Escuridão escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 19
18-Diário




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“ Me sentia perdido,sem rumo,incapaz de ver uma luz no meio da escuridão,mas depois de tantos meses podia ver uma leve claridade no fim do túnel.

Podia respirar sem dificuldade,toda dor e raiva haviam sumido parcialmente mas apesar de tudo eu ainda podia sentir.

Mas tudo passa.

Apesar de sentirmos que cada respiração ou cada batida do ponteiro do relógio,nos faça sofrer,apesar disso,tudo passa.

E eu sentia que estava passando para mim...”

Um cheiro que poderia reconhecer de longe se espalhou pelo meu quarto.

Rosas vermelhas.

Era o cheiro da minha tia Rosalie.

levantei os olhos para fita-la na minha porta com um sorriso deslumbrante nos lábios.

–Posso entrar?-ela perguntou.

–Claro tia.- disse a sorrir.

Ela se sentou na minha cama e continuou a me fitar sorrindo,em sua mente havia palavras desconexas e sem sentido,enquanto tentava juntar as palavras coerentes acabei me frustrando por não entender o que ela pensava.

–Nem adianta ler a minha mente,pois estou pensado em varias coisas ao mesmo tempo.

Então era isso.

–Mas me diga tia,o que tentas esconder de mim?- perguntei.

–Você sabe que depois de amanha será tudo ou nada.-ela disse se referindo a guerra que enfrentaríamos respirei cansado antes de responder.

–Eu sei tia,e não se preocupe, vou fazer o meu trabalho.

–Eu sei disso Anthony todos sabemos disso,mas essa decisão me preocupa muito.-ela disse passando a mão distraidamente pelo seu deslumbrante cabelo loiro como o sol.

–Como?- perguntei confuso.

–Bom...-ela se interrompeu,mas recomeçou logo em seguida.-Vocês todos pensam que só ligo para a minha aparência, roupas, carros, jóias e outras coisas,podem ate pensar que não tenho coração,ou pena de ninguém,mas eu tenho e sinto que deter a Lanna vai ser a coisa mais difícil que você já fez eu entendo isso que você esta sentindo. Senti a mesma coisa quando matei o Royce,mas no final me senti péssima,mas depois aliviada por tê-lo feito pagar por tudo que fez a mim. Mas a Lanna,se ela merecer morrer mate-a. Mas faça apenas o que o seu coração mandar.-minha tia disse tudo isso olhando nos meus olhos.

–Obrigado por me entender.- disse pegando suas mãos.

–De nada querido,e se você escolher o caminho de matá-la, vou estar do seu lado como sempre estive,mas se escolher perdoá-la,também estarei do seu lado.-ela disse sorrindo para mim.

–Eu sei disso tia e agradeço muito por você me apoiar.- disse a abraçando.

–Você e a Nessie são como os filhos que nunca tive.-ela disse me abraçando mais.

–Eu sei e você é minha segunda mãe.- disse lhe dando um beijo no rosto.

–Obrigada pelo que você sente por mim,e sinto muito,muito orgulho de ser sua tia.

–Eu também sinto muito orgulho não só da senhora mais de todos.- disse a abraçando sorrindo.

Minha tia Rosalie podia ate ser um pouco fútil,não pensar nos sentimentos dos outros,mas de uma coisa eu sabia.

Ela era capaz de matar por todos nós,principalmente por tio Emm,eu e Nessie.

Eu era privilegiado por ter tantas mães. Minha mãe,minhas tias e minha avó, e eu as amava muito.

–Eu sinto que tudo vai se resolver,e algum dia vamos rir de tudo isso.-disse minha tia depois de um longo momento sem dizermos uma só palavra.

–Eu espero por isso.

–Você ainda a ama?-ela perguntou receosa.

–Eu não sei bem.- disse e parei para pensar e continuei a falar.-Uma parte de mim ansiava por ela, pelo seu sorriso, pelo seu cheiro,mas outra parte,está se acostumando a ficar sem ela não sei ao certo o que sinto por ela.

–Você optou esquecer esse amor,trancá-lo dentro de você para que pudesse viver melhor,isso é perigoso.Pois um dia isso pode vir a tona,muito mais forte do que era.-ela disse me olhando preocupada.

–O que tinha que acontecer aconteceu tia Rosalie,nada irá mudar o que aconteceu.-eu disse serio.

–Eu sei muito bem disso. Mas e se ela pedisse perdão por tudo?E se ela quisesse voltar para você? Me pergunto o que você faria?-ela disse colocando o dedo indicador no queixo e ficando pensativa.

–Eu já a perdoei, mas não voltaria para ela,nunca mais.- disse irritado,por que a minha tia me perguntava essas coisas?!Ela mais do que ninguém sabia o que sofri.

–Tudo bem, eu sei e concordo com você,mas Alice vive dizendo que seu destino pode percorrer vários caminhos,mais sempre vai se encontrar com o da Lanna,como se vocês fossem destinados um para o outro.

–Isso me soa como fala daquelas ciganas de araque,que ficam em parques.- disse serio e depois ri e minha tia me acompanhou.

–Eu não sou cigana de araque,nem cigana eu sou.-tia Alice disse furiosa entrando no meu quarto.

–Eu sei,foi só uma piada tia.- disse me levantando rápido e beijando seu rosto.

–Isso não me convence, mas o que eu disse é verdade, eu previ isso.-ela disse.

–Às vezes as pessoas mudam o seu próprio destino Mary Alice Cullen.

–Eu sei disso,mas mesmo assim,você e ela vão estar juntos e ela vai ser uma de nós.-disse minha tia dando pulos de alegria.

–Alice, de que lado você esta?-questionou tia Rosalie.

–Do nosso Rose,mas não posso negar o que vejo.-ela disse e piscou para mim e saiu do meu quarto dançando como uma bailarina.

–Oi Lice.-disse minha mãe entrando no meu quarto enquanto tia Alice saia.

–Oi Bells,e temos que fazer compras.-disse minha tia batendo palmas de alegria.

–Ta,ta,o dia da tortura.-disse minha mãe resignada

–Isso me ofende,mais eu nem ligo,você vai de qualquer jeito.-disse tia Alice por fim saindo do meu quarto.

–Lukas, o Rafael esta lá em baixo,ele quer falar com você.-disse minha mãe.

–Eu já estou indo.- disse dando um beijo no alto da cabeça da minha tia Rose e da minha mãe.

–Ah Rose,Edward disse que o Emm esta trancado a horas no seu quarto aprontando.-eu ouvi minha mãe dizer e depois minha tia gritou furiosa o nome do meu tio.

Desci as escadas e fui para a sala onde meu sobrinho estava, sentia que ele não estava a vontade por causa da grande população de vampiros que estavam habitando temporariamente a minha casa.

–Oi Rafa.-disse a ele.

–Oi Lukas,-ele disse sorrindo para mim.

Ele estava sentado abraçado junto com Lisandra conversando com tia Tanya e tio Leonardo,minha mãe e as demais mulheres da família ficaram agradecidas por ter chamado tia Tanya de vadia,mais elas ficaram furiosas quando pedi desculpas,mas como meu pai sempre dizia: “Um homem cavalheiro,nunca levanta a voz ou a mão para uma dama”.

Devia ser por isso que meu pai sempre ouvia os gritos da minha mãe em silêncio e nunca falava,e sempre recebia as pancadas dela sem revidar.

Eu sorri mentalmente com esse pensamento,e olhei meu pai sorrindo torto para mim.

“É isso mesmo filho,seja um gentleman.”-pensou meu pai.

–O que traz você aqui,alem claro da minha prima.- disse e ele ficou constrangido.

–Bom,todos já estão preparados e avisados,todos de Florença sabem o que vai acontecer aqui e se algo der errado,eles vão terminar tudo por nós e Isabelle sua guardiã,mandou uma guarda para você e disse que espera ansiosamente sua visita.-disse meu primo.

–Obrigado pelas informações,serão de grande ajuda e se tudo correr bem, irei a Florença depois da batalha.- disse me levantando.

–Você vai embora?-perguntou minha mãe com dor na voz, e a abracei antes de responder.

–Não mamãe, só vou saber o que aconteceu com meu pais biológicos,e conhecer mais sobre Lukas Artiolli.

–Então que seja assim,e volte como Lukas Cullen.-ela disse e me deu um beijo na testa.

–Uma vez Cullen,sempre Cullen.-cantarolou meu pai e todos riram.

Subi para o um meu quarto e peguei o porta retrato da minha família biológica os Artiolli e a minha família adotiva que eu tanto amava os Cullen.

Eu sabia tudo sobre eles e os amava intensamente,mas precisava me lembrar do meu passado,para me sentir uma pessoa completa devia isso a mim mesmo.

Então peguei o meu diário e comecei a escrever.

“Se tudo ocorrer bem como espero fervorosamente que há de acontecer, irei voltar para Florença, minha terra natal, e descobrir todo o segredo em volta dos Artiolli e de mim mesmo.

Sinto que preciso saber de tudo,só assim entenderei minha verdadeira origem, e sei que todas as respostas que procuro estão em Florença e será para lá que irei.

Assim que tudo se resolver.”


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