Tempos modernos escrita por Florrie


Capítulo 60
Rickon - Nervoso


Notas iniciais do capítulo

Mais Rickon para vocês :)



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Seus irmãos tendiam a ficar nervosos, mas não ele. Rickon nunca deu muito valor às opiniões dos outros, quando algo não acontecia como ele queria o garoto não passava muito tempo pensando sobre isso. Era chamado de muitas coisas, mas inseguro certamente nunca foi uma delas.

Contudo, naquele momento, Rickon sentia como se o chão embaixo dos seus pés não parasse de tremer.

Bran agora tinha oficialmente dezesseis anos e uma pequena comemoração foi realizada. Sua mãe chamou todos os amigos do seu irmão e entre eles estava Tommen. Desde o dia na sala de musica, o garoto fugia dele com uma habilidade impressionante. Rickon não o procurou, para ser sincero, tinha dito a si mesmo que se ele preferisse ficar com aquela cenoura ambulante ele podia, o Stark não se importaria. Obviamente seu plano de não dar a mínima foi um fracasso épico, pois no momento em que Tommen chegou junto com Russell ele sentiu a cabeça esquentar e uma raiva conhecida lhe invadir.

O ruivo decidiu que não queria mais ficar na sala, virou de costas e foi se refugiar na cozinha.




– Não devia estar lá na sala? – Arya apareceu na cozinha algum tempo depois. – Logo os doces vão acabar.

– Não me importo.

– Você sempre gostou de doces Rickon, se me lembro bem, você, o Bran e a Sansa costumavam brigar para ver quem ficava com a ultima tortinha de limão.

– Não estou com fome.

– Algo aconteceu?

– Não.

Arya o olhou desconfiada.

– Sou sua irmã mais velha, eu posso te ajudar.

– Não preciso de ajuda.

Ela ainda ficou parada na sua frente por alguns instantes antes de decidir voltar para a sala.

Ele achou que teria sossego, mas minutos depois foi a vez de Sansa aparecer.

– Mamãe está te procurando para cantar o parabéns.

– Podem cantar sem mim.

– Rickon Stark, você vai para a sala nem que seja arrastado.

Ele quase retrucou dizendo que Sansa não seria capaz de levá-lo, mas decidiu não brigar. Canto o parabéns e corro para o quarto.

Aquele parecia um bom plano.




Ele ficou do lado de Bran quando acenderam as velas e as luzes foram apagada. O lugar não ficou totalmente escuro, então Rickon pôde observar Tommen e seu sorriso nervoso. Ele o encarou com sua maior cara de pau e se sentiu satisfeito por causar desconforto no loiro. Assim que Bran apagou as velas Rickon esgueirou-se até as escadas e se refugiou em seu quarto.

Sentou no chão procurando pelo seu jogo novo. Matar zumbis em Essos lhe faria bem.

Sua tranqüilidade durou exatos três minutos, ele tinha acabado de encontrar o jogo quando a porta foi aberta.

– Posso entrar? – Surpreendeu-se um pouco por constatar que era Tommen. Rickon automaticamente fechou a cara.

– Já está dentro.

O outro garoto corou, mas não saiu.

– Posso falar com você?

– Já está falando.

Tommen fechou a porta e Rickon voltou sua atenção para o jogo.

– Por que está tão irritado?

– Por que não está com seu amiguinho Russell?

– Por que eu estaria com ele? – Sentiu o loiro sentar-se ao seu lado. O conhecido nervosismo voltou e Rickon se amaldiçoou por ser tão estúpido.

– Vocês chegaram juntos.

– Nossas mães são amigas. – Ele riu. – É por isso que está irritado?

– Eu não estou irritado. – Rickon o olhou duramente. – Não existem motivos para eu estar irritado Tommen, a não ser pelo fato de você ter invadido o meu quarto, pode se retirar agora.

– Nunca vi você tão nervoso.

– Não estou nervoso! – Respondeu quase gritando.

Droga.

– Não parece. – O loiro respondeu um tanto tímido. – Olha, eu to querendo te falar uma coisa.

– E quem disse que eu quero ouvir?

– Eu tinha esquecido como você era quando fica irritado. – Ele ouviu Tommen suspirar do seu lado. – Eu confesso que sou um pouco lento para tomar decisões importantes e ainda mais lento para enxergar as coisas que estão na minha frente.

– Não vou discordar.

Tommen corou.

– Eu não sou como você, não sou corajoso e muito menos tenho certeza do que eu quero, mas... Mas tem uma coisa que eu tenho tido vontade de fazer desde a nossa ultima conversa... Bem... Eu só sei que realmente quero fazer isso agora.

Rickon olhou para o outro garoto curioso.

– O que seria?

Tommen hesitou no inicio, mas então ele se aproximou e o beijou. Foi algo rápido e inesperado, Rickon não conseguiu esconder a surpresa. Ele tentou falar alguma coisa esperta, mas nenhum som saiu da sua boca – Deuses, estou parecendo os meus irmãos!

Tommen estava tão vermelho – e nervoso – que ele achou que o garoto fosse desmaiar ali mesmo.

– Você não vai dizer nada?

– Bem... Eu... Hum, eu não estava esperando.

– Foi ruim?

Rickon quase riu do modo amedrontado que Tommen perguntou.

– Não exatamente, mas sabe, eu acho que poderíamos usar um pouco de prática.

– Prática? – O loiro corou de novo. – Você quer dize que... Que podemos fazer isso de novo?

– Eu acho que posso fazer o sacrifício, não é como se houvesse alguém melhor do que eu.

– Continua um metido. – Tommen revirou os olhos. – Olha, você sabe que, bem, que ninguém pode saber, certo?

Rickon sacudiu os ombros.

– Levando em conta o numero de irmãs loucas que você tem eu aprecio o segredo.

– Ótimo então. – O loiro se aproximou novamente, mas Rickon o afastou. – Algum problema?

– Eu tenho algumas regras Tommen ou você acha que vai ter o prazer da minha companhia assim tão fácil.

– Deuses Rick, diga logo o que é.

– Primeiro: Nada de outros garotos, especialmente Russell. – Ele respondeu sério. – E segundo: pode me chamar de senhor supremo do universo.

– Vai sonhando.



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Notas finais do capítulo

Acho que vamos ter algumas pessoas dando pulinhos de felicidade kk
Desculpem qualquer erro e espero que tenham gostado.
Comentários são muito bem vindos viu ;D
Bjs ;*