My Little Runner escrita por Angie


Capítulo 4
Choro; treinamento e arrepio.


Notas iniciais do capítulo

AVISO: Pessoal, eu estarei viajando dia 27 e vou ficar mais ou menos uma semana fora. Se eu conseguir eu programo algum capítulo então podem vir olhar se eu atualizei mas não é certo... Depois que passar a semana eu volto a postar regularmente ;) SPOILER: No próx.. capítulo vai rolar beijo :3



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Ao passar das horas ela foi descobrindo algumas coisas. O nome de alguns garotos; o que eles faziam na clareira. Aprendeu onde ficavam todas as coisas- era bem parecida com o lugar de onde viera, mas sempre temos mudanças pessoais de ambos os grupos. Entre outras coisas...

A manhã não demorou muito a passar, o cheiro bom do almoço já podia ser sentido,. Ela logo percebeu como Caçarola cozinhava bem. Ele jogara uma maçã para ela em um momento de fome e eles acabaram conversando. Era um cara até simpático na opinião dela.

Na hora do almoço, enquanto comia em uma das mesas com alguns garotos, dentre eles os dois socorristas e um construtor. Ela viu ao longe Newt, Thomas, Minho, Alby e um garoto que ainda não conhecia. Teve vontade de ir até lá mas acabou deixando quieto.

Antes de os corredores voltarem para o labirinto- mais ou menos uma hora depois- Minho lançou-lhe um olhar distante. Mexeu os lábios de forma que ela pudesse entender: "Não se meta em encrencas".

Revirou os olhos. O que ele pensava? Que ela ia sair por ai com uma placa na testa dizendo: "Procura-se encrenqueiros" e depois começar a dar uns golpes de Muay Thai em todos que aparecessem pela frente? Era ridículo só de imaginar.

Deu um longo suspiro antes de, enfim, procurar algo para fazer. Andou um pouco e localizou com o olhar um garoto baixinho e rechonchudo. Devia ter uns 13 anos no máximo. Ele estava sentado em um banco comprido que ficava recostado em uma árvore.

Demorou uns dois minutos antes de finalmente resolver ir até ele.

—Oi, posso sentar aqui?

O garoto levantou a cabeça, apenas a percebendo naquele momento. Deu de ombros.

—Claro, por que não? Sou o Chuck.

—Camille. Mas acho que você já sabe disso.

—É, com certeza. Você é a segunda garota a chegar aqui então todo mundo ainda está comentando.

Ela assentiu.

— É, ouvi dizer. É verdade que ela apareceu dizendo que era a última? E só um dia depois do Thomas chegar?

Chuck concordou. -Talvez você tenha sido exceção por vir de outra clareira e aparecer no labirinto em vez da caixa. Mas o mais estranho foi que a garota chamou pelo Thomas antes de entrar em coma.

Camille o fitou, cheia de surpresa.

—Eles se conheciam?

—Eu não sei. O Thomas não se lembra. Mas coisas estranhas vem acontecendo desde que ele chegou.

—Estranhas como?

—Como alguém sobreviver a uma noite inteira no labirinto.

Se antes ela estava surpresa, agora estava horrorizada.

—Ta de brincadeira. -sussurrou.

—Não, é verdade. Se eu não estivesse na Clareira quando aconteceu nunca acreditaria. O Minho e o Alby foram investigar um verdugo que aparentava estar morto; mas não estava, então já sabe né... a coisa pirou e picou o Alby. Para logo depois se lançar penhasco abaixo! Pelo menos foi o que me contaram né.- ela assentiu.- Você tinha que ver, faltavam apenas dois minutos para as portas se fecharem quando avistamos o Minho todo machucado carregando o Alby nas costas. Não ia dar tempo, então a coisa louca aconteceu. O Thomas correu para dentro antes de as portas se fecharem. Eles sobreviveram. Foram os primeiros a conseguir.

—Isso é.. loucura.. Mas se levar em conta tudo o que já aconteceu nos últimos dois anos que me mandaram pra clareira, diria que não é tão impossível de acreditar. Um dia as coisas teriam que começar a mudar, não é?

Chuck deu de ombros.

—Estou aqui há pouco tempo, mas já me acostumei com as loucuras.

No tempo seguinte eles ficaram tagarelando sobre coisas banais. Quer dizer, a maior parte das tagarelices vinha do garoto baixinho; quando ele começava a falar, não tinha quem o controlasse. Mas Camille não se importou, era isso ou ficar o dia todo jogada em um canto sem absolutamente nada para fazer.

No final da tarde parecia que ela ia morrer de tédio. Quando finalmente a noite chegou e a fogueira foi acesa, correu para lá. Estava ficando faminta e o jantar já cheirava bem. Se sentou em um local perto do fogo para se aquecer. Ela viu Minho e Newt vindo em sua direção quando algo lhe chamou mais a atenção. Era um garoto alto e corpulento, o rosto tinha sinais de brigas recentes, de uns dias atrás talvez.

Esse deve ser um dos idiotas que o Minho falou.

Ei trolhos- o garoto se levantou, chamando um pouco de atenção.- Soube que chegaram coisas para a nova clareana hoje cedo. O que será de nós agora, ein? Daqui a pouco ela vai nos ensinar a passar batom.

Alguns garotos riram, provavelmente os amigos dele.

—O que me diz trolha?- Se voltou para ela.- Acha que consegue aguentar o ritmo daqui? É bom saber que não costumamos pegar leve só por que é uma garotinha.

—Já acabou?- Ela perguntou, o olhando com indiferença.

Ele não gostou de ser ignorado daquela maneira.

—Isso é uma piada. Os criadores estão brincando com a gente ou o quê? Mandar garotas fazerem o trabalho de homens é muita..

—Epa, peraí. Vai vir com machismo agora? Eu conheço garotas na outra clareira que te fariam sair correndo. Aliás, eu mesma poderia fazer isso.

—Não é machismo, é a verdade. E não se iluda tanto assim.

Ela riu. -Você é ridículo, na boa. Não tenho que ouvir isso de alguém como você.

—Por que? Por que é a verdade? Me esclareça então, trolha, o que vocês faziam lá? Brincavam de se maquiar? Será que colocavam vestidos nos verdugos?

Novamente alguns clareanos riram. Ela os ignorou. Ignorou todas as piadinhas. Mas o idiota continuou, perguntando sem parar do que ela se lembrava e fazendo piadinhas de mal gosto.

—Quantos anos você tem, ein? -ela se irritou- Oito? Porque ao menos a mentalidade é essa. Não preciso disso.- e se levantou, sairia de perto daqueles babacas.

O provocador riu, algo muito parecido com um grasnado.

— Que patética. Se diz uma corredora mas a pior coisa que deve ter sentido na vida foi ver uma unha quebrar.

Ela se voltou tão irritada para ele que o garoto nem viu quando ela lhe acertou um soco em cheio no rosto, fazendo-o se desequilibrar e cair em cima de outro clareano, que antes ria.

—E o que você sabe sobre ser um corredor, ein babaca? Quer saber mesmo de algo que me lembro? De algo que eu senti? Eu vi minha melhor amiga ser morta na minha frente por um verdugo, e eu não pude fazer absolutamente nada. Eu me senti um lixo naquele momento. E se quer saber, você é que é patético!- Ela sentiu seus lábios tremerem, mas engoliu o choro, não ia ser fraca na frente deles.

O garoto que se recuperara do choque teve um ímpeto lampejo de raiva e teria partido para cima dela se não fosse por Minho que se colocou no caminho.

—Já chega, trolho.

—Gally não aceitaria isso, se ele estivesse aqui, a faria apodrecer no amansador!

O asiático riu asperadamente.

—É mesmo? E onde está Gally agora? Já que gosta tanto daquele idiota por que não se junta a ele? Se quiser posso te mandar para o labirinto. Quem sabe você não faz uma festinha de piadas com ele e os verdugos lá dentro? E enquanto o dia não vêm e as portas não abrem a gente pode se divertir bastante enquanto eu te dou uma surra. - Estralou os dedos das mãos; os cantos dos lábios erguidos em um sorriso ameaçador.

O garoto recuou dois passos. Mas tentou manter a pose de durão.

—Não se meta nisso Minho.

—Qual o problema? É por que você prefere bater em garotas do que enfrentar alguém do seu tamanho? -Começou a andar lentamente em direção ao trolho.- Vamos, quero ver me enfrentar.

O valentão foi pra cima de Minho, mas o mesmo facilmente se esquivou e deu um soco tão forte no estômago do outro que o fez cair de joelhos.

—O que foi? Levante, cara de mértila. -O garoto continuou no chão com os braços envolvendo a barriga.- Ela tem razão. Você é patético. -então Minho se voltou para Camille.- Eai, você ta legal?

Ela fez que sim com a cabeça.

—Perdi a fome- murmurou.- Até amanhã.

E caminhou apressada, só queria ficar longe daquilo tudo.

***

Todos já estavam deitados quando Minho apareceu.

—Sem sono? -ele perguntou ao se sentar ao lado dela, que estava encostada em uma construção dali, apenas com um cobertor.

Camille sorriu sem graça. -É... a propósito, obrigada por.. você sabe, tudo aquilo antes.

Ele colocou os braços atrás da cabeça relaxado. -Fiz o que tinha de fazer. Ainda estou de babá, lembra? - e piscou para ela.- Aliás, belo soco. O trolho vai ficar com um olho roxo amanhã.

A mesma deixou escapar uma risadinha. -E devo dizer que não é a pior babá do mundo. E quem é esse Gally? Me parece ser um idiota.

—E era. O trolho correu correu para o labirinto depois de uma reunião do Conclave. Antes disso ele ameaçara matar o Thomas e me estrangular. -ela o olhou horrorizada e ele riu.- Relaxa, ele nunca conseguiria fazer isso comigo mesmo. Aquele mértila deveria agradecer a Deus por terem me segurado, ou eu teria lhe dado uma surra.

—Por que tudo tem que acabar com alguém batendo em outra pessoa, ein? -balançou a cabeça negativamente- Que seja.. de qualquer forma acho que te devo mais uma.

—E a lista de favores só aumenta. - Minho sorriu triunfante.

—Ei, mudando de assunto. É verdade que passou uma noite inteira no labirinto?- os olhos cheios de curiosidade, como uma criança quando vê um doce pela primeira vez. -O Chuck me contou.

—Ah, aquele garoto fala demais.- riu- mas é sim. Até eu mesmo acho um pouco difícil de acreditar mas...- deu de ombros.- Estou vivo e é o que me importa. E você, o que disse sobre sua amiga era verdade?

Camille desviou o olhar para as próprias mãos.

—Sim... -fez uma pausa por alguns segundos antes de prosseguir.- As lembranças não são muito claras mas eu me lembro dos... -disse as próximas palavras em sussurros. - dos gritos e de ela chamando por mim.. Eu fui tão fraca, tão inútil. Quando eu cheguei na clareira, era uma bebê chorona. -deu uma risada seca- ela sempre cuidou de mim, mas quando ela mais precisou eu não pude...fiquei com tanto medo. Me tornei a encarregada depois que ela se foi. Se eu ao menos pudesse ter a chance de voltar e..- reprimiu um soluço. As lágrimas escorreram antes que pudesse impedi-las. Virou o rosto para o lado, envergonhada de si mesma.

Minho segurou seu queixo entre os dedos e a fez olhar para ele, mesmo que a mesma não quisesse fazê-lo por pura vergonha. Não queria que logo ele a chamasse de fraca.

—Por favor, não chore. -ele murmurou, antes de secar-lhe as lágrimas com o polegar. Ela ficou surpresa, não esperava que ele lhe pedisse aquilo.

—Pra você é fácil falar. -fungou- Afinal, é um dos mais fortes nessa clareira. Conseguiu passar uma noite inteira no labirinto com vários verdugos na sua cola.

—Aquilo? Só conseguimos vencer porque o Thomas me deu uma ideia. O mérito de termos sobrevivido é dele, não meu. E você não e fraca. Qualquer outro nunca mais ia querer voltar ao labirinto depois de ter passado algo como o que você passou. Mas ainda mais que isso, você se tornou a encarregada. Enfrentou seu medo. Se isso não for uma grande demonstração de força, então não sei o que é. A sua pode não ser física, mas está escondida nessa sua cabecinha de mértila. -ela conseguiu dar uma risada abafada.- Agora, vá dormir. Isso é, se quiser correr amanhã.

—Vai me deixar correr? -perguntou surpresa.

—Não me faça mudar de ideia. Venho te acordar antes do Sol nascer, é melhor estar descansada.- Ele já estava se afastando quando ela o chamou.

—Minho. -Ele se virou para ouvi-la.- Não acho que foi só o Thomas. Você poderia ter abandonado o Alby e corrido para a clareira quando ele foi picado. Teria dado tempo de entrar. Mas em vez disso você o carregou, mesmo sabendo que o arrastar só ia te atrasar. Isso para mim é coragem o suficiente.

Ele a olhou por um tempo antes de sorrir e voltar a caminhar para a Sede.

—Boa noite trolha.- ela ainda o ouviu dizer.

—Boa noite.-murmurou antes de pegar no sono.

***

Camille acordou com uma lanterna apontando pra sua cara.

—Abaixa essa coisa.- resmungou antes de seguir Minho para a casa dos Mapas. Era basicamente a mesma coisa da outra clareira, ou seja, ele não precisou lhe explicar nada. Então prosseguiram. Chegaram a uma fenda irregular em um canto atrás da Sede. Minho tirou do bolso uma chave e abriu uma porta desconjuntada que levava a uma pequena despensa.

Lá haviam alguns suprimentos adequados para os corredores.

—Será muito ruim ficar correndo com seus coturnos. Vai precisar de tênis de corrida. -Ele analisou.- Mas não acho que vamos encontrar um aqui para você..

—Isso eu resolvo. Veio um par ontem junto com as roupas.

—Ótimo. E me parece que já tem o relógio de pulso. Aqui está uma mochila. Pode enchê-la com garrafas de água, a lancheira para levar comida e o que mais quiser levar daí. - Ela fez que sim e se abaixou ao lado de algumas caixas. De lá foi tirando e analisando algumas coisas antes de puxar, totalmente sem a intenção, uma cueca. Branca. Box.

Agradeceu a Deus por ele não ter notado a vermelhidão que se formou em seu rosto. Pelo menos, assim ela esperava.

—Ah, isso- ele começou a falar

—Esquece, melhor eu não saber. - E jogou de volta dentro da caixa.

Ele assentiu tranquilizado. Não estava nem um pouco afim de lhe explicar como gostava daquelas.

—Venha. -Minho tirou umas caixas de um canto da despensa, revelando um alçapão que ia direto para o porão. Desceram, as escadas rangendo. Ele acendeu uma lâmpada fraca, revelando as armas nas paredes. Na verdade, viam-se armas em todos os lugares dali.

—Para você eu recomendaria facas. Ou arco e flecha. São bons para quem usa mais agilidade do que força.

Ela concordou com um movimento de cabeça.

—Sempre as preferi mesmo. -deu de ombros.

Então a coisa estranha aconteceu. Minho começou a tirar a camisa.

—O-o que está fazendo?

Ele a olhou.

—Tirando a camisa. -disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Ela bufou e desviou o olhar do tórax musculoso e bem definido. Não ia negar que ele era.. uau! Não só o corpo mas também suas feições. Ele realmente era lindo, mas ela nunca admitiria isso em voz alta.

—Ta legal, você pode até encarar o labirinto lá fora mas se acha que apenas um soco como o de ontem vai fazer aqueles idiotas te deixarem em paz está muito enganada. Então, vamos começar o treinamento.

—Treinamento?- ela franziu o cenho.

—Isso. Agora, tente me acertar. -disse e fez uma postura ereta.

—Ta brincando né?

—Não temos o dia todo!- reclamou irritado. -Tente logo. Não se contenha.

Ela bufou, claramente irritada, e lhe deu um soco. Quer dizer, tentou né, pois ele segurou seu pulso no ar, tentou com o outro e ele, ainda a segurando, girou-a de forma que ela ficasse de costas pra ele. Prendendo-a firmemente. Camille chutou sua canela com força, fazendo-o afrouxar o aperto. Com um puxão brusco ela se libertou e deu um soco com toda força que reuniu no peito do garoto. Fazendo-o cambalear um pouquinho para trás.

Ele apenas sorriu e passou a mão onde ela antes o atingiu.

—Novamente.

E assim seguiram, passou-se mais de uma hora com várias tentativas frustradas. Ele não revidava, apenas a parava. Ela já estava ficando cansada daquilo mas o garoto parecia se divertir sem nenhuma demonstração de cansaço.

Mas que droga. Ele é de ferro ou o quê? Pensou com frustração. Não sei por que ele está fazendo isso, como ele mesmo disse, sou melhor com agilidade e lógica. Isso é ridículo!

Então resolveu usar a cabeça e observar seus movimentos atentamente. Fingiu que ia dar um soco desesperado, e ele sorriu sabendo que ia pegá-la de novo.

Não dessa vez bonitão.

E se abaixou, antes de completar o soco e lhe deu uma rasteira, fazendo-o cair no chão, surpreso. Subiu em cima dele antes que o mesmo pudesse se levantar e apontou a faca mais próxima para seu pescoço.

—Eu disse que era mais forte do que você pensava. Não se esqueça.

Ele levantou os braços se rendendo. Um sorrisinho nos lábios.

—Vai em frente.

—O quê?

—Me fez cair, agora pode me socar. É a vitória.

Ela hesitou por um segundo. Tempo suficiente para ele agarrar a faca da mão dela e inverter as posições. Prendeu os pulsou dela com uma mão e com a outra apertou a faca em sua garganta. Ela estava de joelhos e ele atrás dela.

—Nunca hesite. -Sussurrou em seu ouvido.

Por algum estranho motivo aquilo fez o corpo todo dela se arrepiar. Para de pensar besteiras Camille! Repreendeu a si mesma.

—Tenho que admitir que é mais forte do que eu pensava, mas também não se esqueça: se eu tivesse revidado em vez de apenas te segurar, você estaria acabada. Mas para aqueles trolhos de ontem, isso basta. Foi apenas um teste. -e a soltou- Você passou. Pode correr agora.

E começou a abotoar a camisa novamente.

—Apreciando a paisagem? -Ele perguntou e ela desviou o olhar, percebendo que o estava encarando.

—Cale a boca.- murmurou.

.....

—Mas sabe Cammie,- disse enquanto iam tomar o café da manhã.- eu prefiro assim.

—Assim o quê?

—É bem melhor você ser assim, pequena, delicada e usar mais a mente que os músculos do que ser grandalhona e corpulenta.-Ele fez uma careta, imaginando.- Quer dizer, não que haja problema nisso, mas não te imagino dessa forma. 

Ela riu encabulada. -Me acha delicada? E quanto a rasteira de alguns minutos atrás?

Ele arqueou as sobrancelhas. -Até tentando bater em alguém esses seus punhos são delicados. -ele balançou a cabeça negativamente. - Mas como eu disse para aqueles trolhos daqui deve bastar por enquanto.

—Prefiro não me rebaixar. -ela respondeu simplesmente.- Apenas ignoro. Sempre penso antes de agir, evita muita coisa desnecessária.. com gente desnecessária. Ontem foi uma questão de honra.

—Você tem uma maneira estranha de pensar.

—Talvez para um garoto.

—É.. talvez.

Ainda naquele dia eles, juntamente com Thomas, foram correr. Ela prendeu os cabelos com um elástico que encontrou, deixando alguns fios soltos de maneira casual. Por algum motivo que ele não conhecia, isso só fez Minho gostar ainda mais.

Balançou a cabeça, tinha que se concentrar.

—É isso ai, vamos correr trolhos.

E adentraram no labirinto.


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Notas finais do capítulo

É isso, obrigada por lerem! *o*