Verdadeiro Amor (Romione) escrita por Fê Weasley


Capítulo 4
Parte IV


Notas iniciais do capítulo

Oi galere o/
Primeiro, minhas sinceras desculpas. Atrasei o capitulo por muito tempo, mas isso tem uma explicação. Minha vida anda corrida ultimamente e eu nem tenho tempo de entrar no computador, pelo menos essa semana. Quanto a semana passada, meu computador quebrou. Então... não consegui postar o capitulo pra vocês.
Segundo, Feliz Pascoa meu poo o/ muitos chocolates pra vocês e mandem um pouco pra mim.
E pra você que esta acompanhando, não tenha receios e comente. Eu queria muito saber o que vocês estão achando.
E, agora, vamos ao capitulo. Espero que gostem

2020: Mais um capitulo revisadoooo. Só pra continuar avisando pros antigos e novos leitores mesmo. Em breve vou atualizando o restante,.



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            Eu não queria dar o meu número a ele. Eu realmente não queria e definitivamente não deveria. Afinal, além de tudo que ele havia me contado, o que eu não sabia se era real ou não, quem ele era? Quem era em seu íntimo? Poderia matar pessoas semanalmente e eu não saberia. Mas, apesar de todo o meu cérebro trabalhar logicamente para dizer qualquer uma das desculpas esfarrapadas que se falam por aí como “não tenho celular...” ou passar um número qualquer que cairia para outra pessoa, eu simplesmente falei o meu número, corretamente, como em um reflexo. Talvez todos os sintomas e o seus olhos, ainda cheio de lágrimas, tivessem de fato feito algum efeito em mim.

Onde eu estava com a cabeça quando resolvi me aproximar de um homem desconhecido à noite em um parque? Todas as minhas experiencias com defesas de mulheres em um tribunal jogadas de lado.

− Obrigado – agradeceu sorrindo enquanto acabava de registrar meu número. – Mas, então... Você veio até aqui, me ouviu lamentar da minha vida burguesa, mas não ouvi quase nada de você. E você? Como vai sua vida? − eu queria poder dizer perfeita, mas um ruivo apareceu e eu ainda estou tentando entender o que está acontecendo.

− Quase perfeita − respondi prontamente enquanto começávamos a caminhar lentamente pelo parque, cansados de ficar naquela ponte.

− Sério? Me ensina o truque? − perguntou ele brincando e eu ri.

− Não tem truque.

− Você tem uma vida quase perfeita e não tem truque? – Disse duvidando. − Isso é impossível. – Concluiu com uma risada breve.

− Não para mim... Você só tem que definir seus objetivos e realizá-los, e então a sua vida será perfeita. Como eu disse, não tem truque.

− Será que isso funciona comigo? – Perguntou, com mais uma de suas belíssimas risadas.

− Só saberá se tentar. − disse por fim, me sentando num banco perto do laguinho do parque.

− Eu gosto da maneira como você pensa. – Disse, se sentando ao meu lado em seguida, exatamente quando eu tive um leve calafrio. Talvez eu nunca vá saber se esse sintoma havia sido do frio ou dele próprio.

− Gosta? − perguntei encarando-o meio confusa por não saber o que ele quis dizer.

− Sim. − Afirmou olhando o laguinho na nossa frente – Pelo que consegui perceber de você, me parece que você sabe tudo sobre a vida ou que já passou por muito. Você sabe dar os conselhos certos para a pessoa certa e no momento certo. Pelo menos foi o que fez comigo. Também me parece que você é determinada, daquelas que quando quer algo simplesmente não desiste. E eu gosto disso. Eu gosto de pessoas como você, pois elas são raras como uma joia e porque eu queria ser um pouquinho dessa maneira. – explicou agora me olhando nos olhos e senti minhas bochechas arderem. Mais um sinal.

E foi nesse ponto, caro leitor, que acredito ter parado de contar os sinais. Afinal, não fazia mais a menor diferença saber se estava doente ou apaixonada como uma dessas mocinhas de filmes românticos. De toda forma, se fosse a primeira opção, eu saberia em breve.

− Talvez... − Ele tinha olhos mais lindos e profundos que eu já havia visto. Neste momento, não sei se por reflexo da luz do poste da rua ou se pela situação, eles estavam em um tom azul acinzentado como num desses quadros caríssimos em museus. Se não fosse loucura, eu acreditaria que ele era um dos anjos saídos de obras primas.

− Mas o que falta na sua vida para ela ser perfeita? – Perguntou me tirando do devaneio.

− Como assim?

− Você disse que a sua vida era quase perfeita. O que está faltando? − perguntou e senti os olhos dele em mim de novo. Falta você desaparecer para que eu tire as dúvidas sobre o que eu estou sentindo.

− Nada. Só acho que até a perfeição pode ser aperfeiçoada, por isso digo que a minha vida é quase perfeita. Sei que nunca irei chegar à perfeição. – O vi sorrir como se estivesse deslumbrado e isso me fez sorrir também.

−Como já disse antes, gosto da maneira que você pensa, mas e sua vida amorosa, muitos pretendentes? − Estava, aparentemente, nervoso com a pergunta que fez. Isso me fez sorrir por um instante.

− Nem um. – Respondi por fim.

− Sério?

− Sim. Por quê?

− Nada. – respondeu com o já conhecido sorriso de lado. −  Só acho estranho, uma mulher linda como você não ter ninguém em mente.

− Obrigada pelo elogio, mas eu não acho isso estranho. − Sorri. – Até porque, nem todo mundo precisa de alguém para ser feliz e nem todo mundo que tem alguém é feliz e verdade. Não é mesmo? – Confesso ter ficado um pouco irritada com a situação, mas me arrependi em seguida pela grosseria.

− É verdade... É um ótimo ponto. Ainda mais depois dos seus conselhos com relação a minha namorada. Acredite, é muito estranho. Peço desculpas se isso soou errado. − Mas e você? Está apaixonada? − perguntou, e eu pude sentir o receio em sua voz. Seu olhar estava cauteloso.

− Não acredito no amor. − disse prontamente. E era verdade... até poucos dias atrás eu acreditava piamente nisso. Talvez as coisas tenham mudado um pouco.

− Jura? − perguntou sem acreditar. − Você nunca se apaixonou?

− Não... e é melhor assim.

− Você tem medo de se apaixonar? – Ele perguntou e eu ri um pouco. Era uma ótima pergunta.

− Não. – Respondi ignorando a minha confusão interna e seguindo com a convicção que me acompanhava a anos. − Como eu disse, não acredito no amor. Não acredito que ele realmente exista. Quer dizer, para algumas pessoas talvez, mas não para mim. − expliquei.

− Uau... Por essa eu não esperava. – Exclamou espantado − É muito bom se apaixonar, você não faz ideia.

− Pelo o que você me contou, não é tão bom assim. − rebati e logo vi o sorriso dele desaparecer, fazendo com que eu me arrependesse do que acabara de falar mais uma vez. Talvez aquela conversa estivesse me afetando mais do que deveria. E como aprendi, aquele era meu limite. − Me desculpe... Não quis ser grossa. – Ficamos em silencio por alguns instantes e, quando percebi que o assunto havia morrido de fato, me levantei prontamente. − Acho melhor eu ir embora.

Depressa, comecei a andar para longe dali sem nem esperar que ele me respondesse qualquer coisa. Ele me chamou, e tal como no outro dia, continuei a andar sem nem olhar para trás. Senti-me uma idiota, como uma criança que foge de tudo que a frustra. Engraçado como se as coisas estivessem como antes, eu nem mesmo teria me dado conta do que falei, ignorando completamente e seguindo com a conversa ou com o silencio, como era o caso. Mas, com Ronald Weasley as coisas eram mais do que diferentes.

17 de dezembro, Londres, Inglaterra

Depois daquela noite, o ruivo da cafeteria havia se apossado de tudo. Da minha cabeça, que só sabia se lembrar de seu sorriso e de seus olhos azuis, do meu coração, que batia forte sempre que me lembrava da conversa que tivemos e do esbarrão dias antes, das minhas pernas, que insistiam em tremer e até do meu olfato, que parecia sentir o cheiro dele em qualquer esquina, me fazendo ficar ansiosa o procurando com os olhos em todo canto. Aquilo tudo me irritava, me tirava a concentração do trabalho, me fazia mudar minha rotina e me trazia paz e aconchego ao mesmo tempo.

Lembro bem quando minhas amigas falavam quando estavam apaixonadas, ou quando pensavam que estavam. Lembro-me como se fosse ontem todos os sintomas contados por elas, em épocas diferentes, e havia feito uma lista com todos eles. Sem nenhuma surpresa, tudo aquilo que eu estava sentindo era 100% equivalente.

Parei por um instante, deixando a lista esquecida na mesinha de centro da minha sala e resolvi que tomaria um banho gelado e comeria alguma coisa para dar um tempo daquilo tudo. Entretanto, a minha ideia de esquecer um pouco aquele assunto não havia dado certo nem por um segundo. Definitivamente não queria que aquilo acontecesse comigo. Não queria que as dores, os medos, as inseguranças, a responsabilidade e todos os outros pontos de um relacionamento me afetassem de qualquer maneira que fosse. Eu tinha um objetivo muito claro, profissionalmente falando, e não queria ter que renunciar tudo aquilo por um amor que eu nem saberia se duraria. Mais uma vez, me lembrei das minhas amigas e das experiencias delas. Eu não tinha como controlar, era mais forte do que eu, assim como foi com Astoria e com Luna.  Será que as coisas voltariam a ser as mesmas algum dia?

...

Depois de um dia todo fazendo listas, recordando das experiencias das minhas amigas e tentando pensar o que faria com tudo isso. Ron me pegou desprevenida mais uma vez. No fim da tarde, ele me ligou, me convidando para jantar dizendo que queria celebrar algo. Logicamente falando, quem em sã consciência ligaria para uma desconhecida para a convidar para uma comemoração tão de repente? Geralmente, uma pessoa normal, ligaria para o melhor amigo, como aquele... Harry, se me lembro bem. Mas é claro, querido leitor, que eu não pensei em nada disso. Com meu coração acelerado, apenas disse que o encontraria em meia hora no local anunciado. Maldita a hora em que lhe dei meu número de celular.

O que vem a seguir? Vocês nem imaginam.


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Notas finais do capítulo

Então é isso...



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