Auror Potter e o Mestre dos Disfarçes escrita por Leandro Zapata


Capítulo 10
A Varinha de Dumbledore


Notas iniciais do capítulo

Hey there, wizards

Hoje estou postando mais um capítulo de Auror Potter. As coisas estão ficando quente pro lado de Alvo!! Algumas respostas estão nesse capítulo!

Boa leitura, até a próxima.



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Alvo observava sua mãe correndo em sua direção. Seu semblante estava preocupado, mas havia algo errado. Ele pode sentir na boca de seu estômago. Algo naquela Gina que acaba de entrar estava errado. Seu olhar? Seu andar? Alvo conhecia muito bem sua mãe – eram muito próximos. Ele costumava contar tudo o que acontecia em seu dia, principalmente quando estava aprendendo a ler e escrever em escolas trouxas. Outra coisa que os aproximavam eram os livros, não os livros didáticos que Rose costumava ler, mas livros de ficção, principalmente os estrangeiros. Nada de livros ingleses ou americanos, gostava mais dos franceses, dos italianos, dos brasileiros e dos espanhóis. Sempre que ele tinha uma chance, contava a sua mãe o que estava acontecendo com Ruan ou com o Marchello ou com qualquer personagem de nome estrangeiro que ele encontrava em suas páginas. E aquela não parecia sua mãe. Estava diferente.

– Sra. Potter! - A Diretora Minerva vinha atrás dela. - Não se preocupe com seu filho. Ela está bem.

– Tiago ficou um dia inteiro de coma numa espécie de transe, e você não quer que eu me preocupe?

Tiago?, Alvo pesou. Sua mãe não costumava errar nomes. Ela crescera numa casa com vários irmãos, incluído gêmeos, e nunca havia se quer errado um nome. E agora, trocara o nome dos seus próprios filhos? Estranho, muito estranho, mas ela era humana. Errar o nome uma vez era algo comum.

– Temos coisas mais importantes para resolver do que isso. - A diretora argumentou.

– Nada é mais importante que a segurança de meus filhos, Minerva. Teremos bastante tempo para resolver o assunto. - Neste ponto elas já estavam próximas à cama do menino. - Tiago, como se sente?

Ok, Alvo pensou, errar o nome uma vez é uma coisa, errar pela segunda vez... O que está acontecendo, mãe?

– Estou bem, eu acho. Não sei o que aconteceu...

– Eu sei. - O professor Longbottom entrou novamente na enfermaria; estava visivelmente cansado e ofegante, mas parecia melhor do que estava quando saiu. - Era um feitiço de controle metal à distância... Alguém, em algum lugar, está tentando entrar na mente de Alvo. Alguém extremamente poderoso.

– Você tem alguma ideia de quem? - Gina perguntou.

– Eu acredito que apenas dois bruxos teriam poder para tal feito. - Ele explicou. - Mas os dois estão mortos há dezenove anos.

– Dumbledore e Voldemort. - Minerva deduziu.

– Exato. Se existe alguém lá fora tão poderoso quanto os dois, o Ministério precisa ser avisado. - Gina comentou.

– Mandei uma coruja depois que Alvo despertou. Logo estará chegando lá. - Neville comentou.

– Com tantas tecnologias novas, vocês insistem em manter as tradições? - Sua mãe zombou.

– Essas tecnologias não funcionam muito bem aqui. - A diretora disse com um sorriso triunfante no rosto. - Nós garantimos isso.

Sua mãe deu de ombros e voltou sua atenção à enfermeira.

– Ele já pode sair?

– Acredito que sim. Ele aparenta estar bem. Mas quem vai te dizer melhor é Neville... Digo, o professor Longbottom.

– Vamos, então, Minerva. - Gina disse bruscamente. - Tiago irá conosco.

Outra vez, Alvo estranhou. Algo estava muito errado. A diretora confirmou uma vez com a cabeça, obviamente contra sua vontade. Alvo não reparou quando o professor Longbottom havia saído de lá, e também não se importou. Não fazia diferença. Os três, Minerva, sua mãe e o menino foram em direção à sala da diretora, que assim que chegou a porta que era guardada por um grifo de pedra, disse a senha:

– Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore.

Minerva sentou em sua cadeira atrás de mesma mesa que um dia pertenceu a Dumbledore. Gina sentou em uma das cadeiras diante da mesa e Alvo permaneceu atrás de sua mãe, de pé, fingindo que estava curioso olhando ao redor.

– Acredito que a senhora esteja ciente da razão que me trouxe aqui, não? - Gina disse, fazendo mistério.

Outra característica que não pertencia a sua mãe. Gina era sempre direta, sem rodeios, ia direto ao assunto.

– Receio que não, Sra. Potter. As suas motivações são desconhecidas a mim.

– Lembra-se da última guerra, não? Contra o Lorde das Trevas?

Minerva pareceu ter percebido que havia algo errado, pois demorou-se alguns segundos para responder, tempo em que olhou para Alvo. Seus olhos diziam a mesma coisa: aquela poderia ser qualquer pessoa do mundo, menos Ginevra Molly Potter. Entretanto, não podiam fazer nada sem ter absoluta certeza. Era o momento de Alvo intervir.

– Mãe. Você se lembra quando fomos na loja de truques do tio Fred?

– Qual das vezes, meu querido. Fomos tantas. - Ela deu um sorrisinho falso, como se sua resposta tivesse sido evasiva.

E foi, Alvo pensou, mas ainda assim preciso pressioná-la ainda mais. Minerva aproveitou o momento para escrever um pequeno bilhete ao professor Sturgis Podmore com uma única palavra: invasor. O bilhete tomou a forma de uma mariposa e voou rapidamente pela janela. O papel era rápido, chegou ao professor em menos de dez minutos. Durante esse tempo, Alvo continuou o teatro.

– Aquela que a Rose explodiu um gato, não se lembra? Ela usou uma daquelas bombas que o tio Fred criou.

– Ah sim. - Ela estava mentindo. - Seu tio tem mesmo essa de fazer bombas. - Novamente o sorriso evasivo. - Mas o que tem isso, Tiago?

– É por que ele ficou de mandar uma dessas bombas para mim. Ele mandou uma coruja ontem de manhã dizendo que mandaria pela senhora.

– Ele deve ter se esquecido, então. Pois não me entregou nada.

O olhar do menino foi para a diretora. Não havia mais dúvida, aquela não era sua mãe, pois a verdadeira Gina jamais esqueceria que seu irmão, Frederich Weasley, estava morto há dezenove anos pelo menos. A diretora sinalizou sutilmente um “não” com a cabeça. O momento de revelar a descoberta não era agora, ainda precisavam descobrir o objetivo do inimigo.

– Então, Sra. Potter. O que a traz a Hogwarts?

– Na última guerra Voldemort se apossou da varinha de Dumbledore, correto?

– Pelo que eu me lembro, sim.

– Bem, Harry precisa dessa varinha. Mandou-me para buscá-la.

– A varinha não mais está em Hogwarts, Gina. - Minerva disse o nome insinuando que sabia sobre a falsidade ideológica. - Esqueceu-se de que o Ministro Shacklebolt levou-a alguns anos atrás? Levou-a para um lugar mais seguro que aqui. Afinal, a varinha do bruxo mais poderoso que já existiu é objeto de cobiça.

– Sabe onde pode estar, então?

– Desculpe-me, mas não. - Minerva respondeu. - O Ministério não permitiu que ninguém além dos envolvidos soubesse.

– Uma pena, então. Outra coisa, a Capa da Invisibilidade de Harry. Vim buscá-la também.

– Acredito que seu filho, Tiago, é a melhor pessoa para responder essa pergunta.

Ela virou-se para Alvo: - Diga-me então, Tiago, onde está a Capa de seu pai?

A mulher - Alvo se recusava chamá-la de Gina ou mãe - estranhou quando percebeu que a criança tinha a varinha apontada para ela. Neste mesmo momento, os professores Podmore, Longbottom e Flitwick irromperam pela porta, todos com suas varinhas em mãos.

– Primeiro, meu nome não é Tiago. - Alvo disse deixando transpassar a raiva em sua voz.

– Droga. Você é o Alvo, não o Tiago. - A voz da mulher adquiriu um tom superior, mas ao mesmo tempo, conformado.

– Segundo, meu tio Fred está morto há dezenove anos.

– Realmente eu devia ter lido os arquivos. - O mesmo tom de novo. - Merda! Esqueci-me também de perguntar sobre Edward!

– Edward Lupin? - Alvo reconheceu o nome do afilhado de seu pai.

– Esse é o garoto! Conhece?

– Não! - Alvo mentiu, mas a mulher percebeu.

– Bem, não importa. Não vou conseguir o que quero hoje mesmo. Esse disfarce foi descoberto.

– Para quem você trabalha? - Neville perguntou.

– Para ninguém.

– Não minta. - Sturgis retrucou, irritado. - Se você trabalhasse para você mesmo, sem dúvida teria se preparado muito melhor. Então, o tal arquivo que você mencionou, deve ter sido entregue por outra pessoa. Um chefe, que você por um acaso deve levar levianamente.

Touché. Me pegou. Parabéns. - Ela sorria. Por que estava sorrindo? Fora pega. - Ainda bem que o plano de emergência foi acionado.

Um patrono em forma de cobra entrou de repente, pegando todos de surpresa. Ele circulou a mulher em menos de cinco segundos. O brilho do feitiço quadruplicou, ofuscando a vista de todos, que imediatamente as protegeram-nas com os braços e mãos. Quando o ambiente voltou ao normal, a mulher havia desaparecido.

– Eu não sabia que patronos podiam fazer isso. - Alvo falou para quebrar o silêncio constrangedor que se formou.

– É porque aquele não era um patrono convencional. - Minerva parecia em choque. - Preciso entrar em contato com o Ministério imediatamente!

Ela pegou uma chave que estava em seu bolso, e com ela abriu uma das gavetas. Supreendentemente ela retirou de lá um notebook Sony Vaio.

– Achei eu tecnologia não funcionava bem aqui. - Alvo retrucou.

– E não funciona. - Ela sorria. - Para os alunos. Será que pode me ajudar com isso, Alvo?

Ele posicionou-se ao lado dela. Eles acessaram o Skype e, alguns minutos depois, o Ministro Shacklebolt surgiu na tela. A câmera que ele usava tremia muito e às vezes seu rosto sumia, mostrando uma parede do Ministério; ele estava usando um celular. Ele parecia extremamente agitado. Alguma coisa havia acontecido.

– Não é uma boa hora Minerva. - Ele disse urgentemente. - Estamos no meio de uma crise aqui. Harry Potter foi raptado. - Ele não mais olhou para tela. - Você! - Alvo imaginou ele apontando para alguém. - Minha secretária está desaparecida, você irá substitui-la por enquanto. Arthur! Onde está Arthur!? - Vociferou. Em seguida, a tela ficou negra como a noite.

– Diretora... - Os olhos do menino marejaram. - O que está acontecendo?

– Eu não sei, Alvo, eu não sei. - Ela olhou para o quadro de Dumbledore pendurado. - Mas assim que eu tiver notícias irei até você.

Alvo, então, chorou.

_____________________________

– Senhor! - O velho bruxo pai de Rony e Gina saiu do meio da multidão; seus cabelos antes ruivos como o fogo estavam desbotados pelo tempo e idade.

– Reúna toda sua equipe. TODA! Não importa se estão de férias ou licença médica ou qualquer desculpa. Usem todos seus recursos para encontrar Harry Potter imediatamente. Se eles conseguirem tirar qualquer informação dele, estamos perdidos. - Ele olhou de novo para sua secretária improvisada. - Reúna todos os Aurores. Quero todos na busca de Harry Potter!

O Setor de Desenvolvimento Tecnológico e Cientifico Trouxa com Harmonização Mágica era uma subseção da Seção de Observação Trouxa, um dos departamentos mais recentes criados no Ministério. Criado no ano de 2011, este setor tinha como objetivo mesclar a tecnologia trouxa - que nos últimos anos vinha crescendo e melhorando numa velocidade assombrosa - com a magia, a fim de criar aparelhos celulares, por exemplos, capazes de transportar qualquer tipo de objetos pelas redes de telefones. Grandes conflitos surgiram devido à criação de um setor assim, principalmente daqueles bruxos que se consideravam “sangue-puro”. Contudo, um setor que foi necessário devido ao crescente avanço tecnológico.

A Seção de Observação Trouxa era comandada pelo quase aposentado Arthur Weasley, cuja admiração pelos trouxas o levou a um cargo dessa importância. Contudo, o patriarca Weasley não estava muito bem, estava velho e o desaparecimento de dois filhos e uma neta não foi a melhor notícia do mundo, ainda mais naquela idade. Felizmente, sua esposa e neto, Hugo, estavam a salvo em casa, que era protegida com o feitiço Fidelis.

Há dois anos, a colaboradora Cho Chang criou um dispositivo chamado de joaninha - por ser minúsculo e vermelho com pontinhos pretos. Era um chip GPS que, combinado com a magia, poderia ser usado para localizar qualquer pessoa que usasse uma varinha em qualquer lugar do mundo. A joaninha ainda estava em desenvolvimento, pois a tecnologia costuma rejeitar os impulsos mágicos dos bruxos. Poucos Aurores foram voluntários para o projeto; um deles fora Harry.

Arthur entrou no grande salão com várias mesas, onde dezenas de técnicos - inclusive alguns trouxas - mexiam freneticamente em computadores. A maioria era homem, porém havia algumas mulheres no grupo, como Cho. Arthur caminhou por entre as fileiras de cadeiras e mesas, quase foi atingido por um avião de papel - recados passados de uma mesa a outra - até chegar à mesa onde Cho trabalhava.

– Cho. - Disse com a voz pesada. - Precisamos colocar o projeto joaninha em funcionamento neste momento.

– Eu sei. Eu vi pelo circuito de câmeras o que aconteceu a Harry. Contudo, enquanto ele não usar uma varinha não conseguirei localizá-lo.

– E quanto a Rony e Gina?

– Muito menos. Eles não têm a joaninha em seus corpos, como Harry e os Aurores. Se tivermos sorte, a roupa deles pode conter o chip. Mas acho pouco provável.

– Há algo que podemos fazer? - Arthur perguntou visivelmente triste.

– Infelizmente, com a joaninha, não.

– Senhor Weasley? - O colaborador Miguel Corner chamou-o de uma mesa próxima. - Eu estou com acesso às câmeras trouxas que estão por toda Londres. Tem algo que o senhor precisa ver.

– Agora?

– É sobre o desaparecimento de sua família.

Arthur andou rápido até a mesa do rapaz, onde uma tela de vinte e uma polegadas estava dividida em oito imagens de vídeo diferentes. Reconheceu a casa que estava em exibição de imediato. Aquela era a antiga casa dos Black e cede da extinta Ordem da Fênix, o número 12 do Largo Grimmauld. No vídeo, eles viam Luna parada a frente da porta e Harry e sua família desciam com o mini-cooper voador da família Potter. Os Potter desceram do carro e falaram com Luna, depois as meninas deixaram Harry a sós com a secretária. Os dois, então, saíram do alcance da câmera. De acordo com as informações que o Ministro havia dado, eles estavam indo à cena do crime trouxa que tinha a mensagem sobre Voldemort.

Foi então que o mascarado surgiu na tela.

Um homem usando a mesma roupa e máscara daqueles que invadiram o Ministério passou de frente a casa dos Potter. Então, surgiu em outra câmera, indo na direção oposta que Harry e Luna iam. Nesse momento, Ted Lupin saiu da casa, despedindo-se de Gina e Lilian; ele pegou o Nôltibus andante e desapareceu rua acima. Mais ou menos uma hora depois, Harry voltou para casa e parecia com pressa. Entrou e, minutos depois, saiu segurando sua Firebolt. Ele voou.

Logo em seguida o mesmo homem mascarado voltou ao raio da câmera. Ele foi direto em direção à porta da frente e entrou. Cerca de dez minutos passaram-se e Lilian saiu da casa e correu para o mini-cooper. Mais alguns minutos, o homem saiu novamente. Ele arrastava Gina pelo cabelo; ela estava desacordada. Ele não parou ou olhou para o mini-cooper. Apenas seguiu para rua, onde aparatou.

Arthur sentiu a raiva crescendo dentro de si. Seja lá quem fosse aquele homem, ia pagar pelo que fez com sua menininha. Ninguém machucava uma Weasley e saia impune.

– Senhor, preste atenção.

Miguel acelerou o vídeo apontando para o carro. Em nenhum momento em várias horas ele viu Lilian saindo dele ou alguém indo procurá-la.

– E agora estamos vendo ao vivo. - Miguel concluiu.

– Ela ainda está lá. - Arthur, trocando passos largos, foi ao elevador; enquanto a porta fechava a frente de si, disse: - Avisem o Ministro que eu fui buscar minha neta!

Um colaborador pegou o telefone e discou.

Como o Ministério ficava um pouco mais no centro de Londres e o Largo Grimmauld nos subúrbios, seria mais rápido se fosse voando. Mesmo ele não sendo fã de vassouras, seria a forma mais rápida de chegar até lá.

Agarrou uma das vassouras que estavam na entrada, que estava sendo magicamente reconstruída, e saiu pela porta da frente. Usou um feitiço rápido para deixá-lo invisível e, então, alçou voo. Chegou ao Largo em quinze minutos. Trocou passos extremamente ágeis para sua idade e abriu com tudo a porta do mini-cooper.

Lilian estava ali.

– Meu Deus, Lilian, que bom que está bem! - Arthur disse com alivio imenso.

A criança olhou para ele com os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar.

– Vô! - Gritou pulando nos braços do avô. - Ele a levou, vovô. Ele levou a mamãe!

– Eu sei, meu bem. Eu sei. Estamos procurando por ela. Vamos, vou te levar até sua avó. Lá você estará segura com Hugo.

Além disso, ele precisava avisar Molly o que estava acontecendo com Ministério e com sua família.

Arthur Weasley entrou em sua casa protegida, onde Molly, que já não trabalhava há alguns anos, cuidava de Hugo e seus outros netos. A mulher abraçou-o e deu um selinho de cumprimento. Depois, abraçou Lilian. Assim que as saudações terminaram, o patriarca Weasley disse com uma voz mais preocupada do que queria:

– Lilian, vá brincar com seus primos. - Virou-se para a esposa. - Precisamos conversar, Molly.

Eles subiram para o quarto que dividiam, onde uma cama de madeira com um colchão macio os aguardava. Com uma sombra de preocupação sob os olhos, ele contou o que aconteceu a Harry, Rony, Hermione e Gina.

– Você está me dizendo que dois dos meus netos que estão naquela sala estão órfãos?

– Não. Molly, meu Deus. Eles estão desaparecidos e não mortos.

– Mas vocês não tem a menor ideia de onde estão. - Ela quase gritou.

– Fale baixo! As crianças podem ouvir. - Arthur repreendeu-a. - Preciso voltar ao Ministério. Vou usar a rede de Flu.

Molly não respondeu, fitou apenas o vazio; pensativa.

Arthur pegou um punhado de pó de Flu que estava na dispensa - na prateleira mais alta, longe das crianças. Foi até a lareira e disse “Ministério da Magia”. No segundo seguinte, ele apareceu no saguão que estava, a passos incrivelmente rápidos, sendo reconstruído.

_____________________________

Alvo, depois de ajudar a diretora McGonagall com o notebook, foi para seu quarto nas masmorras da Slytherin. Algo estava muito errado. Será que seu pai havia sido raptado? Por quem? Por quê? Ele precisava ajudar, mas não sabia como. Não tinha pistas. Nada. Estava preso em Hogwarts e, a única coisa que podia fazer, era esperar.

Quando amanheceu, Alvo agradeceu por não ter sonhado com aquele estranho homem mascarado ou com o símbolo em sua testa, que apenas o professor Sturgis e ele - e Rick - podiam ver. Precisava encontrar sua prima logo, havia muitas coisas para contar.

Apesar de ter todas as aulas do turno da manhã com ela, eles não foram capazes de se falar com privacidade. Encontrou-a, na hora do almoço, sentada no pátio junto com Rick e, por incrível que parece, Scorpius Malfoy. Alvo não tinha nenhuma raiva particular do garoto, mas ele era um Malfoy. Seu pai lhe ensinou que não se confia em um Malfoy.

– Alvo! - Uma conhecida voz disse vinda detrás dele. - Me espera! - Ele virou-se para encarar a pequena Yanka.

– Opa. E ai Yanka?

– Você anda muito rápido! - Ela disse, ofegando. - Eu não consigo acompanhar sem correr!

– Desculpe.

– Não se preocupe, você não sabia que eu estava atrás de você. Então, o que tem achado da escola até agora?

– Não muito boa. Logo no meu primeiro dia eu entrei em coma. E hoje as aulas não foram exatamente excitantes. - Ele disse, indo em direção a sua prima.

– Eu to adorando! Sabe, meus pais são trouxas, então saber que existe magia para mim foi algo muito diferente... Inesperado, sabe.

– Sim, eu imagino. Mas para mim é algo comum, pois nasci de famílias bruxas. Enfim, eu preciso resolver algo com Rose.

– Ah, sim. Desculpe. - Ela disse, envergonhada. - Bem, nos vemos depois, então?

– Sim. - Ele sorriu; Yanka deu as costas para ele e voltou pelo caminho que tinham vindo. - Rose, precisamos conversar. - Acrescentou quando se aproximou da menina.

– Eu sei. Ontem, enquanto você dormia muitas coisas aconteceram.

Alvo não disse nada e esperou que ela levanta-se para irem conversar em outro lugar, o que não aconteceu.

– Será que a gente pode conversar em algum outro lugar? - Alvo disse, com um sorriso constrangido.

– Não é necessário. Pode dizer o que precisa na frente deles.

Alvo hesitou. Não sabia se podia confiar naqueles dois.

– Bem, já que não quer falar. - Ela acrescentou diante da hesitação dele. - Eu falo.

Então ela contou-lhe o que acontecera no dia que ele estava em coma. Sobre a profecia, sobre o misterioso sobrenome de Rick e sobre o que precisavam fazer para Tiago. Alvo, então, contou-lhe sobre os sonhos, sobre a pessoa que entrara na escola fingindo ser sua mãe.

– Nosso próximo passo será conseguir a Capa e o Mapa. Mas precisamos de mais uma pessoa. - Rose disse. - De preferência alguém pequeno e magro.

Sorrindo, Alvo disse: - Sei exatamente de quem precisamos.


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