolph perguntou.

—As coisas estão meio estranhas, não estou tendo um bom pressentimento.

Nós voltamos para a van. Dava para perceber que todos estavam nervosos.

—Sabe o que está acontecendo? –Perguntei para o Rudolph.

—Não, mas é melhor seguir estrada antes que os Vermelhos apareçam.

—Eles podem aparecer assim do nada?

—Eles ficam de espreita em alguns pontos da estrada para garantir que não entrem no acampamento deles.

—Tristan já viu algum?

—Até agora não.

Tristan apareceu na porta da van.

—O que está rolando? –Sarah perguntou.

—Não vi nada, mas senti um clima estranho. Melhor prevenir seguindo a viagem.

—Ok.

—Vamos pegar um trecho curto de viagem e então continuaremos a pé, na mata.

Todos assentiram com a cabeça e ele fechou a porta. Deu a volta no carro e entrou no banco do motorista.

—Fiquem calmos, nada vai acontecer. –afirmou.

Tristan deu a partida no carro e nós seguimos a viagem.

************

Enquanto os outros conversavam, eu telefonei para meus pais. Não seria muito legal de minha parte deixá-los preocupados em casa.

—Alô? –Falou a voz do outro lado. Minha mãe.

—Adivinha quem está ligando? –falei sorrindo.

—Rebecca? Minha filha, como estão as coisas por aí? –Eu já estava imaginando ela sentando no sofá com o telefone no colo.

—Tudo ótimo. A viagem está super divertida. E como está por aí?

—Estamos com saudades, mas está tudo bem também. A irmã do Nick é adorável.

Pelo o que Nick comentava de sua irmã, nem parece a mesma pessoa.

—Ainda bem que vocês estão se dando bem. –Respondi. Não seria educado falar mal dela no meio de tantos elogios.

—Onde vocês estão?

—Na estrada. Não liguei antes porque estávamos no Hotel e eu não tive muito tempo.

—Sei. –Ela falou. Dava para ouvir o tom de ironia. –Alguma novidade?

Meu lábio tremeu. Era a minha mãe, como eu poderia esconder um namoro?

—Sim, tenho uma novidade. –Olhei para o Rudolph, ele tirava um cochilo. –Eu e o Rudolph estamos namorando.

De repente um sorriso se formou na face dele.

—Um minutinho, mãe. –Tapei o telefone na minha camisa e dei um soco nele. –Seu filho da mãe, estava fingindo.

Ele saiu na gargalhada enquanto eu escondia o ódio.

—Voltei. –Falei com o telefone na orelha.

—O que aconteceu?

—Nada. Continuando a conversa...

—Rebecca, eu não vou esconder que já suspeitava. Era óbvio.

—Sim, eu sei. –Respondi. –Eu sou péssima escondendo sentimentos.

—Muito. –Ela riu. –Vou ter que desligar, parece que a comida está pronta.

—Ok, até algum dia.

—Até, beijos.

—Manda um abraço para o papai.

—Mandarei. Tchau.

E a ligação foi encerrada. Guardei o celular e voltei a olhar para o Rudolph.

—Você está muito engraçadinho hoje. –Falei.

—Eu não. Eu só não sou bom escondendo sentimentos.

—Como você é ilário, Rudolph. –Falei virando o rosto.

—Ei, é sério. Eu fiquei realmente feliz por você ter contado isso para sua mãe. –Ele colocou a cabeça no meu ombro.

—Eu não iria esconder nada dela. Mães descobrem sempre.

—Não é isso. Eu estou feliz que você tenha aceitado de verdade que eu sou seu namorado.

—Eu estou de mal contigo, pare de ser fofo e amável. Você é um ser das trevas.

—Um cavalheiro das trevas.

—O Batman é o cavalheiro das trevas.

Ele sorriu.

— Então eu sou um príncipe das trevas e você é minha princesa. –Ele deu um beijinho no meu rosto.

—Fala sério, cara.

—Você gosta, pare de fingir que é difícil.

—Eu SOU uma pessoa difícil.

—Pessoas difíceis são boas em esconder sentimentos.

—Quer saber? Eu vou dormir! Fique ai no seu reinado, “Príncipe das Trevas”. –Revirei os olhos.

Coloquei meu travesseiro perto da janela e testei se estava confortável. Após mudar algumas posições fechei os olhos.

*******************

Sangue escorria da lateral da minha testa. Eu estava tonta e com a visão distorcia. A luz entrava pela porta da van, que estava totalmente aberta. Do lado de fora, gritos e socos. Uma luta.

As sombras duelavam entre si, até que uma delas despencou no chão. Uma das sombras ergueu a cabeça. Estava olhando para mim?

Sim, estava.

Tentei me mover, mas meus braços e pernas doíam. Os vidros da janela estavam estilhaçados no chão. Pelo canto do olho vi que a sombra se aproximava, seria a mesma que olhava para mim?

Ergui a cabeça e vi um sorriso largo e branco. Senti uma agulhada no meu pescoço e minha visão ficou turva, mas eu ainda podia ouvir uma voz, perto dos meus ouvidos.

—Os Vermelhos chegaram, princesa.


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Notas finais do capítulo

E então, curtiram? Odiaram? Alguma sugestão? Por favor, comentem!
Queria agradecer a duas lobinhas que me deixaram muito felizes e me mandaram ideias e perguntas. Uma me mandou pergunta (Queen Elah) e outra mandou ideia (larinha201).
PS: Eu só respondi uma pergunta, a outra vai ser respondida no próximo cap.
Lobinhos, se vocês tiverem uma ideia ou uma pergunta, podem me mandar nos comentários.
ABRAÇOS PELUDOS DE LOBISOMEM E ATÉ O PROXIMO )o)



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