Memory of the Future escrita por chrissie lowe


Capítulo 21
The Resistance


Notas iniciais do capítulo

Oláaa! Como vão vocês? Desculpem pela demora, fui viajar e onde eu fui não tinha internet, por isso nem levei o note comigo, mas aqui estamos com mais um capítulo fresquinho para vocês hehehehe. Esse capítulo é ~um pouco~ mais longo do que o usual, mas já estamos na reta final da história, por isso há mais cenas de ação hohoho. Espero que gostem e tenham uma boa leitura!



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– Como... como PÔDE? – Questionou ela indignada.

Como um clarão em sua mente, Claire se deu conta da verdade. A razão dos Daleks descobrirem sobre a existência do grupo, de terem localizado o novo esconderijo dos amigos... era tudo por causa de George. Ele era o traidor.

Seu coração doía. Dentre todos de seu grupo, ele era a última pessoa da qual ela desconfiaria. Seu pai sempre fora extremamente fiel à causa, sempre se dedicou a acabar com o domínio dos Daleks, mas agora se unia a eles? Parte dela não queria acreditar nisso.

– Fiz isso para o bem de todos. Para o SEU bem. – Disse ele.

– Para o nosso bem?! Mas como isso pode ser bom para alguém? Eu confiei em você! Seu... seu MONSTRO! – Esbravejava ela tentando não cair em lágrimas.

O Doutor olhava de forma indiferente para o pai de Claire. Ele sabia que haviam segundas intenções em George desde a primeira vez em que o vira. Aquilo era apenas suas suspeitas se confirmando.

No entanto, ele sentia-se mal pela decepção de Claire.

Os colegas de Claire olhavam de forma compreensiva para a garota, extremamente magoada em saber que o pai era o informante dos Daleks. Eles sabiam que ela não seria capaz de entregá-los e, assim como o Doutor, sentiam-se mal ao vê-la abalada daquele jeito.

Os outros rebeldes assistiam àquela cena consternados. Eles conheciam a reputação de George e o respeitavam por isso. Eles também tinham um líder em quem confiar em um passado não tão distante. Todavia, todos eles haviam caído, restando apenas aquele pequeno grupo de jovens, novos demais para liderarem a Resistência com a mesma força que antes. Para aqueles jovens, George Brooksfield era a razão pelo qual eles continuavam em pé. O que acontecia naquele momento era simplesmente inacreditável.

– Como pôde? – Perguntava ela. – Isso não é justo. Não depois de tudo o que pa...

– SILÊNCIO, REBELDE! – Interrompeu o Dalek Supremo. – George Brooksfield, líder da Resistência inglesa, concordou de bom grado em nos dar informações preciosas sobre sua existência e localização. Porém, para que uma negociação aconteça, os dois lados precisam sair ganhando. Por isso, oferecemos algo que ele jamais poderia recusar.

– O que é? Hein? O que há de tão importante a ponto de valer a pena nos entregar para essa escória?! – Perguntava ela furiosa.

– CUIDADO COM AS SUAS PALAVRAS, HUMANA! – Rugiu o Dalek Supremo. – Oferecemos algo que ele, e nem você, poderiam recusar.

Nisso, dois hologramas surgiram lentamente na frente de Claire. Seus olhos se arregalaram quando os hologramas assumiram a forma de Matthew e sua mãe.

– O que é isso? – Perguntou ela assustada.

– O nosso acordo. Renda-se, juntamente com o Doutor, e em troca, libertaremos seus amigos e traremos sua família de volta.

Ela olhou para os hologramas em sua frente. Lágrimas rolavam em seu rosto. Matthew, com os cabelos castanhos esvoaçando, sorria para ela e a olhava com o mesmo olhar zombeteiro que ele lhe lançava desde que os dois eram crianças. Ela se recorda de como os dois gostavam de brincar de lutas, sendo ele um Dalek e ela a humana que resistia e lutava em prol da liberdade ou vice e versa.

Logo ao lado, sua mãe também a olhava, com o olhar doce que somente ela era capaz de ter, mesmo com tantas guerras e destruição em sua volta. Amanda Brooksfield tinha os mesmos cabelos loiros e os grandes olhos castanhos de Claire e, para a moça, era a mulher mais gentil e solidária que poderia existir. A garota se recorda dos momentos em que o medo estava prestes a lhe dominar, mas que isso não acontecia, pois sempre tinha o apoio e o carinho da mãe. Ela sentia falta dos abraços quentes de Amanda, de suas palavras de conforto e motivação. A ferida em seu coração causada pela morte desta ainda não se cicatrizara, e jamais cicatrizaria.

O Doutor olhava para Claire, perplexo com o golpe sujo dos inimigos. Ele não encontrava palavras para expressar sua comoção diante da garota, cujas lágrimas caíam violentamente. Entretanto, ele não podia permitir que ela cometesse o mesmo erro de seu pai. Daleks eram insensíveis ao amor. Não entendiam o conceito e muito menos a profundidade desse sentimento capaz de mover o mais frio dos humanos.

Além disso, ninguém é capaz de voltar do mundo dos mortos.

– Filha, ouça o que ele tem a dizer. Não entende? Poderemos recomeçar. Eu, você, sua mãe e seus irmãos. – Dizia George do alto da plataforma. – Admita. Não há mais o que fazer. Não há como derrubá-los. Por que continuar com isso?

– Renda-se a nós, rebelde. – Insistiu o Dalek Supremo. – Entregue a Resistência ao Império Dalek e poderá ter a vida que sempre sonhou, longe de problemas e junto de sua família.

– Claire, não dê ouvidos a eles! – Alertou o Doutor.

– Eles... não podem fazer isso, certo? – Perguntou a garota em meio às lágrimas. – Não podem trazê-los de volta, não é?

– Não. – Afirmou ele. – Ninguém pode. Não se deve interferir na natureza das coisas, Claire. Sinto muito pelo seu irmão e pela sua mãe, mas eles devem permanecer onde estão.

Claire fechou os olhos. Um lado dela sentia-se compelida a se entregar e acabar com aquilo de uma vez por todas. Ela nem sabia se o plano de Eddie iria funcionar mesmo. Afinal, era um plano absurdo. Mas, por outro lado, estava magoada com seu pai, e sabia que Spencer jamais o perdoaria por ter traído a causa, logo, seria impossível ter sua família reunida. Além disso, ela não queria jogar todo o seu esforço em vão. Não queria que a causa da Resistência perdesse o seu valor.

Então ela abriu os olhos, olhou para o Doutor e segurou em sua mão. Estava determinada a pôr um fim nisso tudo.

– Meu pai pode ter sucumbido a vocês. – Disse ela lentamente. – Mas eu não sou o meu pai. Sou Claire e me recuso a ajoelhar-me perante a escória Dalek. Eu... eu RESISTO! – Gritou ela tirando sua pistola do bolso e erguendo-a no ar.

Os rebeldes urraram e ergueram suas armas em resposta à garota. O Doutor, orgulhoso de sua atitude, ergueu o braço juntamente com Claire, mostrando o seu apoio.

George olhou desapontado para Claire, pois sabia que as chances dela sair dali viva eram quase inexistentes.

– Então fez a sua escolha. Muito bem. – Disse o Dalek Supremo. – Súditos, exterminem os rebeldes DE UMA VEZ POR TODAS! – Bradou ele.

A tropa Dalek, então, voltou a gritar e a atirar para todos os lados, assim como os rebeldes. Nada impediria os dois lados de se matarem.

Claire tirou outra pistola do bolso e começou a atirar nos Daleks próximos a ela. Suas pistolas não eram muito grandes, mas eram potentes o suficiente para derrubar três dos cinco Daleks que acompanhavam o Dalek Supremo.

O Doutor usava a chave de fenda sônica para desnortear os inimigos. Ele não aprovava o uso de armas letais e ver Claire atirando com aquele ar de frieza nos olhos o deixava um tanto desconfortável.

Os colegas de Claire estavam prestes a serem carregados de volta para as celas, quando o Doutor usou a chave de fenda sônica para soltar as correntes que os prendiam. Livres, os jovens rapidamente escaparam dos Daleks e pularam da plataforma, (não antes de Geoffrey meter um soco em George, que caiu no chão, inconsciente) caindo bem diante dos pés do Doutor e de Claire.

– O que faremos agora? – Perguntou Ashleigh levantando-se com dificuldade.

– Estão muito debilitados para lutar. É melhor que fiquem na TARDIS. – Disse Claire.

– Na o quê? – Perguntou Josh sem entender.

– Na nave do Doutor. – Explicou ela. – Vamos! Os outros podem nos dar cobertura.

Então ela empurrou os amigos em direção à TARDIS, desviando-se do fogo cruzado e atirando nos Daleks que se aproximavam. A nave encontrava-se parada no centro do salão principal, onde os rebeldes e os Daleks ainda batalhavam, mas seu escudo estava ativado, logo, era imune aos tiros vindos de ambos os lados.

– Mas, Claire, não podemos ficar apenas sentados sem fazer nada! – Exclamou Geoffrey indignado.

– Mas olhem para vocês! Estão machucados e enfraquecidos! Já perdemos alguns colegas, não quero perder outros! – Exclamou ela.

– Geoffrey, entendo que esteja louco de vontade de lutar junto com os outros, mas, pelo menos uma vez, escute o que Claire tem a dizer. – Pediu Emma.

– Ela está certa. Não estamos em condições de lutar. – Concordou Josh.

Os outros assentiram com a cabeça. Geoffrey, sem outra alternativa, concordou em ficar na TARDIS.

– Vocês voltaram! – Exclamou Eddie ao ver os amigos.

Os jovens olhavam abismados para a sala de controle da nave. Como isso era possível? Aquilo era apenas uma cabine policial! Eles adentravam a TARDIS com receio de que tudo fosse apenas uma ilusão.

– Mas... mas... como...

– Sim, essa reação é bem comum de acontecer. Mas, não se preocupem, tem espaço para todos descansarem e cuidarem dos ferimentos. – Disse Claire.

– O que vai acontecer agora? – Perguntou Beth.

– Voltarei para ajudar o Doutor. Eddie ativará o dispositivo junto com Saori e Kaori. Podem ficar tranquilos, a TARDIS está com o escudo ativado, por isso, os efeitos gravitacionais da Fenda não os afetarão. Mas preparem-se, pois assim que ativarmos o aparelho, traremos os outros rebeldes para cá. Alguns deles estão muito feridos e precisarão de cuidados.

Os jovens assentiram com a cabeça. Claire deu uma última olhada nos amigos, pegou uma das armas que se encontrava na TARDIS e aproximou-se de Eddie.

– Está na hora.

E deu um beijo em seu rosto. Eddie sorriu e carregou o dispositivo para fora da nave, enquanto as gêmeas carregavam os discos refletores. Eles sabiam que haveria somente uma chance para o plano dar certo e eles não podiam hesitar ou vacilar.

As gêmeas correram para lados opostos do salão e se posicionaram com os discos refletores. Seus companheiros de Resistência davam cobertura às colegas, destruindo os Daleks que tentavam se aproximar.

Eddie pegou o console e ativou o dispositivo. Um grande raio surgiu no meio do salão, atravessando o aposento e chocando-se na plataforma na qual o Dalek Supremo e George se encontravam. O impacto do raio fez com que os dois caíssem no andar de baixo, onde a luta acontecia. Em seguida, o raio se dividiu em dois, indo direto para os discos que Saori e Kaori seguravam.

– Aguente firme, “onee-chan”! – Exclamou Saori, que tinha o costume de chamar a irmã assim, apesar de serem gêmeas, pois tecnicamente era seis minutos mais nova do que Kaori.

– Nós vamos conseguir! – Exclamou Kaori com dificuldade de manter-se de pé, devido à força do raio.

As duas vertentes do raio uniam-se no centro da sala, sendo que sua força se concentrava ali bem no meio do aposento. Todos observavam, atônitos, o ponto de luz que se formava e que aumentava progressivamente, até que tomou a forma de um buraco.

O chão começou a tremer. Alguns dos Daleks sobreviventes, sem entender o que acontecia, corriam desvairadamente em busca de um lugar seguro. Outros, no entanto, tentavam destruir o raio que se formava, todavia, eram atirados para o ar assim que encostavam no mesmo. Os rebeldes permaneciam imóveis no lugar onde estavam, porém, temiam o que poderia acontecer.

– O que estão fazendo? – Perguntou o Dalek Supremo. – O que PRETENDEM FAZER?

O Doutor não respondeu. Apenas fitou o Dalek Supremo, sacou sua chave de fenda sônica e apontou para os Daleks ao lado deste, que ficaram desorientados e começaram a guinchar e a rodopiar incontrolavelmente. O Dalek Supremo soltou um urro de raiva e avançou para cima do Doutor. Este, habilmente desviou-se do inimigo e correu em disparada para a TARDIS.

Eddie, ainda dentro dos limites do escudo da TARDIS, segurava o console do dispositivo com dificuldade e sentiu-se aliviado ao avistar o Doutor, mesmo que este quase o tenha atropelado.

– Vamos, deixa eu te ajudar. – Disse o Doutor pegando o console das mãos do rapaz.

Então, o Doutor deu um passo para frente, saindo da área protegida pela TARDIS. O Dalek Supremo, furioso por ter deixado o Doutor escapar, avançava novamente em sua direção. As antenas em sua cabeça piscavam lentamente e seu olhar era de fúria e até beirava à insanidade. Ele não permitiria que o Doutor e seus amigos derrotassem o seu glorioso império. No entanto, ele tinha mais um plano em mente.

– Vamos, Doutor! Faça o que tem que fazer! – Exclamou o Dalek. – Continue com isso e nos destrua, assim como destruiu meus semelhantes. Vamos! Seja o assassino que sempre foi!

O Doutor se tornara tenso. Por um momento, suas mãos hesitaram e ele passou a questionar novamente se isso era o certo a fazer. Mas... não havia outra escolha, havia? Ele olhava para o console e para a Fenda que se formava lentamente no centro do salão. O futuro da humanidade dependia dele. Tinha que tomar uma decisão

Claire, vendo o confronto entre o Doutor e o Dalek, olhava tensa para os dois. Era visível que o Doutor fora afetado por algo que o Dalek dissera. Ela via as mãos dele prestes a vacilarem, quando gritou:

– NÃO DÊ OUVIDOS À ELE, DOUTOR! É A ÚNICA CHANCE QUE TEMOS!

O Doutor olhou para Claire. No entanto, antes que pudesse tomar uma decisão, o Dalek Supremo atirou no console. O Doutor, no susto, soltou o console, que caiu no chão e despedaçou-se em vários pedaços.

A pequena Fenda que se formava se dissipou rapidamente.

Claire e Eddie olharam desolados para o console despedaçado no chão. Era isso. A sua única chance de derrotar os Daleks acabara de se quebrar junto com o console.


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Notas finais do capítulo

Iiiih, e agora? Como eles farão para derrotar os Daleks? Será que há tempo para um plano B? Descubra no próximo capítulo de Memory of the Future! Espero que tenham gostado amores. Reviews são sempre bem-vindas! Até o próximo capítulo o



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