Quatro meses se passaram desde que conheci meu pai, meu pai, ainda é estranho dizer isso. Admito que foi difícil, o começo da convivência perdoar as mentiras de Jenna, no começo foi ate estranho por que eu achava que Zac era meu irmão e a gente já se beijou e tals. Mas, felizmente – ou infelizmente- ele é só meio irmão de Zake e eu também, ele por parte de mãe e eu de pai, meio confuso, mas a vida é confusa então foda-se.

Ah, eu também tenho que contar que DAQUI A DOIS DIAS É NATAL, minha época preferida do ano, esse vai ser diferente, vamos nos reunir todos no apartamento de Zac e dos meninos que apesar de meu termino com Zac se mostraram bons amigos, combinamos que a noite iríamos ficar todos juntos e no dia 25 ficariam,os cada um com sua família, pois é, eu vou ficar com minha mãe, vamos para casa da vovó. “Meu pai” ainda esta no hospital, ele esta melhor, esta reagindo ao tratamento, passarei a tarde de natal com ele, já que os meninos ficarão pela manhã. Agora eu tenho que levantar minha bunda daqui e ir me trocar, eu estou de pijamas – que são super fofos, ta- jogada de um lado do sofá, e Kate de outro também de pijama, meu pijama é super dark cheio de caveiras piratas, e o da Kate, ah, é o da Kate.

Me levanto e vou me trocar, tomar um pouco de vergonha na cara né, mas antes tiro uma fofo fofa pro insta. Sabem por que que tenho que levantar e me trocar? O motivo esta se enroscando em meus pés, Puff não pode fiar trancado em um apartamento né.

Depois de pronta, por que não se sabe onde vai ter paparazzi né! Pego a coleira dele que pula em meu colo, mando um beijo pra Kate- que esta se recuperando de uma gripe ( por ser manhosa)- e saio do apartamento. Não estava muito frio, mas ainda sim estava frio, ai ta, já entendi, hoje eu estou confusa.

Enquanto ando algumas pessoas me encaram como se eu estivesse fazendo cosplay do Avatar toda de azul, teve algumas que me pararam e pediram foto ou autógrafos, nada de mais.

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“Então é natal,

E o que você fez,

O ano termina,

E eu dormi outra vez”

Cantava rindo junto com Stella, estávamos todas na casa dela, nós fizemos um trato para o jantar de natal: somos oito, quaro levariam um prato, dois um doce, e dois ficariam responsáveis pelas bebidas. Eu claro fiquei com o doce e a Stella com a bebida, porque gente! A Stella na cozinha e perigoso. Annie e Kate estava de um lado para o outro cozinhando seus pratos eu só esperava minha “Key Lime Pie” assar, era uma receita da minha avó, mas como fiquei em duvida também fiz uma torta de blueberry.

– Gente- chama Stella me tirando de meus devaneios e como normalmente acontece sendo ignorada por Annie.

–Fala meu amor- respondo a ela a abraçando lateralmente, gente como ele ta doce, Aff lá vem a CC pra me encher.

–Vocês vão se arrumar onde?

–Quarto do Zake- Respondemos juntas Kate e eu, logo após nos encaramos e começamos a rir.

–É cada Loka.

–Na minha casa, por quê?- responde perguntando Annie enquanto provava um de seus molhos.- Nossa não é estranho, sabe vocês suas no quarto dele.

–Não, por que seria? E ele nem vai estar lá.- respondo a Annie sendo seguida por Stella.

–Nada não, é que se eu esquecesse algo teria com quem pegar.

–Eu sou a namorada- completou Kate.

–E eu sou a irmã- ri depois de falar, era estranhamente legal dizer isso, sabe ter um irmão mais velho, fora a parte que ele era ciumento.

–E pra onde ele vai?- elas perguntam juntas, não ao mesmo tempo, mas juntas.

– Sei lá- respondo dando de ombros.

–E eu vou saber- Continua Kate.

–Eu sou a namorada- imita Stella enquanto vou em direção ao forno, tirando uma torta que era metade um sabor e metade outro.

–E eu a irmã- zomba Annie recebendo um tapa “de leve” no braço, dado claro por mim. Toda bruta.

–Pronto meninas, se deliciem com meus dotes culinários!- anuncio pegando os pratos no armário.

A historia é a seguinte: eu não sou muito bom com quantidade e acabei fazendo mais do que deveria, então como tenho alma de gordo, fiz uma torta a mais, menos que as outras com os dois sabores pra mim e para as meninas comermos agora. Eu não engordo por um motivo, corro todas as manhas faça chuva ou faça chuva, pra poder comer essas coisas, Stella malha pesado todos os dias, ta nem todos! Annie não come esse tipo de coisas, e Kate tem pacto com o capeta, é a única explicação.

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–Ai ela pegou e disse “ mas eu sou uma árvore”- dizia Annie e todos riam, menos eu claro já que era o motivo da risada, Annie simplesmente resolveu contar da vez que eu fui parar no hospital e tive que tomar morfina, sim eu era uma peste.

–Cheguei amores- anunciou Zake entrando no apartamento, só faltava ele. Ele dá um selinho em Kate e cumprimenta os outros me deixando por ultimo depois me abraça de lado e diz com a maior cara de pau do mundo- quem te deixou sair de casa com esse vestido? Olha, falta pano em baixo, em cima, dos lados...

–Zake, estamos só nós, não é como se encontrasse, aqui, no meio de nós alguma ameaça para a pureza da Natasha- zomba Stella o interrompendo e sendo pomposa demais.

E incrível a velocidade em que as cabeças se viraram para Zac que só deu de ombros, mereço!

–Okay porque não começamos? Cada um separou uma brincadeira?- começa Matt, nós só assentimos com a cabeça- Quem começa? Meninas ou meninos?

–MENINAS- gritamos nós quatro e começamos a rir, rir de cair no sofá.

– Tudo retardada- comento Ian que logo foi acertado na cabeça por Stella- Ai.

–É pra doer mesmo!

–Eu pego onde ta?- me ofereço animada.

–Quarto do Ian, aproveita e pega o nosso também, ta em baixo da cama- pede Matt, com preguiça de ir lá depois.

–Zac vai com ela- ordena a “rainha” Annie.

–Por quê?- perguntamos eu, Zac e Zake juntos em entonações diferentes. Ai esse povo ta com um tal de falar junto Zeus que me livre.

– Porque eu estou mandando queridinhos.

E lá vamos nós, subindo as escadas, silenciosamente, pim, pum, pim, pum, pim, pum, ta parei meu salto não faz assim, mas seria legal se fizesse. Entramos no quarto e eu vou logo pegar a caixa encima do criado mudo que reconheço ser da nossa brincadeira. Quando me viro observo a porta fechada e Zac se abaixando para pegar o que esta em baixo da cama. Mano eram muitas caixas, umas doze eu acho.

–Natasha...- Chamou com aquela voz dele... Foco Natasha.

–Hum... Oi?

–Precisamos conversa.

–Sobre? – olhava para qualquer canto do quarto que não fosse ele.

–Sobre nós- ele tirou a caixa da minha mão, com certa dificuldade, mas tirou.- Eu não beijei ela, ela me beijou, e você sabe disso, nós temos convivido há quatro meses juntos, sempre se evitando, dói, dói pra caralho te ver saindo com as meninas, saber que todas as pessoas d sexo masculino e ate algumas do feminino vão olhar pra você, dói ver seu olhar de menina se perder por algo que eu disse, eu sei que devia ter me afastado no momento em que eu vi ela lá, mas aconteceu. Eu realmente me aproximei de você para saber se você era quem procurávamos, mas eu me apaixonei, me apaixonei por você, com todos os seus dramas e defeitos, com todo o seu exagero, com todo o seu carinho- sua voz vai ficando cada vez mais baixa e ele vai se aproximando de mim, sinto uma lagrima correr por minha face, nossos lábios tão perto...

–Nossa tem uma cob...Hum, er, desculpa, atrapalho?- começa Matt vermelho, me afasto de Zac e vou em direção a Matt, isso Nat bate mesmo, antes pego a caixa na cama e entrego para o mesmo saindo do quarto após dizer:

–Isso, aproveita e leva.

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–Zac cadê a Natasha?- pude ouvir pela porta do quarto de Zake.

–Ela, foi ao banheiro- sua hesitação não passou despercebida por mim.

–Cheguei meus fãs- anuncio com o sorriso falso descendo as escadas- Então vamos começar?

–Explicar seria legal- bufa Ian sentado no sofá.

–Calma- pede Kate se levantando- é assim: como o de vocês já é um amigo sacanagem misturado com outro lá que é um animal- ela faz uma pausa respirando fundo e ouço Zake dizer “onça, amor” – Ta, ta que seja. Nós temos essa caixa e nela tem vários envelopes, você vai pegar um, seguindo a ordem, e fazer o que ele manda. O ultimo a tirar o envelope retira o fundo falso da caixa e pega o presente!

– Eu quero começar, eu quero começar, eu quero começar!- pedi Matt praticamente pulando no lugar.

–Fica a vontade.

–“Lá vem o pra frente, você sabe que o presente não é seu né? Então passe ele pra pessoa mais organizada.” Aff agora fodeu, a Natasha tem toc, a Annie e toda “vamos gente, arrumem isso”, mas desculpem garotas, ninguém barra o Ian.

–O quarto dele é mais limpo do que o da minha mãe.- comento rindo e percebo a careta no rosto de Zake.

–Vamos lá – começa ele se levantando e dando lugar para Matt, com toda sua delicadeza, sintam a ironia, ele abre o envelope e começa a ler- “ Lá vem o neura,já que você é assim para a pessoa mais happy” vocês não mudaram uma coisa ou outra, vocês reescreveram! Okay toma Nat.

–Ahhhh ah a ah a ahhh, eu sou a mais feliz, chupa recalcadas- comemoro me levantando e indo saltitando ate Kate e Stella por não terem ganhado, do bem eu né!- Vamo lá cambada “Mano, sua felicidade meu irrita, passe pra pessoa mais vergonhosa” – começo a riri e sem dizer nada entrego pra Stella- isso amiga é pelos anos que passamos juntas- dou uma piscadela e me sento.

–“Já que você já fez muita gente passar vergonha, é sua vez de começar a baixaria!”- ela para de ler e começa a rir, se recompondo em seguida -“passe a caixa para quem você tiraria uma peça de roupa agora” Natasha amiga, você disse que ia por algo surpresa, mas pra que baixaria?- completou rindo e começando a caminhar pela sala, parou na frente de Ian e entregou a caixa dando de ombros.

–Eu de novo moçada “ Pega e passe, pega e passe para a pessoa mais reclamona” Então cadê a minúscula?

–A Minúscula?- pergunta Kate sem entender.

–É a Annie- ele entrega a caixa e todos rimos da cara que ela faz.

–“Isso sempre acontece na minha vez, para de reclamar e vai ser feliz, agora passe a caixa para a pessoa que você já viu beijando alguém escondido” Vish, as três ali né, mas vou no mais recente- ela mas uma cara de mau e entrega o envelope para Zac, deixando geral boquiaberto.

–Hum, minha vez- comenta ele indo para o centro como se nada tivesse acontecido- “Safadinho, o reclamão da turma te de olho, então pega isso e passe pra pessoa mais ciumenta que conhece”- seu olha se intercala entre mim e Zake, varias e varias vezes ate ele entregar pra Zake.

–“Ser ciumento às vezes e bom, mas se controla parsa!Passe a caixa pra pessoa mais: “olha um cachorrinho, vou ajudar””- ele afina a voz no final do frase fazendo a gente rir e entrega pra Kate dando um selinho nela.

– Stella me ajuda, porque isso me deu ate colesterol .- peço fazendo piada, e os dois fazem careta enquanto rimos.

–É diabetes sua burra- corrige Annie nos fazendo rir ainda mais.

–Parem com isso! “Eai Kate? Viu eu sabia que era você, passe pra pessoa mais por dentro das teta”

–Das teta? –pergunta Annie rindo.

–Ah, não é das treta- se corrige Kate vermelha, resultado: altas risadas, e assim me entrega.

–“ você é o penúltimo e tem duas opções, ou sai correndo com a caixa ou entrega isso pro Matt” – leio já rindo, olho pros meus saltos, e para o olhar esperançoso de Matt, então entrego a ele.

Sabe criança abrindo presente? Foi assim mesmo, e sabe criança ganhando roupa? Exatamente. Nosso presente era um gorro do papai Noel cor de rosa, e ambas nós quatro tínhamos igual.

–Ai gente to com fome” –exclamo sendo eu.

Assim todos os meus lindos se levantam para irmos comer.

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–Eu pego!- aviso indo para a cozinha buscar os doces.

–Eu ajudo!- anuncia Zac vindo atrás de mim, passamos pela porta e ele esta perto de mais, perto de mais.

O fito retirar uma travessa da geladeira que segundo ele era receita de sua mãe, me abaixo com cuidado para pegar as tortas e quando me levanto só da tempo de colocar ambas em cima do fogão e me desequilibrar em direção ao chão, fecho os olhos. Sinto duas mãos fortes rodearem minha cintura e me segurarem, prendo o ar sem perceber e abro os olhos, vendo Zac se aproximar mais e mais ele estava a milímetros dos meus lábios quando eu fui passar os braços envolta de seu pescoço e acabei derrubando nós dois. Ele caiu em cima de mim e começamos a rir descontroladamente, assim que ele nós girou, me deixando por cima nossa risadas cessaram. Fomos nós aproximando lentamente e então nos beijamos, ah como estava com saudades dos lábios dele nos meus, ficamos nos beijando por algum tempo que passou despercebido por mim, quando ele disse ali no chão ainda:

–Volta pra mim Natasha, eu te amo.

–Agora mesmo- respondo, mas antes de colar nossos lábios novamente alguém leia-se Matt, o empata foda, Consciência “rasando” aparece na porta e ouvimos um:

–Vocês querem me dar um sobrinho é?- De Zake na outra sala.

–Er, eu vim ver se queriam ajuda- explica ele coçando a cabeça e nos encarando no chão.

–Acho que não precisa.- respondo me levantando e dando a mão para Zac fazer o mesmo. –Quer saber, fica a vontade- completo dando o pano para ele levar as tortas.

Passamos a noite trocando sorrisinhos, espero que ninguém tenha percebido já que não falaram nada. Na brincadeira dos meninos rolaram os presentes mais estranho de se ganhar no natal, o meu numero era o 6.

O jogo era o seguinte eles comprara oito presentes estranhos, nível baixaria, ai cada um tiraria na sorte um numero, e essa ordem seria de quem pegaria os presentes só que o numero um podia pegar o presente de cada um o dois só do um, o três do um e do dois, o um escolhia no final.

Peguei um quadrado com uma embalagem bonitinha, abri e comecei a rir, meu Zeus! Era uma caixa de sapatos cheia de camisinhas das mais diferentes cores e sabores. Olhei presente por presente dos que tinham ido antes de mim. Annie tinha “ganhado” um conjunto de lingerie de gatinha, com arquinho e rabinho, entreguei a caixa a ele que foi obrigada e me entregar sua sacola.

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O dia foi bem cansativo, contando com ida e volta foram quatro horas de viagem ate Denver par ver a vovó,o resto da família ficou lá, comendo e dormindo, enquanto eu voltei.

Nesse exato momento estou entrando no hospital com meu look natal e umas cestas de doces. Entreguei uma para o medico responsável por meu pai, que só havia passado ali para ver seu estado, uma para a enfermeira responsável e outra seria para ele.

Entro no quarto com um sorriso e vou logo me adiantando:

–FELIZ NATAL- praticamente grito para os três dentro do quarto, enquanto coloco a cesta na mesinha de centro- Por que vocês não vão dar uma volta?- olho para eles com uma cara de “vaza” e então ambos se levantam e se despedem tanto de mim como de Giuseppe, Zac me da um selinho antes de sair o que deixa Zake com os olhos arregalados.

–Feliz natal bambina, soube que essa é sua época preferida do ano.

–É sim e eu trouxe torta!-aviso feliz colocando a cesta de doces perto dele, havia também comprado um relógio de pulso, não sabia muito bem o que dar então- ah, só não vai comer tudo de uma vez, pode te fazer mal.

–Não precisava minha filha, mas – ele começa ajustando a cama para ficar mais sentado enquanto eu jogo minha bolsa em um canto do sofá- eu tenho uma coisa para você, espero que goste- então ele me entrega uma caixinha não tão pequena assim, assim que a abro vejo o brilho, era um conjunto de colar e brincos de diamantes, grandes e em grande quantidade, meus olhos brilhavam.

–Eu não posso aceitar- começo saindo do meu transe- isso deve ter sido muito, muito caro e...- sou interrompido, ta tomando intimidade e ficando abusado, rio internamente do comentário.

–Não, eles estão na família a séculos, são sempre passados de geração em geração para a mulher mais prospera da família, achei que teria que guardá-lo por muito mais tempo, mas ai você apareceu, tudo bem que as vezes exagera no tema, mas...- ele deixa a frase no ar, esse comentário deve ter sido por toda a minha animação e preparação para o natal, há o natal é minha época preferido poxa.

–Obrigada- agradeço o abraçando.

– Que tal você terminar de ler aquele livro enquanto eu devoro um pedaço dessa torta bambina?

–Okay- respondo simplesmente me sentando na poltrona ao lado da cama e procurando o livro nas gavetas, eu li tantos livros de natal nesse mês que acho que ele já se cansou, mas esse é o ultimo mesmo. Eu sempre venho aqui ler para ele, as vezes enquanto ele dorme ate para outros pacientes.

–Como é o nome desse mesmo?

–Milagre na Rua 34 de Valentine Davies