– Eu tenho plena certeza que a nossa amizade vai me levar direto para os sete infernos.

– Não seja tão exagerado. – Randa respondeu tranquila enquanto abria cuidadosamente a porta da republica rosa. Como estava de noite não havia ninguém acordado e tudo estava no mais absoluto silencio. – Os gêmeos se esforçaram para me dar a chave.

– Como é que você tem contato com os gêmeos Baratheon? – Ele perguntou baixinho temendo acordar alguém.

– Os conheci no aniversario de Mya. Soube imediatamente que seria bom tê-los em meus contatos.

– Duas crianças?

– Eles já têm dezesseis Harry e são bastante eficientes. – Myranda levantou a chave e balançou. – Sem eles não teríamos conseguido essa copia. Agora vamos que temos pouco tempo.

Os dois, silenciosamente, subiram as escadas da republica e chegaram a um corredor com varias portas. Harry não fazia a mínima idéia de qual porta daria acesso ao quarto de Bella, onde Sansa estava passando a noite. Ele estava prestes a perguntar por onde começar quando Myranda simplesmente abriu a primeira porta.

– Não é aqui. – Ela disse depois de colocar a cabeça para dentro.

– Você ficou doida? Pode acordar alguém!

– Deixe de ser medroso, vamos.

Na terceira porta eles avistaram Sansa deitada em uma cama de solteiro com o cobertor cobrindo apenas os seus pés. Ela estava com uma camisola curta que não deixava muito para a imaginação. Um suspiro involuntário lhe escapou.

– Eu posso entender um pouco a sua fascinação, ela é o tipo de garota que gruda nos seus sonhos e não sai mais. – Myranda disse se aproximando do corpo adormecido de Sansa. – Vamos logo com isso.

Harry se ajoelhou ao lado da amiga.

– Eu ainda não entendi o lance do cabelo.

– A receita diz que temos que ter um pouco de cabelo da pessoa, não questione a receita.

Rapidamente Myranda cortou um pouco dos fios ruivos de garota e colocou em um saquinho transparente. Os dois se levantaram depressa e saíram. Antes de fechar a porta Harry a olhou uma ultima vez, tão bonita... Ninguém devia ser tão bonita.

– Vamos logo.

Randa disse o puxando.

Já do lado de fora eles correram até a rua onde um carro prateado os esperava.

– Pegaram? – A garota atrás do volante perguntou.

– Sim. – Sua amiga respondeu com um sorriso. – Foi bem fácil, Sansa tem um sono profundo.

Ele suspirou no banco de trás.

– Honestamente, onde eu estava com a cabeça quando decidi participar disso? – Harry apontou acusadoramente para Myranda. – Foi você quem me convenceu disso.

– Não banque o inocente, você mesmo disse que queria um jeito de resolver sua paixonite pela Sansa e pelo o Willas de forma rápida. – Enquanto falava Myranda tirou da sua bolsa o saquinho plástico que continha uma mexa do cabelo do Sr Willas. Harry corou. – Não fique assim, a Dany já sabe. Além do mais, ela está apaixonada pelo sobrinho, o que faz da vida amorosa dela tão complicada quanto a sua.

– Não se esqueça de contar sobre a ruiva dos infernos que voltou e a Martell incrivelmente gata que não tira o olho dele. – Dany disse aquilo como se fosse nada. – Já peguei a mexa de cabelo do Jon e agora nós iremos para o ponto indicado terminar a simpatia.

– Ela quer prender o Jon, mas eu quero tirar aqueles dois da minha cabeça. Entendo o cabelo estar relacionado com prender, mas não entendo estar relacionado com esquecer.

A Targaryen olhou feio pelo o espelhinho do carro.

– Prender é uma palavra muito forte. Eu apenas pedirei ajuda aos astros. Minha amiga Doreah que recomendou e ela é muito sábia quando se trata de relacionamentos.

– É Harry, só cale a boca e não questione a receita.