Gravity escrita por Ju Dantas


Capítulo 18
Capítulo 17




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Capítulo 17

Bella

A semana se arrastou lentamente. Alice e minha mãe se revezando para garantir que eu não fizesse o menor esforço. Edward me ligava todos os dias, s acho que era ainda pior. Realmente uma droga. Eu tinha passado cinco anos sem ele. Como é que não podia ficar uma semana? Era ridículo. Eu dizia a mim mesma que não me importava se ele ligasse ou não.

Na última noite antes do prazo em que disse que teria folga, ele não me ligou, então peguei o telefone e disquei para ele, ansiosa. Para minha surpresa não foi Edward quem atendeu seu telefone e sim uma mulher.

— Alô? – falou a voz desconhecida.

— Este e o telefone do Edward? - indaguei confusa.

Eu ouvi o riso feminino.

— É sim, quem é?

— Bella...  Quem está falando?

— Oi Bella, é a Tanya. - Espere um minuto, Tanya? Tanya Denali? Que diabos ela estava fazendo com o telefone do Edward?  - Vou passar para ele, só um minuto.

— Oi Bella – Edward atendeu em seguida.

— O que a Tanya está fazendo aí? - questionei desconfiada.

— Antes que comece a pensar bobagens, ela esta aqui a trabalho.

— Trabalho?

— Sim, está trabalhando na equipe que nos acompanha na turnê.

Eu lutei contra a onda de puro ciúme que me acometeu.

Ok, eu sabia que por um lado estava sendo ridícula. Era trabalho afinal de contas, por que merda ele não falou nada sobre sua presença?

— E quando é que iria me contar que ela está viajando com você? – de repente minha mente começou a formar várias imagens de Tanya e Edward juntos.  E não gostei nem um pouco.

— Bella...

— Não quero ouvir! – Cortei e desliguei, irritada.

O telefone voltou a tocar em seguida, eu ignorei. Eu estava muito zangada com Edward. Ele tinha que ter me contado que a ex-namorada estava viajando com ele, inferno!

Ou havia algum motivo para não me contar?

E, se as coisas estavam ruins, elas poderiam ficar ainda piores. Quando Alice apareceu no dia seguinte...

— Olá, que cara é esta? - perguntei quando ela se aproximou toda receosa.

— Ainda não viu, não é?

— Vi o quê?

— Nada...

— Alice...?

— Acho melhor não ver mesmo.

— Ver o quê?

Ela pegou o celular e começou a mexer.

— Lembre-se que não é bom para seu bebê ficar nervosa.

— Mostre logo!

— Promete que não vai se irritar.

— Eu ficarei se não parar de me enrolar!

— Ok.

Ela me mostrou o celular. Era uma chamada num site de fofoca. Edward e Tanya em Nova York, saindo de um bar. Riley e os irmãos estavam junto. Embora não tenha servido para amenizar o baque. Eu respirei fundo, me lembrando das palavras de Alice. Não ia ficar nervosa.

— Bella, está tudo bem? Ver você assim em silêncio me dá medo.

Eu ri, sem o menor humor.

— Sabia que eles estavam juntos ontem. Ela está trabalhando com eles na turnê.

— Por que não me contou? Não estava sabendo.

— Porque eu não sabia.

— Oh...

— Pois é, descobri quando liguei para ele ontem e ela atendeu.

— Como assim?

— Deviam estar neste tal bar.

— Os irmãos dele também estavam. Você não está acreditando nas insinuações deste site de merda, não é?  - Havia uma legenda embaixo da foto que insinuava que Edward e Tanya estavam confraternizando, parecendo ser muito mais que apenas amigos.

Se eu acreditava? Era uma boa pergunta.

Eu não queria acreditar que Edward seria filho da puta a este extremo. Por outro lado, ela estava lá. Linda e disponível. E eu aqui. Sozinha, grávida.

Era difícil não encanar.

— Não, não estou – menti.

— Mas eu vejo que está irritada.

— Queria o quê? O Edward deveria ter me contado que ela iria participar da turnê.

— Ele não contou provavelmente temendo sua reação.

— Em algum momento eu iria descobrir!

— O importante é você não acreditar neste monte de bobagens que a partir de agora os sites de fofocas vão postar. Sabe que é tudo mentira.

— Eu sei.

Alice se levantou, olhando o relógio.

— Preciso ir. Vai ficar bem?

— Vou.

— Voltarei mais tarde.

Quando o telefone tocou naquela tarde, decidi atender.

— Achei que não iria atender – Edward falou.

— Eu não deveria mesmo atender.

— Bella, sobre a Tanya...

— Não quero saber Edward.

— Mas eu quero falar.

— Por que não me falou antes?

— Por que sabia que ficaria irritada.

— Eu estou ainda mais porque você escondeu de mim.

— Eu não tive intenção de esconder nada.

— Não? Há quanto tempo sabe?

— Desde que voltamos da Europa.

— E ainda diz que não teve intenção?

— Você iria viajar comigo lembra? Claro que ia saber. Então passou mal e não pôde mais me acompanhar.

— Deveria ter me dito que Tanya iria no meu lugar.

— Pelo amor de Deus, ninguém está no seu lugar! Tanya está trabalhando! Por favor, espero que não esteja acreditando nas fofocas que andam inventando...

— Não estou.

— E você está bem?

— Sim.

— Voltarei amanhã, ok?

— Não precisa...

— Tchau, Bella – ele desligou e fiquei olhando para o aparelho. Depois peguei o notebook e saí na captura de mais fofocas. Quando minha mãe chegou, ela o tirou da minha mão com cara de poucos amigos.

— Pare com isto!

— Ei!

— Sei bem o que está fazendo.

— O Problema é meu. Ela não respondeu, em vez disso colocou uma caixa na minha mão.

 - O que é?

— Acabaram de entregar pra você.

Abri curiosa e era um urso marrom com gravata xadrez vermelha.

Sorri ao ler o bilhete “mais um para a família”.

Edward apareceu na manhã seguinte. Era muito cedo quando acordei, me sentindo totalmente enjoada e corri para o banheiro para vomitar. E, de repente, suas mãos estavam em meus cabelos, segurando-os longe do meu rosto. Eu olhei para cima, totalmente atordoada, depois que o enjoo passou.

— Estou tendo alucinações decorrentes do enjoo?

Ele riu, me ajudando a levantar do chão frio.

— Acho que não.

Lavei meu rosto.

— É muito cedo.

— Viajei de madrugada.

— Sei...

De repente não sabia o que dizer. Ou melhor. Eu tinha várias coisas pra dizer, nenhuma que ele gostaria de ouvir.

— Está com fome?

Dei de ombros.

— Talvez.

— Vou fazer alguma coisa pra você comer.

— Vou dormir mais um pouco, se não se importa - falei indo para o quarto e me deitando.

— Tudo bem.

E assim, sem nem um beijo ou abraço, ele fechou a porta e desceu. Eu apertei os olhos com força, o nó na minha garganta se apertando. O que eu queria? As coisas não estavam bem e não adiantava fingir que estavam. Essa era a verdade. Era triste, apesar de verdadeiro.

Quando acordei novamente, o sol já estava alto. Eu desci e Alice estava por lá.

— Até que em fim – falou.

Fiz uma careta, sentando-me à mesa para comer.

— Não tenho nada pra fazer, posso dormir até a hora que eu bem quiser – resmunguei.

— Mesmo quando Edward acabou de voltar?

— Melhor dormir do que discutir.

— Bella...

— Nem comece. - Ok, não vou falar nada. Embora... - Lancei-lhe um olhar fulminante e ela parou – certo. Olhou o relógio e se afastou pegando a bolsa.

— Aonde vai?

— Embora.

— Vai me deixar sozinha?

— Seu marido está em casa.

Revirei os olhos.

— E nem peça pra eu ficar.

— Não ia pedir.

— Bom mesmo – acenou e foi embora.

Edward apareceu na cozinha.

— Bom dia!

Ele parecia meio ressabiado ao falar comigo. Resmunguei com a boca cheia de cereal Peguei meu ipod sobre a mesa colocando-o no ouvido. Sabia que estava sendo tremendamente infantil, porém não conseguia evitar.

Ele cruzou os braços e ficou me fitando por um tempo. Eu ignorei, continuando a comer, embora estivesse ciente de seu olhar sobre mim. Quando acabei, ele retirou o prato da minha frente e depois o fone do meu ouvido.

— Ei! Estou ouvindo!

— Não mais.

— Isto é falta de educação.

— Falta de educação é você me ignorar propositalmente.

— Não foi propositalmente – menti

— Você está sendo infantil e sabe muito vem.

Bufei cruzando os braços.

— Ok, o que quer?

— Nós temos que conversar.

— Sobre o quê?

— Você sabe bem.

— Oh, sobre a sua ex-namorada?

— Ela não é minha ex-namorada.

— Ok, sobre Tanya Denali, sua nova colega de trabalho!

— Bella, eu sei que você está com raiva.

— Raiva? - eu me levantei – não estou!

— Não? Então por que está agindo assim?

— Acha que estou irritada? Acredita que não tenho motivos para estar?

— Sim, você tem.

— Fico feliz que concordemos em algo.

— Sinto muito que esteja assim.

— Eu também – murmurei me sentindo cansada de repente. Nem vontade de brigar eu tinha.

— Oh, quer saber? Não acho legal passar o tempo que você está aqui brigando, então, chega de discussão.

Ele me fitou por um momento em silêncio, como se quisesse ver se eu estava mesmo falando sério.

— Certo. Como está se sentindo? Ainda enjoando?

— Não mais. Só hoje.

— Talvez seja bom voltarmos ao médico.

— Tenho consulta na semana que vem.

— Não estarei aqui.

Dei um sorriso amarelo.

— Pois é.

— Você recebeu o urso?

Não consegui deixar de sorrir levemente ao me lembrar.

— Recebi sim.

— Gostou?

— Não era pra mim. - Não sei porque falei assim. Simplesmente saiu. De repente eu não tinha mais vontade de sorrir. - Quer dizer, era mais ou menos... você entendeu. Ele sacudiu a cabeça afirmativamente.

— Vou subir e tomar um banho.

Eu queria que ele se aproximasse, que me beijasse. Que dissesse que tudo ia acabar bem, ele apenas se afastou. Era como se existisse um abismo entre nós que estava aumentando cada vez mais.

Liguei para Alice e perguntei se ela viria me visitar hoje.

— O Edward está aí com você.

— E por que você não pode estar também?

Ela riu

— Não vou nem responder.

— Você fala como se estivéssemos fazendo sexo em todos os cômodos da casa, quando sabe que a gente não pode!

— É por isso que quer que eu vá?

— Claro que não! É que as coisas estão... meio tensas – confessei.

— Ai Deus, Bella, na boa, é por causa daquele negócio da Tanya?

— Também.

— Então conversem e resolvam.

— Nós já conversamos.

— Imagino bem como você conversou!

— Ei, eu não sou a culpada aqui!

— Diz isto para o Edward

— Para quê? Para ficarmos quebrando o pau o fim de semana inteiro?

— Sou da opinião de que é melhor falar e resolver logo.

Suspirei. Talvez ela tivesse razão.

— Certo. Vou seguiu seu conselho. Só se você vier hoje a noite.

— Não...

— Posso convidar o irmão do Edward... Jasper.

— A que horas devo chegar?

Eu ri. Alice tinha uma queda enorme por Jasper.

Eu disse pra ela a hora e desliguei. Em seguida liguei para Jasper. Não sei se era uma boa ideia, só tinha uma intuição que seria bem melhor ter outras pessoas a nossa volta neste momento em que nenhum de nós era boa companhia para o outro. Jasper aceitou de pronto e subi para avisar Edward.

Quando entrei no quarto ele estava saindo do chuveiro. Eu parei, vendo-o caminhar nu pelo quarto. Fazia quanto tempo que eu não o via assim? Senti um calor inundar meu rosto Totalmente inapropriado, considerando-se a situação. Ele sentiu minha presença e se voltou.

— Oi – falou distraído, talvez algo em minha expressão tenha me denunciado – tudo bem?  - Balancei a cabeça afirmativamente, tentando olhar para um ponto além dele, o que era meio impossível.

— Sim – limpei a garganta – espero que não se importe, convidei Alice e o Jasper pra virem hoje a noite. Estou sentindo falta de um pouco de diversão. Por que as minhas palavras de repente em pareceram cheias de duplo sentido?

— Tudo bem – falou, revirando uma gaveta em busca da roupa. Talvez o duplo sentido fosse só pra mim mesmo. E fiquei ali admirando-o, mordi os lábios com força cravando as unhas na palma da mão. Contendo a vontade que sentia de me aproximar e colar meus lábios em seu pescoço. Ele estaria morno do banho, cheirando a cloro e sabonete e... Não era justo. Nem um pouco justo... Melhor eu sair dali. Logo.

— É... era só isto – saí quase correndo do quarto fechando a porta – droga – murmurei para mim mesma. Peguei um livro e tentei me distrair. Edward apareceu. Vestido. Graças a Deus.

Eu não precisava dos meus hormônios traiçoeiros me traindo mais uma vez. Não quando não poderia fazer nada a respeito.

— Tem certeza que acha uma boa convidar o Jasper e a Alice hoje?  - Ele indagou enquanto almoçávamos.

— Por que não?

— Porque você não faz outra coisa a não ser discutir comigo.

Eu o encarei, surpresa com o tom ríspido da sua voz.

— Não estou discutindo com você!

De repente o telefone tocou. Eu me levantei para atender, ainda me perguntando que diabos tinha dado em Edward. A louca ali era eu não ele.

— Alô?

— Bella, é o Riley, o Edward está?

Tive vontade de dizer que não.

— Está sim, espere.  - Encarei Edward. - Até na sua folga ele não te deixa em paz? – resmunguei.

Edward pegou o telefone da minha mão.

— Oi Riley... sei... entendi... segunda-feira de manhã está ótimo. Tchau.

Ele desligou e me encarou irritado.

— Eu queria que você parasse de culpar o Riley por todo e qualquer problema que temos.

— Do que está falando? - perguntei surpreendida.

— Estou de saco cheio de sua ironias com o Riley.

— Nossa, sempre o achei um chato, não é de hoje!

— Então chega! Guarde sua opinião para você.

Eu o encarava de boca aberta. Ele estava de mau humor agora, é? Nunca havia sido tão grosso comigo gratuitamente. Eu me levantei sem fome.

— Perdi a fome. Vou voltar a ler.

Saí sem falar mais nada e fui pro quarto. Não estava irritada com Edward. Estava magoada. Talvez devesse ligar para Jasper e Alice desmarcando. Não liguei. Melhor que eles viessem. Talvez impedissem que discutíssemos mais. Acabei pegando no sono. Quando acordei, o livro tinha desaparecido e uma coberta tinha sido jogada em cima de mim. Edward esteve ali. Suspirando pesadamente, levantei e tomei um banho. Ainda meio receosa de descer e encará-lo. Desci apenas quando ouvi a voz de Alice e Jasper lá embaixo.

— Olá, bela adormecida – Jasper brincou me beijando. Revirei os olhos.

— Nunca ouviu falar que mulheres grávidas dormem muito?

— Até parece que ele sabe alguma coisa sobre isto – Alice falou rindo, me abraçando – está tudo bem? - murmurou no meu ouvido e eu apenas dei de ombros. Não dava pra falar agora.

— Espero que não se importe de a gente tomar cerveja – Jasper falou com uma garrafa na mão.

— Claro que não – encarei Alice – vai beber também?

— Deus me livre! Nunca mais vou beber.

Eu ri

— Diz agora.

Edward apareceu.

— Eu pedi pizza...

— E finalmente a anfitriã deu o ar da graça - Jasper riu. Edward me fitava meio receoso. Pelo menos já não havia mais aquela animosidade de hoje a tarde.

— Não quis acordar você.

— Tudo bem - sorri - podia arranjar alguma coisa para eu e a Alice bebermos? – Falei. - Sem álcool.

— Sim, sem álcool por favor! - Alice endossou

Nós estávamos acabando de comer quando Alice falou.

— Já ia me esquecendo, tenho uma surpresa pra vocês.

Ela deu um pulo, pegando a bolsa e começando a revirar de repente sacudiu um envelope.  - A-ha! Achei.

— O que é? - indaguei

— Isto – ela sentou ao meu lado – é o meu presente de casamento!! Sente-se aqui Edward – ela o chamou e ele sentou do outro lado. Nós trocamos olhares confusos por cima dos cabelos dela. Então ela abriu o envelope. Eram fotos do dia do casamento. Fotos que eu nem tinha reparado que estavam sendo tiradas. Obviamente estavam.

— Não são lindas? - olhou entusiasmada para a primeira. Eu e Edward na igreja em Las Vegas. Eu de preto e ele de kilt escocês. Nós estávamos nos beijando, enquanto Emmett fazia careta atrás. Depois uma pose de Alice segurando o buquê com uma mão e enxugando os olhos com a outra.

— Você estava chorando?!

— Claro que sim, sempre choro em casamentos.

Ouvi a risada de Jasper que agora estava em pé atrás do sofá, também vendo as fotos. Depois outra foto. Desta vez era de Emmett e Jasper, fingindo que estavam se beijando atrás de nós. Eu gargalhei

— Meu Deus, como eu não vi nada disto?

— Estava bem ocupada com a língua na garganta do Edward – ele falou e o fuzilei com o olhar, ficando vermelha.

— Cale a boca!  - Voltei a atenção para as fotos e agora era no bar, provavelmente estas foram tiradas por eles mesmos. Nós em volta da mesa, brindes sendo feitos. A mão de Edward sobre a minha. Ou seus lábios em meus cabelos. A dança ao som da música de Jasper. Parecia um dia tão distante, mas eu ainda podia sentir, a excitação daquele momento, a expectativa. E fiquei triste por pensar que não existia mais. Olhei para Edward e ele estava sério. Talvez pensando a mesma coisa que eu.

— Cadê suas fotos no mastro? - Jasper perguntou para Alice e ela o fulminou com o olhar - foram deletadas para todo o sempre, claro.

— Essas são de vocês – ela me entregou o envelope - não se preocupe que nem mandei fazer mais cópias, morrendo de medo que caia nas mãos erradas – falou estremecendo – ninguém merece!

— Confio em você Alice – falei sorrindo – e, muito obrigada, nem lembrava mais destas fotos.

 - Sorte sua ter uma amiga legal como eu. Agora acho que deu a minha hora.

Jasper se levantou.

— Eu já vou também.

Edward os acompanhou até a porta e quando voltou eu estava recolhendo os copos.

— Deixe que eu faço isto Bella, não deve ficar fazendo esforço.

— Não sou uma inválida – resmunguei.

— Mas tem uma gravidez de risco.

— Vou subir então.

Quando cheguei ao quarto meu celular estava tocando.

— Fala que sua amiga é o máximo.

Ri ao ouvir a voz de Alice

— Está falando no celular no trânsito?

— Não mude de assunto. Mandei bem com as fotos, não é?

— Do que está falando?

— Eu estou falando que eu escolhi bem o momento para entregar as fotos! Acho que você e o Edward estavam precisando.

Suspirei cansadamente

— Seria tão bom se a lógica fosse tão simples.

— É simples, vocês que complicam... ops. Acho que é um guarda! Preciso desligar, tchau.

Eu ri ao desligar e coloquei meu pijama, me deitando Edward entrou no quarto e já estava vestindo uma calça de moletom e camiseta velha, quando deitou ao meu lado.

— Posso apagar a luz?

— Pode.

Quando é que tínhamos nos tornados tão formais como um casal de anciões? Respirei fundo.

— Foi muito legal a Alice lembrar das fotos – ele falou de repente.

— Sim, eu mesma nem sequer lembrava que tinham sido tiradas. - murmurei e ele riu

— Nem eu.

Eu ri também.

— Me desculpe por ter sido grosso com você hoje a tarde – ele falou de repente.

— Tudo bem – murmurei - acho que eu mereci.

— Não, não mereceu – ele falou se virando e tocando meu rosto – eu sinto muito.  - E eu sabia que ele não estava falando só de hoje a tarde e sim de tudo o que estava acontecendo.

Eu me aproximei dele instintivamente, enterrando a cabeça na curva entre seu rosto e ombro e foi como um bálsamo sentir seus braços a minha volta; Ele finalmente estava em casa.

— Eu sinto muito também. – O olhei tocando seus cabelos bagunçados e, eu não sei bem como, inclinei a cabeça e beijei sua boca de leve. Era pra ser apenas um beijo. Só que nunca era apenas um beijo. Meu corpo inteiro se incendiou e derreteu, no minuto seguinte, sua língua mergulhava na minha boca, avidamente. Gemi, me encostando mais a ele, passando a perna por seu quadril, suas mãos se insinuaram por baixo da minha camiseta, envolvendo meu seio e eu arfei excitada, seus lábios se apartando dos meus para trilhar meu rosto, minha garganta. Desci a mão por seu peito, então, de repente, ele segurou meu punho, se afastando.

 - Não, Bella... não podemos – sua respiração era tão rápida quanto a minha. E eu caí na real. Sim, não podíamos. Foi como um balde de água fria em minha cabeça.

— Desculpe-me – murmurei, me sentindo péssima.

— A culpa não é sua – ele se levantou.

— Aonde você vai?

— Acho melhor eu não dormir aqui. Boa noite Bella - ele se afastou fechando a porta atrás de si e eu caí no choro, enterrando a cabeça no travesseiro para conter meus soluços.

No dia seguinte acordei e liguei para minha mãe, implorando para que viesse. Talvez ela tenha sentindo meu desespero porque concordou. Não era preciso eu me preocupar, quando eu desci encontrei Riley ali com Edward.

— O que está fazendo aqui? - indaguei sem nem me preocupar em dar bom dia.

—Teremos que voltar mais cedo.

— Oh – fitei Edward, que estava bem sério. E não soube dizer se realmente não era melhor assim. - Tudo bem – murmurei indo para a cozinha Ele foi atrás.

— Bella...

— Se vai falar sobre ontem a noite, não fale, acho que é natural que estas coisas aconteçam.

— Sinto muito mesmo.

— Pare de se sentir culpado. Eu estava lá também.

— Não queria deixar você sozinha.

— Minha mãe está vindo não se preocupe.

— Ok, vou arrumar minhas coisas.

Ele se afastou e eu parei de fingir que estava comendo. Quando voltei para a sala já estava descendo com sua mochila e Riley sorria.

Edward me olhou, então se aproximou e beijou minha testa.

— Se cuide, por favor – seus dedos mornos tocaram de leve minha barriga.

— Cuidarei.

— Eu te ligo. Ele se afastou e fiquei olhando pela janela, o carro se afastar Eu nunca tive tanta inveja de alguém como tinha agora de Tanya. Era ela que o veria todos os dias E eu não. A vida era realmente muito injusta.


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