O Chefe Da Minha Mãe escrita por Giolopes


Capítulo 15
Eu Te Amo...




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Os dias haviam se passado, literalmente voando, meus momentos com o Jamie me ajudavam a esquecer-me um pouco dos problemas, mas assim que eu ficava sozinha tudo voltava como uma bomba sem pino que a qualquer momento podia explodir. Jamie... Ele estava conseguindo me conquistar a cada dia mais, quase não nos desgrudávamos, costumávamos ficarmos horas e horas no nosso canto – a montanha – assistindo o sol se pôr e a lua renascer no céu, em outras horas ficávamos no quarto assistindo filmes, rindo e jogando pipoca um no outro, o pior é que eu estava o vendo mais como um amigo que ele sempre foi do que como um namorado.

__ Maggie? – chamou o loiro sentado ao meu lado no sofá, o fitei interrogativa.

__ Não está gostando do filme? – perguntou, ele havia notado que eu estava em outro planeta.

__ Estou... Só estava pensando em como os dias passaram rápido! – respondi sorrindo.

__ Tem razão! – concordou me envolvendo em seus braços quentes e fortes.

__ Eu poderia ficar assim por horas e horas... – falei tentando ser convincente e gentil.

__ Eu prefiro horas e horas te beijando. – rebateu e selou nossos lábios em um beijo calmo.

Eu amava estar com ele, beijar ele, sentir ele... Mas, algo faltava em mim, como se o pouco de complexidade que eu tinha houvesse sumido. Senti sua mão seguir para minha perna, a apertando devagar, sua língua investigava toda minha boca e nossas respirações estavam começando a se acelerar, sua mão voltou para minha cintura de maneira sensual e senti meu corpo sendo deitado sobre o sofá, eu sabia que aquilo iria para um caminho bem malicioso e então memorias voltaram a minha mente... Max!

__ Jamie... – chamei ofegante e o afastando.

__ O que foi? – perguntou confuso e se sentando novamente no sofá.

__ Acho... Acho que ainda não estou pronta... Pra isso de novo. – respondi dando leves pausas.

__ Tudo bem, não queria te forçar a nada! – ele disse coçando a nuca e suspirando.

__ Não forçou amor! – respondi tocando seu queixo e o obrigando a me olhar.

__ Dorme comigo hoje? – perguntei, ele sorriu e assentiu.

***

SÁBADO 19h20min:

__ Uma maquiagem preta ficará diva com seu vestido! – disse Frida assim que meu viu vestida no meu vestido preto, que havia comprado para o baile.

__ Eu ainda não vi o seu! – rebati, seu vestido estava todo embalado encima da minha cama.

Ela sorriu sapeca e pegou a embalagem nas mãos, minha porta se abriu revelando uma Carrie vestida em um lindo vestido de noiva, belas joias no pescoço, orelha e dedo, um penteado lindo e uma coroa maravilhosa, exibindo um sorriso irônico e um brilho falso nos olhos...

__ Já arrumada para meu casamento? – perguntou ela, as palavras me impressionaram de tal modo que minha boca se abriu em um perfeito “O”.

__ Como assim... Seu casamento? – perguntei, ela riu falso.

__ Oh me desculpe, esqueci-me de lhe informar que vou me casar em uma hora. – disse debochada. Não pode ser... Uma hora?! Max?!

__ Que pena irmãzinha, diga meus pêsames ao Max, eu tenho um baile para ir. – disfarcei toda a dor e sorri como ela, falsa que nem uma cobra.

__ Talvez seja melhor mesmo não tê-la presente. Afinal tudo com você se tornam ruim. – disse provocativa, eu sorri mais irônica do que eu podia e mandei-a se foder mentalmente.

Ela saiu do quarto sorrindo, meu peito doeu, meu mundo desabou assim como as lagrimas que se puseram a descer do meus olhos, sentei-me na cama, perdida:

__ E então? – perguntou Frida, encarei-a chorosa e confusa.

__ O que? – perguntei de volta.

__ Vai deixar isso acontecer? – rebateu.

__Frida, você foi a primeira a dizer que era o melhor... – respondi e funguei.

__ É... Mas, lhe vendo dessa forma, revi meus conceitos! – disse se ajoelhando no chão em minha frente, fitei seus olhos que expressavam sinceridade.

__ O que adianta agora?! Eles vão se casar e existe um bebê na historia. – respondi fechando os olhos e tentando acalmar meu peito.

__ Mag, eu vou te dizer somente uma coisa. Não se precisa ser casado para criar um filho, você tira isso por seus próprios pais, ele não precisa casar com ela para assumir esse filho, se ela realmente estiver gravida. Ele só precisa que você esteja ao lado dele! – as palavras dela eram totalmente verdade, só minha cabeça que não aceitava.

***

Eu estava pronta e Frida finalmente também estava, esperamos os meninos chegarem que estavam lindos em seus ternos e suas mascaras negras, eu dei um abraço no Austin e beijei o Jamie, ele me olhou estranho, como se percebesse que não estava nada bem e adentrei seu carro. Logo chegamos à universidade que de fora já se via e ouvia as faíscas de festa, estacionamos e descemos, Jamie entrelaçou nossas mãos e Austin passou seu braço envolta do pescoço de Frida.

__ Está muito linda, Bernard! – sussurrou o loiro em meu ouvido.

__ Digo o mesmo, Suster! – rebati e sem querer um suspiro cansado saiu de mim.

__ Está tudo bem? – ele perguntou, eu assenti e meus olhos fitaram minha amiga, ela bateu o dedo no pulso como se ali houvesse um relógio e eu já sabia oque ela queria dizer.

Adentramos os corredores que por enquanto estavam quietos, a festa estava rolando no ginásio que por enquanto também estava normal, até dá meia noite, os professores vazarem e os alunos tomarem conta da festa. Fomos juntos até a mesa de bebidas e pegamos vodca enquanto observávamos os professores conversando como se estivesse numa reunião, na parede onde havia a cesta de basquete haviam pendurado um relógio, parecia até pirraça.

__ 20h12min... – resmunguei.

__ Oi? – perguntaram Austin e Jamie em coro, eu sorri e neguei com a cabeça.

Quando os dois garotos se afastaram e foram falar com os outros colegas, Frida se aproximou mais ainda de mim e bebericou de sua bebida:

__ Tem certeza do que está fazendo? – perguntou ela, fitei seu rosto que mirava o Jamie.

__ Não... – respondi, ela mirou-me de forma preocupada e suspirou.

__ Por que não esquece tua cabeça e dá atenção ao teu coração?! – perguntou ela.

__ Por que isso pode magoar pessoas... – respondi e beberiquei de minha vodca.

__ Não pode deixar de magoá-las se magoando! – filosofou, fitei a surpresa.

__ E o Jamie? – perguntei.

__ Se ele te ama de verdade... Ele entenderá! – disse ela, eu continuava a encara-la surpresa.

__ Agora para de me olhar desse jeito... São 20h26min! – acrescentou e foi se servir de mais uma bebida, encarei o Jamie que também me fitavam, meus olhos estavam marejados.

__ Eu sei... Pode ir! – ele havia ouvido tudo?! Abraçou-me forte e beijou minha testa.

__ Como sabe? – perguntei.

__ Eu te conheço como ninguém e te amo como ninguém, por isso... Vá! – respondeu sorrindo.

Eu só podia estar sonhando, tudo estava dando certo?!

Sai do ginásio, atravessei os corredores e parei um taxi que passava ali perto, adentrei o mesmo e o indiquei para a igreja que seria o casamento, a mesma igreja que eles iam casar antes de se separarem, eles não deviam ter mudado, eu acho. Começou a chover de uma maneira terrível, no visor do radio marcava 20h48min, um engarrafamento tomou conta do transito, eu já estava desesperada como nunca, eu senti pena do motorista, mas sai do taxi sem paga-lo, corri mais do que eu podia, as gotas de chuva caiam sobre meu corpo pesando meu vestido, parei e arranquei meus sapatos, meus cabelos colavam em meu rosto, avistei a igreja com as portas fechadas, não podia, eu não deixaria ser tarde demais.

Meu corpo pedia por descanso, meus pés afundavam em poças de água, me aproximei mais da porta e pude ouvir a musica matrimonial no fim e logo depois o padre dando sua benção, parei enquanto procurava ar, suspirava forte e ofegante, meu corpo queria desabar, eu ainda estava de mascara, descansei até ouvi o padre:

__ Carrie Bernard Mitchell, você aceita Max Thompson Young como seu legitimo esposo, para honra-lo e respeita-lo agora e na hora de sua morte? – perguntou o Padre.

__ Sim... – respondeu ela com sua voz enjoada.

__ Max Thompson Young, você aceita Carrie Bernard Mitchell como sua legitima esposa, para honra-la e respeita-la agora e na hora de sua morte? – tornou perguntar o padre.

Ouvi minutos de silencio e então eu empurrei a enorme pesada porta da igreja:

__ NÃO... – gritei respondendo por ele, todos me olharam assustados, os olhos de Carrie expressavam raiva, os de minha mãe era uma mistura, era mais decepção, meu pai não sabia se ria ou se me odiava e os de Max?! Brilhavam intensos e ternos!

__ MAGGIE... – gritou Carrie batendo as mãos no vestido, irritada.

__ Oi maninha! – respondi, sorrindo e retirando a mascara.

__ Você está atrapalhando meu casamento, sua peste! – bufou Carrie se aproximando de mim.

__ Nem percebi... Desculpas! – ironizei, ela se aproximou o bastante e se pôs em minha frente.

__ Some daqui, agora! – ordenou em sussurro.

__ Não antes de dizer oque vim fazer aqui! – respondi em sussurro e desviei-me dela.

__ Max Thompson Young... Não importa quantas empresas você lidera, o quanto você consegue ser convencido, chato e mandão, não importa se te conheço somente semanas, meses ou anos, não importa se existe mesmo esse filho ou filha. Eu vim te dizer que nada disso importa para mim, não sabe como foi difícil te deixar aquele dia, dormindo feito um anjo e sorrindo, sorrindo como se estivesse em um perfeito sonho, durante esses dias todos, eu não parei um só seguinte dia de pensar em você e em como eu queria te beijar, te tocar...

__ Como é? – gritou Carrie.

__ Não me interrompa... – ordenei.

__ Max... Não importa se minha irmã está gravida de você ou se minha mãe me expulsará de casa depois disso... Uma amiga me disse que não pode deixar de magoar as pessoas se magoando e ela está certa! Não posso me magoar te perdendo, por que por mais que eu tente negar... Eu te amo, seu mauricinho! – conclui sorrindo, as lagrimas começaram a descer dos meus olhos, ele me fitava surpreso e sorria como se tivesse ganhado um prêmio.

__ Seu mauricinho... Minha desastrada! – disse depois de torturantes segundos, ambos corremos em direção um ao outro e me joguei em seus braços, ele me segurou firme em seu corpo quente, meus braços envolviam seu pescoço e os deles as minhas costas.

__ Eu te amo! – ele disse e selou nossos lábios em um beijo cheio de saudade.


(...) E não há no universo, quem eu ame mais
do que você, Thompson!


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