O Chefe Da Minha Mãe escrita por Giolopes


Capítulo 28
Isabelle Klein




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/596561/chapter/28

Minha tatuagem era de caneta preta, minhas drogas eram nutella e Coca-Cola. Minha heroína era minha mãe, meu crack era o meu pai, meu momento - mal acompanhado - eram com meus amigos, minha prisão era a escola, minha maior pena era meu castigo. Agora... Não existe tatuagem, nem tão pouco, drogas. Minha heroína passou a ser minha pior inimiga, meu crack deixou de ser vicio e mal vejo, meu momento - mal acompanhado - é comigo mesma, minha prisão passou a ser meu coração e minha maior pena foi vê que perdi isso tudo.

Pessoas mudam. A vida muda, os amigos mudam, mas você só tem que seguir em frente. Mas, é que é difícil seguir em frente quando se perde o motivo pelo qual caminha. É como dizem – hoje você chora pelos erros cometidos. Amanhã você sorri mostrando ao mundo o que aprendeu com eles – tão clichê quanto verdadeiro.

Quando eu era criança, eu achava que as plantas sentiam dor quando a gente arrancava as folhas, porque eu e Carrie sempre arrancávamos as folhas das plantas do quintal da minha avó e toda vez que minha mãe pegava a gente fazendo isso ela falava - imagina alguém arrancando o seu braço -. Eu achava que vírus de computador era uma coisa que a gente podia pegar se mexesse no computador infectado e minha mãe aproveitava pra me manter longe da internet. Eu achava que meus brinquedos iam ganhar vida á noite. Que um monstro morava debaixo da minha cama e do armário, corria para cama de minha mãe e dormia em seus braços. Eu achava que minha mão era a mais linda, especial e importante na minha vida, e era somente eu que achava mesmo, pois nunca fui nada para ela.

Saudade de quando eu podia andar de mãos dadas com meus amigos, de quando eu podia brincar de esconde-esconde e pega-pega sem pensar besteiras. Saudades de quando eu caia, machucava o joelho e minha mãe dava um beijinho dizendo que ia passar. Saudade de quando tudo era mais simples. Saudades de quando eu era criança. Saudades de quando o maior valor era uma mãe cuidar da filha e protege-la do mal.

___ O que houve? – Max pergunta assim que adentro sua sala e ele fita minha expressão.

___ Fui fazer a vistoria na sala da minha mãe como eu disse... – resmungo.

Meus olhos estão marejados e minha voz está rouca:

___ E? – se aproxima.

___ Ela estava com Carrie, rindo e conversando como verdadeiras mãe e filha. – uma lagrima escorre pelo meu rosto e Max me abraça. ___ Coisa que comigo ela nunca foi! – fungo em seu peito.

___ Esqueça-as! Você tem a mim... – diz beijando meus cabelos.

___ É diferente, Max. – me solto do abraço. ___ O que é um amor de mãe?! Deveria ser uma coisa infinita, sem mágoa e sem a preferida. Ela me sustentou nove meses no útero e mal lembra quando eu nasci ou procura me dizer uma simples palavra amiga. Caramba, mãe é para isso! – desabafo.

___ Mag, ela escolheu assim. No fundo ela quem está perdendo! – diz limpando a lagrima que escorre dos meus olhos com o dedão.

___ Não tenho tanta certeza disso. – suspiro.

___ Tenha certeza de uma coisa... – diz levantando meu queixo forçando-me olha-lo. ___ Eu te amo hoje e sempre. – sorriu e o beijo.

___ Acho que vou resolver aquele probleminha na faculdade! – digo me afastando e pegando minha bolsa.

___ Ok. Peça para o motorista te levar! – sorri pondo as mãos nos bolsos.

___ Fica terrivelmente sexy assim... – mordo os lábios e ele pisca o olho, sorrindo.

***

___ Sentiu nossa falta e veio nos vê? – pergunta Frida assim que me encontra no campus da universidade.

___ Também... – sorriu.

___ Vai mesmo trancar a faculdade? – pergunta Jamie abraçado em Frida.

___ Estava decidida a isso, mas... – suspiro. ___ Agora não tenho tanta certeza!

___ Fique e me faça companhia. Aturar esse casal é demais para mim. – diz Austin.

___ Olha o recalque. – zomba Frida.

Austin lhe mostra a língua e rimos. Meus amigos são o que eu preciso, não é como se eu pudesse ficar sem eles e sem os trabalhos de psicologia. Afinal, eu lutei tanto por isso.

___ Ainda estou decidindo oque vou fazer. – digo.

___ Enquanto não decidi se junte á nós no intervalo! – diz Jamie.

Assinto e Austin envolve meu pescoço enquanto Jamie segura a mão de Frida e juntos vamos para o pátio.

___ Gente... – engulo um pedaço do bolo de Austin. ___ E a Isabelle? – pergunto.

Austin engasga com o suco e eu tento ajuda-lo dando tapinhas em suas costas:

___ O que houve Austin? – pergunta Frida.

___ Esse suco está com o gosto horrível. – diz se levantando. ___ Vou trocar!

Ele se afasta indo até o lixo e eu fito os dois em minha frente:

___ Não se surpreenda. Ele anda assim desde semana passada. Toda vez que ouve o nome dela ou a vê por perto ele desvia. – explica Jamie.

___ Ah é?! – franzo a testa. ___ Eu já volto!

Caminho em direção ao garoto encostado no balcão da cantina e paro ao seu lado:

___ Mag... – toma um susto ao me vê.

___ Quem mais seria?! Isabelle? – pergunto.

Observo ele beber o suco de vez, sem nem parar para respirar:

___ Não sei do que está falando. – diz.

___ Ah não?! Então acho que devo perguntar a mesma. – digo me virando em direção ao corredor.

Ele segura meu braço e engoli em seco:

___ Eu dormi com ela, Mag! – molha os lábios.

___ OQUE?! – inacreditável.

___ Eu dormi com ela. E acredite não me orgulho disso. – repeti passando as mãos pelos cabelos.

___ Austin, você querer ficar com varias garotas eu até entendo. Mas, com Isabelle?! – suspiro, impressionada. ___ A garota que já foi namorada de seu amigo e que não vale nem o preço de um bandeje no mercado... – exaspero.

___ Não é como se eu tivesse cometido uma traição, Mag. Jamie está feliz com Frida e eu estou feliz por eles. E também não foi nada demais, estávamos numa festa bebendo e sem querer rolou. – diz irritado.

___ E agora você fica fugindo dela? – ironizo.

___ Não estou fugindo. Mas, também não é como se eu quisesse repetir. – responde.

___ Seus olhos não dizem isso, Austin. – exclamo.

___ Virou cigana ou oque?! Lendo olhos?! Meus olhos não dizem nada. – se irrita, joga o copo no lixo e sai a caminho do corredor.

Fito o casal sentado á mesa e eles estão interrogativos. Dou de ombros e vou atrás do garoto:

___ Austin... – grito.

___ Me deixa! – grita de volta.

___ Ei desculpas. Eu só queria ajudar! – digo.

___ Eu não pedi sua ajuda, Thompson. – diz pronunciando meu nome com superioridade.

Eu paro de correr e ele percebe. Vira-se me fitando e vem até mim:

___ Desculpa. Eu só... – ele trava. ___ Só estou cheio disso.

___ Tudo bem! – sorriu fraco e o abraço.

***

Quando cheguei a casa, não tinha disposição para nada e nem ninguém. Fui direto para o quarto. Joguei minha bolsa no chão e retirei meus sapatos me jogando sobre a cama. Fito o teto bege claro e me perco nas lembranças de um sonhado ser feliz.

Flash on:

__ E quem seria a donzela que conquistara o coraçãozinho do Thompson? – perguntei sorrindo debochada e me levantando também, ele estava de costas para mim e não podia vê que por mais que sorrisse, não tinha gostado de saber que ele estava apaixonado por outra e eu não entendia isso em mim. E ele se virou com a expressão séria e nossos olhares se encontraram.

__ Quer mesmo saber? – perguntou e assenti.

Num ato totalmente inesperado, sua mão seguiu para minha nuca e a outra para minha cintura e meu corpo fora colado ao seu, nossos lábios foram selados em um beijo calmo, delicado e delicioso, sua mão seguiu de minha cintura para minhas costas, me colando mais ainda á ele, minha mão tocou sua nuca e a outra também envolveu suas costas, sua língua invadiu minha boca deixando tudo mais intenso e maravilhoso, meu corpo amoleceu e senti um desejo queimar dentro de mim, estava ficando realmente quente ali.

__ I-isso responde sua pergunta? – perguntou ofegante assim que descolamos nossas bocas, eu estava surpresa com tudo e em como ele beijava bem, engoli em seco e assenti sedenta de desejo, mordi o lábio inferior e sem esperar novamente fui puxada, colando novamente nossas bocas.

Não sei como, mais ele fechou a porta e caminhamos em passos lentos, aos poucos senti meu corpo ser deitado delicadamente sobre a cama e seu corpo se posicionar sobre o meu de modo com que não me machucasse, tudo isso sem descolar nossas bocas. Senti um volume pressionado contra minhas pernas e nossas bocas se separaram, ele seguiu para meu pescoço, depositando beijos quentes, mordidas no lóbulo de minha orelha, até que ele parou e me olhou preocupado.

__ Estamos indo longe demais. Acho melhor descermos! – disse tentando se levantar, mas não sei por que e nem que se passava em minha mente, que o segurei pela gola de sua camisa e puxei novamente, joguei-o na cama e sentei-me em cima de seu corpo beijando seu pescoço.

__ Maggie... Desse jeito não vou conseguir me controlar... – disse ofegante.

__ Não se controle! – respondi beijando seu lábio inferior e arrancando um gemido seu.

Senti meu corpo sendo, levantado aos poucos, suas mãos seguraram abaixo de minha bunda, envolvi minhas pernas em sua cintura e fui prensada na parede, ele arrastou meus cabelos e beijou meu pescoço, desceu os beijos até perto dos meus seios ainda cobertos, ele me sentou na cama e me ajudou a retirar minha blusa, desabotoei cada botão de sua camisa e observei sua barriga definida junto com seu peitoral de dar inveja.

Ele me deitou na cama e ficou por cima novamente, apertou meus seios por cima do tecido do sutiã, de modo sensual e apalpou minhas costas procurando o fecho, assim que achou, ele abriu deixando meus pequenos seios á mostra, sua boca sugou um deles enquanto sua mão acariciava o outro, eu já explodia de desejo e ele também, podia ver por sua calça.

Suas mãos seguiram para o cós de minha calça, abrindo o botão e o zíper, ele puxou a mesma me deixando apenas de calcinha e me levantei fazendo o mesmo com ele, sua ereção estava prestes a pular da cueca. Ele desceu seus beijos pela minha barriga, minha virilha e assim que retirou minha calcinha, sugou e beijou minha intimidade, eu chegaria ao ápice sem muito trabalho.

Ele pegou uma camisinha na gaveta da cômoda, retirou à cueca deixando á mostra sua ereção alterada e pronta para uso, vestiu a camisinha em seu membro e se deitou sobre meu corpo.

__ Se doer, você pede para eu parar, ok? – perguntou em sussurro em meu ouvido enquanto posicionava seu membro em minha intimidade.

__ Como sabe que e... – ele me interrompera.

__ Não é difícil saber que você é virgem, fico feliz em ser o primeiro! – disse e mordeu meu lábio, logo aprofundou num beijo e senti aos poucos ele entrando em mim, devagar e dolorosamente, mas continuava a ser bom.

Quando finalmente me senti rompida, ele estava totalmente dentro de mim, esperou uns minutos até eu me acostumar com a sensação e depois começou movimentos lentos e carinhosos, ele não jogava peso nenhum para cima de mim, beijava minha boca de forma selvagem, assim que sua língua invadiu meu corpo, suas estocadas começaram a acelerar, meu corpo estava em êxtase de prazer e não é difícil vê que o dele também, minhas unhas encravadas e suas costas enquanto eu me preocupava em morder seu pescoço, nossos gemidos sincronizados e nossas respirações ofegantes. Seu corpo cairá ao meu lado na cama, nós dois ambos suados, ofegantes e satisfeitos.

Levantei a cabeça para encara-lo e o vi sorrindo para mim, sua mão alisou meu rosto e com a outra ele puxara o cobertor nos cobrindo e depois me abraçou depositando um beijo em minha testa, eu me aconcheguei em seu peito e fechei os olhos. E que se foda a vida lá fora!

A primeira vez que entrei em seu quarto e me entregara de bandeja. Sem medo de errar ou de ser feliz.

(...)

__ É tão bom te ter aqui perto de mim! – disse levando a mão até minha nuca e aproximando nossas bocas, eu queria, mas não podia fazer aquilo com ele, comigo, com Jamie, então simplesmente me afastei saindo da prisão de seus braços.

__ Vem, vamos deitar um pouco! – chamei pegando sua mão e o levando para o quarto, sentei-me na cama e fiz sinal para ele se deitar com a cabeça em meu colo e foi oque ele fez.

__ Vou acabar dormindo... – ele disse sorrindo enquanto eu fazia cafuné em seus cabelos.

__ Será bom para você. Descansa! – respondi observando a bela vista da janela.

__ Estará aqui quando eu acordar? – perguntou, assenti com a cabeça e ele fechou os olhos.

A primeira vez que o deixei e que parti seu coração. Era incrível como essa cama, essas paredes, esse quarto era cheio de lembranças... Boas e ruis.

Flash off:

___ Senhorita Thompson? – Júlia chama-me do outro lado da porta.

___ Entre. – digo.

Ela abre a porta e coloca somente sua cabeça:

___ Há alguém lá embaixo que deseja falar com a senhorita. – diz.

___ Quem? – pergunto.

___ Se identificou por Isabelle Klein! – responde.

(...) Os inimigos te atacam e te deixam fraca. E esse é o problema.
Quando você já está fraca ele não tem mais o que fazer, há não ser
te reerguer e te atacar de novo! - Isabelle Klein.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Chefe Da Minha Mãe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.