Tempos modernos escrita por Florrie


Capítulo 85
Aegon - O príncipe exilado


Notas iniciais do capítulo

Boatos que estou sumida? Boatos. Boatos que estou com dez fucking trabalhos da faculdade? Boatos. Espero que perdoem e para vê se eu acalmo o coraçãozinhos de vocês, vai ai um cap de um ship que é meio incomum, mas que eu gosto tanto ♥

Bem em um estilo sofrência, porque vocês sabem como eu gosto de fazer os outros sofrerem.
Btw, o capítulo não faz parte do universo principal.

Coloquei também um edit (amo fazer) que eu fiz dos dois :D



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Aegon não sabia direito como começou com aquilo.

                Ele era um príncipe exilado, havia sido despachado para uma escola interna assim que seu pai se cansou dele, depois foi enviado para estudar em uma universidade estrangeira, por fim, seu pai insistiu que ele deveria ingressar no exercito para servir seu povo. Passou dois anos em batalhões, dormindo em beliches duras e vendo a família algumas poucas vezes no ano.

                E então, o príncipe volta a sua cidade. Sentiu falta dos prédios altos, do céu com seu aspecto nebuloso, do barulho infernal dos carros e de como era fácil se perder ali. Tão fácil. No palácio real, lugar que nunca foi sua casa, ele encontrou os olhares frios do pai e a tristeza da mãe, sua irmã visitando países aliados, sendo a herdeira perfeita do trono; foi nas ruas lotadas, nos becos escuros, nos pubs suspeitos e motéis baratos que ele encontrou conforto e paz.

                Pintou o cabelo de azul, parte porque sabia que seu pai odiaria e parte porque era sua cor predileta. Azul como o mar revolto que nunca se rende, azul como o céu que se estende infinito, azul como sua vodka predileta que descia queimando pela sua garganta todo fim de tarde.

                Então ele o conheceu, ou melhor, o reconheceu. Gendry era o filho do homem que seu pai mais odiava; um bastardo filho de uma garçonete, sem direito a dinheiro nenhum porque sua madrasta e os seus advogados caros não estavam dispostos a deixar que gente como ele roubasse a herança dos seus filhos. Aegon tinha acompanhado todo o escândalo por meio dos tablóides e jornais. O rapaz tinha mais ou menos sua idade, trabalhava em qualquer lugar que o aceitasse.

                Talvez tivesse sido pelo fato de saber que seu pai odiaria o mero pensamento dele tendo qualquer tipo de interação com alguém relacionado com Robert Baratheon, talvez tivesse sido pelo azul dos olhos dele, um azul forte, um azul que te arrasta como ondas em uma tormenta para o fundo do oceano. Não importava o motivo, o fato é que ele foi até Gendry que servia bebidas no bar e pediu seu telefone. Não sabia se ele o tinha reconhecido como membro da família real ou se apenas o achou bonito, não importava, o fato é que ele deu o telefone e mais tarde, naquela madrugada, Aegon ligou.

                E então começou aquilo que ele não sabia direito explicar.

                Era para ser casual, mas Gendry era bom demais para não repetir a dose. Ele era sempre tão sério, tinha uma raiva contida no seu olhar, uma firmeza em cada movimento... Os dois se encontravam em motéis e depois no apartamento minúsculo dele. Transavam e então conversavam; tinham muito em comum, odiavam os pais, odiavam que suas mães sofressem por babacas, odiavam quão fisicamente parecidos eles eram com seus progenitores. Pegou-se desejando estar cada vez mais com ele, pegou-se sentindo ciúmes e então começando uma grande briga que terminava em sexo, pegou-se encarando seus olhos azuis mais tempo do que o normal, desejando se afogar completamente neles.

                Gendry dizia que gostava do violeta dos seus olhos, mas Aegon sempre respondia:

                – Eu prefiro o seu azul.

                Aegon também não sabia direito como iria terminar aquilo.

                Era um caso fadado ao fracasso, sabia disso, mas o príncipe nunca foi conhecido pela sua prudência, esse papel era da sua irmã, mas por enquanto, Aegon fingia que aquelas tardes frias que passavam enroscados um no outro eram eternas, que as saídas de domingo nunca teriam fim, que não estava mentindo toda vez que respondia a Gendry que era para sempre.



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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram?
Beijos ;*