Together escrita por annaf5


Capítulo 14
Fixação




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Pov. Harry

O garoto de cabelos negros fazia algumas anotações enquanto nós comíamos algo na cozinha de Ed. O mais velho estava preparando algo mexicano e nos mostrava os livros que tinha. Annabeth e Hermione, rapidamente, fizeram amizade com ele:

—- Aqui está! – ele nos serviu e, mesmo não gostando do tempero forte daquela comida, tive que admitir que estava completamente divina.

Nico, que até aquele momento, estava no esconderijo subterrâneo, subiu e se juntou a nós, ainda encarando a mim e Hermione. Ele parecia desconfiado, ou talvez estivesse apenas incomodado com nossa presença:

—- Vamos, Di Angelo. Coma um pouco, faz alguns dias desde sua última refeição. – Ed estendeu um prato com uma salada de frutas ao pequeno menino, que apenas pegou uma uva e colocou na boca, fazendo uma careta logo após (como se estivesse desacostumado com o gosto de comida).

Percy e Annabeth ficaram visivelmente preocupados com aquela frase, mas não fizeram nenhuma subjeção.

—- Como vão as coisas lá? – Nico perguntou, enquanto procurava alguma coisa desconhecida nas gavetas de Ed.

—- Estão sendo levadas. Mas não se se aguentarão muito.

—- Do que vocês dois estão falando, afinal? – perguntou Annabeth, já frustrada de nada saber. Ed olhou para Nico e o garoto deu ombros, ignorando a pergunta.

—- Bom, espero que vocês se alimentem bem. Porque, daqui a alguns minutos, partiremos para Londres. Precisamos chegar em Hogwarts o mais rápido possível. Meu aliado lá não disse coisas boas sobre o estado da escola ...

—- Espera um minuto! Você tinha conhecimento de Hogwarts? Tem amigos lá? – Percy perguntou, assustado. Até eu estava com medo. Nunca havia visto o garoto na vida e ele me conhecia por completo (até mesmo onde estudava).

—- Percy, há certas coisas sobre mim que você não pensaria em seus piores pesadelos. E sim, conheço Hogwarts e o diretor de lá, além de alguns alunos.  – Um silêncio foi posto no lugar das conversas, incomodando um pouco o ambiente.

Ainda em dúvida, terminamos nossos lanches e começamos a arrumar para a viagem.

Ed e Nico conversavam distantes de nós, cochichando e verificando um papel esverdeado em mãos.

—- Prontos? Precisamos chegar em um local primeiro antes de fazer nossa viagem. – Nico nos perguntou, pegando uma blusa e vestindo. Estávamos todos ansiosos para voltar (principalmente eu e Hermione).

 

Pov. Percy

A sensação de Nico saber mais do que ele dizia se confirmou quando ele me falou aquilo. Nico era mais intimidador quando queria. E suas conversas pelos cantos com Ed me fizeram ficar ainda mais desconfiado do que eu já poderia estar.

Quíron, porém, confiava nos dois. Então eu também confiava. Quando saímos do apartamento, seguimos em direção de um beco, onde havia algumas lojas com o revestimento encardido. Nico olhava para os lados frequentemente, afinal, três semideuses (dois que são filhos dos Três Grandes) e dois bruxos deveriam ser um prato cheio para os monstros.

O menino entrou em um dos estabelecimentos. Dentro, o local conseguia ser mais feio do que por fora. Suas paredes pintadas de vermelho me davam calafrios. Haviam alguns olhos desenhados, e eles pareciam me seguir. Os lustres estavam pendurados mais embaixo, quase batendo em nossas faces. E estavam sujos, o que deixava o local ainda mais horrendo. Nico foi ao balcão e conversou com a garota que lá estava.

Cabelos castanhos, olhos claros e uma expressão determinada. Usava trajes de garçonete (provavelmente, era no local) e suas mãos estavam sujas (preferi não descobrir do quê). Ela nos olhou e se voltou para Di Angelo, com as sobrancelhas arqueadas. Decidi chegar mais perto.

Consegui ouvi a voz rouca e baixa de Nico implorando pela a ajuda. “Por favor”. Ela o olhou novamente e assentiu, sorrindo. Um sorriso lindo, porém, macabro.

—- Venham comigo – Nico se dirigiu a nós, e subiu as escadas atrás da garota misteriosa. Fomos logo em seguida. No andar de cima, havia um círculo e, neste círculo, estava um pequeno armário. Esse era todo verde escuro, como a cor de um pântano. O vento batia nas janelas daquele quarto, aumentando minha vontade de correr para longe e ficar nos braços da minha mãe:

—- Bom, essa é a Hannah. Isso é tudo que vocês devem saber. Ela vai nos ajudar a ir para Hogwarts, já que aparatar e voar seria inviável. E, também, estou muito fraco para levar todos vocês por Viagem das Sombras. – Nico disse, se aproximando do armário.

—- Viagem o que? Isso seria como uma companhia aérea dos Deuses? – Harry perguntou, arrancando risadas dos presentes (exceto de Nico).

Nos aproximamos dele e entramos no armário, conforme as indicações da tal de Hannah. Por fora, era um cubículo. Por dentro, parecia que o espaço havia se triplicado.

—- Feitiço de Extensão. Nunca o vi nessas proporções. O bruxo que o fez deve ser realmente poderoso. – Hermione comentou.

—- Obrigada. – Hannah respondeu. Antes de qualquer pergunta, a garota já havia puxado uma alavanca e tudo começou a se dissipar.

=*=

—- Bem-vindos novamente, semideuses. – Dumbledore nos recebeu de braços abertos, assim que chegamos no Castelo. A maneira que a garota havia inventado era a mais prática forma de viagem que ele já havia visto. Não causava estresse, enjoos, nada do gênero.

Saímos rapidamente da Sala do Diretor, em direção aos dormitórios. Passos desesperados foram escutados no corredor. Eu e Annabeth ficamos em alerta (mesmo com a escola sendo, tecnicamente, segura).

Rony apareceu com uma margarida em uma mão e, na outra, havia um corte profundo. Ele nos avistou e correu, abraçando Hermione o mais forte que ele conseguiu:

—- Ah, também estou bem, Rony. Obrigado pela preocupação. Não fui morto nem nada. – Harry ironizou, com um sorriso no rosto. Depois de abraçar a garota, o ruivo se virou para mim e fez algo inacreditável.

Ele me socou.

Um soco bem forte, fazendo com que eu cambaleasse (mas não caísse):

—- Para onde você os levou? Diga! – Rony gritou comigo, mas eu só conseguia pensar:

“POR QUE ELE ME SOCOU, PELO AMOR DE ZEUS?”.

Harry nos afastou (mesmo eu não revidando). Hermione, que no primeiro momento parecia que iria desmaiar, agora estava com muita raiva. Annabeth logo veio em meu socorro e jogou um pouco de água de sua garrafa em meu rosto. O machucado logo saiu e o sangue secou. Rony nos olhava embasbacados.

—- Acho que vocês me devem alguma explicação.


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