Acordando para a vida escrita por Deh


Capítulo 7
Emily


Notas iniciais do capítulo

Então leitores lindos curtindo o feriado? rss
Mais um capitulo, espero que cumpra com a expectativa de vocês.
Viram a capa nova? O que acharam? Sejam gentis, aprendi a usar o aplicativo essa semana rss
Divirtam-se *-*



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Sem dúvida nenhuma esse é o maior desafio que eu enfrento na minha vida (ou pelo menos o que eu me lembro) e olha que esses últimos dias não foram fáceis. Quem diria que voltar ao trabalho seria tão reconfortante.

Há algumas semanas Strauss me chamou para uma reunião. Ela me convidou a voltar ao trabalho eu claro aceitei imediatamente, quem diria que eu estava louca para voltar a trabalhar, não que eu não amasse ficar com meus filhos, mas era que eu sentia não estar fazendo algo que sei lá meus instintos mandassem. Confesso que Strauss se assustou por eu ter aceitado tão rapidamente, mas de fato não pareceu surpresa. Porém ela impôs a condição que teria que ser na equipe da BAU. Eu sabia que ela queria alguém que ficasse de olho em mim, e quem seria melhor do que meu ex-marido e por ironia do destino atual chefe.

Por falar em meu chefe, acho que ele não acredita que eu esteja apta a voltar ao trabalho, mesmo eu tendo passado nos meus testes com louvor, bem que me lembro do que um professor na academia disse certa vez: uma vez que se aprende a usar uma arma não se esquece jamais. Voltando ao caso de Hotch tivemos um pequeno desentendimento em relação à minha volta, ele queria que eu tirasse licença, quando na verdade tudo o que eu mais queria era poder finalmente fazer algo que estava ansiando desde que acordei (mesmo que inconscientemente não soubesse).

Estou esperando meu reforço chegar, como já não tenho nenhuma ameaça deixo minha mente vagar no meu primeiro dia de volta a BAU.

Era estranho, eu me sentia ansiosa, chegava a ser engraçado poucas vezes me lembro de me sentir assim, como um aluno novato prestes a entrar em uma nova escola, e olha que já fiz isso muitas vezes. Porém hoje estou voltando a minha antiga equipe e pelo que Ariane me disse, foi nessa equipe que vivi “meus anos dourados”. A equipe me aguardava na sala da mesa redonda, eu já sabia seus nomes, devido ao fato de ter vindo chamar Hotch para conversar com Strauss naquele dia, então apenas me sentei esperando JJ (uma loira legal, que de acordo com Anne uma das minhas melhores amigas) apresentar o caso.

A equipe trabalhou nesse caso, e conseguiu resolvê-lo. Embora eu tenha me sentido um pouco inútil. Rossi (que de acordo com Anne, era um grande amigo do Hotch) foi encarregado de me supervisionar. Naquele caso senti como se meus instintos estivessem acordando.

Contudo foi só no atual caso que me senti realmente útil, de algum modo meus instintos haviam despertado, fui útil na conversa com as testemunhas e com a vítima, sem falar no fato que quando a equipe estava liberando o perfil mal percebi que eu falei o que achava, e o que me assustou foi estar certa, creio que essa reação foi unanime na equipe.

Foi então que fomos atrás da vítima, que na verdade não era vítima era nada. Porém foi muito tarde quando chegamos à conclusão, a vítima agora elemento estava com uma garotinha refém. Claro eu me lembrei do meu treinamento, mas algo dentro de mim me impulsionou a conversar com o elemento que acabou soltando a garotinha, mas acabou me pegando. Lógico eu reagi e não sei como consegui imobiliza-lo.

Estava ainda refletindo sobre minha situação atual, quando Hotch chegou preocupado até mim. Claro que ele não ficou satisfeito por eu ter feito o que fiz, mas não importava tinha dado tudo certo. Quando estávamos prestes a embarcar Rossi foi até mim e disse:

—Bom trabalho Prentiss.

Eu lhe dirigi um meio sorriso e agradeci:

—Obrigada.

Ele chegou mais perto de mim, então falou mais baixo para os demais não escutarem:

—O que você fez foi o que normalmente faria, e foi esse o fato de ter deixado ele bravo. O que Hotch disse foi da boca pra fora, ele apenas ficou preocupado. Acho que certas coisas nunca mudam. -Ele finalizou com um grande sorriso.

Durante a viagem eu dormi um pouco, estava realmente cansada. Acho que esse foi o meu erro, pois um pesadelo que me atormentava desde que voltei a trabalhar aqui tinha voltado. Claro durante o sonho eu apenas escutava vozes e via pessoas, mas os rostos estavam distorcidos. Era como se eu estivesse caçando alguém, e do nada estava amarrada em uma cadeira implorando para que não ferisse meus filhos e minha equipe e do nada eu acordava.

Chegamos na BAU por volta do meio dia e fui fazer os relatórios, eu tinha mostrado que estava apta a fazer relatórios, por algum motivo fazer relatórios me dava uma sensação de alivio, é como se eu estivesse lacrando as últimas lembranças do caso.

Já era noite quando Hotch me levou para casa, as crianças estavam nos esperando para jantarmos, aparentemente um dia isso já foi uma rotina comum por aqui.

Deitada na minha cama não consigo dormir, algo me perturba desde que reagi com aquele elemento é como se tivesse despertado algo que eu insistia em deixar adormecido: medo, o pior de tudo era que eu não sabia o que era, ou melhor eu sabia só não sabia o porquê disso a essa altura. Fui para o sofá da sala, não sabia bem o motivo daquilo, alguns minutos sozinha e ele apareceu, ao notar minha presença ele perguntou:

—Não consegue dormir? -Eu fiz que não com a cabeça, ele então sentou-se ao meu lado e prosseguiu -Foi um caso estressante para quem está voltando.

Eu desviei o olhar e confessei:

—É só que... não sei. Não é só isso Hotch. Quando estou em campo é como se eu soubesse o que fazer e aqui eu me sinto...

—Perdida. –Ele completou me puxando para deitar em seu peito.

—E se eu não me lembrar? Que tipo de mãe eu sou que nem ao menos me lembro dos meus filhos? –Compartilhei o que talvez fosse o meu maior medo, nem minha mãe que sempre julguei uma mãe ruim foi capaz de esquecer a filha, como eu poderia? Talvez eu é que fosse sim uma mãe horrível.

—Você é uma mãe maravilhosa Emily. Nunca duvide disso. –Ele disse me olhando fixamente, eu apenas assenti, fingindo não notar que ele não respondeu minha primeira pergunta.

—Quando você vai me dizer a verdade? –Perguntei algo que me incomodava desde a visita da minha mãe, se não antes.

—Quando você estiver pronta. -Ele respondeu desconfortável e percebendo isso mudei de assunto:

—Então como você me pediu em casamento?

Ele me encarou com o cenho franzido por alguns segundos, mas logo me respondeu seriamente:

—E quem disse que foi eu que pedi?

Eu arregalei os olhos para ele, eu não poderia ter feito isso, mas percebi que era brincadeira quando ele deu uma risada calorosa, algo realmente raro.

—Não foi tão glamoroso assim, estávamos passeando a noite, eu estava muito nervoso e além do mais você parecia saber o que eu ia dizer então antes mesmo que eu falasse algo ou me embaralhar tentando, você me salvou do constrangimento apenas dizendo sim, você meio que estragou minha surpresa.

Eu sorri e murmurei:

—Desculpe-me.

Por mais bizarro que fosse nosso relacionamento, ali em seus braços eu me senti segura e finalmente pude desfrutar de uma noite de sono tranquila, ouso dizer que finalmente me senti em casa de verdade.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Alguma sugestão? Não esqueçam de comentar ;)
P.S-> Desculpem qualquer erro ortográfico.
Bjss e até breve