Auror Potter e o Mestre dos Disfarçes escrita por Leandro Zapata


Capítulo 11
O Pomo de Ouro


Notas iniciais do capítulo

Hey there, wizards

Mais um capítulo de Auror Potter para suas senhorias. Semana que vem não tem capítulo.
AAAAAAAAAAAHHHHH!!!
Mas não se preocupem, em junho estaremos de volta e seguiremos sem mais nenhuma pausa!

Boa leitura



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Yanka sem dúvida era a melhor adição ao time. Alvo estava certo disso. Ela era simpática, parecia saber guardar segredo e sem dúvida toparia a missão. Achou-a no salão comunal sentada sozinha em um canto. Ela lia um livro que não parecia ser de matéria, e sim, ficção. Alvo reparou então na capa do livro e reconheceu-a de imediato. Era o mesmo livro que ele está lendo, A Maldição de Romeu e Julieta, de um autor trouxa brasileiro que agora lhe fugira o nome.

– Esse livro é muito bom. - Quebrou o silêncio assim que se aproximou. - Também estou lendo.

Ela não respondeu, provavelmente estava irritada devido à grosseria dele mais cedo.

– Olha, me desculpe pelo jeito que falei com você agora a pouco. É que muitas coisas aconteceram e eu não estava com muita cabeça para conversar sobre outras coisas. - Alvo parou por um momento enquanto ela fitava-o com desdém; ele, então, decidiu contar o que acontecera com ele e com seu pai; depois disso, ela pareceu muito mais receptiva. - Então... Estou lendo esse livro também.

– Está em qual parte?

– Estou na metade. Acabei hoje a primeira parte.

– Não conta! - Ela disse com um sorriso; por alguma razão, Alvo se sentiu extremamente aliviado por recuperar a amizade da menina. - Eu ainda estou no começo.

– Então... O que você acha de roubar o celular do meu irmão de um professor?

Yanka abriu o maior sorriso do mundo. Alvo teve certeza de que nunca tinha visto ninguém abrir um sorriso tão grande com a ideia de fazer algo errado. Talvez, pensou, eu goste dela.

– Tô dentro.

– Vem comigo. - Ele saiu do salão e ela o seguiu.

Voltaram ao pátio onde encontraram os três, Rose, Rick e Scorpius. Assim que chegaram, Rose passou a explicar o plano. Eles precisariam que a escola estivesse com poucos professores, o que aconteceria apenas no começo do inverno, quando levariam os alunos mais velhos a Hogsmeade. Ou seja, tinham tempo para se prepararem.

Em uma manhã fria de outono, Alvo levantou mais cedo que o de costume, assim poderia tomar banho mais sossegadamente do que tomaria quando todos levantavam. Voltou ao quarto e tentou pentear o cabelo, em vão. Seu cabelo era desgrenhado e rebelde, não obedecia aos comandos do pente - outra herança de seu pai. Vestiu o uniforme de sua casa. O verde e prata combinavam com seus olhos. Pegou a Nimbus 2001 lembrando-se de mandar uma coruja para o pai pedindo uma vassoura nova. Respirou fundo, para acalmar os nervos, e saiu em direção ao campo.

Derrick Fafnir, o rapaz do quinto ano que convidara Alvo para o time, estava no campo com um ou dois veteranos, que tinham tamanho para ser do último ano. Um deles era alto, magrelo e de pele morena que deveria ser o goleiro; o outro era um pouco menor, porém mais forte, como Derrick. Esses dois últimos tinham tacos nas mãos, eram batedores. Havia vários outros alunos ali, todos usando equipamentos de Quadribol. Eram candidatos ao time.

– Bom dia, senhores. Meu nome, para quem não me conhece, é Derrick Fafnir, mas podem me chamar de capitão. Esse é Domenic Zsafir. - Apontou para o mais forte. - Ele e eu somos os batedores. E esse é Sayid Jarrah, apesar do nome e da aparência, ele é inglês, mas os pais são árabes mesmo. Ele é nosso goleiro. Todos nós estamos no quinto ano. Os outros membros do nosso time se formaram ano passado, então precisamos dos três artilheiros e do apanhador. Vamos começar com o apanhador. Quem aqui veio fazer o teste para essa vaga?

Alvo levantou a mão timidamente; não gostava de chamar atenção. Porém, uma menina que até agora ele não tinha notado, levantou a mão do meio dos calouros determinadamente. De onde estava, Alvo só conseguia ver sua mão. Yanka saiu do meio das pessoas, e posicionou-se de frente ao grupo. Além dos dois, mais dois meninos haviam se candidatado.

– Quais são os seus nomes? - O capitão perguntou, indicando para que o primeiro da fila, Alvo, se apresentasse primeiro.

– Sou Alvo Severo Potter.

– Sou Drogo Kallavar. - Disse o menino seguinte.

– Petyr Daryu.

– Yanka Hezron.

– Vamos iniciar o teste. É bem simples. Aqui está o Pomo de Ouro. - Ele tirou uma pequena bolinha de ouro de um baú que estava atrás dele. - O desafio é capturá-lo. Contudo, para não termos o ganhador por sorte, será uma melhor de três. Aquele que apanhar o Pomo duas vezes será escolhido como apanhador. Entendido?

– Sim. - Os candidatos disseram em uníssono.

– Montem em suas vassouras.

Derrick levantou o Pomo para o alto e soltou-o. Em poucos segundos estava fora de vista.

– Agora! - Gritou, sorrindo.

Os quatro calouros voaram. Alvo conseguiu avistar a esfera dourada batendo suas ligeiras asinhas próximas aos goles. Imediatamente foi para ele; olhou para trás e viu apenas Drogo e Petyr, Yanka estava totalmente fora de vista. Quanto tornou os olhos para frente, ela vinha do lado oposto, indo de encontro ao Potter. Como ela chegou ali tão rápido?, o menino pensou, deitando um pouco para frente, a fim de ganhar velocidade - um truque que seu pai lhe ensinou nas poucas vezes em que tentou voar de vassoura. Yanka fez o mesmo.

A esfera estava ao alcance de suas mãos, mas subiu numa velocidade impossível na vertical. Quase trombou com a amiga, mas desviaram no último segundo subindo em um voo vertical paralelo. Passaram a perseguir o Pomo praticamente juntos, esqueceram-se completamente dos outros competidores. Alvo, bem devagar, começou a ficar para trás. Ela era mais leve, portanto, mais rápida. Se tivesse prestado mais atenção nas dicas de seu pai... Bem, ele não gostava muito de voar, então, se entrasse para o time, seria bom, se não, bom também. Não se importava realmente.

O Pomo fez uma curva de repente para esquerda, o que Yanka fez também, quase se chocando com Alvo, que desviou um segundo antes. Vamos, vamos, vassoura idiota, pensava. Se estivesse com a Firebolt do pai, sem dúvida deixaria todos aqueles moleques no chinelo.

Seu irmão é apanhador da Gryffindor. Ele tinha que ser da Slytherin. Tinha que vencê-lo.

Uma súbita determinação apossou-se dele e, mesmo estando a uns vinte metros de altura do chão, tentou ir mais para frente sobre a vassoura e esticar um braço para pegar a esfera. Contudo, se desequilibrou e caiu, agarrando com ambas as mãos no cabo. Por pouco não foi direto ao chão.

– Dom! - Ouviu Derrick gritar. - Às vassouras!

Antes que eles pudessem levantar voo, Alvo já estava montado de volta. Não iria perder. Nem para o irmão nem pra Yanka. O momento perigoso distraiu tanto ao Potter, quanto a menina, ambos perdendo o Pomo de Ouro de vista. Pararam, um ao lado do outro, e observaram com cuidado o campo.

– Está bem? - Ela perguntou sem tirar os olhos dele.

– Sim. Perdemos o Pomo. - Se referindo à esfera.

– Não exatamente. - Ela apontou para Drogo, que perseguia um ponto brilhante bem próximo do chão.

Trocaram olhares e voaram praticamente numa linha vertical em direção ao chão. Passaram pelo menino com facilidade. Ele era grande demais para ser um apanhador, se daria melhor como artilheiro. Como a menina estaria com vantagem, Alvo, assim que o Pomo estava próximo o bastante, subiu na vassoura equilibrando-se nos dois pés, como se estivesse sobre um skate - esporte que ele dominava muito mais do que voar. Então saltou; a mão aberta para agarrar a esfera.

Alvo deu uma cambalhota no chão, como aqueles praticantes de pakour fazem quando caem. Levantou com um sorriso, virou-se para Derrick e levantou o Pomo sobre sua cabeça.

Vencera a primeira de três.

– Meus parabéns, Alvo Potter. - Ele sorriu; apesar de querer manter imparcialidade, Derrick não conseguia esconder seu favoritismo com o menino, filho do lendário apanhador e herói, Harry Potter. - Contudo, como eu disse antes, é uma melhor de três. Dê-me o Pomo, Alvo.

Sem conseguir conter a alegria, ele entregou a pequena bolinha ao capitão do time, que fez um feitiço para que o Pomo voltasse a voar.

– Vamos à segunda rodada. Prontos.

– Sim. - Responderam.

Ele largou o Pomo e gritou “já”.

Os quatro voaram o mais rápido que suas vassouras permitiram. Alvo e Yanka passaram a frente. Contudo, a bolinha voou em direção ao sol e desapareceu. Ficaram parados alguns minutos, procurando por ela, em vão. Até que viram Petyr, um dos concorrentes, acelerar; viram o Pomo. Foram atrás. Passaram o garoto rapidamente. Petyr desistiu da competição. Drogo nem voo havia levantado para a segunda rodada e conversava com Derrick.

Alvo deitou na vassoura, para diminuir o atrito com o ar. Yanka fez o mesmo. Ela é boa, pensou, mesmo tendo pais trouxas, ela é muito boa. Notou que ela não parava de sorrir exatamente como sorriu durante a seleção das casas, como se esses momentos fossem seus sonhos realizados. Alvo achou seu sorriso lindo. Ela esticou o braço o máximo que conseguiu e, sem tirar os olhos do pequeno objeto, agarrou-o com convicção. Pararam.

– Muito bem, senhorita Hezron. O placar então é um a um entre Alvo e Yanka. Drogo desistiu da competição e, como primeiranistas não podem se candidatar as outras posições, ele tentará no próximo ano.

– Eu também desisto. - Petyr disse. - Ano que vem eu vou tentar para goleiro.

– Muito bem, então. - Derrick concordou. - Então, resta-nos apenas os dois. - Ele refez o feitiço e as asinhas de libélulas baterem rapidamente. - Agora, para tornar mais justo, os dois usarão as Nimbus. Queremos saber se a vantagem que possuem um sobre o outro é de habilidade ou material.

Yanka entregou sua vassoura de modelo desconhecido a Derrick, que a deu uma Nimbus. Alvo não reconheceu o modelo da vassoura de Yanka, na verdade não conhecia modelo nenhum. Pararam um ao lado do outro e trocaram olhares. O Pomo foi solto.

– Boa sorte. - Alvo disse com um sorriso.

– Pra você também. - Ela respondeu com aquele mesmo sorriso de antes.

O coração de Alvo bateu um pouco mais rápido, ele apenas não sabia se pela competição em que estava, ou por ver aquele sorriso.

– Vamos dar início à última rodada da competição de apanhadores. - Derrick falou alto. - Voem!

Voaram. O mais rápido que suas vassouras permitiram. Ambos sorrindo, alegres. Não se importavam quem ganharia; quem seria o apanhador. O mais importante naquele momento, principalmente para a menina, era justamente de estar voando em uma vassoura em uma escola de bruxos. Ela era uma bruxa. Era especial. E, meio que por osmose, Alvo absorveu essa alegria. Naquele momento ele se esqueceu da eterna competição com o irmão mais velho, Tiago; esquecera-se de que ele era o apanhador da Gryffindor e que queria ser um apanhador melhor. Naquele pequeno momento especial tudo que importava era a alegria de ser quem era; de ser um bruxo.

Pararam a mais de duzentos metros do chão, observando o campo cautelosamente procurando um ponto brilhante: o ouro refletindo o sol. Contudo, uma nuvem de chuva parou exatamente na frente dele, dificultando a procura. Alvo forçou a visão. Ao contrário do pai, ele tinha uma visão perfeita, não precisava de óculos. Então viu um rápido movimento na lateral, quase sob o campo.

Desceu praticamente na vertical em direção a ele.

Yanka o seguiu de perto. Ele não tinha certeza se ela tinha visto o Pomo ou não, mas não ligou para esse detalhe e continuou seguindo o que achava ser a esfera. De repente o vulto entrou na lateral do campo, entre as pilastras horizontais de sustentação. Alvo passou a voar por entre elas com habilidade, como que por instinto, mas a amiga foi ficando para trás, devido a sua inexperiência. Agradeceu mentalmente a insistência do pai para treinar os voos.

Ouviu o barulho de algo se chocando contra madeira. Olhou para trás e viu que ela tinha trombado com uma das pilastras e caía na areia do chão. Viu então o Pomo, voando no alcance de sua mão. Hesitou, mas não tinha outra escolha: voou até Yanka.

Usando o corpo dele como apoio, ela subiu na vassoura dele e voltaram para onde estavam os outros. Ela estava com o tornozelo inchado e tinha um sorriso dolorido.

– Vou levá-la para enfermaria. - Domenic afirmou com uma voz profunda; pegou a menina no colo e saiu andando.

Alvo, por alguma razão, não gostou do gesto. Sentiu inveja do menino grande e forte. Não entendeu e deixou o sentimento de lado.

– Eu acho que você venceu então, Alvo. - Derrick disse com um sorriso cumplice, como se ele tivesse causado o acidente. - Por W.O.

– Pois é... - Ele disse, tristonho, preocupado com a amiga.

– Relaxa, Alvo, ela vai ficar bem.

– Eu sei... ó só que...

– Hey! Derrick! - O menino descendente de árabes, Sayid, chamou.

A conversa dos dois ficou por isso mesmo. Alvo voltou à masmorra da Slytherin, tomou um banho - estava suado devido ao teste - e foi assistir às aulas daquele dia. No almoço encontrou a prima, Rose, que estava com Rick e Scorpius.

Naquela noite, depois de mais de uma semana sem pesadelos, Alvo sonhou novamente com aquela pessoa na floresta. Era noite de lua cheia. O mascarado seguia andando pelas árvores. Na sua máscara o mesmo símbolo que estava magicamente escondido na testa do menino, porém o círculo dele era o único buraco da máscara, o que deixava o olho direito - verde como uma esmeralda - a mostra.

Ele chegou a um precipício, no fim da floresta. Sem nem olhar para baixo, ele saltou de braços abertos, como o personagem Ezio, de Assassin’s Creed, costumava fazer nos games. Dando umas piruetas no ar, ele parou de pé sem usar feitiço algum. Pegou a tocha que estava em um suporte e entrou em uma caverna.

O ponto de vista de Alvo variava, como se ele observasse de um ponto que tinha uma visão melhor do que precisava ser visto; como em um filme. Agora, ele via as paredes, em que estavam pintados desenhos rupestres, como se feitos por homem das cavernas. Achou-os interessantes, pareciam contar histórias. Sua posição mudou, agora ele via uma porta de ferro de frente com buracos em formas diferentes, mas todas pareciam ser encaixes de varinhas: cumpridos e meio cilíndricos. Notou que alguns deles já tinham uma varinha encaixada. Contou doze espaços, posicionados como se fossem uma rosa dos ventos, e quatro varinhas presas.

O mascarado tirou do bolso do estranho sobretudo quatro varinhas. A primeira, Alvo reconheceu sendo a de seu pai. Ele colocou-a no topo de todas, o encaixe foi perfeito. A segunda, que reconheceu sendo a do Tio Rony, ele colou a direita da primeira. A terceira era da Tia Hermione e foi colocada a esquerda da de Harry. A última pertencera a muitos anos, antes mesmo de seu nascimento, a Voldemort, o bruxo das trevas derrotado pelo pai.

– Oito. - O homem disse com uma voz grave, rouca e abafada pela máscara. - Estamos na metade.

Ele deu as cortas para a porta e seguiu de volta pelo caminho que veio. Antes da posição de visão mudar, ele conseguiu ver uma escrita sobre a porta:

ճարտարօձ

Mesmo não conhecendo a língua, aquela palavra ficou gravada em sua mente.

Alvo sentou na cama bruscamente; estava ofegante e suado. Apesar de estar dormindo, não se sentiu nem um pouco descansado. Levantou e andou até o espelho para ver o ainda desconhecido símbolo em sua testa emitindo um brilho azulado, mas logo em seguida desapareceu devido ao feitiço do professor. Ainda era noite e os outros alunos estavam dormindo. Alvo rapidamente pegou um caderno e desenhou o escrito, antes que se esquece-se.

Voltou para cama e fitou o teto do quarto, pensando no sonho que acabara de ter e nos mistérios que tinha diante dele e seus amigos. Ele acabou dormindo um sono regenerador sem sonhos.

Alvo chegou à sala de poções subitamente. Antes mesmo de dar bom dia aos seus amigos, ele contou do sonho que tivera e mostrou a estranha palavra que ele vira sobre a porta. Rick comentou já ter visto aquela palavra em algum lugar, mas que pensaria nisso mais tarde.

– Alvo! - Derrick Fafnir vinha em sua direção. - O time foi totalmente escolhido. Vamos, você precisa conhecê-los.

– Certo. - Ele se virou para os amigos, e rivais de casa, da Gryffindor, e completou: - Então, até depois.

Alvo seguiu Derrick pelas masmorras até chegarem ao salão comunal da Slytherin. Todos os membros da casa estavam ali em volta de um grupo de doze alunos, sendo um deles, Yanka. Ela sorria, estava com a perna em um imobilizador e com um curativo na lateral da testa devido ao acidente no teste de seleção, mas parecia bem e, sem dúvida, feliz. Alvo se posicionou ao lado dela, como Derrick lhe pediu.

– Caros companheiros da casa Slytherin. Eu, Derrick Fafnir venho lhes apresentar nosso time de Quadribol deste ano. Os Goleiros: Sayid Jarrah, titular, e Fuller Werth, reserva. Os Batedores titulares: eu, Derrick Fafnir, capitão, e Domenic Zsafir; os reservas: Draven Stenson e Madison Saint Clair. Os Artilheiros titulares: Baldoc Ohme, Fergal Neuvirth e Maverick Malvaeux; os reservas são: Nebraska Rutger, Drew e Driscoll Paugh. - Ele apontou para dois alunos gêmeos do quarto ano, que estavam logo ao lado de Yanka. - E por último, a estrela do time e a melhor adição até agora: ALVO POTTER!

Todos os alunos da casa explodiram em aplausos, assoviavam e faziam barulho. O menino não gostou nem um pouco daquilo. Estavam colocando muita confiança e pressão sobre ele. E se ele não fosse bom? E se perdesse? Derrick o colocara em um pedestal; felizmente, nenhum dos outros jogadores do time parecia sentir inveja, mas sim esperança de que seriam campeões de Quadribol ou, até mesmo, da competição das casas naquele ano.

– Ele será Apanhador, é claro, e pequena Yanka Hezron é sua reserva. - Derrick concluiu e dispensou os alunos, com exceção do time, para quem disse: - Amanhã nós começaremos os treinos. Sempre treinamos uma vez por semana as quartas-feiras, mas consegui convencer a Diretora McGonagall a nos liberar o campo após as aulas.

– E isso é justo com as outras casas? - Alvo perguntou, temendo que fosse reprendido.

– Sim, por que faremos rotações semanais. - Derrick explicou. - Essa semana nós usaremos o campo, na semana que vem a Ravenclaw, e assim por diante. - Ele pareceu lembrar-se de algo. - Ah sim, daqui a duas semanas nós teremos nosso primeiro jogo contra a Ravenclaw mesmo. Alguém tem alguma pergunta?

– Sim. - Alvo se intrometeu outra vez. - Qual a vassoura mais rápida vendida hoje em dia?

– Todas são muito similares, Alvo. Não fará muita diferença.

– E que tal uma Firebolt? Uma mais antiga, mas ainda em bom estado?

Derrick pareceu pensar. Vassouras Firebolt não eram mais fabricadas desde a guerra de Voldemort, mas, em sua época, as Firebolt eram as mais rápidas que existiam. Talvez, ainda eram.

– Talvez. - Derrick concordou. - Seu pai tinha uma, não?

– Correção: meu pai tem uma. Vou imediatamente mandar uma coruja para ele. - Ele estava prestes as sair quando Yanka pediu para ir com ele. Juntos, eles foram ao Corujal.

Havia ali uma mesa com pena e papel, além de envelopes. Assim, aqueles que se esqueciam de levar as cartas, poderiam escrever no momento. Alvo e fez com os seguintes dizeres: “Entrei para o time de Quadribol da Slytherin. Preciso da Firebolt. Com amor, Alvo.” Ele não queria entrar em detalhes, pois seu pai deveria estar muito ocupado.

Alvo foi seguido por Yanka até o poleiro de Edwiges, sua coruja das neves. Ele acariciou sua cabeça e desceu a mão pelas costas. Sentiu a pequena coleira que envolvia seu pescoço. Nela havia um pingente em forma de círculo que estava escrito: Edwiges II. Alvo escolheu esse nome para sua coruja-das-neves por causa daquela que, anos antes, pertenceu a seu pai. Prendeu a mensagem em sua perna e mandou-a voando para o Ministério, torcendo para que seu pai respondesse o mais rápido possível.


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