Especial Aniversário da Autora escrita por 1FutureWriter


Capítulo 8
Conto 8 - Conhecendo seu próprio personagem.


Notas iniciais do capítulo

Oláaa queridas!!!
Bom, Março ainda não terminou, mas nós já chegamos ao final das nossas ones T-T
Não postaria ela hoje, mas não consegui segurar, então lá vai!!!!
Vou deixar em aberto pq até lá pode ser que eu faça mais alguma, MAS não é certo, tudo bem?
...
Bem essa eu vou dedicar a minha querida LindaLua, minha amiga escritora, por quem tenho um enorme carinho e admiração. Essa One foi baseada em um pouco do que ela faz no seu dia a dia (não tudo, é claro haha)
Espero que gostem!
...
Curtam lá a minha página .... https://www.facebook.com/paulagrangerfanfics
...
Convido-lhes também a conhecer minha história original.
Ellsworth - Uma Nova Chance
http://fanfiction.com.br/historia/547777/Ellsworth_-_Uma_nova_Chance/
...
Beijos e boa leitura!



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Hermione Granger é uma famosa escritora romancista da cidade de Londres.

No auge dos seus vinte e três anos possuí cinco livros publicados, mas acha que nenhum deles chega perto do que está trabalhando atualmente. O projeto é tão bom que a morena o julga sem falsa modéstia como o melhor trabalho de sua carreira.

O problema é que essa profissão não é a principal da jovem. Hermione trabalha na maior parte do tempo com crianças com câncer. Além de escrever os mais belos romances, a jovem também é atriz, e no teatro ela leva o amor e alegria aos pequenos para que esses possam sofrer um pouco menos com o tratamento, que na maioria dos casos é muito doloroso.

A morena sempre gostou muito de crianças, e poder ajudar especificamente essas, era para ela uma realização não só profissional, mas principalmente pessoal. A jovem acredita que fazendo esse trabalho, a dor daqueles que tanto sofrem pode ser de alguma forma amenizada.

Todos os dias, Hermione vai ao hospital do câncer infantil, e lá ela encarna os personagens das histórias infantis. Na maioria das vezes acaba vestindo-se de princesa para a alegria das meninas, mas em outras vezes já se vestiu de astronauta, e até de piloto de avião.

Em uma das visitas, Hermione conheceu a pequena Rose, uma menininha morena de cabelos cacheados como os seus e olhos de um intenso azul que tinha apenas cinco anos de idade. Rose, apesar de pequena adorava livros, e sempre pedia que Hermione lesse uma história de princesas. A jovem que não resistia aos pequenos, sempre acabava ficando no hospital depois que a peça acabava.

– Sabe Rose, quando eu tiver uma filhinha, eu quero que ela seja linda assim como você. - dizia ela para a menina que abria um enorme sorriso todas às vezes.

– Tia, posso pedir uma coisa? - pediu carinhosamente, e Hermione assentiu com a cabeça. - Escreve uma história bem bonita pra mim, que nem as das princesas, que tem um príncipe bem bonito, e que tenha um beijo no final.

– Rose você sabe que eu não tenho muito tempo...

– Por favor, tia. Eu não sei quanto tempo ainda vou viver. - ouvir aquilo de alguém tão pequeno fez seu coração doer, e ela prometeu para a menina que escreveria a mais linda história de princesa de todas as que ela já conheceu.

– Oba! Mas o príncipe tem que ser ruivo, e com os olhos iguais aos meus.

– E por que isso?

– Ué, você não disse que quer uma filha que nem eu? Na história você pode ser a princesa, mas você não tem os olhos azuis, então o príncipe tem que ter os olhos azuis, e eu sou a filhinha de vocês.

– E porque tem que ser ruivo?

– Por que os príncipes tem sempre o cabelo preto ou loiro. Não tem príncipes de cabelo vermelho. E eu acho bonito. - a jovem riu do comentário feito pela menina, e achou maduro demais para uma criança de apenas cinco anos, mas prometeu-lhe que assim seria.

Naquele dia, Hermione foi para casa com a ideia fixa na cabeça. Quando chegou, ao invés de continuar em seu projeto, a jovem abriu uma página em branco, e ali começou a digitar as primeiras palavras. Quando deu por si, já passava das duas da madrugada, e por consequência acabou pegando no sono.

[...]

Perto das nove da manhã, Hermione acordou. Estava atrasada, mas não se lembrava do por que.

Resolveu sair de casa para dar uma volta, e acabou levando um susto ao deparar-se com um rapaz ruivo que era exatamente como o príncipe descrito em sua história.

Ele ia na mesma direção que a morena. Entraram na mesma cafeteria, e a jovem já estava achando a situação no mínimo constrangedora.

O rapaz notou que Hermione olhava-o intensamente, e curioso foi até onde ela estava.

– Olá. - ele disse.

– Oi. - respondeu envergonhada.

– Notei que você não para de me olhar, me conhece de algum lugar? - perguntou curioso. Hermione pensou em comentar a respeito do porque o olhava sem parar, mas achou que ele lhe veria como uma louca, então preferiu apenas dizer que ele lhe lembrava alguém.

O rapaz pareceu acreditar no que a jovem lhe disse.

– Seria muito abuso de minha parte lhe convidar para tomar um café?

– Não, é claro que não. - ela disse. Hermione não podia negar que o rapaz era muito atraente, e era exatamente como Rose queria: ruivo de olhos azuis. Enquanto conversavam, a jovem prestava atenção em cada detalhe de seu rosto para que assim pudesse descrevê-lo em sua história.

A conversa fluía tão facilmente que logo entraram em assuntos mais íntimos. O rapaz que se chamava Ronald, ou Rony como era mais conhecido, perguntou-lhe se a morena tinha filhos.

– Não, na verdade eu tenho muita vontade de ter filhos, mas não sei se ainda é o momento.

– Entendo. Eu tenho uma menina... - involuntariamente Hermione sentiu uma pontinha de desânimo, já que provavelmente Rony bonito do jeito que era devia ser casado. - somos somente eu e ela. - a mesma pontinha de desânimo já havia desaparecido depois da última frase.

– Então, suponho que seja divorciado?

– Bom, na verdade não. Minha filha é adotada. Eu custei muito a conseguir sua guarda, mas hoje sou completamente feliz com ela.

– Nossa isso é muito bacana. Se mais pessoas pensassem assim não teríamos tantas crianças abandonadas. - Rony concordou com a cabeça, e disse que sempre teve o sonho de ser pai, mas como nunca se casou, acabou optando por criar uma criança.

– Ela é tão perfeita, pena que estou sem fotos dela aqui na carteira, poderia lhe mostrar. E o sonho da vida dela é ter uma mãe.

– Tenho certeza que ela também deve ser muito feliz com o pai que tem. - ele sorriu sincero.

Depois de mais algum tempo conversando, Rony disse que precisava ir, pois teria que ir ver a filha. O rapaz pediu o número de telefone de Hermione, que o passou de bom grado, e então foi embora.

A jovem voltou para casa, e ali continuou a escrever a história que prometeu a Rose.

Duas horas foi o tempo em que levou para terminar. Imprimiu as várias folhas, colocou-as em uma pasta e foi até o hospital.

A garotinha pulou de alegria ao saber que Hermione realmente tinha cumprido sua promessa de fazer-lhe uma história de princesas, mas pediu que a morena lhe contasse somente no dia seguinte, junto com as outras crianças. A jovem concordou e disse que levaria coroas para todas as meninas.

No dia seguinte, lá estava Hermione, com um vestido de princesa, e uma sacola cheia de coroas. A jovem sentou-se no chão e todas as meninas sentaram-se a sua volta, fazendo uma grande roda.

Enquanto contava a história, a jovem notou que Rose sorria animadamente em sua direção. A doce menina não piscava os olhos um minuto sequer. Fazer as crianças felizes era para a morena era uma realização pessoal. Era como ver os primeiros raios de sol em uma manhã chuvosa.

Assim que terminou de contar a história, as meninas voltaram a fazer o que faziam antes, com exceção de Rose, que pulou no colo da jovem num abraço apertado.

– Obrigada tia, eu gostei muito da história! - disse a menina sorridente.

– E eu gostei muito de poder escrevê-la pra você.

– Mas como você sabia que o nome do príncipe era Rony? - ela perguntou agora curiosa. Hermione não entendeu o porquê daquela pergunta, então Rose lhe explicou que era o mesmo nome de seu pai.

– Nossa, é realmente muita coincidência. Por que não me disse antes, assim teria mudado o nome dele.

– Mas o meu papai é um príncipe! E ele é assim bem bonito igualzinho ao da história.

Hermione riu do comentário feito pela menina, e disse-lhe que ela tinha mesmo conhecido o príncipe da história em uma cafeteria. Rose encantada com a história agora verídica abriu um enorme sorriso ao ver o pai parado na porta. Ele encostou o dedo indicador nos lábios fazendo sinal de silêncio, e caminhou em direção as duas. Sentou-se bem próximo sem que a jovem percebesse sua presença e ficou a ouvir o que Hermione lhe contava. O rapaz sentiu-se feliz em saber que havia virado fonte de inspiração de histórias infantis.

– Então quer dizer que virei um príncipe? - ele perguntou maroto, fazendo com que Hermione desse um pulo pelo susto que levou.

– Você aqui, mas... - ela não terminou a frase, já que Rose saiu de seu colo e correu na direção do ruivo, dando-lhe um forte abraço.

– Papai estava com saudades!

– Eu também estava minha garotinha.

– Você ouviu a história que a tia Mione contou pra gente? O príncipe tinha seu nome e era muito bonito, igualzinho a você, papai. - ele sorriu e confirmou com a cabeça a respeito de sua pergunta.

Hermione completamente envergonhada ia levantando do chão quando Rony segurou em sua mão e pediu que continuasse ali.

Rose, esperta que era, perguntou a Rony se a morena seria sua mãe, e o rapaz que agora tinha as orelhas vermelhas respondeu-lhe que eles eram somente amigos.

[...]

Dois anos se passaram desde aquele dia. Rony e Hermione engataram em um namoro sério um mês depois de se conhecerem. O conto escrito pela jovem foi publicado e passou a ser sucesso de vendas desde então.

Rose precisou passar por um tratamento intensivo de quimioterapia. Mas a vontade de ter uma família completa era mais forte, e fez com que a garotinha lutasse bravamente pela vida. Houve um momento em que todos pensaram que Rose não resistiria, a menina estava fraca e sem vida, porém a noticia de que teria um irmãozinho fez com que algo reacendesse dentro dela.

Hugo, o mais novo integrante da família, era filho legítimo de Rony e Hermione, porém ambas as crianças eram amadas da mesma forma.

O que ninguém esperava era que a medula que Rose tanto precisava para o transplante viria do pequeno bebê, que era totalmente compatível.

Ao completar seus oito anos, a garotinha agora curada, tinha somente um desejo: ser feliz daquela maneira para o resto da vida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e nos vemos por ai!
Beijos, boa noite e até a próxima S2