Memory of the Future escrita por chrissie lowe


Capítulo 13
The Truth


Notas iniciais do capítulo

Só queria dizer que acho esse capítulo bem fofinho uwu uehuehuehue



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– Doutor! Doutor! Vamos, acorde! – Implorava Claire, desesperada.

Claire despertara pouco tempo depois dos Daleks terem ido embora. Ela, ainda enfraquecida, se deparou com o Doutor desmaiado perto dela e assustou-se ao ver um filete de sangue saindo de sua cabeça. Por instinto, ela rasgou um pedaço da camiseta que vestia e usou o pano para estancar o sangue do Doutor. Seu corpo formigava por conta dos raios, o que tornava a tarefa mais difícil, mas sua preocupação com ele era maior, ainda mais porque ele não acordava.

– Vamos, Doutor, acorde! – Pedia ela, chacoalhando o corpo desmaiado do Doutor.

Temendo o pior, Claire encostou a cabeça no peito do Doutor para ouvir seu coração. Todavia, ela bruscamente se afastou ao perceber que não havia somente um, mas sim dois corações batendo lentamente dentro do Doutor. “Mas como isso é possível?”, pensou ela incrédula.

A muitos quilômetros dali, os rebeldes já haviam se instalado no novo esconderijo, e estavam preocupados com o sumiço de Claire.

– Deveríamos ir atrás dela. – Disse Emma.

– Mas ela não quer a nossa ajuda. – Retrucou Geoffrey. – Tudo o que ela quer agora é ficar com aquele cara.

A fala de Geoffrey deixara Eddie inseguro. Será que Claire estava mesmo interessada naquele tal Doutor? Ele esperava que não, mas não conseguia deixar de se comparar com ele, afinal, tudo o que ele sabia fazer era mexer em computadores. Além disso, o Doutor era fisicamente mais atraente que ele, pálido, magricela e com a coluna um tanto curvada por conta de seus 1,93m. Por que Claire iria preferir isso do que o homem alto e de cabelos espetados que a trouxera de volta? Eddie não queria admitir, mas já não via mais motivos para Claire continuar gostando dele.

– Ela não seria capaz de nos deixar, não é? – Disse Josh, inseguro.

– Ela não seria só capaz, mas como fez exatamente isso. – Respondeu George, ríspido. – Ela nos deixou no momento em que decidiu não nos acompanhar até aqui.

– Mas, senhor, eu não acredito que ela faria isso conosco! – Disse Ashleigh defendendo a amiga.

– Mas ela fez, Ashleigh. – Retrucou George.

– Mas mesmo que ela tenha ido atrás daquele Doutor, temos que ajudá-la! Ela pode estar em perigo. – Insistiu ela.

– Não podemos nos arriscar a voltar para Londres. – Disse George. – Os Daleks podem estar a nossa espera.

– Mas ela é a sua filha!

– Sim, e ela me desobedeceu. – Respondeu George tentando se manter firme.

Ashleigh estava perplexa com a frieza de George em relação a Claire. Aquilo simplesmente não fazia sentido. Claire era tudo o que ele tinha. A Resistência sem Claire não tinha valor algum para George e Ashleigh sabia disso. Todos sabiam. Ela não conseguia entender o que se passava.

Horas mais tarde, o Doutor já começava a mostrar sinais de consciência.

– O que fizeram com Claire? – Perguntou ele desesperado e levantando-se repentinamente.

– Ei, calma, eu estou bem. – Respondeu Claire ajudando o Doutor a ficar de pé. – Vamos, sente-se, ainda está desorientado.

– Não podemos perder tempo, temos que parar os Daleks! – Exclamava ele.

– Não há nada que possamos fazer agora, Doutor! – Insistiu ela.

– Mas Claire...

– Sem mais! Ainda mais com essa ferida na sua cabeça.

Nisso, ela sentou e puxou o Doutor para baixo, obrigando-o a se sentar junto com ela. Ele soltou alguns resmungos inteligíveis, revoltado por ter sido contrariado.

– Então o que sugere que façamos? – Perguntou ele em tom de desafio.

– Os Daleks disseram que iriam esperar meus amigos virem nos resgatar, mas não acho que isso vá acontecer tão cedo, por isso, temos tempo de sobra para pensar em alguma coisa. – Respondeu Claire.

– Por que não viriam? – Perguntou ele sem entender.

– Bom, meu pai não queria que eu fosse atrás de você, mas apenas o ignorei e os deixei para trás. Ele disse que seria deserção se eu o fizesse e bom... Acredito que eles não venham nos buscar. – Respondeu ela um tanto desapontada.

– Mas então o que pretende fazer? – Perguntou ele novamente. – Ficar sentada aqui esperando por um milagre?

– Por enquanto sim. – Disse ela. – Não podemos fazer nada até que se recupere desse ferimento.

– Mas eu já estou bem! – Insistiu ele levantando-se e se equilibrando em um pé só para mostrar que havia se recuperado.

– Doutor! – Exclamou ela segurando-se para não rir.

– Ah você riu, perdeu! – Disse ele sorrindo para Claire.

Claire rendeu-se ao momento e começou a rir.

Ele olhava para Claire e não podia deixar de sorrir para ela. A risada gostosa da garota o fazia sentir-se mais leve. Todavia, ele sabia que a razão desse sentimento não era exatamente Claire, mas sim Rose. Elas eram tão semelhantes, não apenas fisicamente, mas o jeito das duas também. Aquilo ainda o incomodava, mas Claire era tão cativante que ele não conseguia se manter irritado por muito tempo.

Claire reparou que o Doutor parecia absorto em seus pensamentos novamente. Ela achava curioso a forma como ele ficava assim toda vez que os dois passavam por algum momento bom, mas não se sentia segura para perguntar o motivo. Na realidade, isso a irritava um pouco no início, pois ele lhe passava a impressão de que ela fizera algo de errado, mas naquela altura, ela já sabia que o problema não devia ser ela.

– Doutor... Qual era o nome dela?

– O quê? – Perguntou ele voltando à realidade, surpreso com o que acabara de ouvir.

– Não tem problema se não quiser responder, era só uma curiosidade. – Tranquilizou Claire.

– Não, mas... Como sabe que...

– Porque... Toda vez que olha para mim, é como se... Não estivesse.

O Doutor estava atônito com as palavras de Claire. Ele deixara as coisas tão óbvias assim? Não é que ele não se importasse com Claire, muito pelo contrário, ela era uma garota incrível. Mas olhar nos olhos dela o fazia lembrar de Rose e da última vez em que a vira, desolada e em prantos por ter que se separar dele. E isso doía. Era como se o rosto triste de Rose tivesse sido marcado a ferro e fogo em seus corações, e ver os olhos de Claire traziam tudo isso à tona.

Entretanto, a presença de Claire não o incomodava tanto quanto antes. Na verdade, ele sentia-se bem ao lado dela. Afinal, como não se sentir bem ao lado de uma mulher tão incrível? Ele acreditava que ela havia ganhado sua confiança, por isso, ele se sentou e sorriu para ela.

– Rose. Rose Tyler. – Respondeu ele.

Claire olhou surpresa para o Doutor. Ela não acreditava que ele fosse lhe responder.

– Rose. É um nome muito bonito. – Disse ela sorrindo para o Doutor. – E... O que aconteceu com ela? – Perguntou ela um pouco temerosa com a possível reação do Doutor.

O Doutor soltou um suspiro. Será que ele estava pronto para contar? Ele fitou Claire por alguns minutos, até que decidiu abrir o jogo.

Ele contou tudo. Desde os fantasmas que apareceram em Londres, até a batalha de Canary Wharf envolvendo os Daleks, Cybermen, Torchwood e os habitantes do universo paralelo, de como eles quase romperam as barreiras entre as dimensões da realidade e de como ele teve que agir para fechar essas barreiras. As memórias desse dia estavam frescas na mente do Doutor, o que lhe permitiu contar tudo em detalhes. Era como se Claire estivesse no meio da batalha.

– Mas, e Rose? O que aconteceu com ela depois disso?

– Ela... Bem, ela... Eu tive que deixá-la, para o bem dela. – Respondeu ele ciente de que isso não era totalmente verdade.

– Então ela está bem, não está?

– Sim, ela está. – Respondeu ele.

– Então você pode visitá-la algum dia, não?

Era como se a garganta do Doutor queimasse. Ele havia decidido na última hora que não contaria a verdade sobre o desfecho de Rose para Claire, pois não queria entristece-la, mas era difícil fingir que estava tudo bem com Rose. Ele pensava em algo para responder.

– Infelizmente não, pois prometi que a deixaria prosseguir com a vida.

– E por que ela não pode prosseguir com a vida dela E estar com você?

Estava cada vez mais difícil para o Doutor sustentar sua mentira. Ele não achava que Claire fosse ficar tão interessada em Rose e queria que ela mudasse de assunto logo. Claire, vendo a expressão de incômodo do Doutor, concluiu que estava sendo invasiva demais, por isso apenas pegou sua mão e sorriu para ele.

– Tenho certeza de que acharemos um jeito de sair daqui.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e ficarei muito feliz se deixarem uma review ;D



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