– Boa ideia

Os dois se levantaram e caminharam Benjamin logo sumiu na multidão, deixando Anthony com mais perguntas do que tinha antes.

– Tem creme Brulé lá – disse Peter, chegando perto dele – que foi?

– Acabou de sair daqui um cara – ele disse – ele sabe quem é M.A.P. mas não quis me contar. É uma garota e ela está aqui

– Aqui!?

– Sim

– Isso diminui as opções, vamos ver quem nós não conhecemos aqui

Eles olharam em volta, haviam muitas pessoas que eles não conheciam, nenhum deles pareciam suspeitos

– Ela deve estar nos observando – disse Peter – deve estar de algum jeito de olho em nós

– Talvez, ou esteja somente se misturando, esperando a hora

– Não acho que ela vai dar as caras aqui

– Talvez devêssemos ir falar com as garotas, contar isso para elas, podem ajudar

Eles foram até as duas meninas, que estavam rindo de alguma coisa.

– Temos notícias – disse Peter

Os dois contaram para as meninas o que Benjamin havia dito e a reação das duas foi a mais previsível

– Está aqui!? – perguntou Isabelle

– Sim – disse Anthony – ele disse que ela está aqui, que não perderia essa cerimonia e que é completamente louca

– Se ela não perderia essa cerimonia, talvez conheça um dos noivos

– Ou ela talvez queira nos ver aqui – disse Megan

– Acho essa uma teoria mais provável – disse Peter

– Talvez devêssemos conversar em outro lugar – disse Isabelle, ao perceber que algumas pessoas já os olhavam conversando

Os quatro saíram do meio da multidão e foram até os fundos da toca.

– Devemos mesmo procurar quem é – disse Anthony, querendo voltar para a festa

– Ela não quer ser encontrada Tony – disse Isabelle – não vamos acha-la

– Nisso a Belle tem razão – disse Megan – vamos apenas nos concentrar em permanecer bem até as coisas se estabilizarem

Eles não tiveram tempo de discutir, pois uma leve explosão ocorreu na tenda. De longe eles observaram vários comensais da morte adentrar o meio das pessoas. Anthony imediatamente quis correr para buscar Harry, mas Isabelle o segurou pelo braço

– Anthony, não. Ele vai sair de lá sozinho

– Mas... – ele disse, o desespero se apoderando dele

– Temos que ir – disse Megan, que já estava voltando para sua forma normal – ninguém pode nos ver aqui

Depois de alguns segundos, Anthony se juntou a eles e todos desaparataram dali.

Eles caíram em um vilarejo silencioso, nenhuma pessoa estava por ali, a noite já estava densa e somente havia um capaz regando flores em um jardim dez metros à frente deles

– Eu falo com ele – disse Peter

Ele caminhou até o jovem que regava as plantas, calmamente se recompondo a seu estado normal

– Boa noite – o rapaz o olhou – poderia me dizer qual o nome desse lugar? Meus amigos e eu estamos um pouco perdidos

– Não deviam aparatar por aqui – ele sussurrou – aqui não mais é seguro para bruxos

– Por quê?

– Velhas historias – ele disse – vocês estão em North Quest, a dez minutos de Oxford

– Muito obrigado, era aqui que... viviam os Potter?

– O que sabe sobre eles?

– O que todos sabem

Ele estreitou os olhos, observando Peter enquanto pensava.

– Sim, eles viviam aqui

– Pode me dizer onde?

– Não – ele respondeu, firme

– Por que não?

– Ninguém vai naquela casa

– Só estou perguntando por curiosidade – disse Peter, se defendendo

– Duvido muito – ele guardou o regador e deu as costas para Peter

– Por que não quer me dizer? – o rapaz parou no meio do caminho – tem alguma coisa naquela casa?

– Eu não sei, ninguém mais voltou de lá

O rapaz entrou em sua casa, deixando Peter na rua de noite. Pensando em onde eles poderiam ficar agora

– Tenho uma boa noticia e uma ruim – disse Peter, quando voltou para perto deles – qual querem primeiro?

– A boa por favor – pediu Isabelle

– Essa é a cidade onde os Potter viveram – ele disse e imediatamente, Anthony se mostrou mais interessado

– E a ruim? – perguntou Megan

– Não sei se poderemos ir até lá. O cara disse que ninguém volta

– Primeiro temos que pensar em como vamos passar essa noite – disse Isabelle – depois pensamos nessa casa

– Certo – concordou Megan – deve ter alguma pousada ou hotel aberto agora

E logo eles a acharam, um pousada de beira de estrada, eles conseguiram um quarto com duas beliches. As meninas logo caíram na cama depois de um banho demorado, Peter caiu diretamente na cama e Anthony foi ficar na varanda.

Ele ficou olhando as estrelas, imaginando como seria sua vida se seus pais nunca tivessem morrido, se Harry estivesse ali com ele. Como seria sua vida?

***

Na manhã seguinte, o primeiro a acordar foi ele, tratou de tomar um banho e antes das onze da manhã os quatro já estavam à procura da casa. Ninguém na cidade queria lhes dar essa informação, parecia que todos tinham medo daquela casa, mas finalmente eles conseguiram um endereço. Um lugar afastado da cidade, que só tinha acesso por uma estrada de terra duvidosa.

– Vamos jogar algum jogo? – perguntou Peter – já estamos andando a dez minutos, está muito chato

– Acho que isso seria desnecessário Pete – disse Megan – já vamos chegar lá

– Isso está um tédio sem limites

– Tudo bem com você? – perguntou Isabelle a Anthony, que caminhava um pouco afastado do grupo

– Estou bem – disse Anthony, passando seu braço direito sobre os ombros da garota

– O que você espera encontrar lá?

– Nada de mais, eu só gostaria de ver, não tenho muitas chances de ver coisas de família na minha vida

– Eu estive pensando... nós não podemos aparatar lá certo?

– Certo

– Mas se isso é um feitiço e quando o bruxo que o fez morre... o feitiço se desfaz... por que ele continua lá?

– Eu... não sei – ele disse, sendo sincero

– Olha! – berrou Peter, de repente

Haviam um desvio na estrada, um secundaria, que continha uma placa: Mansão Potter

– Chegamos – disse Peter

Eles continuaram andando por ali, eles não entendiam para onde iam as pessoas que sumiam, não tinha como se perder por ali.

– Isso está estranho – disse Isabelle

O portão de entrada se abriu sozinho quando eles se aproximaram, parecia que sabia que eles estavam ali.

Eles entraram em um pátio com jardim e um chafariz na frente. Era uma casa enorme de dois andares e ao fundo podia se ver aros de um campo de quadribol. Anthony ficou maravilhado com o lugar, no entanto, Megan também achava entranho.

– Está muito bem cuidado para uma casa abandonada a quase vinte anos

– Vamos entrar – disse Anthony, ignorando o comentário

Anthony mal tocou na maçaneta e a porta imediatamente se abriu, mas somente Anthony passou por ela, os outros ficaram presos a um tipo de barreira invisível.

– Vá sem a gente – disse Peter

– Mas se acontecer qualquer coisa, saia imediatamente – disse Isabelle

Ele entrou em uma sala amarrotada de roupas e papeis, parecia um enorme arquivo municipal. Mas até mesmo ele começou a estranhar tudo aquilo. A casa havia sido abandonada a quase vinte anos, deveria estar coberto de pó. Ele empunhou sua varinha somente por precaução.

Ele começou a caminhar pela sala, haviam várias cartas escritas em papel pardo, até mesmo cartas de Hogwarts e listas de materiais, todas endereçadas a Tiago Potter. Assim como várias fotos de seu pai na escola e jogando quadribol. Ele sorriu ao ver tudo aquilo, ele limpou uma foto que estava molhada, haviam um copo com agua e gelo sobre ela.

Ele parou de repente, notando o copo de agua com gelo, isso era impossível.

– Tony? – chamou Isabelle da porta – o que está acontecendo?

– Tem alguém aqui – ele disse

– Quem está ai? – disse uma outra voz

Anthony olhou em volta e viu a silhueta de alguém

parado no corredor.

– Quem está ai? – Anthony perguntou

– Como entrou aqui?

– Pela porta da frente – disse Anthony

– Impossível! Somente um Potter pode passar por aquela porta

– Eu sou... meu nome é Anthony Charlus Potter

A silhueta se endireitou e lentamente saiu da sombra, era um velho de cabelos já brancos totalmente desordenados, usava óculos de aros redondos

– Eles lhe deram o nome do meu pai... e o meu