Totalmente por Acaso escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 30
Pedido Feito.Pedido Hipoteticamente Realizado


Notas iniciais do capítulo

Voltei com o capítulo surpreendente que eu falei !
Não vou me prolongar nas notas iniciais,mas peço que leiam as notas finais,por favor!
Haverá links camuflados!!
E eu simplesmente amo a música desse capítulo e acho que combina muito com ele!!
*O capítulo se passará no mesmo tempo que o anterior (na mesma noite) só que narrado por outro ponto de vista.
Ah...uma leitora sugeriu que o garoto que faria um triângulo amoroso com a Ness e o Alec seria o Seth,eu não posso confirmar...Mas posso dizer que ele estará na segunda temporada.E nesse capítulo,outro personagem será incluído da própria saga : Quill Alteara.
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/597806/chapter/30

(Música do capítulo)

Vancouver – Canadá.

Ponto de vista :Victoria Dwyer.

Hoje poderia ser um dia normal na minha entediante vida,mas não era.Era meu aniversário,e eu tenho que declarar que era solitário e patético demais passa-lo sozinha,tudo bem que eu tinha amigos aqui.Mas nenhum com o qual eu queria comemorar esta data.Todos eram só amigos de festas,baladas, transas , e de momentos,não de uma vida toda.Não existia nada de especial na amizade neles,era pura conveniência e necessidade de socialização.

Minha vida se desandou e virou uma tremenda porcaria há oito anos atrás,quando eu decidi que destruir a vida de Isabella Swan,minha tão adorada prima,era um objetivo grandioso á se conquistar.Pura ilusão ! Depois daquilo só o que ocorreu foi uma longa lista de fracassos.Minha tia parcialmente me rejeitou,minha prima começou a me odiar,James como provável ,me abandonou demonstrando que só me queria para sexo rápido e planos sórdidos,e meu pai achou mais um motivo para não se orgulhar de mim.No resumo de tudo:a conclusão era nada.Nada saiu como planejado,fui despachada para o Canadá e acabei ficando por aqui por mais tempo do que eu desejava.Acho que acabei adquirindo o péssimo hábito da comodidade,e aquilo sempre foi tudo o que eu não quis para mim.Quer dizer essa era a segunda coisa que eu não queria para mim.A primeira era não ser rejeitada,e olha que ironia isso foi o que aconteceu ! Depois de ter sido rejeitada por minha mãe e depois por meu pai,eu não queria ter sentido aquele amargo na boca e aquela faca no coração,mas eu senti.E existia aquela voz irritante em minha cabeça que insistia em repetir "Tudo isso foi sua culpa,você só recebeu o que plantou" Pro inferno o que eu plantei ! Estava cansada de nunca ninguém olhar meu lado e entender meus motivos.Eu fui uma vadia ? Fui.Eu me arrependo disso?Não.Eu queria me arrepender?Sim.

A mais pura verdade era que eu havia sido estragada quando minha mãe fugiu de casa,eu só tinha 10 anos ela era a única que parecia me amar,vê-la partindo fez com que só sentimentos ruins habitassem minha alma,eu tentei ir contra aquilo,mas não consegui.E não suportava ser julgada por isso.Meu pai só ficou comigo por um ano,depois casou-se de novo e fui obrigada a morar com minha tia Renée ,já que minha madrasta me odiava.Minha mãe era irmã de Renée,e na época ela já criava Bella,e não se incomodou em me abrigar em seu lar.Isabella sempre se destacou,nossa tia a amava mais que tudo,mais que a mim.Eu invejava a falsa perfeição dela,mas nunca demonstrei isso,sentia raiva por ela sempre ter todos aos seus pés,era sempre a elogiada,era a órfã sofrida.Será que alguém podia reparar em mim? Eu era só uma criança,que foi abandonada duas vez,por seus pais,eu deveria levar algum crédito por tanto sofrimento.Mas o ápice de minha raiva por ela,ocorreu quando a mesma começou a namorar James,eu já tinha mostrado interesse por ele,mas ela ignorou isso,focando-se somente nela e em seus sentimentos.Maldita egoísta! Havia roubado o coração dele.Por que sim,por mais que nossa relação suja tenha apagado isso,James Parker amava aquela sonsa,cada parte dela e isso era visível pelo estúpido jeito que ele a olhava,eles tinham tudo para serem felizes,se ele não tivesse tão focado em sua própria vaidade,não queria ser só mais um funcionário na empresa,se poderia ser o dono daquilo.Alimentei seu ego,e dei a ele algo que momentaneamente Bella não poderia dar-lo:Luxúria,desejo e parceria.Nunca percebi que não passaria daquilo,no fim nunca seria eu.Sempre seria Bella,e a história era fadada a sempre se repetir.Victoria era culpada!Victoria não merece ser perdoada!Bella é a vitima!

Nunca precisei realmente do dinheiro que James queria para si.Pois mesmo sendo um bastardo ,meu pai nunca me negaria recursos,e minha tia não me abandonaria,nem mesmo se eu cometesse um assassinato.Só fiz aquilo tudo pelo prazer de vê-la sofrer,de vê-la tão despedaçada quanto eu sempre fui.Achei que aquilo iria me satisfazer,mas isso não ocorreu,desde aquilo eu não conseguia ser a mesma.E eu me negava a acreditar que eu sentia algum tipo de remorso ! Ela sempre seria a garota que roubou toda a atenção que por míseros segundos poderia ter sido direcionada a mim.

Suspirei com telefone na mão,depois de ouvir a irritante secretária do meu pai dizendo que ele não poderia falar comigo,pois estava numa reunião importante.Perguntou se eu tinha algo sério para falar,por que se fosse isso eu poderia deixar um recado,mas eu neguei e desliguei na cara dela,sem o menor pudor.Ele nem ao menos se importava,ele nem ao menos lembrava-se de que dia era hoje.Meu próprio pai.Joguei o aparelho contra um das paredes,e me neguei a ficar abalada com aquilo,sempre fui forte ,não cederia á fragilidade por uma bobagem.

Eu morava num apartamento chique,e bem localizado,presentinho da minha tia,que me queria o mais longe possível de sua amada sobrinha e da filha dela.Fiquei sabendo da existência dessa criança por James,e tenho que admitir que fiquei surpresa ao saber que a songa monga,havia dormido com um desconhecido.Aquilo era impuro demais para ela.Vi nos jornais que ela havia se tornado uma fotografa conhecida,um futuro poético para uma pessoa igualmente poética.

Mesmo que soasse inacreditável devido as circunstâncias e a minha fama,eu tinha um trabalho aqui,era irônico o fato dele ser tão voluntário e benevolente,já que aparentemente eu era uma pessoa ruim.Mas eu trabalhava num orfanato,para crianças abandonadas,eu sentia a necessidade de compartilhar aquela maldita dor de alguma forma e essa foi a que eu encontrei.Eram crianças quebradas,que achavam que iriam ser concertadas,como se isso foi possível de acontecer,eu estava á anos esperando isso.No fim isso não me tornava uma pessoa melhor,minha solidão era uma evidente prova disso.Até poderia passar meu aniversário lá,mas vê-los hoje ,só me lembraria do meu abandono próprio,e nostalgia mórbida não estava nos meus planos para esta data.

Fitei a porta da minha casa surpresa,ao escutar uma batida leve nela,caminhei até lá — ainda de camisola — e a abri,encontrando o porteiro do meu prédio,o mesmo me encarou,temendo um escândalo vindo da minha parte,por ter batido na minha porta tão cedo,já que sabia que eu odiava quando ele me incomodava a essa hora da manhã e quando ele me acordava.Mas eu não havia nem ao menos dormido,para ser acordada,passei a noite me revirando na cama.

—O que você quer ? — perguntei direta,achando um saco o fato dele ainda não ter dito o motivo de estar ali,ele piscou aturdido,como se despertasse de um momento de distração,e eu revirei os olhos por isso.Era sempre assim que ele agia quando me via,era completamente apaixonado por mim,não que eu ligasse.Sempre babava quando via minha camisolas nada discretas.Apesar de tudo aquele traste era a única pessoa que eu quase poderia chamar de amigo.

—Isso chegou para a senhorita hoje mais cedo — ele disse me entregando uma pequena caixa,que eu não havia visto em suas mãos,a peguei e avaliei seu selo,vendo que seu remetente era de Paris — E a proposito...Feliz aniversário — ele desejou me surpreendendo,era a primeira vez que alguém fazia isso hoje,quase sorri,mas não deixei minha mascara de indiferença cair,apenas o olhei e franzi as sobrancelhas,me perguntando como ele sabia que era hoje — Eu sei por que li na sua ficha do condomínio —como se lesse meus pensamentos ele falou ,dessa vez não resisti e sorrir.

—Não deveria se intrometer na vida dos moradores do prédio — comentei retomando minha compostura,e ele riu.

—Poderia ter só dito obrigado — ele retrucou divertido.

—Não costumo dizer essa palavra com frequência,e não a usarei só por que um cara que evidentemente me paquera,me desejou felicidades — falei seca,e ele me encarou balançando a cabeça evidentemente achando que eu estava errada.Afinal Victória sempre está errada !.

—Eu não te paquero Victória,eu tenho uma namorada.Apesar de você ser extremamente linda,tipo muito mesmo,isso não quer dizer que o mundo gira em torno de você,a atenção do mundo ironicamente não pode ser sempre destinada a você — ele explicou e eu ergui meu queixo,ignorando totalmente suas palavras.

—Eu sei bem que a atenção das pessoas não está voltada para mim,pelo menos não as das que eu queria — conclui sucinta.

—Por que você não quer,toda as vezes que alguém tenta entrar,você simplesmente faz algo estúpido propositalmente,por que a verdade é que por trás da pose de mulher fatal,você é uma covarde que se esconde por trás de uma mascara,tem medo de se importar com as pessoas,você nem ao menos se deixa se importar com aquelas crianças do orfanato — ele protestou como se aquele fato realmente o incomodasse.

—Olha Quill,eu te conheço á bastante tempo ,mas não te dei nenhuma intimidade para se intrometer na minha vida — pontuei categoria,afinal ele era só um porteiro,alguém que fracassou na vida,de uma forma diferente de mim.Mas ainda sim foi um fracasso.Estava pronta para fechar a porta,na cara dele.

—Tanto faz.Não insistirei,tenho que ir ,um amigo meu de infância chega hoje a Vancouver,e vai se instalar nesse prédio ,vou recebe-lo — ele disse deixando de lado suas contatações sobre mim.

—Ótimo tomara que seu amigo,esteja mais apto a ouvir suas opiniões do que eu — falei rudemente,e em seguida fechei a porta,de forma brusca.Era por isso que eu não me aproximava das pessoas boas,elas me irritavam com esse senso de "querer salvar o mundo,e as pessoas ruins".Suspirei,controlando minha irritação,e encarei a caixa que eu estava segurando,a coloquei sobre a mesa de jantar e a abri.Encontrando uma embalagem de veludo por trás do pacote de presente,a abri com cuidado,e fiquei surpresa ao me deparar com uma pequena correntinha,que continha dois pingentes,um que parecia uma placa de metal em que estava gravado a palavra "love" e o outro era a torre Eifell,encaixada á uma pequena pedrinha de pérola.Vi que o presente tinha um cartão e o peguei,abrindo o envelope apressadamente,deixando a curiosidade me dominar.

Estava em Paris e me lembrei de você,você adorava vir para cá nas férias,dizia que era seu lugar preferido no mundo todo.Esse presente provavelmente chegará no dia do seu aniversário.Quero que saiba Victoria,que apesar de todos os seus erros,de todas as suas decisões a quais eu não entendi,sempre te amei e sempre irei te amar.Se te abriguei em minha casa,não foi por obrigação,por que eu não era obrigada aquilo,quis você por que quando te vi ,enxerguei uma garota perdida,sinto muito por ainda não ter se achado.

De sua tia Renée.

E aquilo teve o poder de me desarmar totalmente,ela se lembrou de mim!Logo me vi lutando contra as lágrimas novamente.Céus ! sentir algo era tão doloroso,engoli o choro,e cogitei a possibilidade de tentar consertar o telefone que eu tinha quebrado e ligar para ela,somente para agradecer,mas logo descartei aquilo.Ela não mereci saber que eu me importava,no fim ninguém merecia.

Para meu total desespero interno a parte mais interessante do meu dia foi minha conversa com Quill,e levando em conta nossa breve conversa,poderíamos chegar a conclusão que eu estava na decadência por ter considerado aquilo interessante.Chequei minha geladeira e não encontrei nada de apetitoso para comer,por isso decidi jantar fora ,quando a noite chegou,me vesti rapidamente,e mesmo hesitante decidi usar o colar que minha tia,havia me enviado.

Totalmente agasalhada sai do meu apartamento.Chegando na portaria não encontrei Quill,só um cara que cobria seu turno ,ele provavelmente ainda estaria com seu tal amigo,dei ombros e me repreendi por estar me focando naquilo.Comecei a caminhar pelas ruas frias da cidade,mesmo com dificuldade por conta dos saltos da minha bota.Precisava de um momento de reflexão,e caminhar era uma boa forma de ter isso.Depois de algumas quadras,cheguei á uma cafeteria que eu achava muito agradável,logo a adentrei,aliviada ao sentir o aquecedor do local,me sentei na minha mesa de costume.E surpreendi a garçonete que sempre me atendia,ao pedir um cupcake com uma vela,ela logo trouxe o que eu pedi.Tirei minha touca,e minhas luvas,e encarei aquele pequeno bolinho,mesmo que parecesse ridículo.

—Admito que queria que aquela maldita sonsa estivesse aqui agora,que tentasse fazer com que eu pertencesse a família — murmurei a contra gosto,falando comigo mesma.A que nível cheguei? Vi alguns clientes me olharem com estranheza ,apenas revirei os olhos,ignorando eles.

Olhei mais uma vez para minha tentativa de comemorar um aniversário baseada num bolo improvisado,e fechei o olhos,decidida a fazer um pedido,mesmo que parecesse patético,pelo menos eu tentaria.

Não quero mais ficar sozinha,não quero mais me sentir sozinha.

Apaguei a vela e abri meus olhos,olhei para os lados com expectativa,e quase bati minha cabeça na mesa,ao constatar que esperava alguma especie de mágica,para que o que eu pedi fosse realizado.Revirei os olhos pela milésima vez hoje,e me irritei ao notar que meu pedido era quase impossível de ser realizado.Empurrei o bolinho para longe,e depositei alguns dólares sobre a mesa,resolvendo não jantar,eu só queria ir para casa.Me ergui bruscamente,puxando minha bolsa comigo,e naquele momento notei que o dia estava especialmente incrível,pois quando executei aquele ato,senti um liquido quente queimar minha barriga,um idiota qualquer havia derramado café em mim,me preparei para xingar o individuo,mas estanquei no lugar ao erguer meus olhos na direção dele,e encontrar os seus.Escuros intensos e quebrados,sim ele tinha um olhar machucado.Mas nem isso tirava a beleza do conjunto,por que aquele homem ultrapassava a definição da palavra sexy,ombros largos,rosto másculo,lábios grossos,pele bronzeada e cabelos escuros.Era primeira vez que eu perdia a fala diante de um homem,e ao contrário do que eu achava que eu sentiria se isso acontecesse ,eu me senti surpreendentemente bem com aquilo.Estava tão focada em seu olhar,e ele no meu que nem senti o ardor em minha pele,por conta da possível queimadura.Uma faísca se acendeu em mim nesse instante,tudo naquele homem gritava :sexo,ele me encarou com tanto desejo também,que foi impossível não imaginar nós dois nus e suados numa cama.Aquela data definitivamente estava afetando meu raciocínio.Nosso contato visual foi quebrado quando a garçonete que antes havia me servido,veio até nós com um pano em mãos,pronta para me ajudar a me secar,aceitei a ajuda de bom grado,e prendi meus cachos ruivos claros num coque,depois tirei meu sobretudo,e passei o pano no meu vestido,sobre a região que o café havia sido direcionado.O homem saiu da inércia e me encarou.

—Olha ...realmente desculpas,eu estava distraído ,e com sono e cansado...sei que nada justifica mas...Eu posso te pagar um vestido novo,posso te levar para um hospital,mesmo não fazendo a mínima ideia da onde fique um ,pois acabei de chegar ao Canadá — ele ofereceu e seu tom rouco fez com que cada pelo do meu corpo se arrepiasse, eu encarei ele com o cenho franzido,focando-me somente em uma sensação,não em todas que se baseavam em coisas nadas puras que poderíamos fazer juntos,eu apenas me foquei na sensação de conhecimento,eu tinha certeza que já tinha visto aquele homem em algum lugar.

—Eu duvido que você queira pagar esse vestido,ele é extravagantemente caro,e quanto ao hospital não vejo muito valia na sua ajuda — falei hostil não demostrando que internamente eu havia cogitado nós dois num quarto escuro,e aquilo deixou ele incrédulo.

—Olha eu entendo que a situação tenha te deixado irritada,mas também não precisa ser rude —ele pediu num tom de calma que me deixou irada.Aquilo quase tornou a beleza dele despercebida para mim.

—Olha se fosse em qualquer outro dia,eventualmente eu não me importaria,mas hoje realmente não é o dia em que minha delicadeza resolveu mostrar as caras — disse aborrecida,esfregando a mancha com dificuldade.Ele me encarou curioso.

—Nós nos conhecemos não é ? Já te vi em algum lugar, tenho certeza disso — ele observou,destacando meu pensamento anterior.

—Acho que se você me conhecesse iria se lembrar,afinal eu sou impossível de ser esquecida — fui irônica, e seu rosto adotou uma postura séria,quando ele parecia ter me reconhecido da onde quer que fosse.

—Você é Victória Dwyer,a prima da Bella que traiu ela com o noivo dela — ele disse entre dentes,destacando o fato.De repente limpar meu vestido não pareceu tão preciso,fitei o desconhecido com interesse,querendo me lembrar de quem era ele,e quando o fiz soltei uma gargalhada.

—E você é Jacob Black,o presidente da Dwyer Modas, o pseudo noivo da Bella...Oh espere,ela não aceitou se casar com você,quebrou seu coração,como é ser a prova viva que a Bella não é tão boazinha quanto parece ? — questionei me divertindo,aquilo sim era um ótimo passa-tempo.Seu maxilar se trincou diante de minha pergunta.

—Vejo que mesmo longe se mantém informada — ele comentou,acho que tentando não pular no meu pescoço.Não que eu não quisesse isso,no sentindo caliente da coisa,mesmo ele tendo sido uma parte da vida da minha prima,aquilo não viraria um problema para mim,afinal eu já peguei o noivo dela,o ex então ,seria fichinha.

—Não é como se saber da vida triunfante de Isabella seja a coisa mais interessante do mundo,mas há hábitos que são impossíveis de serem evitados —falei sorrindo cínica.

—Audaciosa — ele pontuou com um sorriso falso também.

—Prefiro objetiva —falei cruzando os braços,numa posição de desafio.

—Agora que eu já me mostrei uma pessoa educada,posso ir embora —ele sugeriu realmente feliz por aquilo,acho que se arrependendo por ter me visto com outros olhos quando me encarou pela primeira vez.

—Na verdade depois de ter literalmente me queimado no meu aniversário,acho que mereço que tome alguma coisa comigo — pontuei achando aquela uma forma bem proveitosa de passar minha noite—eu tinha outras em mente,mas ela soavam muito maliciosas — preferia apenas irritar o homem que teve o coração quebrado pela minha doce e inocente prima.

—Por que eu tomaria alguma coisa com a prima vadia,da minha quase ex noiva ? — ele questionou querendo ver meus argumentos.Não me ofendi com o termo vadia,apenas sorri.

—Por que você evidentemente se sentiu atraído por mim,por que seu lado mais sombrio destacou que isso seria uma ótima forma de se vingar da Bella,ocasionalmente transando com a prima traíra dela,e por que você sabe que eu sou tão ruim que se fizesse isso,eu não me envolveria emocionalmente e tudo não passaria somente de uma noite.Admita Jacob isso é tentador — falei explicando cada um de seus desejos,ele nem precisou ponderar,o que eu oferecia era irrecusável para qualquer homem.Jacob se sentou na mesa ,de frente para mim e eu acompanhei seu movimento,me sentando também.Fizemos nossos pedidos,mas não nos interessamos realmente no que foi servido.Acho que a melhor parte da nossa noite,foi quando nossas línguas se atracaram de forma possessiva,aquela sim era uma ótima forma de diversão.Nos separamos ofegantes,e ele me encarou com luxuria,aquilo era só um aperitivo,e olha que existiam muitas pessoas nos observando.Ali realmente existia um clima sexual.Estava pronta para beija-lo novamente,ele parecia tão novo naquilo,novo em ir tão rapidamente,a ir de um extremo ao outro,a ser intenso,acho que ele deveria ser romântico.Mas minha intensão foi interrompida pela chegada de Quill,o que esse estúpido estava fazendo aqui ? Pensei que ele falaria comigo,mas sua fala foi direcionada a Jacob.

—Desculpe por demorar tanto estava conversando com uma amiga lá fora — ele esclareceu,e Jacob o encarou um tanto desconcertado,assentindo brevemente.Quill franziu o cenho,ao perceber minha presença e ver que eu estava acompanhando Jacob,e eu logo conclui que aquele era seu amigo que havia chegado de viagem — Vejo que já conheceu Victoria — ele comentou,e Jacob o encarou,acho que desgostoso do fato dele me conhecer.

—Sim.Ela me tratou rudemente — pontuou nossa primeira impressão,eu arqueei uma sobrancelha,quando ataquei seus lábios ele não parecia achar aquilo.

—Então você realmente conheceu Victoria,não a versão embelezada dela — ele disse amargurado. — Acho que podemos ir,quero te apresentar o prédio —ele avisou e Jacob concordou ,acho que temendo que o que nós fizéssemos fosse revelado,qual é era só um beijo.Tardiamente percebi o sentido e o significado das palavras de Quill,então Jacob e eu nos veríamos logo.

—Seja bem vindo a vizinhança Black,caso queira me visitar,o meu apartamento é o 221— pisquei para ele,e o mesmo me ignorou.Algo dentro do meu subconsciente avisava que esse logo que eu pensei, realmente era logo.Juntei minhas coisas,ajeitei meu cachecol no pescoço,e sai do estabelecimento.Afinal a noite já havia atingido as emoções que eu queria,em outro tempo até ficaria satisfeita ao ir para uma boate e encher a cara,mas a minha vida tornou-se monótona,acho que era a consequência de tudo que eu fiz.

Chegando no meu prédio ,subi para meu apartamento e me acolhi no meu casulo.Me troquei ,colocando uma das minhas camisolas sensuais,e não pude conter minha surpresa ao ouvir alguém batendo em minha porta,fui para lá decidida a brigar com Quill,mas não fiz isso,por que quando abri a porta ,não foi ele que eu encontrei.E sim Jacob,não tive nem tempo de falar algo,pois logo minha boca foi tampada pela sua.Me deixei levar por aquilo e aceitei o beijo.Ele veio até mim em busca dos extremos que eu havia oferecido,em busca de uma coisa sem sentimentos,afinal eu era ótima naquilo,ele havia aceitado minha proposta.Ele não sabia onde estava se metendo,e para ser sincera nem eu,estávamos ferrados,completamente.A grande verdade é que eu não sabia que ao abrir aquela porta,eu deixei alguém entrar,não na minha casa,mas na minha vida.Maldito pedido !

Só sei que dado certo momento entre nossos amassos quentes,e nossa pegação intensa,minhas pernas se entrelaçaram em sua cintura e ele me levou até o meu quarto.Resumo da ópera: Vancouver,ou eu própria ,havia dado bem-vindas a ele.

Vi no relógio que ainda era onze e quarenta e cinco,e cheguei a conclusão que eu ainda aproveitaria uma parte do meu aniversário.

[...]

Ponto de vista : Jacob Black.

Eu estava louco era a única explicação para o que eu fiz na noite anterior,acordei num quarto desconhecido e tateei a cama em busca de companhia,mas não encontrei ninguém.Eu nunca havia feito isso de ir tão rápido com alguém,acho que minha frustração por minha relação com a Bella não ter dado certo me levou a isso,me levou a cometer esse erro,a passar uma noite com a prima dela,aquela mesma que a traiu.Maldita coincidência,por que ela tinha que ser logo minha vizinha ? Por que ela tinha que ser tão linda e sexy,por que eu havia me deixado me levar pelos meus desejos masculinos.Pensei estar sozinho no apartamento,mas logo vi que estava errado,pois escutei uma música vinda da cozinha.Me levantei ,e sai catando minhas coisas,e vestindo-as ,menos minha camisa,pois não a achei.Sai do quarto,e encontrei Victoria,ela não estava me vendo estava de costas para mim,estava preparando algo no fogão,enquanto dançava de um jeito libertino ao som de uma música animada,ela vestia minha camisa,mesmo que ela não tivesse cobrindo muita coisa,pois estava parcialmente aberta,seus cabelos presos num coque.Fiquei ali,apenas a observando,ela era tão bonita,tão atraente,não era como a Bella que tinha uma beleza pura ou algo naturalmente encantador.Victoria era magnética,a beleza dela era algo que deveria ser proibido,o jeito dela arquear a sobrancelha enquanto sorrir,era um pecado,seus olhos que pescavam qualquer isca eram divinos.Era a tentação em forma de pessoa.

—Vai ficar ai somente babando olhando para mim,ou vai tomar café da manhã comigo? Fiz panquecas — sua voz me despertou do meus devaneios,ela se virou mostrando que eu havia sido pego no flagra.

—Eu acho melhor eu ir pro meu apartamento—escolhi aquela como a melhor opção e ela sorriu,encostando-se na bancada da cozinha.

—Você é novo não é ? Novo em não se envolver emocionalmente,em ter algo só carnal,adultos fazem isso — ela esclareceu como se aquilo fosse o ponto de vista do mundo todo.

—Só não gosto de usar as pessoas para aliviar minhas frustrações — expliquei seriamente,e ela me encarou.

—Está se preocupando por ter me usado? Deixa eu te explicar algo Jacob,eu não me importo,então ninguém precisa se importar — ela garantiu,mas eu vi em seus olhos que aquilo não era verdade.

—Você é um ser humano,por mais desprezível que seja,é obrigada a se importar —dei minha opinião e ela sorriu.

—Eu estava quase me apaixonando por você,mas o desejo acabou quando você me chamou de desprezível ,vamos lá Jacob, é só um café — ela disse convidativa.

—Eu realmente preciso ir para o meu apartamento,pode me devolver minha camisa ? — indaguei,esperando que ela capitasse a mensagem.

—Vem pegar — ela desafiou e eu segurei um sorriso,apenas a ignorei e sai de sua casa,com o torso nu.E para meu total azar,encontrei Quill no corredor,ele não parecia surpreso em me ver saindo do apartamento da ruiva.

—Já caiu na teia dela Jacob, sério ? — ele indagou ,e eu não falei nada — Victoria é como uma víbora,ela te atrai ,para em seguida te enforcar,é uma realidade deprimente,mas é a realidade.Ela não quer ser salva — ele explicou.

—Eu não queria salva-la — garanti com toda minha certeza — Eu queria me salvar.

—Contanto que não se torne dependente dela,ainda estará numa zona segura — ele aconselhou.

Mal sabia eu que eu já havia atravessado o limite da segurança,quando falei com ela pela primeira vez,Victoria Dwyer era minha ruína,e ironicamente minha salvação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Victoria e Jacob ? Pq ? Pq sim ! hahaha ,e eu sei que pq sim não é resposta.Estava tamborilando com meus botões e pensei no quanto eles dois eram shippaveis,então decidi junta-los .A pista que eu havia dado era que o Jacob foi para Vancouver,e foi dito nos primeiros capítulos,que a Victória foi mandada para lá,no Canadá.Algumas pessoas acharam que a saída dele era uma brecha para Leah e ele se tornarem um casal,mas não é ...Pelo menos por enquanto!!
Vcs vão achar que eu defendi a Victoria muito,mas gente eu não consigo fazer alguém ruim,algum personagem,sem mostrar o por que de suas decisões,e olhando pelo lado dela (como a mesma tanto quer kkkk ) a Bella não era nenhum anjinho,ela era egoísta para caramba,mas isso vai ser retratado mais para a frente.Eu só posso adiantar que haverá um capítulo épico com essas duas,com direito a briga,barraco,coisas quebradas e sangue.
E quanto ao que eu preparei para a Victoria e o Jacob ,eles não serão literalmente um casal, e mesmo que pareça que isso vai ser o final dos dois personagens,muita coisa com sentido ainda vai acontecer.

Tenho uma coisa um pouquinho triste para contar,apesar de ter postado rápido esses dias,passarei duas semanas sem postar ,pq vou viajar (falei isso na minha página das fanfics) mereço umas férias não é ? hahaha.Mas dependendo dos comentários que tiver aqui,posso postar antes de ir pro aeroporto.

E só por garantia(se por acaso não postar antes do ano acabar ) quero desejar um feliz natal e um ótimo ano novo para vcs,quero agradecer por terem feito o ano de 2015 ser especial para mim,com seus comentários ,acompanhamentos,favoritos e recomendações,cada uma de vocês está aqui no meu coração,e eu as amo,por terem abraçado minha fic com tanto carinho.
Quero que comentem o que acharam do casal e do capítulo com outro ponto de vista!!
Boa Leitura!! Comentem!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Totalmente por Acaso" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.