Maya’s Pvo

– Brook, eles já chegaram? – perguntei novamente.

– Ainda não Milady. – respondeu minha tenente.

– Pelos deuses que demora. – reclamei.

– Se acalme lady Maya, por favor. – pediu Brook.

– Me desculpe Brook, é que estou muito ansiosa para a chegada dos deuses. – falei. – Mas só por curiosidade está tudo em ordem?

– Sim senhora. – respondeu. - Temos poltronas para todos, a mesa esta arrumada, o chá de ervas silvestres está no ponto, temos mel, açúcar e creme para por no chá, caso queiram, e os brownies estão do jeito que gosta, com muito chocolate. Então, como está tudo certo, porque a senhora não se senta, toma um chazinho e relaxa?

– Tem razão! – exclamei.

– Viu? – concordou minha tenente / melhor amiga – E enquanto isso eu, Penny e Cassie vamos procura-los.

– Brook! Você é uma gênia! Vá logo, sim! – pedi.

– Sim senhora.

Enquanto minha três tenentes procuravam os deuses que, para mim, estavam perdidos, eu fiquei reorganizando a mesa e pensando em algumas frases para iniciar a conversa (sou uma deusa, mas ainda fico nervosa quando conheço gente nova tá?).

Ate que enfim ouvi Brook recitando os versos para entrar na clareira onde eu ficava.

Então corri para a poltrona mais próxima, me sentei, ajeitei meu cabelo e vestido e ainda teve tempo para pegar uma xicara de chá.

Quando eles entraram fiquei abismada com a beleza de um jovem rapaz, ele tinha cabelos negros e bem desarrumados, olhos negros como ônix, pele clara, quase pálida e de um corpo atlético.

– Olá, meu nome é Maya, vocês devem ser os deuses que meu pai falou. Sentem-se, por favor, temos muito que conversar.

– Prazer, Nico. – apresentou-se no homem de cor de papel.

– Hazel. – ela era bonita, mas algo me dizia que estava pouco a vontade.

– Frank. – falou um homem/armário com jeito asiático

– Annabeth. – disse uma loira de olhos cinza tempestuosos, ela parecia ser muito sábia.

– Percy. – ele tinha um jeito descontraído, mas seu corpo dizia que tinha experiência em lutar contra monstros.

– Piper. – ela tinha uma voz doce e gentil, além de ser muito bela.

– Jason. – ele era um rapaz belo, mas tinha o porte de um líder nato.

– Pode me chamar de Leo ou bad boy supremo – eu não pude evitar dar uma risadinha ao ouvir o elfo latino.

– Reyna. – ela tinha um rosto belo e duro como a de uma verdadeira líder, assim como Jason.

– Sejam todos bem vindos ao Lake Placid. – falei. – Preparei um pequeno lanche, aproveitem.

– Lady Maya – começou Nico

– Podem me chamar de Maya

– Quando você pretende ir ao Olimpo?

– Bem, quando quiserem.

– Então, podemos ir agora?

– Claro. – respondi. – Só tenho que avisar minhas tenentes e fazer uns ajustes. Mas antes me falem um pouco sobre vocês. Quem eram vocês antes de serem deuses?

– Nós éramos semideuses. Lutamos na guerra contra Cronos e contra Gaia. – respondeu Percy.

– E então, depois de alguns anos fomos transformados em deuses. – completou Jason.

Durante alguns minutos fiquei escutando suas maravilhosas aventuras e imaginando como seria vive-las.

Mas como sempre, minha sorte me abandona.

Sou tirada de meus devaneios quando escuto um grito de dor e de repente vejo minha tenente vindo aos tropeços ate mim.

– Brook! – grito horrorizada e corro ate ela que despenca em meus braços. – O que aconteceu?

Eu a deito na grama e vejo que em sua barriga havia o cabo de uma adaga.

Uma adaga de gelo.

– Lady Maya – disse Brook com uma voz moribunda

– Shiu. – falei – fique quieta.

–Senhora – começou. – me desculpe, mas terei que desobedece-la. Bóreas e seus filhos estão vindo. A senhora precisa sair daqui urgentemente.

E ao disser isso ela se transformou em um punhado de folhas.

Durante algum tempo eu fiquei só observando as folhas, que um dia foram minha melhor amiga. Sem nem ligar para o fato de o vento norte estar a minha procura.

E então eu senti uma mão fria em meu ombro, era Nico. Em seus olhos pude ler uma mensagem bastante clara: “sei que está triste, mas temos que ir”, porém eu não consegui me levantar. Eu não podia acreditar que Brook havia morrido.

E então ele ajoelhou se ao meu lado, parecia entender o que eu sentia, eu estava tão desolada, que em um gesto quase involuntário apoiei meu rosto em seu peito e chorei coloquei todas as minhas frustrações para fora, toda a pressão de ser uma deusa, que eu nunca pude demonstrar. Eu simplesmente desabei, mas o que mais me chocou foi quando senti seus braços em volta de mim.

Quando finalmente me acalmei eu levantei, olhei no fundo de seus olhos e disse:

– Obrigada

– Não foi nada

– Papai, por que todos sempre a amam? Eu sou muito mais bonita e legal! – disse uma voz que eu não reconheci

– Por que ela é bela e não consegui se proteger sozinha, ou seja, é muito indefesa. E além do mais ela não é convencida como você.

– Quione! – falou Jason.

– Olá, Grace. Você está uma graça.

– Serio Quione? De novo com essa piada? – perguntou Piper.

– E pensar que eu já tive uma queda por ela. – resmungou Leo.

– O que faz aqui Bóreas? – perguntei - Já não causou sofrimento demais?

– Ah! Você está falando daquela ninfa estúpida? Eu adorei enfiar aquela adaga nela, que ousou se opor a mim! A mim, Bóreas, o maravilhoso deus do vento norte. Ela não era necessária não é querida?

– Não fale assim de Brook, ela deu sua vida por mim e isso não será in vão. Você nunca me terá como esposa. Nem que para isso eu tenha de ir ao tártaro ou desaparecer, como lorde Pã fez.

Em quanto eu falava eu acabará que havia atraído: sátiros, ninfas, animais e monstros como: leões da nemia, drakons, cães infernais e muitos outros que não pude contar.

E ao mesmo tempo em que eu os invocava, Percy, Nico, Jason, Annabeth, Piper, Frank, Leo, Hazel e Reyna sacaram suas armas e do nada apareceram dois galgos de metal um dourado e o outro prateado.(que na hora achei melhor não comentar)

– E ai? vai encarar? – provocou Leo.

– Pai, acho que estamos em desvantagem. – disse Quione.

– Claramente estamos. – retrucou Bóreas – Bem, agradecemos a hospitalidade, mas já estamos de saída.

E da mesma forma que apareceram, eles desapareceram. Sem deixar rastros de seu paradeiro.

Então me virei para Nico e disse:

– vamos para o Olimpo, agora. Tenho que falar com meu pai.