Gravity escrita por Ju Dantas


Capítulo 12
Capítulo 11




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/596592/chapter/12

Edward

Por um momento eu me perguntei se ouvira direito.

Até eu chegar em casa e vê-la ali, eu já tinha praticamente desistido. Bella deixara bem claro na volta de Vancouver o que pensava da minha proposta.

Desanimado, eu havia chamado Jasper e Emmett para beber e quem sabe compor umas músicas tristes.

Infelizmente eu não podia adivinhar que Tanya estava com Jasper e ele a trouxera. Eu estava tão pra baixo que não me dei ao trabalho de reclamar. Do que adiantaria afastar Tanya agora? Além disso, ela iria integrar a equipe de nossa turnê. Então nós saímos pra comprar bebida e ela ficara esperando.

O que eu não podia imaginar era que encontraria Bella a minha espera também.
E ela estava realmente aceitando se casar comigo?
— Diz alguma coisa – pediu num fio de voz.
Eu passei a mão pelos cabelos, pensando no que dizer.
— Tem certeza? - perguntei.
Não queria correr o risco de ela mudar de ideia a qualquer momento.
— Não – respondeu rápido - na verdade eu não tenho certeza nenhuma do que estou fazendo, porém, que se dane – ela riu nervosamente, passando a mão pelos cabelos.
E eu ri também
E de repente eu quis que fôssemos tradicionais.
Eu podia ter comprado um anel. Podia ter me ajoelhado e feito o pedido.
Podia ter dito que apesar de tudo eu estava feliz porque ela finalmente seria minha.
Mas não era uma situação tradicional.
Longe disto.
Bella estava grávida e era essa a razão de nós nos casarmos afinal de contas.
Passei os dedos pelos cabelos, minha mente trabalhando rápido.
Eu ainda estava com medo de ela desistir.
Então uma ideia passou pela minha mente e eu sorri a encarando.

Estávamos atrasados cinco anos.
Cinco malditos longos anos.
E eu não queria esperar mais nem um dia.
— Certo. Então eu acho que devemos fazer isto o mais rápido possível. Agora.
— Agora? – repetiu.
— Acho que deveríamos ir pra Las Vegas.

Bella

Eu não sabia muito sobre gravidez e todos os efeitos colaterais, mas, certamente devia mexer com a sanidade das pessoas.

Porque eu devia estar completamente louca.
Olhei pelo retrovisor, o carro que me seguia de perto.
O Carro de Edward.
Eu estava indo em casa pegar meus documentos.

Nós iríamos nos casar em Las Vegas.
Meu coração estava batendo enlouquecido e eu me obriguei a respirar pausadamente, enquanto parava o carro em frente a minha casa e saltava.

Edward desceu também.
Estava ao telefone, parou de falar e me encarou.
— Quer que eu entre com você?
— Não, eu vou ser rápida!

Eu entrei no apartamento e corri para meu quarto.

Alice logo apareceu.

— O que deu em você?

— Alice, agora eu não tenho tempo – falei meio tensa.

— Hei o que está rolando? Você está esquisita? Por acaso você e o Edward estavam brigando ou algo assim? Eu vi o carro dele...

— Não posso te explicar agora.
Eu peguei minha mochila jogando algumas coisas dentro.
— Aonde você vai? – questionou curiosa.
— Las Vegas.
— Fazer o que em Las Vegas?
Eu parei e a encarei.
— Casar com o Edward.

Alice arregalou os olhos, o queixo caído por um momento e então, de repente, ela começou a pular.

— Oh Meu Deus, você vai fugir pra casar em Las Vegas! – gritou.
— Alice, para de gritar. Preciso ir...
— É claro que eu vou com vocês! – ela correu para o próprio quarto. E quando voltei à sala, ela já estava lá com a mala na mão.

— Alice...
— Bella, nem pense em tentar me impedir! Eu não perderia isto por nada neste mundo. E você vai precisar de uma madrinha não é?
Eu revirei os olhos.
—Esta bem, pode vir
Ela deu mais pulos e eu lancei-lhe um olhar ameaçador.
— Ok, ok, desculpa.
Nós descemos as escadas e Edward estava encostado no carro.
E parecia... meio tenso.
— Tudo bem? - ele indagou.
— Sim.
O que será que ele imaginava? Que quando eu entrasse em casa iria desistir?
Alice pulou em cima dele.
— Nem acredito que estamos indo pra Vegas!! - ela falou empolgada entrando no carro de Edward.

Eu o encarei dando de ombros.
— Eu não conseguiria impedir.
Ele riu.
— Não tem problema.

Nós entramos no carro e ele me fitou.
— Porque meus irmãos estão indo também.

Eles eram barulhentos e eu podia apostar que estavam bebendo antes de ir pro Aeroporto.

Eu ri, enquanto os irmãos de Edward cumprimentavam Alice, como se ela fosse uma espécie de

animal de estimação bonitinho. E ela dava risinhos idiotas, dizendo o quanto tudo era “muito emocionante”, principalmente quando Jasper sorria pra ela.

Talvez eu não devesse tê-la deixado vir.
Ou os irmãos ruidosos de Edward.
Talvez eu mesma não devesse estar ali pra começo de conversa.
A voz no alto falante anunciou o voo.
Meu coração voltou a bater fora do ritmo, a sensação de irrealidade ameaçando me engolfar.
Como se eu visse tudo de fora do meu corpo.

Então Edward segurou minha mão.
E, aquele simples, gesto, de sentir seus dedos entrelaçados nos meus, bastou para que eu sentisse que era real.

E que, de alguma maneira estranha e bizarra.
Era o certo.

— Está tudo bem? - ele perguntou por entre o barulho e eu sacudi a cabeça afirmativamente, apertando meus dedos no dele.
No avião Alice sentou ao meu lado.
— Oh meu deus, não acredito no que estamos fazendo!
Eu ri nervosamente.
— Você não está fazendo nada. Eu estou fazendo!
— Sim! E você precisa me contar, como assim você aceitou casar com ele? E em Vegas?
Eu dei de ombros
— Eu resolvi... deixar rolar. Não acho que seja possível eu me encrencar mais do que já estou encrencada.
— Você está fazendo a coisa certa – ela falou mais séria – não que Las Vegas não seja algo meio doido, mas... sabe que acho que combina totalmente com você?
Eu ri.
— É sério. Mas sua mãe vai pirar. Meu Deus. Acho que devia ter contado pra sua família.
— Não.  Pelo menos por enquanto.
Como eu podia contar pra minha família?
Nem eu sabia ao certo o que estava fazendo!
Será que era assim que todas as pessoas que iam pra Vegas se casar se sentiam?
Ela deu de ombros.
— Bem, agora já estamos aqui!
Eu olhei para as luzes da cidade lá embaixo. Las Vegas.
Tudo o que acontece em Vegas, fica em Vegas.
Não é o que dizem?
Mas quando você está ali para se casar, não é bem assim.

— Que tipo de casamento vai querer Bella? - Jasper perguntou pegando vários panfletos no saguão do hotel.
— Eu quero um juiz vestido de Elvis – Emmett pediu.
— Elvis é muito clichê – Alice bufou - Por favor, não sejam ridículos!
— E então? - Edward me encarou.
Eu dei de ombros
— Não faço ideia
— Nem eu.
Rimos juntos.
— Deixe eles se divertirem então.
— Bella, ficou louca? - Alice reclamou.
Eu dei de ombros.

— Tudo bem, tudo bem! - ela continuou - Então vocês vão ver este troço de igreja do Elvis que eu e a Bella temos outras coisas pra fazer.
— Outras coisas...?
— Sim, nos vemos daqui a... uma hora? Nos liguem pra dizer em qual igreja de Elvis ou sei lá o que estarão.
E ela saiu me puxando pelo saguão do hotel.

— Posso saber aonde vamos?
— Sim, vamos arranjar algo decente pra você vestir.
— Ah não!
— Bella nem vem que não vou deixar você se casar vestida assim!
— O que há de errado com minha roupa? Estamos em Vegas, fala sério!
— Não interessa! - e ela continuou me puxando.
—Espero que não esteja pensando em me vestir de noiva...
Ela riu.
— Isto seria muito divertido!
E uma hora depois, estou eu parada na antessala daquela igreja esquisita, enquanto ela me entrega um buquê (sim, um buquê de verdade!), eu senti um tremor real de puro medo.
Se eu saísse correndo, alguém sentiria a minha falta?
Um senhor se aproximou dizendo que era o Juiz e estava vestido normalmente e não como Elvis
O que até era um alivio.
— Estão prontas?
Eu não me mexi.
— Bella? - Alice me chamou – vamos?
Eu respirei fundo.
— Vamos então.
E a porta se abriu e eu reparei que o cara que abriu a porta estava vestido de... escocês?


E Alice desfilou na minha frente, toda animada no seu papel de dama de honra de vestido cor-de-rosa. O que não diminuía a sensação que eu deveria estar ridícula naquela roupa que ela me

 obrigara a usar.
Não que não tivesse insistido em algo diferente, algo mais “de casamento, branco, com tule, babados, estas coisas” eram suas palavras.

E claro que nem todo seu poder de persuasão me obrigaria a me vestir de merengue.
E lá estava eu, com um vestido champanhe de renda simples, que ia até quase meu joelho.

Alice revirara os olhos em desacordo, acabei concordando em usar o pequeno véu que ela insistiu em colocar sobre meus cabelos presos.
— Pelo menos tem renda – Alice comentara com uma careta.
— É um vestido – enfatizei – dê-se por satisfeita com isto.
— Agora sapatos.
— Não, não temos tempo.
— Claro que temos, sem sapato não dá!
— Claro que dá.
Ela reclamara o tempo inteiro, enquanto me maquiava dentro do carro. Uma limusine saída não sei de onde.
— Uma chapinha agora seria ótimo...
Eu ri, deixando que ela arrumasse meu cabelo.
Agora eu estava naquela igreja, que agora eu via realmente e era mais bizarra do que eu imaginava.
Obriguei meus pés ainda vestidos com meus All Star preto a se mexerem.
E então parei.
OMG!
O que era aquilo?
Emmett e Jasper também estavam vestidos de escoceses.
E eles estavam tocando violão, enquanto Jasper cantava!
E mais a frente estava Edward.
Também vestido de escocês, os cabelos totalmente bagunçados.
E então, eu não agüentei.
E comecei a rir.
Eu juro que tentei parar, mas era impossível.
Escondi meu rosto no buquê de Alice enquanto meus ombros sacudiam.
— Bella! - Alice ralhou indignada e eu levantei a cabeça, tentando parar.
— Me desculpe.
Eu tinha que olhar pra alguma coisa que me fizesse parar de rir, porque estava difícil
Então eu olhei pra Edward. E ele também estava rindo.
Não gargalhando histericamente como eu.
Ele estava verdadeiramente sorrindo.
Daquele jeito único, perfeito.
E eu segui em frente, até que ele tocou minha mão.
— Vocês estão ridículos – comentei.
— E você perfeita.
Eu fiquei vermelha.
— Alice não me deixou ficar de jeans.
— Estaria tudo bem pra mim se estivesse de jeans também.
— Vamos mesmo fazer isto não é?
Ele sorriu.
— Vamos, Bella.

Alice arrancou o buquê da minha mão com uma cara de censura.
— Parem de falar e vamos ao que interessa.
Sim. Agora não havia mais escapatória.
Eu estava me casando com Edward Cullen.
Meu coração começou a bater rápido no peito.
De repente, enquanto o juiz dizia todas aquelas palavras clichês, eu me vi voltando no tempo
Me lembrando do dia em que eu o vira pela primeira vez, até o dia em que ele foi embora, me deixando para trás.

E cinco anos depois lá estávamos nós.
A vida tinha caminhos estranhos.
— Sim – ele disse e eu voltei à realidade.
Estavam esperando que eu dissesse alguma coisa.
— Sim – repeti num fio de voz.
— Pelo poder a mim concedido pelo Estado de Nevada, eu os declaro, marido e mulher.
— Uhuu – eu ouvi os gritos atrás de mim e ri.
— Pode beijar a noiva.
Eu prendi a respiração, enquanto ele se inclinava com seu hálito quente banhando meu rosto, antes de eu sentir seu toque. Quente, firme, único.
E eu fechei os olhos, beijando-o de volta.
Quantas vezes ele havia me beijado? Milhões de vezes.
E nunca era demais.
Mas agora era diferente.
Eu não sei o que era. Era como se ele estivesse me beijando pela primeira vez.
E eu fiquei na ponta dos pés, minha mão subindo para seu cabelo, minha língua passando por seus lábios, para sentir seu gosto.
Eu podia passar a vida beijando-o.

E agora eu podia mesmo. E esta constatação fez meu coração disparar contra as costelas e um arrepio de puro prazer e antecipação traspassar minha espinha, se espalhando por todas as minhas células. Com um gemido, eu mordi seus lábios e Edward gemeu. E não era só de dor.
Isto eu podia sentir quando seus braços passaram por minha cintura, me trazendo para mais perto do seu corpo, e sua língua adentrou em minha boca, enroscando-se na minha sensualmente.

Foi minha vez de gemer, estremecendo.
Até que palmas e assovios me fizeram voltar à realidade.
Edward parou de beijar, me soltando devagar.
E então fomos cercados.

Nós entramos na limusine e fomos direto para o bar do hotel
— Tem certeza que é uma boa idéia? - indaguei, afinal, sermos vistos num bar lotado não seria nada discreto.
— Eu mandei fechar o bar.
— Aahhh – eu exclamei mais tranquila.
Nós sentamos e pedimos champanhe e Alice fez questão de falar por mim.
— Você vai beber apenas um gole, entendeu?
— Tá bom, mãe - ironizei
Eles pediram mais bebidas e eu reparei que Edward pediu uma coca.
— Não vai beber?
— Não, vou ser solidário a você.
Eu sorri, apreciando daquilo.
E quando ele sorriu de volta foi como se tudo ao redor desaparecesse.
E eu quis realmente que tudo desaparecesse.

Então as bebidas chegaram.
— Vamos brindar - Alice levantou a taça - A Edward e Bella!
— A Edward e Bella! – todos repetiram
E eu não quis mais que eles desaparecessem, não naquele momento, quando sorriram compartilhando comigo aquele momento.
Era bom ter amigos.
Alice, arrancou a taça da minha mão, quando eu mal tinha dado um gole.
— Para de ser chata, senão te mando de volta pra Seattle - reclamei.
Ela riu, bebendo conteúdo da minha taça.
— Você pode tentar!
Eu encarei Edward.
— Não precisa ficar sem beber por minha causa.
Ele deu de ombros.
— Não seja absurda, Bella.

De repente meu celular tocou e eu vi que era minha mãe.

— Não vai atender? – Edward perguntou ao me ver desligando o aparelho.

— Não. Eles não fazem ideia... – eu o encarei - Sua família também, não é?
— Que você esta grávida, ou que nos casamos?
— Oh Deus... - murmurei me sentindo envergonhada. O que era meio ridículo.
— Relaxa Bella. Isto não diz respeito a mais ninguém, apenas a mim e a você
— E a nós, por enquanto – Jasper riu e lá foi mais um brinde, embora nem saiba que bebida era.
E eu com minha coca-cola, claro.
Eu ri, e realmente deixei todos os problemas que eu sei que viriam do lado de fora do bar.
E comecei a me divertir realmente.
Eram meus amigos, afinal.
E era Edward.
Com seus sorrisos, seus toques casuais na minha mão, seus joelhos encostando nos meus por baixo da mesa.
E quem precisava de álcool com aquilo?
Eu já sentia minha mente rodar e meu corpo esquentando numa expectativa excitante.
Casamento implicava em lua de mel, não é?
Ah sim.
Totalmente implicava.
De repente eu me perguntei até que horas ficaríamos ali, olhando os outros se embebedar.
E isto incluía a Alice, que ria sem parar de alguma coisa que Jasper tinha dito.
— Acho que a Alice esta bêbada - disse meio preocupada.
Edward riu.
— Deixa ela se divertir.
De repente Jasper levantou e se afastou.
— Aonde ele vai...?
A pergunta foi respondida quando ele subiu ao palco e pegou um violão.
— Esta é para os noivos.
Nós rimos, enquanto ele começava a cantar.
E Edward se levantou me puxando pela mão.
— Quer dançar comigo senhora Cullen?

Senhora Cullen. Isto soou bem aos meus ouvidos.
Por mais absurdo que fosse.
Eu sorri e o acompanhei até o salão vazio, ao som de assovios.
— Graças a Deus tiraram aquelas roupas de escocês – comentei, enquanto ele me enlaçava, uma mão em minha cintura e outra entrelaçada na minha.
— O Emmett queria ficar com elas, o cara da loja não deixou.
Eu ri, já estava totalmente distraída com sua proximidade.
De tênis minha cabeça mal chegava ao seu queixo e eu aspirei devagar, enquanto ele me conduzia ao som da música, nossos corpos no mesmo ritmo. Ou quase.
Eu ri, levantando a cabeça para encará-lo
— Você continua dançando muito bem, senhor Cullen.
Ele sorriu.
— Algumas coisas não mudam.
Sim, realmente não mudavam, como o fato de eu derreter totalmente apenas por que ele estava olhando pra mim com aquele sorriso de lado.
Mordi os lábios para não suspirar alto.
E Edward me trouxe para mais perto.
— Estou feliz por termos decidido nos casar, Bella
Meu coração disparou ridiculamente ao me dar conta que eu também estava feliz.
E sem dizer nada, eu encostei a testa em seu queixo, sentindo seus lábios em meus cabelos e fechei os olhos.
E tudo desapareceu, a não ser o toque morno de sua mão através de minhas roupas, o roçar de nossos corpos ao som da música, causando um atrito delicioso, me lembrando que hoje não era proibido querer que ele me tocasse, me despisse, fizesse amor comigo.
Só este pensamento me fez estremecer e me apertar um pouco mais contra ele.
— Bella?
— Hum? - balbuciei, meus lábios tocando seu pescoço, seu queixo áspero.
— Acha que alguém perceberia se saíssemos?
Eu senti um arrepio de antecipação e o fitei, sorrindo.
— Achei que nunca iria perguntar.
Então ele abaixou a cabeça e me beijou, profundamente, intensamente.
Um beijo cheio de energia represada.
E eu mergulhei meus dedos em seus cabelos, enquanto suas mãos desciam por minhas costas, até meu quadril, me trazendo para mais perto e eu gemi contra seus lábios ao sentir a ereção contra meu ventre.

Sim. Eu queria sair dali agora, antes que eu perdesse o resto da sanidade que me restava.
Quando, finalmente ele parou de me beijar, e o mundo foi voltando ao foco devagar, eu ouvi os gritos masculinos, seguidos de assovios e risadas.
Por um instante eu fiquei vermelha, imaginando que era com a gente, então eu percebi que eles não estavam olhando para nós.
E eu segui os olhares e quase caí pra trás.
— Oh Meu Deus, o que ela está fazendo?
Alice estava pendurada num mastro de pole dance.
Enquanto eles riam de se dobrar, assoviando e aplaudindo.
— Ela está complemente bêbada - Edward afirmou.
—Todos eles estão!
Antes que conseguíssemos chegar ao palco, ela se estatelou no chão
O que fez Emmett e Jasper rir mais ainda.
Eu e Edward, os únicos sóbrios, corremos pra Alice, que gargalhava.
— Eu tô bem, eu tô bem... - ela resmungava tentando levantar, então desmaiou.
Edward a pegou antes que ela caísse de novo.
— Alice! - Eu dei uns tapinhas no seu rosto – Alice acorda.
Ela apenas, gemeu.
— Oh Droga, era só o que faltava.
— Ela está mal Bella.
— Claro que está, acho que nunca bebeu tanto!
Edward a deitou no palco novamente e tentamos acordá-la.
— Acho que ela está em coma alcoólico – Edward constatou.
Eu olhei em volta e os irmãos de Edward não riam mais, até pareciam mais sóbrios.
— Ela está bem? - Jasper indagou.
— Claro que não!
— Ela apagou o que vamos fazer? – Emmett questionou.
Edward me fitou e pegou o celular.
— Vamos chamar um carro e levá-la pra um hospital.

Ok, de todas as doideiras que estava vivendo nas últimas horas, com certeza eu não imaginava ir parar num hospital, para Alice tomar glicose na veia.
— Não devia ter permitido que bebesse tanto! - falei para Edward.
— Não foi culpa sua. Estas coisas acontecem com qualquer um.
— Eu sei.

Como eu podia falar pra ele que naquele momento eu estaria bem melhor se estivéssemos trancados num quarto de hotel ocupados com coisas mais agradáveis do que esperando numa sala fria de hospital?

Eu estremeci, com frio.
Edward tirou sua jaqueta e me deu.
— Veste isto.
De repente Emmett entrou seguido por Jasper. Eles tinham saído pra fumar.
— Cara, não sei como te dizer isto, acho que estamos ferrados.
— O que foi?
— Tem uns fotógrafos aí fora.
— Oh Deus – gemi – isto não esta acontecendo.
— Parece que alguém nos viu e tuitou então... a galera apareceu.
Eu encarei Edward que soltou um palavrão.
— Estamos mesmo ferrados! – afirmei.

Edward pegou o celular.
— O que vai fazer?
— Precisamos que alguém os tire daqui.
— Vai ser bem difícil.
— Ou que nos tire daqui.
Ele começou a falar rápido e depois desligou.
— Quem era?
— Riley. Ele esta fazendo umas ligações.

Nós saímos do hospital pelas portas dos fundos, Jasper, segurando uma sonolenta Alice pedindo desculpas, entraram em um carro, Emmett, Edward  e eu, entramos no outro.
Eu fechei os olhos, me sentindo cansada e devo ter dormido, porque acordei de repente, com a cabeça encostada em seu peito.
— Ainda não chegamos?
— Não, pegamos tráfego, turistas.
Eu olhei em volta e Emmett estava apagado.
Eu ri baixinho e fitei Edward.
— Espero não ter babado em você – murmurei.
E ele passou o dedo em baixo dos meus lábios.
— Só um pouco.
Eu ri, sabendo que ele estava brincando e tirei uma mecha de cabelo bagunçado de sua testa
E por que ele estava tão perto e tão ao meu alcancei, eu me inclinei e o beijei.
Era pra ser apenas um beijo, mas era impossível parar quando se tratava de Edward e, quando me dei conta, estávamos nos atracando no banco da limusine, esquecidos de onde estávamos.
— Por deus, arranjem um quarto – Emmett resmungou com voz de sono, se virando no banco e Edward finalmente parou de me beijar, sem me soltar.
— Acho que ele tem razão.
— Totalmente – concordei.
Eu nunca quis tanto chegar a um quarto.

E acho que Edward também não porque de repente ele sorriu devagar e me soltou pegando o interfone.
— Pode parar o carro, por favor? - pediu ao motorista.
— O que está fazendo...?
— Hei, acorde – ele gritou, sacudindo Emmett.
— O que aconteceu? - ele perguntou assustado.
Edward abriu a porta da limusine.
— Chegamos.
— Oh certo.
Ele saiu e olhou em volta.

— Não chegamos não...
— Você chegou sim – Edward fechou a porta na cara dele.
— Hei cara, não pode me deixar aqui.
Eu encarei Edward.
— Coitado Edward, por que fez isto?
Ele me puxou para o colo dele.
— Pra poder fazer isto – e então me beijou.
E foi o suficiente para eu esquecer completamente a minha pena de seu irmão.

Na verdade era bem fácil esquecer do resto do mundo quando sua língua estava dentro da minha boca e sua mão subia por minhas coxas, me deixando extremamente excitada.
Com um gemido, eu soltei a boca da dele em busca de ar, e ele deslizou os lábios por meu pescoço, as mãos retirando a blusa dele que eu vestia para mordiscar meu ombros enquanto abaixava meu vestido de qualquer jeito.
Meu seios quase doíam para sentir seu toque.

E, quando ele finalmente envolveu meus seios nas mãos quentes, apertando os mamilos entre o polegar e o indicador, eu joguei a cabeça pra trás, gemendo alto. Uma excitação úmida percorrendo minha pele e se instalando no meio das minhas pernas.
Ele voltou a me beijar, sufocando meus gemidos, eu peguei uma de suas mãos levando para minha calcinha e ele me acariciou devagar por cima do tecido, depois infiltrou a mão, os dedos longos causando um dano delicioso dentro de mim.

— Edward... - gemi perdida, movendo os quadris de encontro ao seu toque, sentindo um orgasmo rápido e intenso me tomar inteira.

Abri os olhos ofegante e ele me fitava sorrindo de uma maneira totalmente sexy.
— De novo – ele murmurou roucamente e voltou a me beijar. E me sentia fraca de tanto prazer, mas nunca era suficiente e eu deixei que ele me erguesse e tomasse meu mamilo na boca, envolvendo-o com a língua quente e úmida. Um depois o outro, a barba por fazer arranhando a pele sensível até que eu gritasse e seus dedos que permaneciam entre minhas pernas voltassem a me acariciar ritmicamente, me lançando de novo num clímax devastador.

— Isto foi... - falei sem fôlego e o fitei sorrindo – uma certa trapaça.
Ele riu.
— Cala a boca, Bella – ele me beijou, mas eu tinha outros planos e mordi seus lábios levemente, afastando minha boca para seu pescoço e deslizado meus dedos por sua camisa até a frente da calça.
Ele gemeu roucamente, enquanto eu o acariciava devagar.
— Bella, acho que não é uma boa ideia...


— Cala a boca Edward – ordenei, me agachando no banco e abrindo seu zíper, até tê-lo em minhas mãos.
E ele realmente calou, quando eu o acariciei com a língua e os lábios, me excitando com sua excitação.

Podia sentir seus dedos puxando meus cabelos e seus gemidos eram como música no meu ouvido e eu prossegui, aumentando o ritmo, até que ele perdesse totalmente o controle e gemesse meu nome vezes sem fim.

Eu levantei a cabeça e o fitei ofegante.
E ele abriu os olhos, sorrindo pra mim, e me puxou para seu colo.
— Isto foi trapaça, Bella
— Quem se importa?
Antes que ele pudesse responder, a limusine parou.
Nós nos arrumamos rapidamente e descemos.
Foi uma alivio não ver nenhum fotografo, enquanto Edward me puxava pra dentro.
Edward soltou minha mão e me pegou no colo em frente ao quarto.
Eu ri.
— Estamos sendo tradicionais agora?
— Nunca é tarde – ele riu me levando para dentro do quarto.

E eu arregalei os olhos ao ver
— Oh meus Deus, por que deixei a Alice escolher?
Edward gargalhou enquanto eu olhava horrorizada para a suíte de lua de mel
— Importa mesmo? – ele disse no meu ouvido.
Eu o fitei.
— Não...
E ele me beijou.
E agora tudo era diferente porque ele não precisava parar.
Não havia platéia.
Não havia ninguém além de nós.
Finalmente num quarto.

Tudo bem que já tínhamos começado a lua de mel na limusine, mas não teríamos terminado até

que ele estivesse dentro de mim.

Passei os braços em volta do seu pescoço, enquanto ele me levava em direção à cama e me colocava entre os lençóis frios.

— Ai!
— O que foi? - ele parou.
— Tem alguma coisa aqui.
Ele se afastou e eu olhei.
Havia um bilhete ali e uma caneta esquecida também.
Eu peguei o papel.
Só podia ser coisa de Alice.
— E o que é isto? - Edward pegou algo preto de renda nas mãos.
— Alice e um presente – falei.
— É bonito – ele disse e eu ri, arrancando de suas mãos.
— E desnecessário.
Ele riu e se inclinou para me beijar.
Então, de repente, eu parei.
— Espera.
— O que foi?
—Vamos fazer do jeito... certo. Não sei por que eu estou me sentindo culpada... como se ela fosse saber se eu usei isto ou não.
Ele colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
— Certo Bella. Então vamos ser mais um pouco tradicionais.
Eu pulei da cama com a camisola na mão.
— Se importa se eu tomar um banho?
— Não. Vou ligar pro Jasper e ver se estão vivos e se Emmett conseguiu achar o caminho do hotel.
Eu gargalhei ao entrar no banheiro.
Havia uma enorme banheira de hidromassagem e eu liguei a água tirando a roupa e entrando.
— Bella? - ele entrou no banheiro
— O que é?
— Quer alguma coisa do serviço de quarto?
— Vai pedir champanhe? - eu brinquei e ele riu.
— Acho que a Alice pode descobrir.
— Alice perdeu a moral depois de hoje.

— Falando nisto Jasper disse que ela está bem. Um tanto desmaiada e desorientada, mas bem.
—Ela vai ficar louca quando souber que passou a noite com Jasper, desmaiada. Ela tem um crush por seu irmão. Acho que nunca mais vai beber na vida.
— Todos dizem isto
— E Emmett? Está em alguma sarjeta com o cachorro lambendo a boca?
— Não, ele conseguiu chegar ao quarto também.

— Fico feliz.
— E então, quer alguma coisa?
Eu senti meu estômago roncando.
— Acha que eles têm hambúrguer?
Edward pegou o telefone que tinha ali também e pediu.
— Pronto, hambúrgueres. Mais alguma coisa?
— Sim, tem mais uma coisa. Vem aqui Edward.
Ele se aproximou com um sorriso preguiçoso.
— Tira a roupa.
—Nem bem casamos e já está mandando em mim, Bella.
— Cala a boca e tira a roupa, Edward!
Ele riu e fez o que eu pedi.
E eu mordi os lábios ao vê-lo totalmente nu.
— Venha aqui – pedi com a voz fraca e ele entrou na banheira.
Eu o puxei pela nuca, colando meus lábios nos dele.
Não demorou muito para que ambos estivéssemos ofegantes e eu me afastei para respirar, enquanto as mãos dele percorriam minha pele, seus lábios deslizando por meu pescoço, sugando meus seios molhados pela água perfumada e eu enterrei os dedos nos cabelos desgrenhados, arqueando as costas, dando livre a acesso a ele.
E bateram a porta.
Edward me soltou.
— Droga! – esbravejei.
— Serviço de quarto... mando embora?
Eu mordi os lábios indecisa.
Qual fome saciar primeiro?
Edward riu, se levantando e saindo da banheira.
— Ok eu fui trocado por um hambúrguer.
Ele se enrolou num roupão e foi atender.
Eu saí também, me enxugando e ele voltou, trazendo a camisola da Alice.
— O que está fazendo? - perguntei, quando ele passou a camisola por meu pescoço.
— Sendo tradicional.
Eu ri e ficando na ponta dos pés depositei um beijo no seu queixo e meu estômago roncou.
Edward riu, me puxando pela mão.
— Espero que estes hambúrgueres estejam realmente bons – falei. E eles estavam. Edward me observava acabar de comer, sobre a cama.
— Está satisfeita?
— A-han – falei e ele juntou tudo tirando da cama – desculpa comer o seu também.
Ele riu.
— Talvez seja verdade esta coisa de comer por dois.

Eu respirei fundo. Vínhamos meio que evitando aquele assunto, mas não tinha como fugir por muito tempo.
Já que era basicamente o motivo de estarmos ali.
Eu me deitei, descendo minha mão até minha barriga.
—Ainda não sinto como se... Tivesse algo aqui – falei– será que ele gosta de hambúrguer?
Edward deitou de lado e pousou a mão sobre a minha.
— Acho que sim.
— Será que estamos mesmo fazendo a coisa certa? – indaguei.
Ele se inclinou e beijou minha barriga e sorriu pra mim.
— Eu não tenho dúvidas, Bella.
E, naquele momento, eu também não tive nenhuma.
E então ele beijou minha boca.
Daquele jeito único, que fazia meu corpo tremer e se aquecer e eu peguei sua mão colocando-a sobre meu seio.
— Faça amor comigo, Edward...
Ele gemeu e rolou por cima de mim, retirando a minha camisola e depois o roupão que ele vestia.
Eu suspirei, sentindo nossas peles nuas em contato.
Deslizei meus dedos por seu peito, até a ereção rija, o acariciando em toda sua extensão, adorando ouvi-lo gemer e me beijar com força.
Entreabri minhas pernas, já me sentindo molhada e o levei para dentro.
Nossos corpos se encaixaram como duas peças de um mesmo quebra-cabeça e ele moveu-se devagar, me fitando nos olhos, os dedos deslizando pelas laterais do meu corpo e colocando minhas pernas em volta do seu quadril.
— Isto – murmurei, ao senti-lo ir ainda mais fundo.

Enterrei os dentes no ombro dele, dominada por ondas de prazer cada vez mais intensas, conforme ele aumentava o ritmo de suas estocadas firmes dentro de mim.
Impulso, recuo.

Uma vez. E outra.
Até a estocada final, doce, intensa, e ele gemeu no meu ouvido, enquanto se esvaziava dentro de mim.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!