Memory of the Future escrita por chrissie lowe


Capítulo 24
The New Day


Notas iniciais do capítulo

Oláaa! Sejam todos bem vindos ao ÚLTIMO capítulo de Memory of the Future! Obrigada a todos que acompanharam, favoritaram e comentaram a fic, vocês são demais! Espero vê-los futuramente em próximas fics (caso eu tenha ideia pra uma nova fic hue). Obrigada mais uma vez e tenham todos uma boa leitura!



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Claire abriu os olhos. Tudo estava quieto. A TARDIS finalmente pousara. Ela olhou em volta e viu seus colegas, exaustos e atordoados com o que acabara de acontecer.

Em seguida, ela olhou para o Doutor, que estava apoiado no console, tão exausto quanto os outros. Ele se virou e viu os olhos da garota de encontro ao dele e, sem dizer nada, apenas assentiu com a cabeça. Tudo estava bem.

A garota se levantou rapidamente e abriu a porta da TARDIS. O sol brilhava intensamente e seus raios refletiam nas folhas das árvores e dos arbustos próximos à nave. Ela olhou para frente e viu a casa de Spencer. Lentamente, ela andou em direção ao pequeno portão que cercava o sobrado. Não haviam muitas casas em tão bom estado quanto a de Spencer por aí, principalmente no centro, onde os Daleks atacavam com maior frequência. A maioria das pessoas viviam em meio a ruínas ou alojamentos subterrâneos, pois não tinham condições de levantar edifícios ou mesmo casas de pequeno porte. Além disso, todos acreditavam que seria perda de tempo e esforço fazê-lo, já que a probabilidade dos Daleks destruírem as construções era muito alta.

Mas agora eles poderiam construir o que bem quisessem.

Lembrou-se de seu pai. Ainda era difícil acreditar em como as coisas se desenrolaram no final das contas. Um lado seu sentia rancor por ele e por tudo o que fizera. No entanto, outro lado ainda o amava e sentia-se triste com sua perda, pois ela entendia, em partes, o cansaço e a dor que o levara a fazer o que fez. Ela lembrou-se de todas as vezes em que ele lhe contava os planos para o futuro, de como ergueria uma casa grande e espaçosa para ela e os irmãos brincarem até não poderem mais e tirá-los daquela toca minúscula em que viviam. Lembrou-se das histórias sobre tudo o que fazia para resistir ao domínio Dalek quando jovem e dos sonhos que nutria por um futuro livre de Daleks e também lembrou-se da dor e do choque que fora perder sua mãe e Matthew. A garota nunca tinha visto seu pai tão abalado quanto no dia em que os dois foram levados pelos Daleks. Ela sentiu uma lágrima cair de seu olho esquerdo. Apesar de estarem livres de seus inimigos, George não estaria aqui para concretizar todos os seus sonhos.

A porta do sobrado se abriu e Spencer surgiu do lado de dentro. Seus olhos brilharam ao ver a irmã bem em sua frente. Claire estava ferida e esgotada e lágrimas caíam pelo seu rosto suado e cansado. Mas, mesmo assim, ela sorriu ao ver o irmão. Sem dizer nada, fez o mesmo gesto que o Doutor lhe fizera na TARDIS para indicar que tudo estava bem.

– Quer dizer que...

Ela apenas assentiu com a cabeça novamente. Spencer parecia não acreditar naquilo tudo. Uma onda de comoção invadiu-lhe a alma. A Resistência havia vencido os Daleks. Eles finalmente estavam livres.

Robert saiu logo depois e, ao ver a alegria no rosto de Spencer, olhou para Claire e entendeu o que acontecera. Um enorme sorriso apareceu em seu rosto, que se iluminou ao se dar conta de que aquele pesadelo havia terminado.

Os rebeldes foram saindo da TARDIS aos poucos. Alguns carregavam os colegas nos ombros. Eles pareciam estranhar os raios de sol que batiam em seus rostos e a terra sujando as suas pesadas botas. Não estavam acostumados com aquele cenário tão rústico. Suas feições eram sérias. Estavam feridos e cansados demais, além de tristes pela perda de alguns de seus colegas, para comemorar. Além disso, tudo havia acontecido de forma tão extraordinária, que alguns deles não tinham tanta certeza se haviam, de fato, ganho aquela batalha.

Eddie saiu pouco tempo depois e parou poucos metros na frente da porta. Claire olhava para ele com um sorriso no rosto. “O sorriso mais bonito do mundo”, pensava o rapaz. Ele não se conteve e correu na direção de Claire. Ele fitou os grandes olhos castanhos da garota e pôde enxergar a felicidade da amada. Ele mesmo ainda não conseguia crer que os Daleks não estavam mais ali. Não conseguia acreditar que não estavam mais sob o jugo de tais criaturas.

Agora não havia mais nada que impedisse os dois de ficarem juntos.

Os dois, sentindo a felicidade e a comoção do outro, simplesmente sorriram e se beijaram. Um beijo. Um beijo intenso e apaixonado, repleto de emoção. Um beijo diferente de todos os que eles haviam experimentado antes. Não era um beijo hesitante como os anteriores, pois não havia mais medo e nem incertezas dentro de seus corações. Havia somente o amor e a alegria de terem finalmente se libertado do Império Dalek e serem livres para ficarem juntos o tempo que quisessem.

A pele dos dois se arrepiara e os pelos eriçaram. Seus corações pulsavam e parecia que o tempo deixara de correr. Lágrimas rolavam dos olhos de Claire. Não haviam palavras para descrever aquele momento, mas ela nunca se sentira tão feliz antes.

– Eddie, eu...

– Eu sei. Nunca estive tão feliz em toda a minha vida. – Disse ele.

Ela sorriu e o beijou mais uma vez.

O Doutor, parado na porta da TARDIS, olhava o casal a poucos metros de distância. Ele sorria vendo a paixão dos dois, entretanto, não podia deixar de se sentir triste por ele mesmo. Ele bem que poderia estar em algum lugar, talvez Midnight, observando as cascatas de safira ou jantando em um dos belíssimos restaurantes antigravitacionais junto dela, Rose Tyler. Na verdade, o lugar não importava. Tudo o que ele queria era estar perto dela e ter a chance de beijá-la tanto quanto Claire e Eddie e de levá-la para os mais incríveis planetas e constelações que ele conhecia.

Mas isso era impossível.

O sorriso sumira do rosto do Doutor e agora restavam-lhe apenas as tristes lembranças da humana de cabelos loiros e olhos verdes-escuros, que se encontrava presa no mundo de Pete Tyler.

Sem querer estragar a alegria dos jovens, ele decidiu que o melhor a fazer era partir. Estava prestes a entrar na TARDIS, quando ouviu Claire lhe chamar.

– Espere! Não está indo embora, está?

– Bom, na verdade, eu... – Hesitou ele ao ser flagrado pela garota.

– Por que não fica conosco?

– Sabe que não posso ficar. Como você mesma disse, o Universo precisa de mim.

– Sei disso. Não foi o que quis dizer. Olha, todos estão um tanto atordoados por causa da batalha, mas tenho certeza que daqui a algumas horas estarão comemorando a vitória contra os Daleks. Você bem que podia ficar e celebrar junto com a gente.

– Não sei se devo.

– Por favor, Doutor, estou lhe pedindo. Afinal, nada disso teria acontecido se não fosse você. – Disse ela dando um leve empurrão nele.

O Doutor sorriu para ela. Em seguida, olhou-a nos olhos e os fitou por alguns segundos. Ela, como se descobrisse algo surpreendente, sorriu de volta para ele.

– Ei! Está olhando para mim. – Disse ela.

– Sim, parece que estou. – Respondeu ele.

– Não! Quero dizer, está realmente olhando para mim. – Disse ela sem tirar o sorriso do rosto e com um olhar emocionado. – Obrigada.

– Não... não há de quê. – Respondeu ele um tanto sem-graça.

– Mas... me prometa uma coisa. – Disse ela.

– O que quiser.

– Não desista de Rose. – Respondeu ela enfim. – Sei que é impossível cruzar dimensões paralelas, quer dizer, não entendo muito dessas coisas, mas... se formos parar para pensar, tirar os Daleks do poder parecia impossível para nós até então. – Acrescentou ela rindo ainda incrédula.

Nisso, os dois se abraçaram. O Doutor jamais se esqueceria da graça e da bondade de Claire, nem de todo o apoio que ela lhe dera, assim como ela jamais se esqueceria do excêntrico Senhor do Tempo que tanto fez por ela, mesmo sem conhecê-la. Os dois levariam um ao outro em seus corações para sempre.

– O que vai fazer agora? – Perguntou Claire.

– Continuar de onde parei. – Sugeriu ele. – Vagar pelo Universo, viajar entre as estrelas, conhecer novos planetas... fazer o que sempre faço.

– Parece maravilhoso. – Disse ela.

– Quem sabe você pudesse... talvez... você sabe.

Claire olhou em volta, pensando na proposta que o Doutor acabara de fazer, ou pelo menos tentara fazer. Por um momento, ela considerou a possibilidade de deixar a vida de rebelde para trás e correr entre as estrelas, conhecer outras formas de vida mais amigáveis que os Daleks, visitar planetas distantes, viver novas aventuras...

No entanto, ela sabia que não poderia aceitar tal oferta, por mais tentadora que fosse.

– O Universo precisa do Doutor. E a Terra precisa de mim. – Disse ela lentamente. – Faz tempo que um humano não governa esse lugar. Não sei como as coisas serão daqui pra frente e gostaria de estar aqui para ver.

– Por que você mesma não descobre? Como disse, a Terra precisa de você. – Disse ele sorrindo para ela.

– Acha que eu seria uma boa governante? – Perguntou.

– Por que não seria?

– Não sei se tenho o ímpeto necessário para isso.

– Bom, então tenho certeza de que será uma boa governante. – Disse ele.

– Por que diz isso? – Perguntou ela sem entender.

– Porque significa que dará o seu melhor para que tudo dê certo. E se isso não é ser uma boa governante, eu não sei o que é.

– Obrigada. – Disse ela abraçando-o novamente.

– Claire, venha cá! Temos muito o que comemorar! – Chamou Spencer alegremente e parado na porta de casa. – Chame o Doutor também! Estamos cuidando dos mais feridos, mas alguns aqui já estão querendo celebrar! – Completou ele rindo.

Claire olhou para o Doutor e lhe lançou um sorriso zombeteiro.

– Então, Doutor. O que me diz? Fique conosco mais um pouco, nem que seja por algumas horinhas, por favor! Afinal, você merece tanto quanto nós. Você merece ficar feliz pelo menos por algumas horas e nada do que diga vai me convencer do contrário.

Ele olhou para ela mais uma vez. Não seria uma má ideia ficar e comemorar a vitória dos rebeldes.

Claire estendeu sua mão para o Doutor. Ele sorriu e a pegou delicadamente. O Universo podia esperar mais um pouco. E assim, juntos, os dois andaram em direção à casa de Spencer, com os raios alaranjados de sol refletindo em suas vestes e em seus cabelos. O pesadelo terminara, e agora todos poderiam sonhar novamente. Poderiam sonhar com um futuro melhor. Eles poderiam recomeçar.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Pra ser sincera eu esperava que fosse algo mais, sei lá, impactante uehuehuehue, mas achei que ficou legal terminar assim. Espero que tenham gostado. Comentários são sempre bem vindos! Ah, e não deixem de conferir o epílogo que estarei postando em breve hehehe. Beijinhosss ♥



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