Memory of the Future escrita por chrissie lowe


Capítulo 7
The Return




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A TARDIS acabara de se materializar. Logo depois, o Doutor abriu a porta e se deparou com a destruição que Claire tanto mencionava. Tudo ali era cinza e sem vida, muito diferente da Londres da qual eles haviam acabado de sair.

– Em que dia estamos? – Perguntou Claire saindo da TARDIS.

– Cinco de setembro de 2506. – Respondeu ele.

– Cinco de setembro? Mas são... Dois dias depois do ataque. – Respondeu ela contando nos dedos. – Eles devem estar no esconderijo, eu espero.

Então ela correu em direção aos escombros no qual o esconderijo se localizava, e o Doutor correu atrás dela, tirando a chave de fenda sônica do bolso para caso fosse necessária. Pouco tempo depois ela parou e começou a retirar pedras e mais pedras com os pés, procurando por alguma coisa que o Doutor não sabia o que era.

– O que está fazendo? – Perguntou ele.

– Achei! – Disse ela se abaixando e retirando mais pedras e poeira com as mãos.

Ignorando a pergunta do Doutor, ela simplesmente se agachou e bateu no que parecia apenas uma tábua. E, para a surpresa deste, uma voz veio de dentro dela.

– Como está o tempo?

– Bom o bastante para deixar a jaqueta em casa. – Disse ela ríspida.

Uma janelinha bruscamente se abriu, deixando o Doutor ainda mais surpreso, mas ela logo se fechou tão bruscamente quanto antes.

– Pai, eu sei que é você! Abra esta porta! – Exigiu ela.

Os dois ficaram ali parados esperando que algo acontecesse, mas nada.

– Pai! Pai! – Exclamava ela pisoteando a porta insistentemente.

A porta finalmente se abrira, revelando um senhor de cabelos castanhos levemente grisalhos e um par de olhos verdes que se encontrava furioso no momento.

– O que está fazendo aqui? Como conseguiu voltar? E quem é esse aí? – Perguntou ele apontando uma arma para o Doutor.

– Calma, eu sou o Doutor... John Smith. – Disse ele mostrando um pedaço de papel.

George analisou o pedaço de papel, e mais ou menos convencido com que lia, abaixou sua arma e abriu a porta.

– O que é isso? – Perguntou Claire.

– Papel psíquico. Mostra aquilo o que eu quero que os outros vejam. – Disse ele sorrindo e mostrando o papel em branco para Claire, que apenas tomou-o de suas mãos, fitando-o incrédula.

– Mas como isso é possível? – Perguntava ela virando e revirando o papel.

O Doutor pegou o papel de volta e, em seguida, os dois desceram as escadas de pedra logo atrás de George. O lugar tinha apenas um cômodo, e lá havia dez jovens, todos observando enquanto os três desciam as escadas, alguns em silêncio, outros sussurrando entre si.

Claire e o Doutor pararam bem no meio da sala, com todos em volta os fitando sem acreditar no que viam. Claire quebrou o silêncio.

– Oi pessoal.

Ninguém respondeu.

– Bom, esse é o Doutor... Smith. – Continuou ela apontando para ele.

– Como foi que conseguiu voltar? – Perguntou Geoffrey ainda desconfiado. – George disse que havia funcionado.

– Ele pode viajar no tempo. Nós nos encontramos a quinhentos anos atrás. – Disse ela lançando um olhar zangado para o pai.

– E era lá que deveria ter ficado. – Interrompeu George. – Fiz aquilo para te proteger, Claire, não era para ter voltado!

– Como eu poderia simplesmente abandonar todos vocês aqui? Não, pai, eu não sou mais uma criança, eu sei lutar! Eu quero lutar! – Bradava ela. – E ele pode nos ajudar, pai. O Doutor já enfrentou os Daleks antes e já os derrotou!

Todos lançaram o olhar para o Doutor, impressionados. Eles nunca haviam ouvido falar de alguém que pudesse ter derrotado os Daleks antes.

O Doutor viu o tom de esperança nos olhos deles e não ficara muito satisfeito com isso. Ele apenas puxou Claire para o canto da sala e disse:

– Claire, eu não posso fazer isso.

– O quê? Por que não? – Perguntou ela desapontada.

– Coisas aconteceram e... Não sei se posso fazer isso.

– Como não? Não disse que já os derrotou antes?

– Sim, mas... Eu perdi muitas coisas. – Respondeu ele com Rose vindo diretamente em sua mente.

– E o que vai fazer? Apenas ir embora e fingir que não viu nada disso? Disse que ia me ajudar, Doutor!

– Disse que ia te ajudar a voltar para casa e não a enfrentar um exército de Daleks! Além disso, de que adianta derrotar os Daleks daqui se eles estão espalhados pelo mundo todo?

– Nós temos contato com os rebeldes de outros países, podemos pedir para que colaborem conosco. – Respondeu ela. – Mas, por favor, Doutor, ajude-nos! – Implorava ela.

Os outros apenas observavam os dois discutindo no canto da sala, sem saber se interviam ou não. Mas, no fundo, todos esperavam que Claire pudesse convencer aquele estranho homem a ajudá-los.

– Claire, eu não posso! Já prometi a mim mesmo que não iria interferir em mais nada. Já perdi muitas coisas e... Pessoas com quem eu me importava.

– Minha nossa, eu... Eu sinto muito. Não sabia dessa parte. – Disse ela mudando sua expressão de indignação para o de compreensão. – O que pretende fazer então?

Ele a fitou indeciso. Havia um lado dentro dele que simplesmente não podia dizer não. Aquele lado que o dizia insistentemente que ele não podia ir embora sem ajudar. Entretanto, havia outro lado que queria enfrentar os Daleks cara a cara. Que queria destruí-los por fazê-lo perder tantas pessoas, tantos momentos. Aquele seu lado fervilhava em ódio, e sinceramente, era o mais difícil de conter, e por isso era melhor que ele simplesmente partisse.

– Eu sinto muito, Claire. Eu sinto muito mesmo, mas não posso fazer isso.

– Tudo bem. – Respondeu ela cabisbaixa. – Afinal, quem sou eu para te forçar a qualquer coisa. E ainda por cima acabamos de nos conhecer. Bom, não sei se quinhentos anos é pouco pra você, mas... – Disse ela soltando uma risada sem graça.

– Eu sinto muito. – Era tudo o que ele conseguia dizer.

– Não sinta. Olha, obrigada por me trazer de volta de qualquer forma. Vamos, eu te acompanho até a sua nave.

Claire olhou para seus colegas e todos olharam de volta, desapontados. Ela então se virou em direção à porta para acompanhar o Doutor, mas logo que subiu as escadas percebeu que havia algo errado, então se virou novamente em direção aos colegas e percebeu o que era.

–O-onde está... Onde está Eddie? – Perguntou ela preocupada.

Todos desviaram o olhar, pois não queriam ser responsáveis por qualquer reação que Claire tivesse caso contassem a verdade.

– Vou perguntar mais uma vez. – Disse Claire ao perceber que os amigos a evitavam. – Onde está Eddie?

Não houve resposta novamente. Claire se esforçava para conter seu desespero, mas era cada vez mais difícil disfarçar o rosto cada vez mais vermelho e o coração batendo cada vez mais depressa.

– Pai, cadê o Eddie? – Perguntou ela mais uma vez, descendo as escadas e voltando para o centro da sala.

– Filha, agora não é o momen...

– ONDE ESTÁ EDWARD, PAI? – Perguntou ela sem conseguir se conter.


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