My Little Runner escrita por Angie


Capítulo 25
Newt e Camille


Notas iniciais do capítulo

Tá legal, lá vai...
Precisei reunir toda a minha coragem e cara de pau pra mostrar minha cara aqui novamente. Afinal, dois longos anos de hiatus! Não é pra qualquer um.
Primeiramente, é claro, queria pedir desculpas por fazer isso sem aviso prévio. Acho que parte de mim acreditava que eu conseguiria voltar antes de ter que anunciar uma pausa. Mas como já devem ter percebido, não rolou, rs. Sinto muitíssimo por não ter continuado esse projeto que nasceu com tanto carinho em meu coração, mas esses dois anos serviram como um bom aprendizado para mim.
A única coisa que realmente fiz que magoou a mim mesma foi ter parado de escrever. E não digo essa fanfic, mas parei mesmo! Não escrevi mais nenhuma estória ou o que fosse. Até excluí uns projetos de fics que tinha. Nem entrava mais no Nyah! para não me sentir culpada (não funcionou muito bem).
O negócio é: nunca excluí essa. Nunca nem cogitei essa ideia. Ela tem um lugar especial em meu coração e desejo ardentemente continuá-la, mesmo que demore.
De qualquer maneira, tenho pouca fé que alguém ainda esteja aqui para querer acompanhar, mas dedico esse capítulo para todos vocês que sempre leram.
Não vou me demorar mais, é isso.
Boa leitura! Espero que eu não esteja enferrujada, rsrs.



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O vento levava as pegadas da areia a medida que os clareanos andavam. Nenhum crank havia os atacado durante a noite, nenhum sinal deles foi visto, sabe-se lá porquê. Talvez fosse sorte, mas depois de tantas experiências não se dariam ao luxo de pensar nisso.

Apesar da ventania, o clima permanecia parcialmente igual a todos os outros dias, calor insuportável, o que não ajudava em nada no prosseguir dos clareanos. Fazia um tempo que ninguém pronunciava uma palavra, estavam todos ocupados demais com seus próprios pensamentos e em não escorregar nos montes de areia.

Minho ia a frente do grupo, atento a qualquer movimento suspeito. Qualquer crank alucinado que tentasse se engraçar para cima deles iria se ver com o asiático. Ao menos era isso que tentava se convencer durante o percurso. Ele preferia acreditar que não tinha medo de enfrentá-los, seria só mais um lunático que poderia chutar o traseiro e mandar chorando para casa. Bom, não era exatamente verdade. Aqueles caras eram monstros canibais, mas o pensamento o distraia, especialmente quando não queria focar em Camille.

Naquele momento se concentrava em encontrar Thomas e dar o fora daquela cidade horrorosa, mas era impossível não divagar sobre a garota. Ele gostaria de pensar que estava bem com aquilo tudo, que socaria a cara de Newt, não olharia mais para Camille e tudo magicamente se resolveria. Mas a verdade é que ele não estava bem e que não resolveria coisa nenhuma. Apesar disso, ainda queria bater em alguém, o que não vem ao caso agora.

A questão é, ele não sabia o que fazer.

Se fosse com outro cara, talvez ficasse apenas com raiva, mas não com Newt, não com seu melhor amigo. Doeu. Doeu vê-los juntos. Doeu pra cacete.

De qualquer forma, precisava focar naquela maldita prova para que pudessem sair vivos do deserto.

— Quando eu encontrar esses criadores, juro por Deus… — resmungou enquanto secava o suor da testa.

A cidade era um misto de areia e escombros, os prédios que deveriam ter sido magníficos agora afundavam em meio ao deserto. Em certos pontos mais voltados para o centro caminhavam em uma espécie de piso cimentado, como um asfalto antigo. Espalhados pelas ruas encontravam lixo e até mesmo restos de cadáveres. Nenhum clareano se sentiu a vontade para falar a respeito, apenas passando longe daquilo. O cheiro desagradável fazendo com que torcessem o nariz.

Minho franziu o cenho espremendo os olhos de modo que pudesse avistar as montanhas ao longe. Elas se erguiam magníficas após o fim dos prédios, indicando os limites da cidade.

— Beleza trolhos, já passou da hora de arrastarmos o Thomas de volta para nosso bando. — anunciou — Ele já deve ter namorado o suficiente com a garota crank. Se Jorge estiver certo e ela o levar para o outro lado da cidade, temos apenas que seguir naquela direção e rapidinho os encontraremos.

— Eu não faria isso se fosse você, hermano.

Os clareanos, que já se animavam pela possibilidade de sair da cidade, voltaram-se para Jorge em busca de uma explicação.

— Esse lado está infestado de cranks. Não bonzinhos como eu, é claro.

— Só decidiu nos avisar disso agora? — a voz de Caçarola se fez presente, demonstrando a frustração de todos ali — Deixou que andássemos até aqui.

O adulto suspirou, coçando o pescoço.

— Não me culpem pela falta de noção de vocês. Esperava que percebessem, mas me parece que seu líder não está raciocinando muito bem agora. — lançou um olhar demorado para Minho, que estranhamente não revidou a provocação. — Oh, certo. Não é um bom momento. Se ficarem bem quietos poderão ouvir.

Ninguém entendeu a fala, mas se concentraram em ouvir qualquer que fosse o ruído existente. Aos poucos começaram a perceber uma batida distante, como uma espécie de música num canto fechado. Os clareanos imediatamente começaram um burburinho, tentando compreender.

— Mas que diabos… — Minho se surpreendeu — Essa gente alucinada faz festas?

— Acredite quando digo que vai encontrar de tudo nessa cidade. Aqueles cranks ainda possuem consciência o suficiente para isso, mas não se engane achando que serão gentis com vocês. Podem não ser canibais ainda, mas não perderão a oportunidade de te matar ou levá-los para o lado deles.

— Ainda? — a voz de Newt surgiu num murmúrio — Só espero que o Tommy não tenha se metido naquilo, com a sorte que tem…

— Brenda está cuidando daquele garoto. De qualquer forma, é melhor darmos a volta.

Ninguém contestou, a música distante parecia macabra aos seus ouvidos. Após alguns minutos de caminhada um incômodo foi sentido, como se algo, ou alguém, estivesse espreitando nos escombros. Jorge comprimiu os lábios rapidamente e fez um sinal discreto para o líder dos clareanos.

— Presumo que também percebeu nossos amiguinhos nos espiando.

Minho assentiu varrendo os olhos escuros pelo local sem nunca parar de andar.

— O que sugere? A essa altura, gostaria apenas de berrar para que mostrem as caras de uma vez.

Jorge bufou, prestes a responder que chamar mais atenção seria apenas estupidez, mas reformulou as palavras.

— Quem quer que seja deve ter me visto e sabe que comando alguns cranks dessa cidade. Comandava, ao menos. — suspirou — Provavelmente só estão curiosos, se não nos atacarem é melhor para nós.

O asiático queria contestar, odiava a ideia de ser observado, mas não podia deixar de sorrir com o pensamento, a ironia era palpável. Afinal, viveu por anos em uma maldita clareira sendo vigiado por cientistas desconhecidos. Era como um ratinho de laboratório.

— Precisamos de comida. — disse, mudando o rumo da conversa, mas sem parar de prestar atenção por um segundo — Acha que pode arrumar mais uma gororoba daquelas?

— Mas é claro, hermano. — Jorge mostrou os dentes num sorriso esquisito.

 

***

 

O galpão abandonado cheirava a poeira, mas ainda era um colírio para os olhos. Espalhados pelo chão estavam pilhas de uma comida enlatada, a embalagem metálica mantendo o alimento consumível. Aquilo tudo pertencia a uma enorme fábrica que estava ligada à um prédio imenso, como explicara Jorge alegremente, os cranks tinham comida de sobra antes de enlouquecerem e desejarem devorar cérebros. Os clareanos ainda tinham dúvidas se o homem falava sério ou não, mas era melhor não perguntar.

As pessoas que os observavam antes deveriam ter se cansado, pois na metade do caminho os garotos já não tinham mais a sensação ruim de serem vigiados. De qualquer forma, não abaixariam a guarda tão facilmente.

Ninguém pensou duas vezes e logo estavam empoleirados no chão de concreto, devorando mais comida do que deveriam aguentar. Cada mísera parada que tinham para descanso era um alívio geral, perderam as contas da última vez que uma noite de sono decente fora concebida a eles. A ideia da clareira agora parecia reconfortante.

O calor durante os dias e a caminhada contínua eram mais fatores que aumentavam o cansaço, sendo assim, nem mesmo Minho reclamou quando os clareanos resolveram cochilar após a refeição. Estava esparramado com as costas apoiadas em uma parede e não iria mentir, ele mesmo precisava de um bom descanso, principalmente porque na última vez que pararam não havia pregado o olho nem por um segundo. A princípio se oferecera para ficar de vigia apenas na primeira hora, mas logo percebeu que sua mente turbulenta não o deixaria dormir de modo algum. Agora, entretanto, deixaria a tarefa de vigia para outro trolho qualquer.

Acompanhou a silhueta de Newt com o olhar quando o garoto anunciou que teria a ronda da vez, enquanto os outros poderiam cochilar. Sua cabeça pendeu para o lado e procurou por Camille como numa ação automática. A encontrou num canto perto de outros meninos, na direção contrária a que estava, parecia extremamente interessada em encarar seus próprios sapatos. Ficara calada durante todo o percurso, de certa forma aquilo o incomodava, mas era melhor assim, era mais fácil.

Apertou os olhos, não queria sua mente divagando para lugares complicados.

O loiro por sua vez mantinha uma expressão calma, inalterável, como se soubesse que não poderia fazer nada no momento para melhorar os ânimos. Apesar disso, seu interior também girava com uma enxurrada de pensamentos. Thomas ainda estava desaparecido, e só o encontrariam novamente do outro lado da cidade, isso, é claro, se o plano de Jorge desse certo, não duvidava da capacidade do amigo para mudar tudo, o garoto era um ímã para problemas. Os cranks pareciam cada vez mais misteriosos e assustadores, ainda estava inquieto pensando nas pessoas que os vigiavam mais cedo. Como se já não bastasse tudo isso, ainda tinha o problema da vez, Camille e Minho.

Ele sabia muito bem que a culpa era sua, nada disso teria acontecido se não houvesse enlouquecido e beijado a garota de repente. Ainda não tinha conseguido formar uma boa explicação para o acontecimento, era inacreditável até mesmo para ele. A pergunta que não queria calar em sua mente era: por que diabos fizera aquilo? Não tinha uma resposta concreta. A única coisa que sabia era que não gostava dela daquela maneira. Minho era seu melhor amigo e nunca teria feito nada que pudesse estragar aquilo, mas não era só esse o motivo para nunca pensar em beijar a garota. Camille sempre foi uma amiga desde o momento que surgira na clareira. É claro que ela era bonita, ele não era cego nem idiota, entretanto aquilo nunca foi algo que o fazia querer estar com ela de uma forma diferente da amizade.

 

 

Meia hora se passou num estalar de dedos, os pensamentos o distraiam facilmente do horário. Os roncos e suspiros dos clareanos indicavam que o sono já havia levado vantagem, era impressionante como eles conseguiam dormir a qualquer momento. Passos ao seu lado chamaram sua atenção e levantou a cabeça para ver quem se tratava. Camille.

— Se importa? — ela perguntou, apontando para o lado dele como se pedisse permissão para ficar ali. Newt acenou com a cabeça.

— À vontade.

A garota então se abaixou a seu lado, cruzando as pernas ao sentar.

— Como você está? — ele ainda perguntou, vendo-a pelo canto dos olhos.

— Normal, eu acho. — deu de ombros, fingindo casualidade. Newt bufou.

— Fala sério. Você está péssima, trolha. Nem mesmo ouvi sua voz hoje.

Ela sorriu envergonhada, ele tinha razão. Aquele não entraria para sua lista de melhores dias. Ambos ficaram calados por alguns minutos, o silêncio era agoniante. Camille respirou fundo, pronta para conversar e tentar esclarecer a situação.

— Sei o que vai perguntar. — Newt disse antes que ela pudesse se pronunciar, ele continuava a encarar o espaço a sua frente, como se realmente estivesse focado em vigiar os clareanos. — Se eu falar que sei o que te responder, estaria mentindo.

— Oh, por favor. Me diga que as coisas não vão ficar estranhas entre nós.

Newt riu com o nariz.

— Mais do que já estão?

Camille encolheu os ombros, tristonha. O britânico suspirou.

— Tudo bem, tem razão. É melhor resolvermos isso de uma vez. — disse fazendo um sonal para que ela tomasse a dianteira.

— Tá legal, lá vai… — ela se permitiu uma pequena pausa, tomando coragem — Não sei por que fez aquilo e, sinceramente, tenho receio de saber. Parece que tudo está de pernas para o ar agora, nada faz sentido na minha cabeça. Nunca imaginei que se sentisse dessa maneira, bom, talvez eu seja um pouco tapada, mas essa não é a grande questão! — Newt arqueou as sobrancelhas, Camille falava tudo numa grande velocidade e sem nem mesmo olhar para o garoto, gesticulando freneticamente como se estivesse conversando sozinha — Não me entenda mal, você é um cara muito atraente, além de uma das melhores pessoas que já conheci. Bom, ao menos as que me lembro de ter conhecido, não importa. De qualquer forma, eu não sei como te dizer isso ou como as coisas ficarão daqui pra frente, mas...

— Uou! Vai com calma, Cammie. — o garoto disse em tom de riso, já entendendo onde ela pretendia chegar e achando a situação estranhamente cômica.

— Como devo ficar calma? — parecia que ela iria entrar em combustão a qualquer momento — Quer dizer, não se trata apenas de mim, o Minho deveria estar participando dessa droga de conversa!

— Cammie…

— Oh, Newt. Por que não me disse algo antes de fazer aquilo de repente? Qualquer sinal seria de bom tamanho.

— Camille…

— Não importa, já aconteceu mesmo, então o que nos resta a fazer é…

— Camille! — Aumentou o tom de repente, fazendo a garota finalmente parar para ouvi-lo. — Será que dá para fechar a matraca por um segundo e me ouvir?

Ela mordeu os lábios, ainda tinha muito a dizer, mas se conteve. Newt puxou uma grande golfada de ar antes de continuar.

— Cammie, eu não gosto de você. — a garota não se moveu, o encarando sem reação. — Digo, é claro que gosto de você, mas não do jeito que pensa que estou gostando de você. — disse, repetindo as orações de forma exagerada para que ela pudesse entender exatamente o que ele queria dizer.

Ela ainda esperou uns três segundos antes de reagir,

— Não?

Newt negou com a cabeça, contendo o riso.

— Não, trolha. Você é minha melhor amiga aqui. E isso não tem nada a ver com você ser a única garota para fazer amizade, estou sendo genuinamente sincero.

Camille pareceu se libertar de um enorme torpor, as palavras do garoto finalmente sendo processadas em sua mente.

— Por que diabos não disse isso antes? Eu estava fazendo um esforço enorme aqui.

— Você não calava a boca! Parecia que estávamos tendo um monólogo.

— Oh. — Camille ficou vermelha — Tudo bem, desculpe.

Ela ainda pareceu refletir por um curto período de tempo antes de fazer a pergunta que martelava em sua cabeça.

— Mas espere, se está mesmo falando sério, então por que raios você me beijou?

Newt bagunçou os cabelos, inquieto.

— Já disse que não tenho uma resposta pra isso, trolha.

— Como espera que eu fique bem apenas com um “não sei”? — ela o repreendeu, fazendo-o jogar os braços para cima em frustração.

— Olha, tive muito tempo para pensar sobre isso enquanto andávamos, ao menos era algo que me distraía do Sol escaldante. — fez uma pausa, organizando-se mentalmente — Cammie, acho que esse deserto está mexendo com meus miolos. Nós estávamos tendo aquela conversa sobre arranjar uma namorada e de repente você só estava perto demais. — massageou as têmporas, irritado com a explicação ridícula que conseguira formular — Foi burrice, eu sei. Mas aconteceu.

— Aconteceu…

— Bom, não foi nenhum acidente ou coisa do tipo. Não pensei no que estava fazendo, só o fiz. Desde então me pergunto que mértila foi aquela.

Ela arqueou as sobrancelhas.

— Me beijar foi tão ruim assim?

— Eu não queria fazer isso, mas você me obriga a dizer a verdade, Camille. Beijar os verdugos deve ser mais satisfatório.

Ela não pôde resistir ao riso, dando um soco brincalhão em seu ombro. Aquele era o amigo que tanto conhecia.

— Não me lembro de ter beijado ninguém antes — ele comentou, pensativo.

— Oh, eu aposto que deve ter feito muito sucesso antes de acabar naquela clareira. As meninas deveriam ser loucas por você.

— Não tenho dúvidas, alguém conseguiria resistir a minha beleza encantadora?

Camille sorriu antes de morder os lábios, receosa.

— Então… Não sente nada mesmo por mim, certo? — questionou, querendo uma garantia.

— Não, Cammie. De verdade. — ele a olhou no fundo dos olhos e ela pôde enxergar a sinceridade explícita. Não se aguentou.

— Ah, graças a Deus! — dito isso abraçou Newt sem pensar. — Você não tem ideia de como as coisas ficariam complicadas.

— Quanto a isso, posso ter uma ideia de como as coisas ficariam. — suspirou, afastando-a para encará-la — Ele ainda não fala com você?

Camille pareceu murchar, negou com a cabeça.

— Não se preocupe, as coisas vão se resolver. Assumo total responsabilidade pelo ocorrido. — Newt acrescentou — Não que me orgulhe de ter causado essa confusão.

— Eu e você sabemos como o Minho consegue ser cabeça dura, ele não vai querer me escutar por tão cedo. Bem, não o culpo por isso. — ela parecia abalada — Ele está magoado.

— Falarei com ele. — Newt garantiu — Nem que eu berre, mas o farei escutar.

Ela não se mostrou convencida, apenas concordando com um leve movimento da cabeça.

— Vamos, Cammie. Não fique assim tão pra baixo, vou concertar as coisas dessa vez.

— Eu só odeio como tudo está agora. — confessou — Odeio o fato de sentir falta dele, mesmo que ele esteja bem ao meu lado. Ele nem mesmo olha pra mim, é frustrante.

Newt a analisou por alguns segundos. Pelo tanto que conhecia Minho, sabia muito bem que o amigo deveria estar sempre a observando de relance.

— Só não pense nisso agora, tá legal?

Ela suspirou. — Tem razão, preciso me concentrar em encontrar o Thomas. Sabe-se lá em que estado ele se encontra agora.

— O Tommie dá conta, ele deve estar se virando sem nós, ao menos por enquanto. — comentou, era melhor não pensar muito em coisas ruins que poderiam acontecer. Esfregou as mãos uma na outra — Tá legal, trolha. Vá descansar um pouco.

Ela concordou, observando os feixes de luz que atravessavam as fissuras do teto e paredes do galpão. Os tons alaranjados indicavam que a tarde estava quase chegando ao fim. Deveria ser umas 17h, mas não se importou em conferir no relógio de pulso.

— Obrigada pela conversa. — ela o agradeceu sinceramente antes de se dirigir para o canto de onde viera.

Em uma outra extremidade, rente a parede, o asiático ainda acordado encarava o teto de concreto. Parecia envolvido em um turbilhão de pensamentos. A conversa de Camille e Newt se repetindo em sua mente.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Uau, é isso aí. Estou de volta.
Não sei se alguém ainda vai ler, mas mais uma vez quero pedir sinceras desculpas.
E antes que eu me esqueça, queria agradecer de coração a Sam que deixou uma linda recomendação há uns dois meses. É a décima primeira, estou lisonjeada ❤
Também não posso me esquecer da Glads, que vivia me cobrando essa fic e sempre me incentivava a voltar. Nem sei se ela vai estar aqui agora, mas eu não poderia deixar de citar isso.
E por último, mas não menos importante, à minha amiga de colégio que por um acaso descobriu que eu escrevi isso e me enlouqueceu para que voltasse a escrever, rsrs. Obrigada ❤