Memory of the Future escrita por chrissie lowe


Capítulo 12
The Cell


Notas iniciais do capítulo

Tenho notado que o número de visualizações cresce a cada dia, no entanto, a quantidade de comentários e favoritos permanecem tão baixos :(



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Claire puxou o Doutor para fora do buraco e sorriu de volta para ele. Ele, aliviado por ter saído dali, deu pulinhos para sentir o chão firme debaixo de seus pés.

– Como foi que me encontrou?

– Bom, eu estava andando perdida por aí, até que cheguei nesse corredor e, por acaso, vi algo que pareciam ser dedos e bem... Parece que cheguei na hora certa, não?

– Claire Brooksfield, você não poderia ter aparecido em melhor hora. – Disse ele.

Claire fitou o Doutor por um momento e, repentinamente, o abraçou.

– Eu sinto muito, Doutor! Eu não devia ter sido tão rude com você.

O Doutor, sem saber como reagir, apenas soltava alguns sons monossilábicos. O sorriso de Claire e seus cabelos loiros agora encostados em seu paletó o lembravam muito de Rose, e isso o desconcertava e o magoava. Por que Claire fora ser tão parecida com ela? Ele se perguntava isso desde que a vira pela primeira vez. Claro que ela não tinha culpa de nada, mas de qualquer forma, isso o chateava. Além disso, a roupa que Claire vestia não ajudava nem um pouco.

Então, sem dizer nada, ele apenas pegou Claire pelos ombros e a afastou desajeitadamente.

– Vamos. Temos que encontrar o Dalek Supremo. – Disse o Doutor puxando Claire pelo braço.

– O quê? Não! Temos que sair daqui antes que nos peguem. – Protestou ela.

– Não vai desistir agora, não é? Você chegou até aqui!

– Vim aqui por sua causa, não para enfrentar um exército de Daleks! – Exclamou ela.

– E lá vamos nós de novo. – Resmungou o Doutor.

Nisso, os dois voltaram a discutir novamente. O Doutor não queria perder a chance de enfrentar os Daleks mais uma vez, não depois de ter conseguido adentrar a base despercebido. Porém, Claire era cautelosa. Ela acreditava que era melhor dar meia volta e elaborar algum plano melhor do que enfrentar um Dalek cara a cara.

Os dois continuaram a discutir, e a discussão ficava cada vez mais calorosa, pois nenhum dos dois queria ceder aos argumentos do outro. Só depois de muito tempo que Claire finalmente cedeu.

– Mas como você é cabeça dura! – Exclamou Claire. – Tudo bem, faça o que quiser. Mas vou embora antes que...

Nisso, ela viu que o Doutor arregalara os olhos e que, instintivamente, colocara a mão no bolso em busca de sua chave de fenda sônica. Ela sabia que aquilo não era um bom sinal.

Ela se virou para ver o que acontecia, e deu um salto ao se deparar com uma frota de Daleks parada a poucos metros de distância. Todos estavam enfileirados e em silêncio. Nem Claire e nem o Doutor sabiam dizer o que eles tinham em mente, e isso era o mais assustador, pois haviam chances dos Daleks simplesmente os exterminarem sem dizerem nada.

– O que faremos? – Perguntou Claire ao Doutor.

– SILÊNCIO! – Interrompeu um dos Daleks, quebrando o silêncio. – Os invasores serão levados para a cela e serão interrogados.

– Interrogatório? Puxa vida, devo estar com sorte hoje. – Disse o Doutor alegremente.

– SILÊNCIO! – Repetiu outro Dalek. – Levem os humanos para a cela! – Ordenou ele para os outros Daleks.

O Doutor levantou os braços em sinal de rendição e deixou que os Daleks se aproximassem e o empurrassem em direção à cela. Claire, confusa, apenas imitou o companheiro.

– Tem certeza do que está fazendo? – Perguntou ela ao Doutor.

– Pode deixar comigo. Interrogatórios é a melhor forma de se obter respostas. – Assegurou ele.

Depois de descerem vários andares, os Daleks empurraram os dois para dentro da cela, fazendo-os cair de cara no chão. O Doutor já se levantava para ser levado para o interrogatório, mas um dos Daleks o impediu.

– Você, fique onde está! Interrogaremos a fêmea.

– O quê? Acreditem, será bem melhor se me interrogarem. – Insistiu o Doutor.

– Silêncio! Peguem a fêmea e levem-na para a sala de interrogatório! – Ordenou o mesmo Dalek.

– Tirem as mãos de mim! – Esbravejou Claire para os Daleks que se aproximavam dela.

– Não, esperem! – Pediu o Doutor. – Não façam isso!

De nada adiantou os protestos dos dois. Os Daleks forçaram Claire a se levantar e a levou embora, trancando o Doutor sozinho na cela. Ele, frustrado pelo plano ter ido por água abaixo e temendo pela vida de Claire, esbravejou e deu um chute na grade.

Longe dali, Claire encontrava-se amarrada em uma maca. Ela sentia ódio. Um ódio que ela nunca sentira antes, mesmo se tratando de Daleks. Sua vontade era de atirar para todos os lados e ver aquelas criaturas explodirem, mas ela sabia que seria pior se o fizesse. Além disso, sua pistola não daria conta de derrubar um edifício lotado de Daleks. Em suma, não havia nada a ser feito a não ser esperar pelo melhor, e isso aumentava ainda mais o seu ódio.

– Quais são os seus planos, humana? – Perguntou o Dalek apontando sua pistola para Claire.

Ela não respondeu. Apenas fitou o Dalek com um olhar de desprezo.

– Responda! – Ordenou ele. – Senão sofrerá as consequências!

Ela continuou calada.

– Revele os seus planos, humana! O que fazia dentro da base Dalek? Quem é o seu companheiro humano? Há mais humanos nas proximidades? – Perguntava ele.

Nenhuma resposta.

– Irá pagar por sua insolência, humana miserável!

Então o Dalek atirou em Claire. O corpo da garota se arqueou, fazendo-a gritar de dor. Isso fizera-a sentir ainda mais ódio.

– Você será atingida por meu raio paralisador a cada pergunta não respondida. Então, diga! Há mais humanos entre vocês?

A respiração de Claire estava ofegante. Aquele raio lhe causara uma dor quase insuportável, mas ela não podia arruinar tudo e denunciar seus colegas, por isso, continuou sem dizer nada.

O Dalek atirou mais uma vez.

Claire soltou outro grito. Ela sentia seu peito queimar, mas não havia o que fazer, pois seu corpo estava completamente paralisado do pescoço para baixo.

– Responda! Você é um dos rebeldes? Está com a Resistência?

Claire, agonizando de dor, apenas cuspiu em direção ao Dalek, atingindo-lhe no olho. Este, soltou um guincho de raiva, enquanto os outros Daleks corriam em direção à garota, gritando “exterminar!”, furiosamente.

O Dalek atingido tentava enxergar a prisioneira, mas a saliva dela em seu olho deixava tudo embaçado. No entanto, ele não hesitou e atirou mais um raio paralisante em direção a menina, atingindo-lhe a barriga.

Claire já não tinha mais forças para gritar, pois a dor tomava conta de tudo. Ela estava prestes a desmaiar, entretanto, ela se esforçou para manter-se consciente ao perceber um debate entre os Daleks.

– Exterminar! Exterminar! – Exclamavam alguns deles.

– Localizaremos os rebeldes restantes e os exterminaremos!

– Silêncio! – Exclamou o Dalek, já livre do cuspe de Claire. – Eu, como representante do Dalek Supremo, digo que manteremos os prisioneiros e esperaremos os rebeldes virem atrás deles e, assim, poderemos exterminá-los de uma vez.

O Dalek lançou um olhar malicioso para Claire. A chance de acabar com a Resistência havia aparecido e isso o fazia sentir-se triunfante.

– Levem-na de volta à cela. – Ordenou o Dalek.

A porta da cela abriu-se bruscamente e Claire, inconsciente, foi jogada para dentro, fazendo o Doutor levantar-se rapidamente.

– O que fizeram com ela? – Perguntou o Doutor, desesperado.

– A humana pagou o preço de sua insolência! – Exclamou o Dalek. –E você pagará também caso se recuse a nos responder.

Aquilo deixara o Doutor furioso. Ele se ofereça de bom grado a ser interrogado pelos Daleks, mas esses preferiram torturar Claire ao invés disso. Ele estava cansado de ver seus colegas sofrerem nas mãos dos Daleks.

– Vocês optaram pelo jeito difícil, então. – Disse o Doutor lentamente.

Nisso, ele pegou a chave de fenda sônica, na intenção de fazer o teto desabar bem em cima dos Daleks. Estes, ao verem a chave de fenda, se deram conta de quem era o seu prisioneiro.

– O Doutor voltou à base! Exterminar! Exterminar! – Exclamava eles.

A euforia tomara conta dos Daleks. No entanto, o chefe deles não se abalara. Na verdade, ele ficara ainda mais satisfeito ao se deparar com seu inimigo preso em sua cela. Sedento de vingança pela explosão causada por ele no dia anterior, o Dalek apenas atirou em direção ao Doutor.

O impacto do raio fora tão forte que o Doutor voou e chocou-se na parede oposta da cela, fazendo com que ele batesse a cabeça nas pedras e desmaiasse. Os Daleks riam satisfeitos ao verem o Doutor e Claire inconscientes no chão.

Eles, então, trancaram a cela e saíram, sentindo-se vitoriosos.

– O que faremos agora? – Perguntou um dos Daleks.

– Como dito antes, esperaremos os rebeldes virem atrás de seus companheiros e, assim que chegarem, os capturaremos e os executaremos em público. Chamaremos os Daleks espalhados por todo o planeta para presenciarem a morte do Doutor e dos últimos rebeldes da Inglaterra! Mostraremos a todos o que acontece quando se contraria o Império Dalek! – Exclamou o Dalek chefe em um tom sádico.

Os Daleks soltaram uma risada maléfica e aterrorizante, que ecoava por todo o edifício. O Império Dalek nunca estivera tão forte.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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