Auror Potter e o Mestre dos Disfarçes escrita por Leandro Zapata


Capítulo 25
A Família Evans-Dobrev-Lewis-Jackson-Webb




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Os Potter e Ted Lupin observavam seu patriarca desmaiado no sofá da sala. Ted achava que Harry estava sendo afetado pela magia da Yuki-Onna que encontrara no Japão, e por isso estava com problemas para controlar a raiva que vinha das frustrações que sofrera até aquele momento. Depois de acertá-lo com o feitiço para encerrar encantamentos, Ted estava esperançoso que Harry voltaria ao normal; as crianças esperavam que ele acordasse antes que o trem de Hogwarts partisse no dia seguinte.

Já era crepúsculo quando Harry despertou. Apenas Ted e Gina estavam presentes no momento. Ele sentou-se devagar, Ted auxiliou-o. Gina saiu para pegar um chá que tinha acabado de fazer.

– O que... Aconteceu? - Harry gaguejou.

– Você estava sob o efeito do encantamento da Yuki-Onna, se lembra? Ela estava chamando-o.

– Eu não me lembro direito... Como se eu estivesse lembrando um sonho antigo. Eu machuquei alguém?

– Não. Você discutiu bastante comigo e com o Ministro, mas machucar, não. Não machucou ninguém.

– Ufa. - Ele realmente parecia aliviado.

Gina entrou com o chá, que entregou ao marido. Ele tomou em pequenos goles, soprou algumas vezes, pois estava muito, muito quente. Gina pediu a Ted que passasse a noite ali. Estava um tanto amedrontada, já que Harry não estava bem para cuidar da família caso alguém resolvesse atacar. Ted já dormira tantas vezes na casa dos Potter, que tinha um quarto próprio.

O café da manhã no dia seguinte foi barulhento. A casa estava cheia, não apenas os cinco Potter estavam ali, mas Ted e Rose também. Todos falavam ao mesmo tempo, principalmente Tiago, Rose e Alvo, que estavam ansiosos para voltar para Hogwarts. Eles estavam preparando o café quando a campainha tocou, era Arthur, Molly e Hugo, que logo foram entrando. Molly ajudou Gina na cozinha, enquanto o elfo doméstico Monstro limpava e arrumava a mesa para receber ainda mais gente. Eles tinham acabado de se sentar para comer, e a campainha tocou mais uma vez. Ted recebeu Victoire com um beijo rápido. Eles se juntaram em volta da mesa, sorrindo e felizes.

Harry, porém, era o único que estava calado, mas não estava triste, pelo contrário, nunca estivera tão feliz em sua vida. Passara toda sua vida sozinho, e agora, tinha uma família extraordinariamente grande. Tudo bem, ele não tinha relação de sangue com todos eles, mas tinha relação de amizade, companheirismo e confiança; é isso que faz uma família. E ainda falta gente, ele pensou. Ainda tinha George e sua família, os pais de Victoire, Percy e sua família, mas principalmente, um casal que fora sua família por muito mais tempo que os outros: Rony e Hermione. Eles estavam viajando a trabalho desde setembro. Harry sentia muita falta deles.

Todos foram juntos para Estação King Cross de carro. Alguns no carro de Arthur, outros no Cooper de Harry. Falando alto, como se fossem loucos, eles cruzaram a parede para a plataforma 9¾ sem hesitar. Pela segunda vez naquele ano, eles se despediram. Alvo, assim que viu uma garota anormalmente pequena, correu para ela. Ela vestia as roupas da Slytherin, ou seja, seu filho tinha feito amigos durante sua estada indesejada na casa.

Harry observou outra menina vindo falar com ele. Ela trajava roupas da Ravenclaw. Ela era da mesma altura de Alvo, tinha longos cabelos castanho-escuros. Elas entraram no trem, enquanto Alvo voltava na direção do pai. Por alguma razão, Harry percebeu um pequeno triângulo amoroso ali que, no futuro, traria muita dor de cabeça a Alvo.

– Estou indo, pai. - Ele disse, abraçando Harry. - Até a volta.

– Até filhão.

– Sabe pai. - Ele se virou para olhar o Potter nos olhos. - Você mentiu pra mim. O chapéu não se importou com minha opinião. Pelo contrário, levou-a como um insulto e me jogou na Slytherin. Mas não é ruim; se ele não tivesse feito isso, não teria conhecido a Yanka. - Harry soube que ele falava da pequena. - Eu não iria gostar de não a ter conhecido.

Harry apenas sorriu de volta, pois nada mais era necessário dizer. Alvo embarcou e o trem seguiu viagem para seu segundo semestre em Hogwarts.

– Gina, vá com seus pais, Ted e eu temos uma casa para visitar. - Harry disse, quando eles estavam do lado de fora.

– Estamos indo para casa de Hepzibah Smith?

– Eu acho que não pertence mais a ela. - Harry zombou. - Mas sim.

Eles entraram no Cooper e seguiram por quase uma hora pelas ruas de Londres. Assim que pararam diante da casa, Harry sentiu uma magia poderosa vindo dela. A casa era grande e ainda tinha traços de pertencer a uma família rica, como cortinas caras e porta com maçaneta dourada - talvez até de ouro. Eles tentaram entrar, mas deram de cara com um muro invisível que cercava todo o terreno.

Harry não entendeu exatamente a natureza daquele escudo. Não conhecia um bruxo capaz de conjurar aquilo. De fato, em todos seus anos como Auror, nunca tinha ouvido falar de um feitiço protetor capaz de manter apenas bruxos fora. Se conhecesse tal feitiço antes da Batalha de Hogwarts, sem dúvida muitas vidas teriam sido poupadas.

– Acha que podemos quebrar essa barreira? - Ted perguntou.

– Eu duvido. Se o Ministério foi obrigado a esperar o retorno do dono...

A porta da frente escancarou-se. Um homem pequeno; ele devia ser uma cabeça mais alto que Yanka apenas, amiga de Alvo, de pernas e braços gorduchos e uma cabeça desproporcional saiu por ela. Ele tinha uma espingarda calibre doze nas mãos. Ele desceu os degraus com habilidade, apesar da estrutura desajeitada de seu corpo. Ele estava vermelho de raiva.

– O que diabos vocês bruxos querem comigo?! - Ele gritava enquanto vinha na direção deles; parou ainda dentro de seu escudo e apontou a arma para eles. - Desembuchem!

– Você é o dono desta casa? - Harry perguntou de forma simples, tentando mostrar através da voz que não queria confusão.

– Eu mesmo. E quem é você? - Ele pareceu se acalmar um pouco.

– Eu sou Harry Potter e esse é Edward Lupin. Nós somos Aurores e queríamos conversar com o senhor.

– Estão conversando. - Ele retrucou. - O que querem?

Harry enfiou a mão no bolso. O homem engatilhou a arma, fazendo menção de atirar. O Auror imediatamente levantou os dois braços, em sinal de rendição.

– Vou apenas pegar uma foto no bolso, senhor...? - Harry percebeu que não sabia o nome dele. - Qual o seu nome? - Perguntou enquanto, lentamente, pegava a foto no bolso interno.

– Bívör Vindalf. - Ele respondeu.

Ted então soube o que era aquele homem, e também entendeu a complexidade do feitiço que protegia casa. Durante o inverno, após sua conversa com o centauro, ele pesquisou sobre as criaturas mágicas que existem ou existiram no mundo. Durante muito tempo, antes da guerra Homodryadalica milhares de anos antes de Cristo, o mundo era dividido entre essas criaturas, incluindo os bruxos. Até que os homens mortais, atualmente conhecidos como trouxas, declararam guerra aos seres, que foram obrigados a se esconder. Os bruxos ficaram do lado dos trouxas. Alguns deles foram caçados até a quase extinção, e por isso muito pouco se é falado sobre eles. Vindalf era um nome recorrente no livro que lera, pois era o nome de um dos reis que liderou um dos lados da guerra.

Se Ted lembrava-se direito, Thorin Vindalf foi o Rei dos Anões durante a guerra Homodryadalica.

– Você é um anão. - Ted disse.

– Não me diga! - A raiva dele aumentou um pouco mais.

Harry repreendeu Ted com um olhar. Aquele tipo de comentário era considerado ofensivo pelos anões, e o Auror sabia disso. Ted também deveria saber.

– Estamos procurando por esse caderno. - Harry apontou para o caderno com o símbolo da Triskelium na capa que estava na mão de Tom Riddle na foto.

– Nunca vi esse livro na minha vida. - Bívör retrucou. - Podem ir embora agora.

– Eu vi! - Gritou um menino da janela, que desceu e veio à direção eles.

– Durin! - O anão com a arma chamou a atenção do menino. - Que diabos está fazendo aqui fora?

– Eu vi pelo telescópio do meu quarto. A foto do carinha segurando um livro. Eu vi esse livro, pai, logo quando a gente se mudou.

– Durin, você não podia se intrometer! Eu mandei ficar no quarto. - Bívör parecia decepcionado. - Agora teremos que ajudar os malditos bruxos.

– Eu gosto de bruxos. - O menino sorria abobalhadamente.

– Apenas por que você conheceu uma bruxa criança na sua escola, que nem para Hogwarts tinha ido ainda e que é boazinha, não significa que todos são. E ela é apenas uma criança, não sabe os horrores que eles fazem com a gente.

– Senhor Vindalf. - Harry disse. - Dizer que todos os bruxos são ruins apenas por causa de uma guerra que aconteceu a milhares de anos é algo meio extremo. Nós aprendemos nossa lição, e agora lutamos pelo bem.

– Diga isso a Voldemort. - Ele retrucou.

– Voldemort fora um bruxo das trevas. Como você mesmo disse, não julgue todos pela ação de um.

– Diga a eles onde você viu esse caderno, Durin. - Bívör não abaixou a arma em nenhum momento.

– Eu o encontrei em meu quarto logo quando nos mudamos. - O menino-anão começou a contar. - Ele estava escondido sob um assoalho solto, aquele que você consertou papai, lembra-se? - Ele não esperou resposta, e continuou a contar. - Como meu pai disse, eu conheci uma bruxinha na escola. Ela era doida por livros e tal. Ai, ano passado, no aniversário dela, eu dei esse caderno para ela, para que ela escrevesse suas próprias histórias.

– E qual o nome da garota?

– É melhor eu anotar para vocês. - Durin voltou para dentro de casa.

Alguns momentos constrangedores entre os dois Aurores e Bívör depois, o menino voltou com um pedaço de papel de jornal na mão. Desculpou-se; era o único que tinha encontrado rapidamente na cozinha.

– Muito obrigado, senhores. - Harry fez uma leve referência com a cabeça. - E desculpe o incomodo.

Bívör apenas abaixou a arma quando os dois entraram no carro e partiram, com Ted dirigindo. Harry não conseguia parar de pensar por que o anão odiava tanto os bruxos. Com certeza não era por causa de uma guerra que quase mais ninguém se lembrava. Forçou o pensamento para fora de sua cabeça, não precisava se preocupar com isso. Não tinha nada que poderia fazer, e não ficaria incomodando o pobre anão.

– Então, vamos ver quem é nossa misteriosa bruxinha. - Disse mais para si mesmo do que para Ted.

Ele desdobrou o papel de jornal, que provavelmente era da página de esporte, pois ele leu algo sobre o Manchester United ter goleado o Queens Park Rangers.

– Nina Evans Dobrev Lewis Jackson Webb. - Harry leu todo o nome. - Agora eu entendi por que o menino preferiu anotar ao invés de dizer. Que nome longo!

Enquanto Harry falava no telefone com Draco Malfoy e pedia um endereço, Ted parou em um restaurante para almoçarem. Draco passou o endereço, que era um tanto longe de onde estavam, mas não tinham outra escolha. Pediram costela de porco assada e arroz para acompanhar, além de uma salada simples de tomate e alface, e suco.

Seguiram pela autoestrada até a cidade vizinha de Brixton, onde morava a família Evans-Dobrev-Lewis-Jackson-Webb. Harry decidiu chamá-los de apenas “Webb”, o último nome. Apenas graças ao GPS que não se perderam.

Eles moravam num enorme casarão, com paredes de mármore cinza claro, pilastras para sustentar a cobertura da porta dupla, que, feita de carvalho, devia ter mais de dois metros de altura por quatro de comprimento.

Um mordomo os atendeu. Ele vestia-se com um terno preto e gravata azul com listras prateadas. As cores da Ravenclaw, Harry pensou, eles deviam ter muito orgulho da casa que fizeram parte.

– Posso ajudá-los? - Ele disse, com sotaque americano.

– Sim. - Harry disse. - Sou Harry Potter, somos Aurores, e estamos procurando pelos responsáveis de Nina Webb.

– Entrem, por favor. Sigam-me.

Ele guiou os dois até uma sala imensa, extremamente alta e com uma lareira. Sobre a lareira havia um quadro de um lorde inglês, com roupas de época, peruca e tudo o mais. Demorou alguns minutos para que um homem, de cabelo castanhos, olhos verdes e barba bem feita, entrasse. Ele usava um terno cinza italiano, de corte perfeito, mas estava sem gravata, como se os Aurores o tivessem pegado no momento em que trocava de roupa.

– Não acredito! É mesmo Harry Potter! - Ele disse. - Muito prazer, meu nome é Igor Dobrev Lewis Jackson Webb. Posso ver sua cicatriz?

Harry deduziu, então, que o nome Evans era o nome da mãe da menina. Ele levantou o cabelo revelando sua famosa cicatriz em forma de raio.

– Incrível! - Ele disse. - Eu não estava no país durante a guerra, sabe. Também não estudei em Hogwarts, como meus filhos e minha esposa. Indiferente, em que posso ajudar?

– Eu acredito que sua filha, Nina, tem esse caderno. - Ele mostrou a foto de Tom Riddle. - E nós precisamos dele. Faz parte de uma investigação muito importante.

– Minha filha está em Hogwarts, mas posso pedir para Carlisle procurar nas coisas dela. - Ele se referia ao mordomo. - Enquanto ele procura, querem compartilhar uma xícara de café?

– Sim. - Harry respondeu.

Ele chamou o mordomo, disse para que pedisse a empregada que trouxesse café, e que ele fosse procurar pelo caderno solicitado. Enquanto esperavam, eles conversaram sobre política, sobre a Rainha Elizabeth e sobre os costumes ingleses. Esse assunto levou a falarem sobre a cultura do mundo, e Igor falou apaixonadamente da cultura do país de onde veio: Hungria.

Pelo que Harry entendera, a família dele havia partido para Hungria quando Voldemort ameaçara pela primeira vez o mundo. Ele crescera lá, longe de todos os perigos, assim como seu pai. Eles haviam decidido voltar para Inglaterra há três anos, quando seu filho mais velho, Jefferson, tinha idade suficiente para ingressar em Hogwarts.

Cerca de quarenta minutos depois, Carlisle surgiu na porta. Ele não tinha um rosto muito feliz.

– Senhor, não encontrei o caderno que pediu. Ele não está entre as coisas da senhorita Nina.

– Obrigado, Carlisle. - Igor disse, e depois se voltou aos visitantes. - Como perceberam, o caderno não está aqui. Só pode estar então com minha filha.

– Desculpe-nos os transtornos, senhor Webb. Não vamos mais tomar seu tempo.

Os dois Aurores saíram da casa. Entraram no Cooper e foram embora. Pelo retrovisor, eles viram Igor entrar e fechar a porta. Pararam o carro. Trocaram olhares, havia algo errado, eles estavam escondendo algo.

– Tem a sensação de que eles estavam mentindo? - Ted perguntou.

– Sim. - Harry respondeu. - Eu queria ter minha Capa da Invisibilidade agora.

– Eu não tenho capa, mas posso fazer isso. - Num piscar de olhos, Ted transformou-se me uma mosca e voou pela janela.

– Vou tirar o carro daqui! - Ele disse, torcendo para que o afilhado tivesse ouvido.

Harry assumiu o volante e afastou o carro da casa, caso alguém de lá saísse para fazer uma caminhada. Encontrou um posto de gasolina diversos quarteirões à frente e esperou o retorno de Ted.

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A mosca voou janela adentro, antes que o mordomo Carlisle a fechasse. Ele não a notou, pois se escondera num segundo atrás de uma poltrona. Ela esperou ficar sozinha para se transformar novamente em Ted.

Deduziu pelos objetos presentes que aquele era o quarto de uma garota e, se Igor não tivesse mais filhas, era o quarto de Nina. Vasculhou por todos os cantos, procurando o caderno da Triskelium, mas nada encontrou. Talvez eles realmente tivessem falado a verdade, ou talvez tivessem levado dali antes que os Aurores chegassem.

Transformou-se em uma barata. Saiu por debaixo da porta. Estava em uma imensa sala de TV, cujo aparelho era maior do que Ted em forma de homem. A TV estava à direita dele, alinhada a uma parede que tinha uma janela; encostado nessa parede havia o primeiro sofá, que fazia um L com outros dois. Eles pareciam extremamente macios.

Ouviu barulhos de passos e viu o mordomo vindo em sua direção. Correu para debaixo da raque da TV e ali ficou até que mais nada ouviu. Saiu, conferiu se o cômodo estava vazio, e seguiu para debaixo do sofá.

Igor subia a escada, entrou uma das portas e trancou-a atrás de si. Ted contou vários minutos, e homem ainda estava ali dentro. Decidiu entrar. Precisou atravessar todo o cômodo, mas preferiu tomar a forma de um camundongo, que era muito mais ligeiro. Felizmente, ninguém o viu. Passou por debaixo da porta com um pouco de dificuldade, pois o espaço era menor. Uma vez dentro, notou que estava em um escritório.

Em todas as paredes havia estantes do chão ao teto. Havia milhares de livros e outras relíquias. Assemelhava-se a loja de Gold, a Falklands-Malditas. Havia uma mesa bem no meio, com uma cadeira imensa do outro lado. Ted deu a volta, escalou uma das estantes e se posicionou de forma que conseguisse observá-lo com clareza e manter-se oculto.

Ele tinha um caderno sobre a mesa, diante de si. Estava aberto no meio, mas as páginas estavam em branco. Ele pegou sua varinha, estava com raiva, como se tivesse repetindo aquele processo várias e várias vezes.

Incantatem Revelio.

Contudo, nada aconteceu. Num surto de frustração, Igor fechou o livro com tudo, permitindo que Ted visse a capa do livro. O símbolo da Triskelium estava ali, dourado e belo. Igor saiu da sala e trancou-a por fora. Ted saltou da estante e se transformou em homem durante o voo. Chegou ao chão praticamente sem fazer barulho. Mandou uma mensagem de texto para seu padrinho.

Ele está com o caderno. Como proceder?

Pegue-o.

Tem certeza? Não é melhor termos um mandado?

Tenho. Se não aproveitar essa oportunidade, ele pode sumir com o caderno. Pegue-o. Eu vou retornar com o carro para frente da casa, assim que me vir, aparate.

Entendido.

Ted pegou o caderno e o colocou no bolso de dentro do casaco. Esperou alguns minutos, mas Harry não apareceu na rua. Ouviu a porta sendo destrancada. Aparatou, surgindo na rua. Viu o Cooper vindo em sua direção. Correu até ele. Harry parou alguns metros antes da casa, de onde ninguém podia vê-lo. O Auror deu meia volta no carro e seguiram para Londres.

Apesar do roubo, a missão foi um sucesso. Eles detinham mais uma pista sobre a misteriosa organização Triskelium.

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Luna andava pelo vilarejo que Rolf Scamander lhe mostrara alguns meses antes. E era com ele que ela estava naquele momento. Estavam em um pub mal arrumado no centro da cidade, mas acredite, era o melhor lugar da cidade para se comer. Foi ali também que tiveram seu primeiro encontro, no dia seguinte ao seu inesperado encontro na floresta. Infelizmente, ela não podia levá-lo a cabana de Harry, mas isso não significava que ela não podia passar algumas noites fora. Assim ela o fez.

Desde então, eles se viam todo dia. A vontade crescia como tinha de ser. Luna e Rolf eram muito parecidos, ele era um pouco mais velho, mas eles acreditavam nas mesmas criaturas místicas que ninguém mais via. Sem a menor sombra de dúvida, Luna estava perdidamente apaixonada por ele.

Ainda bem que Rolf sentia-se exatamente da mesma forma.

Depois do jantar naquela noite, ele tirou uma caixa de veludo do bolso. Antes mesmo de ele começar a falar, ela já estava chorando:

– Eu sei que eu estou indo um pouco rápido demais, que te conheço apenas há seis meses, mas desde aquele dia na floresta nós nos encontramos todos os dias. Eu não sei mais como seria meu dia sem você, eu a amo, senhorita Lovegood. - Ele abriu a caixinha para revelar o maior diamante que ela já vira na vida. - E quero passar todos os dias do resto da minha vida com você. Você quer...

– Sim! - Ela respondeu rápido demais.

– Você nem deixou-me terminar a pergunta.

– Desculpe. - Ela sorria e chorava ao mesmo tempo.

– Luna Lovegood, você aceita casar-se comigo?

Ela hesitou, fazendo charme.

– Aceito.


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