Once In a Lifetime escrita por selinakyles


Capítulo 13
You think that's funny, Princess?


Notas iniciais do capítulo

Olá, adoráveis padawans!
Deixo aqui pra vocês mais uma atualização muito da atrasada - e não revisada.
Espero que perdoem os errinhos e se divirtam! Mwaa!



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Chapter thirteen –


Quatro anos atrás –


Ofegante e imersa em seu próprio desespero, foi assim que Clarke adentrou as portas da enfermaria naquela noite. A maquiagem feita com tanto esmero se desmanchara, manchando as bochechas pálidas conforme o rastro das lágrimas que havia derramado.

Por ele. Ela as derramou por ele.

O longo vestido azul impecável agora se resumia em trapos que esvoaçavam conforme suas pernas corriam pelos corredores, a adrenalina fazendo com que seu coração batesse tão forte em seu peito que ela realmente pensou que ele sairia por sua boca a qualquer momento.

Idiota. Estúpido.

Clarke sequer teve tempo de vivenciar um coração partido, estava preocupada demais com a condição que o Blake mais velho deixou o salão de festas para sentir algo que não fosse angústia. As sardas que tanto amava escondidas por uma escassa camada de sangue, os olhos repletos de uma fúria que ela nunca havia presenciado antes.

A atenção de Clarke pousou na silhueta máscula do moreno, e então o grande furacão de sensações nublou seus sentidos. Sua respiração ainda irregular estagnou-se em seus pulmões pela fração de segundos que aquelas íris escuras se prenderam nas suas, e os músculos de seu corpo então puderam relaxar.

Bellamy estava bem. Aquele idiota estava bem, e isso era tudo o que importava.

“Era para você estar no posto de inspetor e não socando os alunos, Blake.” Clarke segurou o sorriso aliviado que tanto queria criar vida em suas feições. Depois de toda aquela corrida, todo aquele desespero, ela finalmente conseguia respirar.

“Mãe é você?” Uma ruga se criou entre as sobrancelhas negras do moreno, e então o riso melodioso da Griffin invadiu seus ouvidos como música. Ele poderia se acostumar com aquilo.

“Sempre soube que você não era o cara para esse trabalho. Como presidente do conselho estudantil, Bellamy Blake, você está demitido.” Ela se aproximou vagarosamente com a sutileza de um felino, estudando cada detalhe do rosto de seu protetor. “Você sabe que não precisava disso, não sabe?”

O sorriso no rosto do moreno se desmanchou, dando lugar para uma serenidade que Clarke não estava acostumada a ver. Não pode deixar de notar o quanto sua beleza se intensificava naqueles momentos, mostrando um lado de Bellamy que ela não se importaria de ver mais vezes.

Se ele apenas não fosse tão atrevido grande parte do tempo...

“Você sabe que ele precisava de uma surra.” Sua voz saiu em um muxoxo irritadiço conforme sua atenção passeava por cada parte daquele cômodo, menos o rosto daquela que o olhava como se estivesse vendo uma pessoa desequilibrada em sua frente.

“Mas não por mim. Você não tinha que ter feito aquilo por mim.” Clarke tocou o hematoma arroxeado que se destacava nas maçãs daquele rosto, e sentiu o corpo do moreno estremecer sob seu toque.

Era em momentos como aqueles que ela tentava ignorar as pequenas coisas, os pequenos detalhes. Bellamy pousou seus olhos tão escuros quanto uma noite sem estrelas no rosto da garota, olhando-a por uma fração de segundos que pareceu uma eternidade; os olhos vermelhos, a maquiagem borrada, os lábios secos, os cabelos desgrenhados.

Ela estava uma bagunça. Tudo aquilo por um bastardo sem caráter que não sabia manter seu amiguinho dentro das calças. Uma escória que foi capaz de magoar não só Clarke, mas também Raven no percurso.

A satisfação em vê-lo sangrar, torturá-lo com suas próprias mãos, nunca seria suficiente.

“Eu fiz por Raven também.” Sua voz indiferente não refletia nem um terço do que realmente se passava ali dentro. Não transmitia toda a frustração e raiva que sentia de vê-la daquela forma por Finn Collins, ou pelas reações que seu corpo tinha ao vê-la tão próxima.

Aquilo era ridículo. Ele era Bellamy Blake, e Bellamy Blake não se sentia daquela forma. Seu corpo não se estremecia daquela forma ao ser tocado por outras mulheres. Seu peito não doía sempre que via outras mulheres desabafarem seus desamores em seu ombro. Sua garganta não secava ao ter que presenciar o que ele presenciou aquela noite, não com outras mulheres.

Maldita Clarke Griffin. Ela havia entrado em seu sistema tão sorrateira quanto uma doença.

Olhar naqueles olhos azuis nunca fora uma tarefa tão difícil como estava sendo naquela noite.

“É esse o futuro que sua mãe quer pra você? Maldito Finn Collins? Só pode ser brincadeira.”

Clarke observou toda raiva que emanava daquele corpo quase achando graça, entretanto, aquilo era algo que aquela situação não permitia. Octavia e sua língua grande haviam feito seu trabalho de casa com bastante eficiência, levando em conta que ela não esperava que Bellamy tivesse conhecimento sobre os planos de sua mãe tão cedo.

Bem, ela não esperava. Isso não queria dizer que não aconteceria. Se sentia tão sortuda em ter seu pai para apoiá-la contra aquele plano louco de sua mãe, por ter alguém como Bellamy para protegê-la mesmo que ela não precise. Sentia-se tão segura e querida, não poderia negar, eles traziam essa sensação aconchegante de proteção.

“Não vai acontecer.” Os dedos gélidos passearam pela testa dele, afastando os fios negros de seu cabelo. “Não vai existir um mundo onde eu permita Finn entrar novamente na minha vida.”

“Não estou contando com isso.” As sobrancelhas negras se uniram. “Como você não viu que ele estava saindo com as duas? Isso é humanamente impossível.”

“Talvez Raven soubesse.” Clarke deu de ombros, deixando que suas mãos caíssem de volta ao lado de seu corpo. “Eu desconfiei, mas minha mãe se sentia tão alegre com a presença dele e isso permitia que eu respirasse por alguns momentos. Acho que no final eu também o usei.”

Bellamy encarou os olhos claros por uma fração de segundos. Tão belos e tão vívidos quanto o mais lindo dos oceanos. Ele observou por mais alguns instantes os resquícios de maquiagem pelas bochechas pálidas, contendo a vontade de limpá-las com seu polegar e senti-las sob suas digitais.

Aquilo estava o enlouquecendo. Não conseguia imaginar um mundo onde Clarke Griffin se preocupasse daquela forma com ele. Jamais existiria um mundo em que ele seria digno de tê-la para si. Não ela, não Clarke.

Por que raios ele não conseguia tirá-la de sua mente? Aquilo só se tornava cada vez mais irritante. Era isso, aquela aproximação estava irritando-o. Ele precisava de ar, precisava ficar longe dela, precisava de um tempo consigo mesmo.

“Se afaste do Collins.” Ele disse ao se levantar da maca qual antes permaneceu sentado. “Ou esteja preparada para o pior.”

E sem olhá-la novamente, Clarke o assistiu passar pela porta como se não estivesse deixando nada para trás.

No final não pode conter o sorriso cantineiro que criou vida em seus lábios, iluminou seu rosto e acalentou seu coração. ‘

Ele se importava.


Dias atuais –


“Oh, eu devia ter previsto.”

Clarke parou na porta do quarto qual fora designada com sua mala em uma mão e sua nécessaire em outra, não conseguindo evitar a frustração estrondosa que sentiu ao ver o rosto compenetrado de Bellamy admirando as estrelas florescentes presas no teto.

Belos adornos, ela não pode deixar de reparar.

“Isso é o universo tentando nos mostrar algo, Princesa.” Bellamy sorriu ferino, voltando os olhos negros desafiadores para a loira. “Você sabe que o mundo pode dar voltas, mas nós sempre acabaremos no mesmo ponto, juntos. É inevitável.”

Clarke bufou, derrotada e cansada demais para sequer retrucar ou relutar. Amanhã teria uma conversa séria com Anya e a responsável por tamanho castigo. Afinal, o universo qual Bellamy se referia certamente se chamava Octavia Blake.

As malas deslizaram por seus dedos caindo de encontro ao chão conforme ela caminhava em passos languidos em direção a cama king size que parecia puxá-la como um imã cada vez que chegava mais perto.

“Não vai dar um piti, Princesa? Nem um ataque de frescuras?” O moreno a olhava como se aquilo que estava em sua frente não fosse uma pessoa, mas algo de outro mundo. “Você sabe, vamos ter que dividir um quadrado menor que a sala de estar do seu apartamento. Não te incomoda?”

“Nem um pouco.” Ela resmungou, deixando que seu peso caísse sobre o colchão confortável e os edredons macios. “Amanhã talvez. Afinal, você sabe que está destinado a dormir no chão.”

Bellamy ainda a olhava, pendendo o peso de seu corpo em uma das suas pernas. Não podia acreditar, mas se sentia frustrado. Em anos, Clarke nunca perdeu uma oportunidade de implicar com situações como aquela. E ele? Bem, ele nunca perdia a chance de importuná-la.

Era frustrante não ver suas bochechas pálidas erubescerem de raiva, ou a pequena veia pulsar em sua testa. Aqueles eram os momentos preferidos do Blake, ele não podia sequer negar. Por que raios ela não estava esperneando ou aos berros exigindo outro quarto?

Ele a assistiu se aconchegar em meio aos travesseiros, se envolvendo nos edredons. Os fios desgrenhados e dourados de seus cabelos se contrastando com o branco dos lençóis conforme se espalhavam, sua respiração se tornando tranquila à medida que seu rosto se torna pacífico.

Ele poderia se acostumar com aquilo, a admirá-la tão calma, tão em paz. O completo contrário do furacão que era quando seus olhos azuis se estalavam em raiva, quando sua personalidade forte se destacava, ou quando sua teimosia sobressaía todo o resto.

Clarke era a mais bela das visões. Em seu ponto de vista, o mais belo dos seres humanos. E ao mesmo tempo, o mais conflituoso que conhecia. Bellamy jamais conheceria outra como ela. Ele sabia, com todo seu coração, que a expressão em seu rosto naquele momento o denunciaria.

E por isso pediu aos céus que ninguém nunca visse naquela denuncia o que verdadeiramente tintilava em seu âmago enquanto a assistia dormir.

Era em momentos como aquele que ele não se importaria em admitir que amava cada pedaço dela. Até mesmo os quebrados, pois esses afeiçoavam-se aos seus próprios.

Só por hoje ele não se importaria de dormir no chão.


***


A primeira coisa que Clarke se tornou ciente naquela manhã foi os primeiros raios de luz que invadiam o quarto pela janela de guilhotina. Eles ardiam sob suas pálpebras, fazendo com que ela resmungasse em reprovação e se enrolasse ainda mais nos edredons macios daquela cama, desejando nunca mais ter que colocar os pés para fora dela.

A segunda coisa, Clarke se tornou ciente logo em seguida, ao sentir algo puxando de volta o tecido macio que a envolvia. A terceira veio imediatamente, a loira sequer teve tempo de assimilar o que acontecia em meio a nuvem de sono que ainda nublava seus sentidos quando percebeu o aparelho celular vibrando no bolso traseiro de seu jeans.

A única sensação que lhe atingiu naquele momento, além do grande incômodo que sentia ao revelar as íris azuladas para que aquela claridade as queimasse como fogo, era que algo estava muito errado. E que bem, aquele dia não poderia começar bem.

Ela colocou os pés para fora da cama, sentindo o frio do assoalho arrepiar cada centímetro de seu corpo, e então retirou o aparelho de seu bolso para visualizar a foto de seu melhor amigo piscando no visor.

Certamente, aquilo não podia ser bom.

“Bom saber que você ainda acorda com o cantar dos galos, Wells.” Clarke bocejou, ainda relutando para manter seus olhos abertos.

“Bom saber que você continua com seu mau humor matinal, Clarke.” Ela pode imaginar o sorriso discreto criar vida no rosto do moreno quase como se ele estivesse em sua frente, ainda vívido em sua mente.

“O que te faz apreciar voluntariamente meu mau humor matinal? Se disser que é saudade eu posso fingir que acredito.” Clarke se levantou, vagando seu olhar pelo quarto em busca de suas alpargatas.

O ar se estancou em seu pulmão assim que o sono finalmente trouxe de volta sua capacidade de raciocínio e seus olhos se prenderam na figura que dormia pacificamente envolto no mais profundo conforto.

Seu conforto. No conforto de sua cama. Ao seu lado. A noite inteira. Nos seus edredons.

Oh, merda.

“Não tão voluntariamente, temos algo importante para...”

“Wells.” Clarke o cortou rispidamente, sentindo uma onda de calor subir por todo seu corpo e se alojar nas maças de seu rosto. “Vou ter que te retornar depois.”

“Clarke...”


“Depois, prometo! Sem falta.” A loira desligou a ligação ainda estática. Os músculos de seu corpo se retesaram, e ela pode jurar que uma veia pulsava em sua testa conforme mil e uma formas de tortura se passavam por sua mente.

Bastardo. Maldito Blake, será que ele nunca lhe daria paz?

Clarke se aproximou em passos lentos, sorrateiros, para então puxar bruscamente o edredom em que ele havia se enrolado. O resultado de assisti-lo cair diretamente com a cara no chão não poderia ser mais satisfatório.

A alegria de vê-lo naquela situação emanava por suas feições e por seu riso alto que ecoava pelo cômodo. A qualquer momento parecia que lágrimas escorreriam de seus olhos, uma vez que ela já se curvava ao colocar a mão na barriga que se comprimia dolorosamente em meio a sua gargalhada.

Clarke sequer sabia que existiam tantos palavrões até eles saírem pelos lábios do Blake mais velho.

“Você acha isso engraçado, Princesa?” Ele se sentou incomodado com a sensação horrível de seu corpo quente se chocando com o chão gelado.

“Muito.” A loira tentava recuperar seu fôlego, e bem, vendo-o naquela situação só fazia com que falhasse miseravelmente. “Isso é o que ganha por ser um bastardo abusado. Poderia ter acordado muito bem sem essa.”

Bellamy bufou levemente irritadiço, levando a mão até os fios desgrenhados de seu cabelo. Deixando toda sua raiva de lado para estampar em seu rosto seu sorriso mais atrevido, se apoiando na cama para levantar.

“Oh não, valeu a pena pelo sono maravilhoso que tive ao seu lado.”

Clarke prendeu o riso ao ouvir as batidas nada sutis de Raven na porta, pronta para derrubá-la se não fosse logo atendida.

“Clarke, estamos atrasadas! Pelo amor de Deus, pare de ficar se amando com o Blake, vocês terão muito tempo pra isso depois, prometo!” Os choramingos abafados de Raven fizeram com que Clarke revirasse os olhos azuis, ajeitando sua postura para então encarar o moreno frente e frente.

“Espero que tenha mesmo aproveitado a piada.” Seu maxilar se tencionou conforme a determinação brilhava em suas íris. “É a última vez que eu sou obrigada a acordar e ter que olhar pra sua cara.”

Ela encarava diretamente o olhar repleto de atrevimento tão característico do moreno sentindo seu estômago latejar em sua barriga. Bellamy estava tentando lê-la, ela pode perceber. Ela o conhecia o suficiente para saber que cada frase ressentida e mal educada que ela direcionava a ele, era avaliada com uma minunciosidade peculiar.

Mania que só um detetive com um faro tão aguçado como o Blake teria.

E claro, as esperanças. Ela podia enxerga-las ali. Ele a avaliava em busca de resquícios daquela que existia por trás daquelas paredes, daquela máscara. Ansiava encontrar a garota que sempre protegeu e acreditou, aquela que existia antes da morte de Jake Griffin.

Aquela que roubara seu coração tão astuta quanto um gavião.

E bem, ele deveria saber que ela não permitiria que a visse. Não permitiria que ele acordasse.

Mais uma vez a voz de Raven a tirou de seus devaneios, fazendo com que seu corpo acordasse de seu transe momentâneo. E foi virando as costas que ela pegou suas alpargatas, seu cardigã e saiu pela porta.

Aquela era só mais uma das frustrações quais Bellamy já estava familiarizado. Essas tentativas falhas de tentar encontra-la e dar de cara com um coração fechado e frio, ameaças vazias e atitudes incompreensíveis.

Algo dentro de si lhe dizia que a hora de desistir estava mais perto do que ele gostaria de imaginar.

 


***


“Okay, vocês sabem que isso é loucura, não sabem?” Clarke segurou um dos adornos em formato de genitália masculina, soltando um riso nasalado em completa incredulidade. “Biscoitos em formato de pênis? Alugar um ônibus? Oh Raven...”

O sorriso da Reyes se abriu, e por um momento a loira pode jurar que viu a malícia da Blake mais nova se refletir ali. A convivência estava mesmo as afetando demais.

“O que?” Ela deu de ombros, zombeteira. “Vai me dizer que não é a cara da Octavia? Ela me mataria se não cumprisse meu dever de fazer sua festa de despedida de solteiro ser inesquecível.”

“Eu garanti minha parte nisso também.” Lexa se manifestou enquanto levantava duas fantasias penduradas em suas mãos. Uma de diabo e outra de anjo. “Quem será você hoje a noite, Clarke?”

Raven ergueu o cenho, assistindo as bochechas pálidas da loira adotarem um tom bastante revelador de rosa. Oh céus, aquilo seria mais difícil do que ela imaginava que seria...

“Não se engane, Lexie. Clarke não é muito fã de fantasias.” A morena recebeu despreocupadamente o olhar cheio de censura da loira. “Na verdade, ela só tem uma: com policiais.”

Clarke deu uma cotovelada nas costelas de Raven, escutando seu muxoxo em reclamação.

“Policial?” Os olhos esverdeados de Lexa brilharam em confusão.

“Não se importe, Raven está sendo engraçadinha.” O gesto desdenhoso de sua mão fez com que a morena sorrisse. “Não sei, estava pensando em vir de enfermeira...”

“Oh, tão clichê.” Rebateu a Reyes, organizando a mesa de biscoitos que havia no centro do ônibus. “Acha que ela vai gostar?”

Raven parou, pousando uma mão em sua cintura ao esperar pelas críticas sempre tão politicamente corretas da Griffin.

Alugar um ônibus era algo que Octavia havia comentado uma vez, em uma das diversas noites dos jogos que aconteciam na casa de Monty em sua adolescência. O sonho de ter uma despedida de solteiro inesquecível e uma festa de casamento incrível sempre foram desejos bastante característicos de Octavia Blake e sua necessidade de grandeza e atenção.

Octavia era assim, memorável. Desde que Raven a conheceu, seu jeito mandão e sua necessidade de fazer loucuras e ser o centro das atenções se tornaram cativantes. Esse era certamente um adjetivo que servia em Octavia Blake como uma luva: cativante.

Se era um ônibus pomposo e cor de rosa com um pole dance imenso e biscoitos de pênis que Octavia queria, Octavia teria. Raven faria que isso acontecesse, não importava quanta dor de cabeça ou reclamações de Clarke isso lhe custasse.

“Da minha fantasia?”

“Não, espertinha!” Raven revirou os olhos, notando a óbvia falta de atenção da loira naquela manhã. “Da organização, das ideias, de tudo.”

“Oh Rav, ela vai amar!” Clarke envolveu o braço em volta dos ombros da melhor amiga, sorrindo sorrateira ao admirar os adornos, parando seu olhar sobre uma Lexa que a encarava bastante empolgada. “Tudo isso grita Octavia.”

Os lábios de Raven se repuxaram em satisfação.

Agora só faltava o cair da noite. A futura noiva. E é claro, muita paciência para aguentar o almoço de ensaio que viria a seguir.

Mas no final, uma certeza: todo sacrifício valeria a pena assim que o sorriso da Blake iluminasse sua noite.

Oh, modéstia parte, todas mereciam uma melhor amiga como Raven Reyes.


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Notas finais do capítulo

*foge das pedras*
Eu sei, eu sei, sou desnaturada. Vocês não tem noção o quanto tenho pensado em vocês todo esse tempo, orando pra que eu tivesse um tempinho pra finalmente terminar esse capítulo e atualizar a fic pra vocês, mas vou dizer... tá cada vez mais complicado!
Não, nada a ver com a história, acreditem. Eu tenho um roteiro, e estou o seguindo. O problema mesmo é a vida. A faculdade me afogando junto de um mar de matérias atrasadas e séries para colocar em dia. Agora estou tirando minha carta também, e sofrendo frequentemente de algo chamado desânimo sonolento. GENTE, ISSO É PIOR QUE DOENÇA. SÉRIO. Você quer fazer as coisas, e seu corpo não deixa, só quer a cama. Sad, but true.
Anyway, espero que gostem dessa atualização. Ela diz muito sobre os próximos acontecimentos. Essa despedida vai dar o que falar... Já conseguem imaginar no que vai dar? Hahahaha. Quanto aos casais que vocês gostariam de ver por aqui, a maioria gostaria muito de Jonty como um casal. Alguns também gostam de Clexa, e posso garantir que dessa parte vocês vão ter alguma coisa. Mas novamente eu pergunto: quais casais mais gostariam de ver? Quem gostariam que encontrassem uma alma gêmea por aqui? Hahaha. Me diga o que passa por essas mentes mirabolantes de vocês, conversem comigo, sabem que eu ADORO respondê-los.
E bem, com essa eu me despeço. Próxima atualização sem previsão por enquanto, mas prometo tentar ser o mais rápido que minha rotina permitir.

Sugestões? Dicas? Críticas? Dividam comigo nos comentários!
Beijinhos, padawans! Que a força esteja com vocês e com Bellarke. Amém!