Gravity escrita por Ju Dantas


Capítulo 15
Capítulo 14




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Bella

 

Edward havia dito que nosso destino era uma surpresa e estava levando isto muito a sério.

Na manhã seguinte, ele me acordou muito cedo e praticamente me arrastou até o carro, nem lembro se despedi dos seus pais e, por mais que quisesse ficar acordada, acabei adormecendo com a cabeça encostada nos ombros de Edward, enquanto percorríamos as estradas geladas de Forks. Acordei com sua voz melodiosa em meu ouvido.

— Bella, acorda.

— Não... - resmunguei sonolenta.

— Eu deixo você dormir de novo no avião

— Avião? - Balbuciei enquanto ele praticamente me arrastava para fora. Eu mal conseguia abrir os olhos, o pouco que consegui, vi que estávamos numa pista e Edward me colocava dentro de um avião.

— Aonde vamos? - Indaguei olhando em volta. Era um jato fretado.

Ele riu.

— Dorme Bella.

— Não estou mais com sono – menti, me sentindo curiosa.

— Ok, não quer dormir não dorme – ele falou – sabe que não vai dormir quando chegar lá, não é?  - Ele falou quase dentro do meu ouvido, através das ondas revoltas dos meus cabelos. Eu me arrepiei dos pés à cabeça.

— Quem disse que eu preciso dormir? Sono é para os fracos – falei movendo meus lábios por seu queixo áspero com barba por fazer e adorando sentir seus braços a minha volta.

— Vamos, me diz agora? Estamos indo para onde? - Insisti, agora dentro do seu ouvido. Antes que ele pudesse responder, um celular tocou.

— Acho que é o seu – murmurei. Ele pegou e fez uma careta antes de atender.

— Oi Riley...

Eu me afastei dele, meio contrariada. Já totalmente fora do clima.

—... Em Londres, oras... - Edward falava – estamos saindo daqui agora... não, não dá. - Ele passou a mão pelos cabelos irritado – Riley, tem mesmo que ficar falando sobre esse assunto agora? Estou com a Bella num avião e... ok, eu sei que é importante... De repente eu me irritei e arranquei o celular da mão dele.

— Riley? É A Bella!

— Bella? Cadê o Edward, eu estava falando com ele...

— Não está mais. Por que não vai fazer algo melhor, como foder sua namorada e deixa meu marido em paz?

— O quê...? - Eu desliguei. - Cara chato!

Olhei para Edward que me encarava muito sério. De repente eu esperava não estar muito encrencada.

Riley era o empresário dele afinal.

— Desculpe-me, é que... ele me irrita às vezes... - comecei a me justificar. Então ele sorriu lentamente e, sem que eu esperasse, beijou minha boca. Os lábios precisos e deliciosos sobre os meus. Suspirei quase sem sentir, amolecendo e esquecendo de todo o resto.

— O Riley é chato mesmo – disse ao se afastar, com as mãos ainda segurando meu rosto.

Eu sorri e fechei os olhos, adormecendo em seguida.

Acordei com Edward me sacudindo levemente.

 – Estamos chegando. Eu virei e olhei para fora.  Apesar da escuridão eu percebi onde estávamos em Londres.

Obviamente eu já estive na cidade antes, porém agora sentia uma empolgação diferente. Afinal, Edward estava comigo.

E estávamos e lua de mel. Apesar de ainda parecer meio esquisito ao pensar, era extremamente agradável.

Quando entramos no quarto e o cara do hotel que carregava nossas malas saiu silenciosamente, nós nos encaramos e rimos.

— Oh, por que será que de repente eu me sinto uma virgem? - Falei rindo e ele se aproximou, as mãos rodeando minha cintura facilmente e me trazendo para perto. Antes que ele me beijasse, o celular tocou novamente.

— Droga - ele murmurou eu me afastei suspirando

— Melhor atender. Com certeza o Riley sabe o hotel em que estamos hospedados, tenho certeza que foi ele quem fez as reservas e é bem capaz de ele ligar aqui se desligar o celular.

— Desculpe, é sobre a turnê, é importante.

— Tudo bem. Eu vou tomar um banho enquanto conversam.

Ele saiu para atender na varanda e eu revirei os olhos. Talvez ele tivesse medo que eu desse uma de louca novamente. Eu ri sozinha enquanto abria a mala e tentava achar algo com cara de “Lua de mel", obviamente no meio dos meus jeans, camisetas e agasalhos não tinha nada daquilo. Suspirando, eu abri a mala do Edward. Muito bagunçada, bem pior que a minha. Peguei uma camiseta e fui pro banheiro, quando saí, ele ainda estava lá fora fumando, pelo que deu para ver. Eu bati no vidro e fiz cara feia apontando para o cigarro. Ele riu e a apagou entrando.

— Juro que tentei não fumar na sua frente.

— Sei...  - Ele cheirou meu pescoço - Você está com um cheiro bom.

— Hum...

—Conheço esta camiseta

— Pode usar uma minha se quiser também.

Ele riu e então bateram na porta.

— Serviço de quarto. Achei que podia estar com fome.

— Estou mesmo! Como adivinhou?

Ele riu enquanto beijava meu rosto

— Vou tomar banho enquanto você come então

— Ok. - Enquanto ele entrava no banheiro, eu me perguntei se seria exagero dois banhos seguidos numa noite. Eu ria sozinha ao abrir a porta. Devorei a comida em um minuto e deitei, olhando o teto.

— Bella? Eu abri os olhos, sonolenta e Edward estava deitado do meu lado.

— Oh droga, eu adormeci - resmunguei, tentando me mover, não consegui. As mãos dele me seguraram no lugar

— Eu percebi, você estava roncando quando saí do chuveiro.

— Desculpe... acho que não deveria ter comido – balbuciei tentando não fechar os olhos Edward riu carinhosamente, puxando a coberta sobre mim.

— Então dorme.

— Não...

— Durma Bella. Eu não vou a lugar nenhum – ele falou me puxando para mais perto beijando minha testa. Eu me aconcheguei mais a ele e não precisei de um segundo pedido.

***

Eu estava sonhando. E estava quente. Algo estava queimando minha pele, embora não fosse uma sensação ruim. Era deliciosamente torturante. Primeiro queimou meu joelho, minha coxa. Um tremor percorreu meu corpo febril e eu abri os olhos. Agora o foco estava na parte interna da minha coxa, subindo... Eu gemi, despertando totalmente ao sentir o toque quente entre minhas pernas. Abri os olhos, em choque, mal conseguindo respirar. Uma mão se moveu por baixo das cobertas através da camiseta que eu usava e apertou meus seios. Não precisei olhar para saber de quem eram as mãos e a boca sobre mim. Mesmo assim, eu juntei o pouco de forças que ainda tinha e joguei as cobertas longe, para vê-lo levantar a cabeça e sorrir, diabolicamente lindo. E sexy.

 Meu coração subiu para a boca e eu perdi o ar.

— Falei que ia te acordar. E então ele voltou ao que estava fazendo

— Oh Deus – foi só o que eu consegui balbuciar, jogando minha cabeça sobre os travesseiros, enquanto ele prosseguia com a carícia num ritmo perfeito me matando aos poucos. Eu senti as primeiras ondas de um orgasmo alucinante se avolumar dentro de mim e explodir em forma de espasmos de prazer que me fizeram gritar e arquear as costas, meus dedos apertando o lençol força.  

Quando consegui abrir os olhos, Edward estava me encarando com um sorriso.

— Já é de manhã?

— Não.

— Que bom!

Eu sorri de volta, meio ofegante e rolei para cima dele, mergulhando a língua na sua boca. Suas mãos apertaram meus quadris e eu levantei a cabeça fitando-o

— Que bom por quê? – Perguntou. Eu sentei sobre ele, mordendo os lábios.

— Porque que temos a noite inteira ainda - respondi levando a mão à barra da camiseta tirando-a. Ele sorriu devagar, o olhar percorrendo minha pele, me fazendo arrepiar. Levantei-me para em seguida ir abaixando devagar sobre sua ereção, até que me preenchesse totalmente. Fechei os olhos, me movendo devagar e ele veio a meu encontro, beijando meus lábios entreabertos, meu queixo, meu pescoço. Enterrei as unhas em seus ombros, aumentando o ritmo. Adorando o atrito entre nossos corpos, seus braços a minha volta, me apertando. Nossos olhares se encontrando e se prendendo.

Ele ofegava, eu ofegava. Ele gemia, eu gemia. Até que ele enterrou o rosto em meus cabelos, os braços me apertando com mais força e explodiu dentro de mim. Eu o acompanhei, estremecendo no meu próprio clímax arrasador.

***

— Vai ter um show de um amigo amanhã, quer ir? - Edward perguntou alguns dias depois quando estávamos sentados na varanda do quarto do hotel. Ele fumava, e eu sinceramente não estava nem ligando mais, embora ele evitasse fumar perto de mim. Desde que chegamos eu não ficava um minuto longe dele, aí ficava difícil. Eu coloquei meus pés descalços sobre a grade

— Claro que sim. Quando tempo ficaremos aqui?

— Ainda temos alguns dias.

Eu o fitei.

— E aí começa a turnê?

— Sim, aqui na Europa e alguns países da Ásia. Depois América do sul.

— Uau. – Eu tentei não parecer decepcionada. Edward segurou meu rosto.

— Você vai comigo, não é?

 - Quer que eu vá?

Ele sorriu de lado.

— Não.

Eu soquei seu braço.

— Bem... acho que posso acompanhá-lo... não terei nada pra fazer nos próximos meses mesmo... - De repente aquele pensamento me deu certa angústia. Não ter nada pra fazer não combinava comigo. Lembrei da minha promoção que não tinha desistido. Sacudi a cabeça. Era melhor não pensar mais nisto.

 - Oh, sabe do que eu lembrei agora? - Edward falou. Eu o encarei.

— Que fazem 5 horas que não transamos?

Ele riu.

— Oh Deus, eu preciso de vitaminas.

— São os hormônios – justifiquei me inclinando e beijando seu queixo.

— Não é disto que eu estava falando.

— Não?

Lembrei-me que amanhã é aniversário de alguém e que eu me esqueci de comprar um presente.

Sim, amanhã era meu aniversário e eu me sentia feliz que ele ainda se lembrasse.

— Oh, é imperdoável.  - Ele sabia que eu estava brincando, porque eu realmente não ligava para essas coisas. - O que acha de sairmos, comermos e comprarmos um presente?

— Estraga prazeres – murmurei fingindo-me contrariada, apesar de já sentir meu estômago roncar só de falar em comida.

— Um homem precisa de um descanso.

— Aonde quer ir? - Edward indagou, segurando minha mão enquanto caminhávamos pelas ruas de Londres depois de comer. Eu dei de ombros.

— Não quero um presente.

— Mas eu quero dar.

— Ninguém mandou você esquecer de comprar!

— A vida de um escravo sexual é bem difícil e complicada.

Eu ri e minha atenção se desviou para uma loja de roupas de bebê do outro lado da rua.

— Quer entrar? - Edward indagou seguindo meu olhar e eu meneei a cabeça afirmativamente. A vendedora nos encarou com os olhos arregalados, rapidamente recuperou a compostura.

— Olá, posso ajudar?

— A gente vai dar uma olhada por ai – Edward falou sorrindo e a moça quase desmaiou.

— Ok.

Ela se afastou e eu ri.

 - Coitada Edward.

Ele apenas riu, pegando um casaco rosa.

— Este é bonitinho, vamos levar.

— Se for um menino não servirá pra nada.

— O que você acha?

— Como assim?

— Nunca pensa sobre o sexo do bebê?

Eu dei de ombros.

— Não sei... O que você acha? - Perguntei, olhando vários casaquinhos num cabide minúsculo.

— Eu não sei... uma vez imaginei uma menina. E ela se parecia com você.

Eu o fitei.

— Jura? Eu era bem feinha quando bebê.

— Não era não. Os meus cabelos eram tenebrosos. Muito loiro e com mullets (o que é isso?).

Eu ri, pegando uma camisa xadrez.

— Esta é perfeita

— Se for um menino.

— Claro que não. Minha filha não vai andar parecendo uma boneca.

Ele riu pegando um vestido cor de rosa.

— Não! – Falei.

— Sim – ele falou separando-o. Eu revirei os olhos.

— Talvez devêssemos nos ater e coisas unissex. A não ser que não se importe do seu bebê andar com este vestido.

— Vamos ter uma menina. Uma mini Bella.

Eu o encarei.

— Não pode ter certeza.

— Quando voltarmos para Seattle, vamos ao médico e perguntaremos quando conseguiremos ver o sexo.

— Certo. Agora você conseguiu me deixar curiosa também. Olha este – eu peguei um macacão branco com um urso marrom desenhado – parece com aquele seu ursinho.

— É mesmo.

— Vamos levar. 

— E este? - Edward me mostrou um pijama listrado.

— Não, parece uniforme de presidiário.

Ele riu.

— Nunca se sabe o dia de amanhã.

Eu o fuzilei com o olhar.

— Ok, este não.

No fim, quando a vendedora reapareceu, ainda meio embasbacada, havíamos separado tantas coisas que eu nem sabia como iria caber em nossas malas.

— E agora pronta para o seu presente? - Edward perguntou quando saíamos cheios de sacolas.

— Pronta pra ir embora! Acho que não aguento mais entrar em nenhuma loja!

 -Ok, vamos embora então.

***

Nós chegamos ao pub, quando já estava cheio e sentamos numa mesa afastada.

Edward me apresentou o seu amigo inglês Peter, não pudemos conversar muito, pois ele teve que subir ao palco.

Parece que estamos atrasados – falei.

— Você me atrasou.

— Ninguém mandou entrar no chuveiro comigo.

— Não foi você que entrou?

— Que seja...

— Eu vou fumar.

— Fuma aqui.

— Não. Fumaça não faz bem pra você.

— Ok, Alice – brinquei.

Ele se inclinou para beijar de leve minha boca e se afastou. Peter acabou uma música e desceu do palco vindo em minha direção

— Cadê o Edward?

 - Foi fumar.

De repente eu olhei e vi Edward, conversando com uma moça ruiva desconhecida. Peter seguiu meu olhar e fez uma careta.

— Quem é ela? - Indaguei

— Não sei...

— Oh, você sabe sim.

— É uma amiga.

— E por que disse que não sabia?

— Ela é meio que... uma ex.

 - Sua?

 - Não.

— Do Edward?

— É

— De quando?

— Uns meses atrás.

 - Oh. Eu engoli em seco. Despreparada para a onda de ciúmes que me acometeu. O que era ridículo. O que ele fez naqueles cinco anos não era da minha conta. Ele voltou para a mesa.

— Eu tenho que voltar para o palco.  - Peter se afastou e Edward me fitou.

— O que foi?

— Nada.

— Você está estranha. Está se sentindo bem?

— Não tem nada a ver com a gravidez, ok? - Rebati irritada.

— Então qual o problema?

— Ela é bonita. Ele pareceu confuso, então entendeu.  - Peter me contou que é uma espécie de ex.

— Peter devia cuidar da própria vida.

— Eu perguntei e ele respondeu. Quanto tempo ficaram juntos?

— Quer mesmo falar sobre isto?

— E se quiser? Qual o problema?

— Bella...

— Quantas namoradas você teve nestes cinco anos?

— E você, com quantos caras foi pra cama?

— Ah...

— Se vamos fazer relatório, acho que é justo você fazer o seu também.

Um silêncio tenso recaiu sobre nós e naquele momento eu quis poder beber uma dose bem grande do mais forte uísque. Respirei fundo várias vezes. O silêncio se prolongando cheio de uma amargura fria.

— Alguns. Não estava contando. Nenhum chegou a ser meu namorado de verdade. Sua vez.

— Bella...

— Sua vez – insisti. Sabendo que estava indo longe demais e incapaz de parar. Era uma curiosidade mórbida. - Ou vai dizer que só saiu com esta mocinha ruiva? Ah claro, e a Tanya.

— Nunca dormi com a Tanya.

 - Não?

— Não. Ela era minha amiga e... estávamos vendo no que ia dar.

— E eu atrapalhei.

— Bella... - Não foi assim? Provavelmente ainda estaria com ela se eu não tivesse aparecido grávida.

— Acho que nunca iremos saber, não é?

— É, nunca iremos saber. – Concordei, cheia de amargura. Eu não queria sentir dor por saber que provavelmente não estaríamos ali se eu não estivesse grávida. No entanto eu sentia. - Podemos ir embora? - Indaguei tentando conter o nó na minha garganta. - Claro. Vou só falar com o Peter antes.

— Ok, eu espero você lá fora.

Eu saí para a noite fria e havia duas moças fumando. Uma delas era a ruiva. Ela me olhou meio disfarçadamente. Óbvio que sabia quem eu era. Eu mordi os lábios nervosa. Ela cochichou algo com a moça do seu lado que também me fitou tentando disfarçar.

De repente eu tive vontade de ir lá e perguntar se tinham perdido alguma coisa, antes que eu pudesse agir olhei em volta e as duas tinham desaparecido. Respirei aliviada quando Edward apareceu.

— Vamos?

Nós seguimos em silêncio até o hotel.

— Quer comer alguma coisa? - Ele perguntou e eu sacudi a cabeça negativamente tirando a roupa ele me passou uma camisa sua, me ajudando a colocar. Então tocou meu rosto, eu me afastei, me deitando.

Ele apagou a luz e deitou ao meu lado, encaixando seu corpo atrás do meu e passando a mão em volta da minha cintura.

— Se importa se não transarmos hoje? – Perguntei baixinho.

—Eu me importarei se for por causa daquela conversa idiota que tivemos no pub.

Eu virei para ele.

— Vamos começar a discutir?

Ele suspirou pesadamente.

— Não, não vamos.

— Ótimo.

Eu me deitei de novo, ele não fez menção de me tocar. Senti uma vontade imensa de chorar, mas me segurei. Eram os hormônios, disse a mim mesma. Já estava quase adormecendo, quando senti seus braços a minha volta, me puxando para seu corpo quente e seus lábios em meus cabelos.

— Boa noite, Bella.

Eu acordei com os raios de sol se infiltrando pelas janelas abertas e esperei o enjoo, antes de me mexer.

Não que eu estivesse tendo enjoos de manhã; Fazia alguns dias que eu acordava sempre bem. Mas ainda tinha um certo medo de voltar a passar mal.

— Feliz aniversário!

Abri os olhos, me sentando e Edward estava na minha frente, segurando um pequeno bolo cheio de velas, vestindo apenas uma calça e com os cabelos despenteados.

E sorria. Eu abri a boca estupefata.

— O que é isto?

— Um bolo. Apague as velas.

Eu apaguei, rindo e ele colocou o bolo de lado. De repente me lembrei da discussão de ontem a noite, joguei-a para o fundo da mente.

 - Vem aqui. - Ele se aproximou e eu o abracei. – Obrigada.

Ele sorriu, tocando meus cabelos.

— Podemos fazer o que você quiser hoje. É seu dia. Eu mordi os lábios.

— Podemos comer este bolo? Ele me parece bem gostoso.

Edward riu enquanto eu enfiava o dedo no glacê levando a boca.

— Hum, bom mesmo – passei o dedo novamente – prova. Ele chupou meu dedo e eu me arrepiei.

— Delicioso! - Ele sorriu de lado e se aproximou, passando a língua no meu lábio inferior - tinha glacê aqui. Eu ri, enquanto ele foi me deitando sobre o colchão.

— Oh, eu realmente queria comer aquele bolo. - Falei fracamente, dividida entre o desejo de continuar comendo e o desejo por ele.  

— Acho que você terá que esperar... - murmurou mordiscando minha orelha, uma mão acariciando meu seio. Eu gemi completamente perdida. Sim, acho que eu podia esperar.

***

Algumas horas depois ele esfregava a ponta do nariz preguiçosamente em minha orelha, enquanto nossa respiração ia voltando ao normal. E eu podia ficar ali o resto dia. Ou pra sempre.

— Bella – ele chamou e eu abri os olhos, alerta. Pois sua voz tinha algo diferente. E eu não gostei.

— Hum?

— Eu queria conversar com você, sobre ontem.

Eu sacudi a cabeça negativamente.

— Não.

Ele me fitou.

— É sério. Foi ridículo. E a culpa foi minha. Esquece. Não precisamos conversar.

— Bella...

 - Eu não quero mais ficar falando do passado. Vamos esquecer. Ele ainda pareceu querer insistir e eu tive medo.

— Tudo bem - disse saindo de cima de mim. 

— Podemos comer o bolo agora? - Indaguei e ele riu. A tensão de minutos atrás se dissipando e eu queria que continuasse assim.

Continua...


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