Bruxos teen escrita por princessNathy


Capítulo 3
Discussão.


Notas iniciais do capítulo

Ola!!

Mais um capítulo, hoje ainda vou tentar postar outro cap hoje!!



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–Yuri, não faça aviãozinho com o papel! –Repreendeu Arquimedes, era o inicio da aula, como sempre Yuri estava fazendo algo indevido e recebendo sermão.

–Mas o que devo fazer com isso? –Perguntou aborrecido, cruzando os braços diante do peito.

O professor soltou um suspiro e lançou um olhar para Arthur, tal como estivesse dizendo ele é mesmo o seu irmão? . Arthur, por sua vez, deu os ombros, como se abstendo de emitir uma opinião em relação a aquele questionamento silencioso.

–Eu irei explicar, só precisa ter paciência... –Arquimedes lançou um sorriso misterioso que não foi tão somente destinado a Yuri – Hoje iremos invocar um circulo mágico.

–Outro? –Agora era a vez de Paola questionar.

–Como eu expliquei nas ultimas aulas, círculos mágicos são um dos principais instrumentos de um bruxo, são a expressão escrita dos feitiços e cada um deles podem exercer diversas funções conforme o seu desenho, palavras escritas entre outros elementos que o compõe. Os círculos mágicos, em sua maioria, foram criados por grande bruxos e bruxas do passado, deste modo, hoje em dia só invocamos o seu desenho em alguma superfície, o papel é mais apropriado, pois se desgasta com o tempo e também podemos nos desfazer dele caso façamos uma invocação errônea. Hoje em dia, ainda existem alguns bruxos que criam e desenham seus próprios círculos mágicos, contudo, para fazerem isso, se faz necessário um conhecimento profundo do simbolismo mágico, qualquer erro em uma linha ou palavra trocada ou mal escrita pode resultar em um total desastre...Desastres que podem culminar com a morte do bruxo.

Arquimedes fez uma pausa dramática enquanto observava seus alunos. Eu, engoliu em seco, muitos devem ter a errônea impressão que a magia facilita as coisas, mas pelo o contrário, nossa vida se tornou ainda mais complicada. Por isso os estudos para um jovem bruxo são obrigatórios, se não conhecermos nossos limites podemos causar grandes problemas para nós mesmos como também para o ambiente e pessoas nossa volta. Eu me lembro quando era pequena, no jardim, fiz uma, acidentalmente, uma feitiço de invocação do tipo elemental o que resultou em uma tempestade que apareceu dentro da escola, praticamente a inundando. As autoridades mágicas conseguiram acobertar a estranha situação justificando o ocorrido com um mau funcionamento do sistema anti-incêndio. Por causa daquilo, minha família teve que se mudar para outra cidade... Às vezes sinto medo das minhas próprias habilidades, creio que todo o bruxo deve sentir um pouco de receio, nunca podendo relaxar totalmente no mundo “comum”.

–O circulo que vamos invocar hoje será um muito usado para a previsão do futuro. Seu nome é “circulo de Halley” em homenagem a bruxa que o criou.

–Previsão do futuro? Pensei que fosse impossível prever os futuros eventos...-Disse Carlota olhando para a folha de papel, com olhos vidrados, talvez pensasse que esse circulo poderia auxilia-la em saber as respostas das provas da escola “comum” que se iniciariam na próxima semana.

–Impossível é uma palavra não muito comum no vocabulário dos bruxos! –Riu o professor –Eu diria improvável... Mas não impossível. O futuro trata-se de algo que muda constantemente, além de ser muito...Digamos...Escorregadio... É difícil interpreta-lo, por isso existem poucos bruxos dentro da arte da vidência. Mas a introdução a vidência está dentro do currículo de ensino dos bruxos, logo hoje vocês irão aprender um pouco sobre isso.- Satisfeito com sua explicação, Arquimedes pegou uma folha em branco para si e a mostrou para classe.

–Vocês ainda se lembram como é feito uma invocação de um circulo mágico?

–Desenha-se uma cruz com um giz especial... Acho...-Sugeriu Fernando coçando a cabeça, seus cabelos loiros se arrepiavam a cada passada de sua mão.

–Desenha-se uma cruz com o tamanho das linhas iguais, o giz trata-se de cinzas de folhas de carvalho queimadas e compactadas, trata-se de um carvalho centenário da Irlanda... Enfim, depois devemos lançar sobre o desenho gotas de nosso sangue enquanto invocamos o nome do circulo mágico. –Explicou Arthur dando um meio sorriso a Fernando que rangeu os dentes.

–Ninguém gosta de um espertinho, Artie... –Resmungou o atleta.

–Muito menos gostam de um burro...-Respondeu com uma expressão de desdém.

Oh! Droga... Começou a briga. Aqueles dois eram que nem água e óleo, não se misturam!

–Só por que você se tornou um bruxo “adulto” não significa que é o melhor de nós! –Fernando já estava se levantando da carteira, suas mãos saiam faíscas. O ar em sua volta ficava mais rarefeito, como na previa de uma tempestade.

–Eu não disse que era melhor que os outros, mas sou melhor que você, isso com certeza... –Deu os ombros.

Arquimedes balançou a cabeça em desaprovação, mas não fez nada para conte-los talvez já estivesse cansado de fazê-lo.

–Eu vou te mostrar quem é o verdadeiro melhor bruxo! –Rosnou Fernando, as faíscas agora se tornaram uma espécie de capa elétrica que envolvia a sua mão. Yuri observava tudo fascinado. Paola e Carlota roíam as unhas e Kathy, bem, ela estava lendo um livro, totalmente alheia a tudo.

Alguém tinha que fazer alguma coisa! Aqueles dois eram literalmente os bruxos mais fortes da classe! Se os deixarmos brigar o resultado seria catastróficos!

– Quantas gotas devem ser colocadas na folha de papel mesmo? –Perguntei bem alto –É verdade se você passar da quantidade de gotas previstas você pode invocar um circulo mágico amaldiçoado?

Arthur voltou sua atenção para mim, como se eu tivesse louca, eu devia concordar, afinal eu inventei aquela história ridícula.

–Sério? Circulo mágico amaldiçoado? Que maneiro! –Yuri já estava começando a desenhar a sua cruz afoito.

–E-eu nunca prestei a atenção quantas gotas eu deixei cair nos últimos círculos...-Balbuciou Carlota meio assustada.

–Amaldiçoado? Seria tipo aquelas maldições cabulosas em que seu celular toca e uma moça estranha fala que você só tem 7 dias de vida? –Perguntou Paola.

–Acho que isso é o do filme o chamado... –Sussurrei em resposta a minha amiga.

–Não existe esse negocio de maldição e nem um número limite de gotas de sangue! –Explicou paciente Arquimedes. Yuri soltou um resmungo de descontentamento.

Fernando parecia ter esquecido sua irritação e voltou sua atenção para a folha de papel, tive a ligeira impressão que ele lançou um olhar curioso para mim, mas podia ser só uma ilusão ocasionada pelo o extremo nervosismo que eu estava sentindo naquele momento, não gostava de ser o centro das atenções... Mas também não podia me tornar uma mera expectadora de um evento que culminaria em graves consequências.

–Sem mais delongas podemos iniciar a aula de vidência?

Ninguém o interrompeu desta vez... A nossa aula finalmente teria inicio.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo será concentrando só na aula em si, por isso quis fazer essa separação, ok?

Espero que estejam gostando! Desculpe pelos erros e tal kkkk



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