Irresistível. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 25
Vida de casado.




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P.O.V. Elijah.

Não é tão ruim quanto as pessoas dizem. Renesmee e eu estamos casados a três anos, temos uma casa só nossa e estamos pensando em adotar uma criança.

Ela trabalha de secretária de um executivo importante e ganha muito mais do que eu.

O homem é mesmo bonito. Ele é dono de uma empresa multimilionária.

Nicholas Parker. Dono das Indústrias Parker.

As Indústrias Parker são responsáveis pela fabricação de quase tudo o que existe no mundo moderno desde televisores até equipamentos pro exército.

P.O.V. Nicholas.

Essa minha secretária é um pedaço de mal caminho. Ela é muito gostosa.

—Senhora Renesmee Mikaelson.

Infelizmente ela é casada com um tal Lorde sei lá do que.

—O Senhor me chamou?

—Não.

—Me desculpe. Pensei ter ouvido o senhor me chamar.

Eu apenas sussurrei o nome dela. Como ela pode ter ouvido?

Ela é tão misteriosa. Faz coisas que eu não consigo encontrar uma explicação lógica, um porque.

Ouço ela dar uma risadinha.

—Senhora Mikaelson!

—Ai, não grite. Sim senhor Parker?

—Como faz isso?

—Eu tenho mania de organização. É uma "doença" que me rende muito dinheiro.

—Estou falando de ouvir quando as pessoas sussurram?

—Qualquer pessoa consegue.

—Eu estava na minha sala com a porta trancada!

—Então, admite que tava me chamando?

—Não exatamente.

—Então. Pronto, acabou.

Ela saiu. Ouvi o celular dela tocar.

—Oi Amor, o que aconteceu?

—Esteja pronta pra sair ás sete hoje.

—Porque?

—Vamos ao orfanato conhecer os novos bebês.

—Eu não posso Elijah. De segunda a sexta eu trabalho até as dez.

—Eu posso fazer o seu chefe deixar você sair mais cedo.

—Não pode não.

—Você...

—Sim.

—Porque?

—Você sabe que eu não gosto da ideia de fazer as pessoas de fantoches.

—Ele sabe?

—Óbvio que não. As pessoas normais não sentem o gosto da verbena no café.

Verbena? Será veneno?

—Sábado nós vamos. Relaxa amor, vamos encontrar o nosso bebê.

—Tudo bem. Tenho uma surpresa pra você.

—O que?

—Descubra quando chegar.

Ela desligou o telefone.

—Sei que é errado, mas eu tenho que saber.

Sai, mas ela nem percebeu. Os olhos se moviam de um lado para o outro e então pararam.

—Um cachorrinho! Own, daquele de olho azul.

—O que?

—O que deseja senhor Parker?

—Nada.

—O senhor tem uma reunião com os executivos da Apple daqui a dez minutos.

—Pode me trazer um café?

—Claro. O de sempre?

—Sim.

Ela saiu andando e rebolando. Cara, eu sei que é errado, mas...

—Se continuar olhando pra minha bunda eu volto ai e esmago o seu crânio com minhas próprias mãos.

—Cara, como você faz isso?

—Nunca vai saber.

Ela deu uma risada do mal.

Renesmee me trouxe o meu café, mas ela trouxe café para todos.

—Como sabia que eu gostava de capuccino?

—Eu tenho as minhas fontes.

Quando acabei de resolver os problemas do dia fingi que saí, mas voltei e ela ainda estava lá.

—Finalmente!

A minha secretária tirou os sapatos de bico fino, ligou o rádio bem alto que tocava Love me again do John Newman.

Ela pegou a vassoura e começou a limpar o escritório cantando e dançando, enquanto dançava ela soltou o cabelo.

—I need to know now can you love me again!

Quando acabou ela pegou um cooler azul que estava escondido atrás da parede do meu escritório.

—Humanos burros. Obviedade é tudo.

Fiquei chocado ao vê-la tirar uma bolsa de sangue de lá e beber aquilo com gosto.

Ela fechou os olhos, mas os abriu de repente.

—É muito feio espionar as pessoas senhor Parker.

A garota se materializou na minha frente.

—Tente contar isso pra alguém e eu mato você.

Disse mostrando seus dentes afiados.

—Vampira.

—Híbrida na verdade.

—É metade humana?

—Sou metade bruxa!

Disse ela fazendo as pontas de seus dedos pegarem fogo.

Com um movimento de mão o fogo apagou.

—Te assustei né? Vocês humanos só dominam o mundo porque deixamos vocês pensarem que o fazem.

—O que quer dizer?

—O presidente dos Estados Unidos da América e todos os líderes mundiais, menos a presidente do Brasil são sobrenaturais.

—Uau!

—Pretendemos substituir aquela humana burra logo.

—Como assim?

—Um humano nunca conseguiria fazer a sociedade prosperar. Vocês são egoístas, mesquinhos, cruéis e ignorantes demais pra isso.

—If happy ever afther did exist...

Ela começou a cantar como se nada estivesse errado.

—Você diz isso como se fosse a coisa mais normal do mundo.

—Porque é. Você é que não sabia.

—Você é muito linda.

—Por isso sou a predadora mais perigosa do mundo.

—O que quer dizer?

—Porque tudo o que há em mim é convidativo. A minha aparência, o som da minha voz e até o meu cheiro! Mas é uma camuflagem. Como se eu precisasse de tudo isso.

—Você não pode correr mais que eu!

Num piscar de olhos ela estava no andar de cima.

—Não pode lutar contra mim!

Ela pegou a mesa de mogno maciço e jogou longe.

—Fui feita pra matar. Pra te matar.

—A mim?

—A sua raça inferior.

—Existe uma forma de saber quem é como você?

—Não existe ninguém como eu. Eu sou como nenhuma outra.

—Existem outros vampiros. Você mesma disse.

—Você é surdo? Eu sou metade bruxa! Metade vampira! Sou híbrida!

—E não existem outros?

—Não como eu. Geralmente, vampiros matam bruxas e bruxas matam vampiros.

—Porque?

—Eles estão em lados opostos do tabuleiro. Vampiros são aberrações da natureza, eles perturbam o equilíbrio e as bruxas são servas da natureza e mantém o equilíbrio.

—Entendi. Mas, e na idade média?

—Vocês quase se destruíram. Sem as bruxas para manter o controle a mãe natureza vai morrendo aos poucos e quanto mais a mãe natureza morria mais bruxas vocês queimavam.

—Então, os próprios humanos foram responsáveis pela peste e pela perda das colheitas?

—Muito bom! Agora você começa a entender que não passa de um inseto a ser esmagado em busca da grandeza!

Em segundos o escritório estava limpo e vazio. Mas, ela deixou um bilhete.

—Desligue o rádio, apague a luz e tranque a porta ao sair. P.S. A chave está no balcão da recepção logo a sua frente.


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