Gravity escrita por Ju Dantas


Capítulo 16
Capítulo15


Notas iniciais do capítulo

Olá! Finalmente depois de um longo inverno voltamos as postagens de Gravity! Vou postar pelo menos um capítulo por semana até terminar!



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Edward

Estávamos pousando em Seattle quando eu comecei a sentir um mal-estar. Não era físico. Era apenas uma impressão ruim na boca do estômago, como se os dias perfeitos, ou quase perfeitos que passamos na Inglaterra tivessem ficado para trás.

Bella ao meu lado também parecia circunspecta, e perdida em pensamentos. Me perguntei se ela ainda estaria brava pelo lance do pub, embora tivesse dito para esquecer.

Foi realmente um momento esquisito, quando a garota ruiva e bonita me chamara do lado de fora do pub.

—Hei, Edward?  - Eu olhei e reconheci uma garota com quem tinha saído por um tempo há mais de um ano atrás. Como era mesmo o nome dela? Ela sorriu pra mim

— Kate – disse ela – esqueceu meu nome, não é?

— Claro que não – neguei, ficando vermelho. Eu não me orgulhava daquela fase da minha vida.

— Tudo bem. Caras como você nunca lembram mesmo.

— Kate...

Ela fez um gesto pra eu parar

— Não se explique – ela apontou para a mesa onde Bella estava com Jasper – Você tem alguém agora, não é? Eu li algo nos tablóides sobre casamentos em Las Vegas.

— Pois é. Isso me poupa de ter que responder a famosa pergunta “e aí, como esta´” - falei irônico e ela riu.

— Fico feliz por você.

E foi apenas isso. Eu voltei para a mesa, sem saber que Bella tinha me visto com Kate e tirado suas próprias conclusões o que culminara com aquela conversa tensa sobre nossos casos passados. Inclusive desenterrando o assunto não tão enterrado assim chamado Tanya.

Eu quis segurar sua mão e dizer que não era assim. Eu sabia que meu lance com a Tanya não chegaria a lugar algum. Poderia ter chegado antes. Antes de termos nos reencontrado em Nova York. Quando eu ainda tinha a ilusão de que ela era só mais uma ex namorada. Mas agora, de alguma maneira estranha e bizarra, eu sabia que o universo sempre conspirava para que nos reencontrássemos

Eu fiquei olhando o teto por um bom tempo naquela noite, depois dela ter claramente me dado um gelo e dormido. Irritado comigo mesmo. E com medo que aquele frágil elo que tínhamos forjado novamente estivesse frágil demais, afinal de contas. Mas agora era diferente. Havia mais uma pessoa entre nós. E eu não ia deixar tudo ir para o ralo sem lutar. Sua respiração ao meu lado era quase ritmada e eu me aproximei, passando o braço em sua volta e beijando seus cabelos.

Não se podia voltar no tempo. E nem consertar velhos erros. Mas ela estava agora onde deveria estar. E era ali que ela ia ficar.

Volto ao presente quando o avião pousa e nós seguimos para o desembarque.

Riley apareceu para nos buscar e percebi que Bella não ficou nem um pouco feliz com o que ele tinha a dizer.

— Temos uma reunião sobre a turnê ainda hoje, acho que teremos que ir direto se não se importa, talvez a gente pegue um pouco de trânsito.

— Sério? – Bella disse acidamente e eu lhe lancei um olhar de desculpa. A verdade era que eu nem deveria ter viajado com ela. Meus irmãos já estavam ensaiando sozinhos para a turnê que começaria em poucos dias.

— Eu acho que não demora...

— Porque ele marcou esta reunião pra hoje? Estamos acabando de chegar de viagem –

— Sinto muito, mas estamos bem atrasados com tudo.

— A gente te deixa em casa. – Disse Riley e Bella colocou os óculos escuros, com cara de poucos amigos.

Quando chego no estúdio, Emmett e Jasper já estão pr lá, assim como toda nossa equipe e Tanya também para minha surpresa.

— O que a Tanya está fazendo aqui? – indago quando sento ao lado de Emmett vendo Tanya e Rosalie conversando perto do café.

— Esqueceu que a gente contratou ela?

— A merda - Sim, eu tinha esquecido que Tanya iria nos acompanhar na turnê.

— E aí, como foi a lua de mel? - Jasper pergunta malicioso sentando ao meu lado, enquanto o resto da equipe vai tomando seus lugares.  Vejo Tanya se aproximando também e certamente ela ouviu a pergunta de Emmett. Rosalie olha para ela com cara de “oh coitadinha, tendo que ouvir isso”. Mas que porra?

— Sim, queremos saber todos os detalhes – Emmett ri – Como está a nova senhora Cullen, ainda pode sentar?

— Em! – Rose o recrimina – Cala a boca!

— Ele é meu irmão, eu posso falar!

— Tenha respeito – resmungo. Não estou irritado pela brincadeira de Em, isso era comum entre nos, mas por Tanya parecer desconfortável.

— Edward tem razão – Rosalie endossa – O casamento do Edward é assunto dele e não vamos ficar falando disso aqui... – ela faz um movimento coma cabeça indicando Tanya e Emmett revira os olhos.

— Ei, não por mim – Tanya diz com um sorriso – sério, gente. Eu e Edward somos amigos.

Eu a encaro tentando entender se realmente ela está ok com isso. Seria péssimo se ficasse algum clima ruim. Ainda mais que ela seguirá com nossa equipe. E Bella estará comigo.

Ah merda. Espero que isso não seja um problema.

A reunião acabou durando mais do que imaginava e eu liguei para a Bella a noite, mas foi sua mãe que atendeu.

— Oi, Renné, não sabia que estava aí na casa da Bella.

— Eu estava com saudade da minha filha e queria ver como ela esta.

— E cadê a Bella, quero falar com ela.

 - Ela foi dormir. Estava cansada.

— Pelo menos ela comeu?

— Comeu sim. E posso saber onde você esta?

Eu ri.

— Trabalhando, Renée.

— Espero que lembre que tem uma esposa agora. E grávida. Coloque um freio neste seu agente almofadinha.

Eu ri e desliguei. Consegui voltar para casa muito tarde. Bella estava dormindo um sono pesado e eu deitei ao seu lado, a abraçando. Ela não acordou.

Me recordo que tenho que contar a ela que Tanya estará na turnê também. Mas isso pode ficar para amanhã.

Bella

Minha mãe ficou me enchendo de perguntas a tarde inteira e adorando ver o tanto de roupas de bebê que eu e Edward tínhamos comprado.

— Então agora é oficial hein?

— O que é oficial? - falei sonolenta

— Seu bebê.

Eu revirei os olhos e nem respondi. Mas eu entendia o que ela queria dizer. Eu finalmente estava o aceitando em minha vida. Embora achasse ainda a coisa mais assustadora e bizarra do mundo.

— Vou dormir – falei me levantando.

— Não vai esperar o Edward?

— Não, está ficando tarde e estou morrendo de sono.

Eu subi pro meu quarto. Antes de deitar eu peguei o celular e tentei ligar para Edward, mas o celular dele estava desligado. Que droga de reunião era aquela? Bufando, eu me deitei e dormi imediatamente. Acordei de manhã, com um braço sobre minha cintura e uma respiração morna contra minha nuca. Uma mão acariciou devagar minha coxa.

— Estou encrencado? - ele perguntou sonolento.

— Muito – murmurei, me virando e enterrando o rosto em seu peito - onde se enfiou ontem a noite? - perguntei com a voz abafada contra sua camisa.

— A reunião durou um pouco mais do que imaginava. Eu liguei, mas sua mãe disse que já tinha ido dormir.

— Estava muito cansada.

— Eu sei. Sua mãe me disse, e ainda me deu uma bronca.

— Ah – eu me desvencilhei dele – Minha mãe é muito intrometida!

Ele riu, se levantando.

— Sua mãe é legal.

—Você diz isto agora. Deixa passar mais um dia ela aqui.

Meu telefone tocou e Edward jogou pra mim.

— Vou tomar banho, tenho que sair.

— Onde vai?

— Ensaio para a turnê.

— Certo – murmurei atendendo meu celular, era Alice.

—Finalmente retornou.

— Infelizmente retornei – murmurei e ela riu.

—Então, pronta para ir ver as casas que me pediu.

Eu havia pedido ajuda a Alice, para achar uma casa para eu e Edward nos mudarmos.

—Oh Alice, por isto eu te amo! - falei animada. – Mas achei que tivesse em viagem...

— Eu estou na casa da minha amiga Meg. Achei que ia preferir ficar sozinha com o Edward aí em casa.

— Não se preocupe com isso, pois minha mãe já esta por aqui se intrometendo em tudo!

— Jura? Então já que esta essa zona, acho que vou voltar. Meg é bem chata e cozinha muito mal! Olha só, marquei algumas visitas para você e o Edward ver hoje.

 - Ah saco. Acho que terei que remarcar, o Edward não poderá ir, acho - falei entrando no banheiro – Edward, a Alice marcou de vermos umas casas hoje, alguma chance de desmarcar seus compromissos?

— Não.

— Por favor... isto é prioridade!

— Eu sei, mas a produção da turnê está atrasada, Bella. Porque não vai sozinha?

— Sozinha? Eu não vou morar sozinha!

— Então remarca.

— Saco – resmunguei saindo do banheiro e batendo a porta – Aliceh, deixa assim mesmo. Eu vou sozinha.

— Posso tentar remarcar.

— Não, não tem problema.

 Desliguei o telefone e fui para a cozinha.

— Que cara e esta? Esta enjoada? - minha mãe perguntou.

— Não – resmunguei.

— Brigou com o Edward?

— Escuta mãe, porque não cuida da própria vida, que saco!

— hei, olha o jeito que fala! Não é porque casou que vai faltar com o respeito não!

— me desculpe – murmurei – hoje vou sair para ver umas casas.

— Edward vai com você?

— Não, ele tem compromissos. Ele vai sair em turnê em pouco tempo e esta bem ocupado.

—Turnê?

— Sim. E antes que pergunte, sim, eu vou com ele.

— Eu não ia perguntar.

— Sei.

Edward apareceu todo vestido.

— Não vai tomar café? - minha mãe indagou.

— Estou atrasado – falou se inclinando e beijando meus cabelos, já que eu continuei comendo meu cereal sem levantar a cabeça -comporte-se.

— digo o mesmo - resmunguei e ele riu, se afastando.

— Vocês parecem crianças.... - minha mãe riu.

— Nem começa! – reclamei.

Não estava fácil ficar animada mesmo com a perspectiva de achar uma casa e finalmente ter um lugar só meu e de Edward. De alguma maneira eu achava que as coisas iriam melhorar quando nos mudássemos. Eu esperava. Coloquei meu i-pod no ouvido enquanto o corretor falava sem parar sobre as maravilhas do lugar enquanto percorríamos os cômodos vazios.

—Não gostei desta não – Alice falou ao meu lado, tirando o fone do meu ouvido – e eu acho que o tio ali não está gostando de ter que falar só pra mim, que nem vou morar aqui.

Eu dei de ombros.

— Então vamos para a próxima.

— Você nem prestou atenção!

— Você disse que não gostou.

— Não sou eu que vou morar aqui!

— Eu também não gostei do que vi.

Alice revirou os olhos, enquanto saímos e entramos no carro.

— Está mau humorada porque o Edward não veio.

— Não estou não.

— Vou fingir que acredito – ela riu.

Nós chegamos em outra casa e eu juro que desta vez tentei prestar atenção. Mas ao fim, eu e Alice trocamos um olhar.

— Não – dissemos ao mesmo tempo.

E lá fomos nós para mais uma Eu jurei que seria a última.

— Acho que esta vai ser legal – Alice murmurou correndo pelos cômodos como uma criança. Eu subi as escadas, pensando no Edward acharia dali. Era esta a questão não era? Eu amava Alice, mas não era com ela que eu queria estar ali. Percorri os quartos vazios tentando me imaginar morando ali. Não sentia nada. Como não sentia pela outras casas. Até que entrei em um quarto diferente As paredes eram pintadas de amarelo claro e pequenos desenhos coloridos Era um quarto de bebê Isto pouparia um pouco de trabalho, pensei, sorrindo comigo mesma. Percorri os dedos pelos desenhos na parede e ouvi o barulho de passos na escadas.

— Alice? Acho que vai gostar disto...

— Eu gostei. Eu me virei rápido a ouvir a voz.

Não era Alice. Era Edward que estava parado a porta.

— De onde você saiu? - indaguei surpresa.

Ele deu de ombros, se aproximando e beijando minha testa.

— Consegui terminar tudo mais cedo, para vir. Embora segundo a Alice não perdi muito, disse que não gostou das outras casas.

— Na verdade ela não gostou, porque eu estava um tanto... entediada e nem prestei muita atenção. Ele riu tocando os fones pendurados no meu pescoço.

— Desculpa por não estar com você.

— Tudo bem – murmurei. E estava mesmo. Agora que ele estava ali.

— Este quarto é legal – falou olhando os desenhos.

— Não é? - concordei animada – gostei destes desenhos.

— Eu também. Então é esta?

— Acho que temos que ver o resto.

— A Alice disse que adorou tudo antes de sair.

— Sair? - indaguei enquanto íamos para os outros cômodos.

— Sim, ela e o corretor foram embora. Eu disse que te levava pra casa. Acho que eles não queriam ser testemunhas do meu assassinato.

Eu ri.

— Eu devia mesmo estar brava com você.

— Ainda acho estranho que não esteja.

Eu lancei-lhe um olhar ameaçador.

— Nunca é tarde... - nos entramos num suíte grande - Acho que este seria...

— O nosso quarto?

— Ok, quase posso imaginar suas roupas espalhadas por todo lugar.

Ele riu.

— Minhas? Bella, você e tão desorganizada quanto eu.

— É por isso que eu moro com a Alice, rainha da organização. Não sei como vamos conseguir sobreviver sozinhos.

— Não estaremos sozinhos por muito tempo.

— Não me lembre. Eu tenho dor de estômago de medo só de pensar.

— Vai dar tudo certo Bella.

— Jura?

— Não é para isso que estamos aqui?

Algo se escureceu dentro de mim com essas palavras, mas ele já estava abaixando a cabeça e me beijando. Daquele jeito bem persuasivo que me fazia derreter. Meus dedos se crisparam em sua camisa xadrez, meu corpo se aconchegando ao dele automaticamente, seus lábios percorreram o caminho até meu ouvido.

— Já que decidimos que este é nosso quarto...

— você decidiu.

— que seja... o que acha de inaugurarmos?

— É a primeira grande ideia do dia.

Ele riu dentro no meu ouvido, os dentes mordiscando minha orelha, enquanto me levava para o chão. Deixei que ele tirasse minha roupa e fizesse amor comigo, nossos gemidos reverberando pelo cômodo vazio. Mas mesmo enquanto eu o sentia dentro de mim, não sabendo dizer onde eu começava ou onde ele terminava, uma parte da minha mente se mantinha martelando em sua frase: Era por isto que estávamos ali.

 Apenas por isto

***

Nós nos mudamos duas semanas depois. Alice e minha mãe adoraram darem uma de decoradoras e eu adorei deixar tudo nas mãos delas, apenas dizendo sim e não para suas ideias. A única coisa que me importava era mudar o mais rápido possível. Assim, apenas os cômodos mais importantes foram preparados.

— Mas eu queria fazer o quarto do bebê! - Alice reclamou.

— Ainda tem mais de cinco meses, Alice!

— Você promete que vai deixar eu ajudar?

— Claro que sim.

— Eu vou cobrar.

Edward riu passando por nós carregando uma caixa cheia de vinis, seguido do meu pai.

— Acho que já podemos ir – minha mãe falou, depois de que tudo finamente estava feito. Não que eu tivesse feito muita coisa. Estar grávida até que tinha suas vantagens, pensei, irônica. - Querido, vamos embora – minha mãe gritou e meu pai desceu as escadas. E eu me senti triste de repente.

Agora definitivo.

Eles saíram, seguidos por Alice e eu fiquei vendo o carro deles se afastar. Edward tocou meu ombro.

— Já sentindo saudades da Alice ou de sua mãe se intrometendo? Eu ri, mas comecei a chorar. Ele me abraçou.

— Eu sou muito idiota por já estar sentindo medo de todas essas mudanças?

— Não, não é.  - Eu me afastei, enxugando os olhos e sorri.

— Oh Deus. Olha este silêncio. Estamos... sozinhos. Sem ninguém pra interromper, sem ninguém pra encher o saco. É o paraíso.

Ele riu, as mãos na minha cintura, esfregando o queixo na minha testa. Eu suspirei.

— Sabe o que eu queria fazer agora?

—hum?

—comer.

 Ele gargalhou desta vez se afastando em direção a cozinha.

— E eu achando que finalmente ia me dar bem...

— para isso precisa me alimentar primeiro.

Ele preparou um lanche pra mim.

—A Alice queria arrumar o quarto do bebê e eu não deixei - comentei

—Tem certeza que não esta preparando um quarto para ela se mudar também?

Eu ri

— Eu não duvidaria, mas ela não é louca o bastante! E então, como vai a toda a organização da turnê?

Na ultima semana, ele estivera totalmente ocupado com os ensaios.

— Tudo bem.

Eu acabei de comer em silêncio. Não queria admitir, mas sentia um tanto de inveja dele poder estar trabalhando e eu não. Seriam longos seis meses. Suspirei pesadamente, empurrando o prato. Edward tocou minha mão.

— Ainda com fome?

Eu sacudi a cabeça negativamente, mudando para seu colo.

 - Agora sim você pode se dar bem.

Ele riu contra meus cabelos. E a campainha tocou.

Nos entreolhamos.

— Quem será?

— Vai ver é a Alice com sua mala - ele riu me tirando do colo e indo atender.

Eu quase vomitei quando ouvi a voz de Riley. Mas não era possível! Que cara mais chato Eu os encontrei na sala.

— Oi Bella, gostei da casa nova.

— Hum - resmunguei olhando pra Edward com cara feia

— Espero que não se importe, mas eu tenho uns assuntos pra resolver com o Edward meio urgente...

— Tudo bem, eu vou subir.

Entrei no quarto me contendo para não bater a porta. Ainda havia caixas espalhadas o todo o canto. E Alice havia feito eu prometer que não ia arrumar nada sem ela. Mas o que eu ia fazer sozinha ali com o chato no Riley alugando o Edward? Abria uma das caixas quando Edward entrou no quarto

— Vou ter que sair. - falou pegando a jaqueta.

— Agora? Está anoitecendo.

— Eu sei. Mas temos que resolver umas coisas ainda hoje a noite.

— Vai voltar tarde?

— Eu não sei. - Ele aproximou-se e beijou meu cabelo - acho melhor não mexer nisto.

Eu dei de ombros.

— Preciso fazer alguma coisa.

—Bella, eu não vou demorar.

— Tudo bem.

Eu juro que tentei não fazer nada. Pegue um livro, mas não consegui me concentrar e desisti. As horas foram passando e nada dele aparecer. E se eu fosse fazer uma visita para Alice? Não, seria muita palhaçada da minha parte aparecer aquela hora da noite, como se não tivesse acabado de me mudar. Voltando para o quarto eu resolvi arrumar as caixas. A primeira que abri eram as roupas de bebê. Eu sorri comigo mesma, a pegando e levando para o quarto amarelo. E de repente me deu vontade de arrumar tudo ali. Coloquei a caixa no chão. Quando Edward voltasse conversaria com ele para arrumarmos o quarto de bebê. Foi quando eu me levantei que senti a primeira pontada.

Dor. Bem na ponta da minha barriga.

— Ai - gemi, colocando a mão sobre o ventre.

Deus, o que era aquilo? Respirei fundo e voltei para meu quarto. Outra dor ainda mais forte e eu me dobrei, suando frio. Me sentei sobre a cama, respirando pausadamente, a dor foi passando. Será que era normal aquela dor? E se fosse... algo com o bebê? Um medo frio me dominou. Peguei o telefone com as mãos trêmulas e disquei o número de Edward. Mas não foi ele que atendeu e sim Riley

— Alô?

— Riley, Cadê o Edward?

— Bella?

— Quem mais? Pode passar para o Edward, por favor.

—Sinto muito, mas ele não pode atender.

—Por que não?

— Ele está no meio de um teste de uma entrevista.

— Vai demorar?

— Não.

— Então peça pra ele me ligar assim que terminar? É meio urgente.

— Peço sim.

Eu desliguei e sai da cama. Mas quando me levantei uma pontada forte me fez gritar e levar a mão a barriga.

Eu olhei para baixo e havia sangue no meio das minhas pernas. Lutando contra a dor e a tontura, eu peguei novamente o telefone e disquei o número da emergência.

Continua.


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