Irresistível. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 16
Eu destruiria o mundo por você.




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P.O.V. Elijah.

Soube que o caçador a deixou ir pra casa sozinha e a casa dela fica do outro lado da pequena cidade, atravessando uns 400 hectares de floresta.

Ela não parecia estar com medo, mas parou de repente.

—Sei que tem alguém ai! Apareça desgraçado!

—Foi bem mais educada quando nos conhecemos.

—Claro, eu sabia com quem eu estava. Além do mais, porque está me seguindo?

—Me certificar de que vai chegar bem em casa.

—Isso é muito bonitinho da sua parte. Mas, tente não fazer isso deste jeito.

—Porque?

—Estamos no meio do mato, á noite e eu estava me sentindo vigiada.

—Desculpe-me.

—Sem problemas, só não faça de novo.

Ela começou a esfregar os braços.

—Aqui. Pegue o meu paletó.

—Não precisa. Estamos á meio quilômetro da minha casa e além do mais não quero que fique com frio.

—Eu sou vampiro. Não sinto frio.

—Mesmo assim.

—Tchau Elijah, obrigado pela preocupação.

Renesmee ficou na ponta dos pés e me deu um beijo na bochecha.

—Notei que você não gosta muito de salto.

—Gosto, mas não dá pra usar salto em Forks.

—Porque?

—Aqui só tem mato, floresta, chuva e neve. E o gelo é inimigo dos descoordenados como diria minha mãe.

—Você não é descoordenada.

Foi só eu fechar a boca e ela tropeçou num galho e caiu de bunda no chão.

—Você estava dizendo?

—Se feriu?

—Não. Precisa mais que isso pra eu me ferir.

Estávamos no maior papo quando ela grita:

—Cuidado Elijah!

Ela me empurrou e o tiro pegou na barriga dela.

—Ai! Isso dói!

O rapaz veio socorrê-la.

—Desculpa moça. O cervo veio pra esse lado e...

—Alguém tire a porcaria da bala!

Tirei a bala e a ferida fechou.

—Da próxima vez, vai caçar de dia imbecil!

Eu quebrei o pescoço daquele humano infeliz.

—Meu Deus Elijah! Matou o cara!

—Ele mereceu.

—Porque?

—Atirou em você.

—Foi um acidente!

—Você não entende não é? Eu destruiria o mundo por você.

Fiquei frente a frente com ela e a beijei. Apesar de eu sentir que ela estava com medo ela retribuiu.

—Tá bem. Agora, por favor me leve pra casa.

—Vamos.

Quando chegamos á porta da casa dela a senhora Cullen a abriu e fez uma cara de confusão.

—Pensei que fosse sair com o Sam.

—Eu sai com o Sam. Mas, Elijah e eu nos encontramos no caminho.

—Então tá. Entrem, tá muito frio ai fora.

—Gente! Olha o que eu achei no porão?

—Devolve lá. Vamos fingir que nunca achamos isso.

—Ah, qual é Nessinha. É só um jogo.

—Me dá.

—Me dá agora!

Aquele negócio flutuou até as mãos dela e ela foi até a cozinha. Quando voltou estava carregando um pacote de sal, um esqueiro, uma pá e o tabuleiro.

—O que vai fazer?

Vi Renesmee se embrenhar naquela floresta escura e segundos depois alguma coisa explodiu.

—Minha filha!

Ao chegarmos encontramos-na encarando as chamas azuladas e rezando.

—Ave maria, cheia de graça o senhor é convosco.

Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus.

Santa Maria mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte.

Amém.

—Querida?

—O que?

—O que foi isso?

—Queimei o corpo do cara que o Elijah assassinou e o tabuleiro ouija.

—Você matou uma pessoa? No nosso território rapaz?!

—Ele atirou na sua filha.

—Ah, então tudo bem.

Ela se virou fazendo uma cara de indignação e saindo.

—Deus me defenda! Eu pensei que fosse contra matar pessoas inocentes!

—Mas ele não era inocente.

—Era! Foi um acidente.

—Bom, se foi assim...

—Vão pra puta que pariu vocês! Bando de gente maluca e indecisa!

—Onde está indo?

—Vou dormir na casa da Megan.

—O que?! A menina é um demônio!

—Isso é grosseria senhor Cullen.

—A Megan é mesmo um demônio. Daqueles de olhos azuis.

—Tá me dizendo que ela vai dormir na casa de uma entidade maligna que se alimenta de almas?!

Quando finalmente paramos de discutir ela já tinha ido embora.

—Droga!

—Relaxe. Ela vai estar segura com a Megan.

—Se a garota é um demônio eu duvido.

—A Megan é dividida.

—O que?

—Os híbridos de demônio e qualquer outra coisa são chamados de divididos.

—Essa garota é como meu irmão então.

—Não a compare com ele. A Megan é tudo o que aquele ser nunca será.

—Aquele ser é meu irmão.

—Problema seu. Mas, a Megan salvou a vida da minha filha inúmeras vezes e o seu irmão tentou assassiná-la.

Um demônio que salva pessoas. Interessante.

Jamais pensei que fosse possível se quer a existência de um demônio, muito menos de um que salva vidas.

Parece que o mundo é um lugar mais misterioso do que eu pensava. E apesar de já ter mil anos eu descubro uma coisa nova todos os dias. 

O aprendizado nunca acaba e como diz minha mãe:

—O conhecimento não ocupa espaço.


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