O Chefe Da Minha Mãe escrita por Giolopes


Capítulo 16
Ficará Tudo Bem...




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Abri os olhos com dificuldade, pela janela eu podia ver toda Paris agitada, ela nunca fora tão agitada para mim antes dele, encarei o lado da cama vazio, ele deveria ter acordado e ido trabalhar, depois da cena na igreja nós viemos logo para casa, não tive oportunidade de falar com ninguém, meus pais e Carrie deveriam está irados comigo, eu faltara à aula e meus amigos deviam está preocupados, neguei o pensamento e o sentimento de medo, sentei-me na cama e passei as mãos sobre os cabelos, minha vida nunca fora tão descompensada antes de tudo.

__ Bom dia... – a voz dele soou no quarto assim que a porta se abriu me arrancando um sorriso.

__ Bom dia! – respondi, ele se aproximou da cama, se sentou e me deu um selinho.

__ Creio que temos que resolver um problema. – ele disse alisando meus cabelos.

__ Pois é. Provavelmente serei expulsa de casa. – respondi preocupada e fitando a janela.

__ Que bom para mim. Terei você na minha cama todos os dias! – ele disse propondo morarmos juntos, eu sorri meiga e o abracei forte.

__ Temos mesmo que ir resolver isso hoje? – perguntei assim que nos afastamos.

__ Não podemos fugir para sempre, Mag! – respondeu segurando minha mão.

Quando ele saiu do quarto para atender uma ligação, levantei-me da cama e peguei uma toalha limpa na cômoda e adentrei o banheiro, me despi da camisa branca do Max e deixei a água gelada que caia do chuveiro tocar meu corpo levando para o ralo todo peso morto, sequei-me e voltei para o quarto, encarei o garoto em pé me observando de cima á baixo, mordi os lábios e peguei meu vestido preto e longo da noite passada, eu não tinha nada mais para vestir, uma das empregadas de Max o colocara para secar...

__ Eu poderia observa-la o dia todo... – disse ele enquanto eu me vestia, eu sorri olhando-o pelo espelho enorme que havia na parede de seu closet.

***

Minhas pernas fraquejaram assim que Max estacionou sua BMW preta em frente á minha casa ou talvez EX-CASA, ele me encarou como se perguntasse – tudo bem? – e suspirei aflita, ele desceu e deu a volta no carro abrindo a outra porta, me dando espaço para descer, na janela da sala pude enxergar os olhos azuis da Carrie nos metralhar, senti um calafrio em minha espinha, Max segurou minha mão bem firme e antes de tocar a campainha, a porta se abriu revelando uma Carrie totalmente irônica e minha mãe logo atrás se perguntando o porquê de ter me dado á luz.

__ Será que podemos conversar? – perguntou Max bem educado e Carrie nos deu passagem.

__ Claro amorzinho! – ironizou e provocou.

Minha mãe se sentou no sofá de frente para mim e Max que nos sentamos no outro, Carrie cruzou as pernas de maneira sensual e provocativa e fez um gesto com a mão para que falássemos:

__ Bem... Eu sei que nesse momento devem está nos odiando, principalmente você Carrie, mas quero que saiba que não a deixarei na mão, assumirei nosso filho! – Max começou enquanto ainda segurava minha mão me passando confiança.

__ Bom saber. – ela disse sorrindo falso.

__ Oi mãe... – resmunguei, ela me fitou de modo decepcionado.

__ Vocês dois pretendem ficar juntos? – minha mãe ignorou meu cumprimento e perguntou.

__ Sim. – respondeu Max.

__ Maggie é menor de idade, vive sobre a guarda de nossa mãe! – disse Carrie.

__ Isso não será problema. Podemos entrar com um pedido de emancipação. – respondeu ele.

__ Não abrirá a boca para dizer nada? – perguntou minha mãe, dessa vez ela me fitou irritada.

__ Irei pegar minhas coisas... – anunciei, Max assentiu e soltou minha mão.

__ Maggie, você não tem para onde ir. Se passar por essa porta, nunca mais volte! – gritou minha mãe me fazendo parar no meio do caminho ao meu quarto.

__ Ótimo. Ela morará comigo! Venha Maggie, não precisa de nada daqui. – Max disse e veio em minha direção, pegando minha mão e me puxando para fora dali.

***

__ Foi mais fácil do que pensei... – disse Max, estávamos dentro do seu carro no estacionamento de seu prédio, eu não conseguia ver – o fácil – com todas as palavras de minha mãe.

__ Como imaginou que seria? – perguntei sem encara-lo.

__ Carrie gritando, fazendo teatro e exagerando como sempre. – respondeu, sua mão tocou minha cabeça de forma carinhosa e ele passou a alisar meus cabelos.

__ Vendo por esse lado... – resmunguei.

__ Ei, ficará tudo bem! – ele disse tocando meu queixo e me fazendo encara-lo.

__ Eu sei que sim. – respondi sorrindo falso.

__ Você precisa fazer compras e como não posso acompanha-la, chame sua amiga. – disse sorrindo e me dando seu cartão de credito.

__ Eu espero você chegar e iremos juntos, pelo menos você fica de olho no limite. – respondi negando seu cartão, ele sorriu torto e negou com a cabeça.

__ Ligue para ela. Vemo-nos á noite! – disse insistindo.

***

“Preciso de minha consultora de moda
particular e traga uma roupa para mim, ainda estou de vestido do baile.” – Maggie.

“Até que fim deu sinal de vida. Onde está?
E como assim consultora de moda?” – Frida.

“Frida, venha logo e te conto tudo.” – Maggie.

“Manda o endereço.” – Frida.

Quando fitei a sala enorme e vazia, me senti um pouco solitária, sem meus amigos, sem meus pais, sem absolutamente nada, somente eu e como obra de Deus... Max.

Haviam três empregadas, era de muito exagero, mas pelo menos isso me ajudava a não me sentir abandonada naquele grande apartamento, duas delas eram maravilhosas e somente uma delas me olhava torto, a mesma que encontrei no corredor no dia da minha primeira noite com o Max, eu acho que ela pensava o pior, tipo – uma menina tão nova se envolvendo com um rapaz com idade para ser seu irmão mais velho – ou talvez me visse como a traidora que roubou o noivo da irmã. Julia – uma das empregadas que iam com minha cara – havia me preparado panquecas, eu comia sentada no balcão da cozinha enquanto ela lavava os pratos.

A campainha tocou e imediatamente, Lola – a que me odiava – foi atender a porta, observei pelos cantos tentando ver se era Frida, Lola veio até mim na cozinha e disse um breve – você tem visita – e voltou ao trabalho, caminhei até a sala e fitei os cabelos castanhos de costas para mim...

__ Carrie? – perguntei assustada, ela se virou vestida numa roupa bem ousada e sorriu.

__ Olá maninha. – respondeu irônica, jogou sua bolsa sobre o sofá e cruzou os braços.

__ O que faz aqui? – perguntei.

__ Bom... Primeiro aqui é a casa do pai do meu filho, segundo que aqui é a casa do meu chefe, terceiro aqui é a casa do meu noivo e quarto aqui é o lugar onde a vadia da minha irmã se enfiou e tirou de mim o meu futuro. – ela disse num tom bem desafiador, se aproximou e sorriu debochada.

__ EX-NOIVO, Carrie. Seu futuro?! Então o Max não passava de um meio mais rápido de atingir sua meta?! – falei impressionada com tamanho sangue frio.

__ Bem... Podemos colocar dessa maneira, tirando o fato de que ficar com ele não era sacrifício, afinal ele é lindo, bem sucedido, gostoso e fode muito, mais muito bem. – ela disse provocativa, levou sua mão até meus cabelos e enrolou um dos fios em seu dedo.

Ela queria brincar e provocar?! Então vamos lá:

__ Nisso eu concordo contigo. Ele é realmente um Deus da cama! – rebati, ela soltou meu cabelo e me encarou surpresa, olhou-me de cima á baixo.

__ Dormiu com o Max? – perguntou, sua boca estava em um perfeito “O”.

__ Dormi, transei, fiz amor... Chame como quiser! – respondi sorrindo debochada.

__ Você é uma vadia mesmo! – ela disse se aproximando mais ainda, fervendo de raiva.

__ Talvez isso eu tenha herdado de você, irmãzinha! – respondi não deixando ela me atingir.

Sua mão se levantou em uma perfeita tapa, mais não o senti em meu rosto, Jamie havia chegado junto com Austin e Frida e segurara a mão da garota em minha frente:

__ Se tocar nela, sairá daqui rolando pelas escadas. – ameaçou Jamie.

__ Isso ainda não acabou maninha. – disse Carrie recolhendo sua mão, pegando a bolsa e indo embora, eu sorri para Jamie e o abracei forte, estava morrendo de saudades.

__ Jamie... Que saudade! – resmunguei enquanto me afogava em seu peito.

__ Também, Bernard! – respondeu sorrindo e bagunçando meus cabelos.

Abracei Austin e Frida que como sempre fazia questão de observar cada detalhe e o detalhe agora era o grande apartamento do Max, ela estava de boca aberta:

__ Mag, tem algo para encher a barriga ai? Estou faminto. – disse Austin.

__ Peça para Julia lhe preparar algo. – respondi, ele assentiu e seguiu para cozinha.

__ Eu acho que também aproveitarei um bom prato. – anunciou Jamie sorrindo e seguindo Austin.

***

Eu já havia contado tudo para Frida, cada detalhe e cada plano, como a emancipação e como morar com o Max, ela comemorava e dizia que pelo menos eu agora seria independente, quando mostrei o cartão que ele havia me cedido para comprar coisas novas já que não peguei nada da minha antiga casa, ela comemorou mais ainda, eu sorri e fui até o banheiro vestir a roupa que ela havia trazido, eu não poderia ir ao shopping vestida para um baile, todos me achariam maluca. Voltei para o quarto, peguei meu celular e juntamente com Frida desci para sala encontrando os garotos jogados no sofá de barrigas cheias.

Era cansativo ir ao shopping com Frida e ainda mais quando se tem um limite estrondeante no cartão, ela apontava para tudo que era coisa enquanto Austin á acompanhava e eu ficava atrás abraçada ao Jamie, pela graça dos Deus ele continuara o mesmo, só me parecia um pouco pensativo demais, seu braço envolvia meu pescoço enquanto eu abraçava sua cintura, mirava seu rosto tentando encontrar seus olhos e distinguir oque ele estava sentindo:

__ Como você se sente morando com ele? Digo, ele cuida de você? – perguntou dando-me um susto, ele não mirou meu rosto, somente continuou nos guiando pelo shopping.

__ Ainda não sei como vai ser daqui para frente, mas sei me cuidar! – respondi desviando o olhar dele, já que ele não queria olhar-me nos olhos eu não insistiria.

__ E se você não conseguir se cuidar? – perguntou dessa vez me fitando.

__ Ai eu tenho você! – respondi dando-lhe um meigo sorriso, ele devolveu e assentiu.

O carro do Jamie não tinha espaço mais nem pra um grão de arroz de tantas sacolas, eram roupas, sapatos, roupa íntima, acessórios, perfumes, maquiagem, produtos de beleza, tinha de tudo e mais um pouco. Paramos em frente ao prédio e subimos nos embaraçando todos com as sacolas, no elevador também não havia mais espaço nem para mim direito, o elevador abriu as portas revelando o apartamento limpo e arejado que agora era meu novo lar, riamos das caras das pessoas ao ver o tanto de sacolas e caminhamos até a sala dando de cara com Max falando algo irritado no celular.

__ Não... Eu já disse que tem que resolver isso amanhã mesmo... Eu não aceito outro dia, se eu quisesse ouro dia, eu mesmo fazia... Ok... Entrarei em contato! – essas eram suas palavras.

Seus olhos se voltaram para Jamie de forma repreendedora:

__ Mag, nós nos vemos amanhã! – o loiro disse percebendo o olhar de Max.

__ Ok... – respondi, ele beijou minha testa e seguiu para o elevador.

__ Max... Mag vá amanhã para faculdade! – Frida cumprimentou o rapaz, ele acenou com a cabeça, ela ordenou-me e assenti sorrindo, me deu um abraço e seguiu Jamie.

__ Até amanhã, pequena! – Austin fora, o ultimo.

Meus olhos voltaram para o rapaz em minha frente, ele retirava o terno e desabotoava as abotoadoras dos pulsos, folgava a gravata e mantinha seus olhos em mim, ele me repreenderia pelo Jamie, desde aquilo ele não se sente seguro quando estou com o loiro:

__ Júlia, arranje um espaço no closet do meu quarto e coloque as roupas da Maggie! – ordenou ele, notei que a mesma estava atrás de mim, ela assentiu e com ajuda das outras levou a sacolas para cima.

__ Está tudo bem? – perguntei receosa.

__ Sim. Só achei que seria recebido por um beijo ou abraço. – respondeu fazendo beicinho.

__ Bobo! – xinguei-o e corri para seus braços sorrindo, minhas mãos amavam enrolar-se em seus cabelos enquanto ele apertava minha cintura e enquanto sua língua explorava minha boca.

__ Na próxima vez, não me faça esperar tanto! – sussurrou em meu ouvido assim que descolamos nossas bocas, assenti e mordi seu lábio inferior.

__ Preciso de uma bebida! – informou se soltando de mim e se aproximando da mesa de bebidas.

__ Carrie esteve aqui... – balbuciei enquanto ele se servia de uísque.

__ Eu imaginei que ela não nos deixaria em paz! – respondeu ainda de costas para mim.

__ Com quem falava no telefone? – perguntei caminhando até a parede de vidro que dava vista panorâmica de toda Paris.

__ Um advogado. Quero que resolvamos logo sua emancipação! – respondeu bebericando seu liquido e se aproximando de mim.

__ E se o juiz não aceitar? O que faremos? – perguntei preocupada.

__ Ai, eu carregarei você comigo para bem longe! – respondeu parando em minha frente e tocando meu rosto, ele era tão lindo quantos suas palavras, eu peguei o copo de sua mão.

__ Porque não esquece esse uísque e vem comigo?! – maliciei, ele sorriu pervertido.

__ Tenho uma coisa melhor para você! – sussurrei por fim em seu ouvido, pus o copo sobre a mesa ali perto e o puxei pela mão para o quarto.

***

Cada movimento dele por cima do meu corpo era de delicioso ao prazeroso, nossos corpos nus ligados somente ao prazer, ao suor, ao desejo, nossas bocas coladas em um beijo tempestuoso, nossas línguas transando intensamente, suas estocadas que arrepiavam minha espinha e me preenchiam por dentro, nossos gemidos descompassados e sincronizados, ele á chamar meu nome e de olhos fechados, eu prestes ao ápice de prazer, um movimento rápido e ele se sentara na cama carregando com si meu corpo, sentada sobre o corpo dele eu ajudava com os movimentos mexendo o quadril, ele beijando e mordendo meu pescoço e seios. Uma noite de prazer!

***

Apalpei o lado vazio da cama, ele não estava mais, deveria ter ido trabalhar, o sol queimava meu rosto, me levantei e corri para o banheiro, tomei um banho gelado, hoje Paris fazia um calor de matar, talvez uma noite quente atingisse todos – pensei – voltei para o quarto enrolada em uma toalha branca cheirando a nova, no closet escolhi uma blusa larga e de alcinhas vermelha, uma calça azul claro, uma bota cano médio e com salto, uma bolsa lindinha, fiz minha maquiagem, caprichei no perfume, peguei minha bolsa, meu celular e sai do quarto.

__ Pensei que já estivesse na empresa! – falei assim que avistei Max na mesa tomando café.

__ Pensei que não acordaria mais! – rebateu sorrindo enquanto eu me sentava de frente.

__ Digamos que sim. Você me cansa muito! – maliciei enquanto pegava uma fatia de bolo.

__ Você que é insaciável! – continuou rebatendo, revirei os olhos e sorri.

__ Acho que preciso me explicar com meu pai. – eu disse sem animo e sem encara-lo.

__ Hoje não. Dê mais um tempo, hoje resolveremos sua emancipação! – respondeu.

__ Sinto falta da minha mãe... – suspirei.

__ Eu sei que sim... Mas, ignora-la foi escolha dela, não sua. – confortou-me.

__ É... – beberiquei meu café.

__ Já estou indo, o motorista irá leva-la na universidade, nos vemos mais tarde. – ele disse se levantando e vindo até mim.

__ Por que você não me leva? – perguntei enquanto ele beijava minha testa.

__ Você já está pronta? – disse.

__ Mais do que isso?! – ironizei me levantando e mostrando melhor minha roupa.

__ Está maravilhosa! – respondeu sorrindo e me dando um selinho.

***

Já fazia uns dez minutos que Max havia me deixado na universidade, meus amigos ainda não haviam chegado, estava sentada no pátio, sozinha enquanto escutava – Timbalad-Apologize – uma sombra ao meu lado tomou todo o sol que eu estava amando tomar, aquele sol nem quente demais e nem frio demais, tipo solzinho de final de tarde, fitei os olhos escuros e franzi o cenho:

__ Primeiro toma meu namorado e depois o da própria irmã que está gravida, cada dia me impressiona mais, Mag! – a voz enjoada da Isa torturou meus ouvidos.

__ Eu tive uma ótima professora, Isa! – ironizei, ela riu debochado.

__ Se está falando de mim... Eu não roubo nada de ninguém e muito menos preciso correr atrás de um homem prestes á casar, eles correm até mim. – ela respondeu convencida.

__ Vou anotar suas palavras, professora! Mas, aprenda... Ninguém é de ninguém. – rebati me levantando e saindo dali.

__ Mãe? – falei assim que vi a mesma saindo pela porta da diretoria, ela fitou-me com a expressão fechada e caminhou até mim.

__ Olá Maggie Bernard! – isso me matou, foi-se o, “Filha”.


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