Memory of the Future escrita por chrissie lowe


Capítulo 11
The Reunion


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :)



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– Eles me torturaram. Atiraram em mim diversas vezes, não sei como ainda estou vivo. – Dizia Eddie, com a voz rouca. – Eu resisti o máximo que pude, mas... Mas, no final... Eu sinto muito!

– Não fique se culpando. – Consolou Claire. – Você não tinha escolha.

Claire, ainda atordoada com o que acabara de acontecer, sentou-se ao lado de Eddie.

– Mas eu não entendo. – Disse Geoffrey. – Se Eddie contou nossa localização, por que eles ainda não vieram até nós?

– Eles devem ter algum plano em mente. – Supôs George. – Por isso, o melhor a fazer é aproveitar enquanto os Daleks não aparecem em nossa porta. Arrumem suas coisas, partiremos durante a madrugada.

– Mas pai, Eddie e Ashleigh ainda estão muito feridos! – Protestou Claire.

– Não temos escolha. – Respondeu George. – Cuidaremos para que eles não piorem durante a viagem.

– Mas para onde nós iremos? – Perguntou Eddie.

– Podemos ir para Surrey. – Respondeu George abrindo um mapa. – Não é tão longe e há muitos poucos Daleks ali.

– Está bem. – Respondeu Claire.

Nisso, todos começaram a arrumar as provisões e guardar o máximo de coisas que podiam carregar na viagem. Todos estavam um tanto cabisbaixos, pois já haviam se acostumado com o esconderijo atual e não queriam partir, apesar de estarem acostumados a se deslocarem constantemente.

Pouco depois da meia-noite, o grupo saiu do esconderijo e partiram para Surrey. Elliott foi em frente com o jipe, levando Eddie e Ashleigh, que ainda estavam muito fracos para andar. Collin, Emma, Beth, Josh e Susannah foram junto com as motos antigravitacionais para dar cobertura à Elliott. George, Geoffrey e Claire foram andando.

Claire andava mais devagar do que os outros, ficando para trás. Ela estava absorta em seus pensamentos e começava a se arrepender de ter mandado o Doutor embora.

– Claire, por que demora tanto? Vamos! – Exclamou George, impaciente.

– Eu... Eu acho que fui muito dura com o Doutor. – Disse Claire, cabisbaixa.

– O quê? Filha, agora não é hora de ficar pensando nisso. Você pensou no grupo, fez a escolha certa.

– Sim, mas... Ele era a nossa melhor chance. Eu o fiz ficar, e depois o mandei embora como se não valesse nada!

– Mas, Claire, ele quase estragou tudo! Disse que não ia atacar os Daleks, mas acabou explodindo metade da base deles. – Resmungou Geoffrey.

– Você só está bravo porque ele não te chamou para atacar os Daleks. – Retrucou Claire. – Olha, eu errei, e preciso consertar isso.

– O que está pretendendo fazer?

– Ele deve estar na nave dele. Irei até lá. – Respondeu Claire decidida.

– Está louca? Não pode sair correndo sozinha atrás dele! Além disso, ele já deve ter partido a essa altura. – Protestou George.

– Sei disso, mas não custa tentar.

Então, Claire tomou a moto da mão de George e subiu nela.

– Claire, eu te proíbo de ir atrás do Doutor! Estará desertando do grupo se ir atrás dele!

Claire olhou aflita por um momento. Seu pai não seria capaz de fazer isso, seria? Mas, por outro lado, ela não podia virar as costas para o Doutor. Ele só fora parar lá por causa dela. Nisso, ela soltou um longo suspiro e disse:

– Eu sinto muito, pai, mas eu tenho que fazer isso.

Então ela ligou a moto e partiu. George e Geoffrey olhavam atônitos enquanto Claire e a moto se distanciavam cada vez mais rápido.

Entretanto, o Doutor já não estava na TARDIS. Ele havia voltado para sua nave somente para se deslocar até a base Dalek. Ele tinha que acabar com isso de uma vez por todas. A raiva fervilhava dentro dele.

Algum tempo depois, Claire chegara ao local onde a TARDIS pousara, no entanto, não havia nenhum sinal dela e nem do Doutor ali. Aquilo a deixara pessimista. Talvez seu pai estivesse certo, o Doutor já havia partido. Porém, algo dentro dela dizia que isso não era verdade. Ela sentia que o Doutor não iria embora sem terminar o que começara. Com isso, ela concluiu que talvez ele tivesse voltado para a base. Esperançosa, Claire deu meia-volta com a moto e partiu em direção à base.

Ao chegar lá, Claire viu parte da base ainda em destroços e alguns Daleks circulando próximo aos escombros, mas nenhum sinal do Doutor. Ela já estava perdendo as esperanças. No entanto, ao circular o edifício, Claire notou a caixa azul escondida no meio das árvores atrás da base, e soltou um largo sorriso. Ela correu em direção à TARDIS e tentou abrir a porta, sem sucesso. Ela soltou um suspiro, desapontada. O que fazer agora?

Dentro da base, o Doutor corria em direção ao salão principal, ou o que restara dele. Parte da construção ainda estava destruída pela explosão, por isso seria mais fácil encontrar o Dalek Supremo dessa vez, caso ele ainda estivesse vivo. Ele saiu correndo, com os seus corações batendo aceleradamente, porém, o corredor no qual se encontrava acabava em um grande buraco, e o Doutor só percebeu isso quando era tarde demais para parar. Soltando um grito de susto, ele caiu em direção ao buraco negro. Felizmente, o buraco não era muito fundo e ele atingiu o chão sem nenhum ferimento, no entanto, a vala era funda demais para que ele conseguisse alcançar a borda do corredor parcialmente destruído e não havia outro caminho a seguir, pois o concreto e os pilares de ferro desabados bloqueavam a passagem. Sendo assim, o Doutor apenas sentou no chão, sem saber como sair dali.

Não muito longe dali, Claire se esforçava para despistar os Daleks vigilantes e entrar na base. Ela não tinha ideia de como encontrar o Doutor naquele lugar imenso, mas sentia que tinha que tentar. Vendo que os Daleks não sairiam da frente da porta tão cedo, Claire pegou várias pedras do chão e as jogou o mais longe que podia para atrair a atenção dos Daleks. Funcionou. O baque das pedras batendo no chão fizeram com que os Daleks se virassem e saíssem para verificar a origem do barulho. Claire aproveitou o tempo para correr e entrar na base.

Ainda preso no buraco, o Doutor apontava a chave de fenda sônica para os escombros em sua frente, ainda sem ter como sair dali. Por sorte, nenhum Dalek havia aparecido, mas ele sabia que era questão de tempo até que algum deles perambulasse por aquele local e o encontrasse. E não haveria nada a ser feito caso isso acontecesse.

Pensar na possibilidade de ser encontrado por um Dalek o incentivou a tentar sair daquele buraco mais uma vez. Então, ele calculou a distância entre o chão e a borda, concentrou todas as suas forças em suas pernas e deu um enorme salto, esticando os braços para conseguir alcançar a beirada do buraco. Ele sentiu seus dedos encostarem no concreto e fechou as mãos o mais forte que pode para não cair. Agora, o Doutor se encontrava pendurado na beira do buraco, sem ter como subir, pois o concreto era muito áspero e se quebrava fácil, dificultando a escalada. Naquele momento, ele tinha somente duas opções: ficar pendurado ali ou voltar para o fundo da vala.

Entretanto, suas forças já estavam se esgotando, o que fez com que seus dedos lentamente se soltassem da parede. Nervoso, ele tentava se segurar em qualquer coisa que houvesse ali, mas o concreto machucava suas mãos. Já desesperançoso, ele viu seus últimos dedos se soltando do pedaço de concreto, e fechou os olhos pronto para cair, até que ele sentiu algo o puxando.

– Mas o quê?

– Ainda bem que você é terrivelmente magro. – Exclamou uma voz da beira da vala.

– Claire! – Exclamou o Doutor surpreso, soltando um enorme sorriso para a garota.


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