Anthony se via encarando a morte novamente, não sabia se daquela vez iria realmente morrer, mas tinha medo que dessa vez fosse para valer.

— Só para você saber – começou Mary – deste vez você morre

— Como sabe disso?

— Por que nossa família é amaldiçoada – ela disse, sorrindo de canto – nosso querido avô, matou a irmã dele quando ela tentou matar nossa avó e, bem, ele conseguiu. Mas antes nossa querida tia avó Mary Anne Potter, lançou uma maldição, que somente aquele com o mesmo sangue poderia derramá-lo, portanto Anthony, somente um Potter, pode matar um Potter. Voldemort somente matou Tiago Potter por causa da ligação distante de sangue dos dois e poderia ter matado Harry, mas você sabe a história

Então ela apontou a varinha ameaçadoramente para ele, sorrindo malignamente.

— Últimas palavras?

— Boa noite – ele disse

Ela fez uma expressão confusa, antes de ser atingida por uma lata de lixo na cabeça.

— Poderia ter usado algo mais pesado – disse Anthony a Peter

— Eu poderia usar um feitiço – disse Peter o desamarrando

— Isso não vai mantê-la apagada por muito tempo – disse Anthony

— Tem razão sobre isso – eles ouviram

Ao olhar lá estava ela, com Alison no colo, os olhando com um olhar assassino

— Eu deveria ter te matado – ela disse, olhando para Peter – mas que vingança seria melhor do que fazer você esquecer da sua filha? Claro! Te deixar o resto da vida procurando por ela

Dizendo isso ela apontou a mão para os dois e em um segundo os dois estavam novamente no quando da casa no bosque e Mary havia sumido. Anthony imediatamente caiu de joelhos no chão, com o pânico tomando conta de si

— O que faremos agora? – ele sussurrou, nervoso

— Nós vamos encontra-la Anthony – disse Peter, dando tapinhas em seu ombro

Mas Anthony não ouviu, ele saiu do quarto como um robô, saiu da casa e olhou o céu, imaginando o que poderia estar acontecendo naquele exato momento.

***

Anthony e Isabelle passavam muito tempo sentados na varando daquela casa juntos, as vezes com livros, lendo cartas ou pesquisando algo que os poderia ajudar a encontrar Mary Anne ou Harry, mas parecia que nada funcionava, ela havia sumido completamente do mapa.

— Nós poderíamos parar sabe? – disse Anthony, triste – ir para bem longe, nunca mais vermos nada disso...

— Você sabe muito bem que eu não vou te deixar desistir

— Eu não pude proteger nossa filha Belle... como vou te proteger?

— Eu não preciso de proteção Tony... eu preciso do meu piadista, sarcástico e persistente namorado de volta

— Não vai ser muito fácil

— Não importa, olha para mim – ela pediu e ele a olhou – vamos lutar uma batalha de cada vez, tudo que eu mais quero é nossa filha de volta, mas isso não vai acontecer se focarmos toda nossa energia nisso, temos que ajudar seu irmão com Você-Sabe-Quem primeiro, depois todos vão nos ajudar com a nossa filha

— Como consegue manter um bom censo numa hora dessas?

— Eu só não quero colocar a coroça na frente dos bois

Ela se aconchegou nele e os dois continuaram abraçados enquanto uma coruja voava até eles

— Ámicus? – indagou Anthony

— É a sua coruja? – ela perguntou

— Sim – disse Anthony – não a vejo há meses

A coruja pousou majestosamente ao lado dos dois, trazendo uma carta. Anthony a pegou e leu em voz alta

Venho tentando falar com você a muito tempo, mas as corujas estão sendo interceptadas, estou indo para Strawgoh e espero que me encontre lá, vamos pelo Javali.

18h02

S.I.

— Nada disso faz sentido – disse Isabelle

— É do Harry – ele disse

— Como sabe?

— Está em código, combinamos isso – ele disse – “Strowgoh” é Hogwarts escrita ao contrário e Javali é o bar em Hogsmeade. S.I. quer dizer “Seu Irmão”.

— Então eles estão em Hogsmeade – ela disse – indo para Hogwarts pelo cabeça de Javali, mas o que significa o 18h02?

— Que eu tenho vinte minutos para chegar lá

— Então vamos! – ela disse, pulando do balanço de varanda

Mas Anthony ainda estava sentado, olhando para sua coruja

— Eu vou entrar para avisar Megan e Peter que estamos saindo e espero que esteja de pé quando eu voltar – ela disse, entrando na casa

Ele ficou ali sentado pensando, poderia muito bem ir sem eles naquele exato momento, mas Isabelle o mataria se o fizesse, não acreditava que estava indo enfrentar a guerra ao invés de procurar por sua filha, mas tinha que fazer uma coisa de cada vez, como Belle havia dito.

— Já podemos ir – disse Isabelle, saindo de lá com os outros dois