Jon bebia o seu café enquanto ouvia o seu relato.

– Ela riu. A filha da mãe riu na minha cara.

– Eu tenho certeza que você mereceu. – Seu irmão responde sem desviar a atenção do seu celular.

– Sério Jon? De que lado você está?

– Olha, pela minha experiência você sempre está errado quando se trata de mulheres.

– Nem sempre.

Era verdade que Jon tinha um pouco mais de juízo do que ele, mas isso se devia ao fato de ele ter os genes Stark para ser tedioso.

– Asha Greyjoy é um demônio em forma de mulher mano. É a única explicação para aquela garota resistir a esse sorriso aqui.

Jon revirou os olhos.

– Ou ela é apenas uma garota esperta.

Aegon tinha uma resposta na ponta da língua quando alguém capturou sua atenção quando entrou na cafeteria. Oh Deuses não, ele apertou os punhos enquanto observava a garota desfilar até o balcão. Ela não mudou nada. Os cabelos ruivos selvagens continuavam do mesmo jeito e os olhos sedutores pareciam analisar todo o lugar.

Então os olhos dela pararam em sua mesa.

Aegon olhou para Jon ansioso.

– O que foi? – O irmão perguntou não percebendo o olhar que tinha sobre si.

Voltou a encarar a ruiva que agora sorria de forma maliciosa. A maldita tinha voltado.

– Serio, Aegon o que... – Pela forma como a voz do seu irmão se calou der repente ele soube que Jon finalmente a percebeu.

Ygritte estava de volta e ele podia pressentir o furacão que ela causaria na vida do seu irmão. Ainda se lembrava de como seu irmãozinho ficou quebrado quando a garota foi embora. Dos dias em que Jon pareceu um completo zumbi. Foi ele que precisou fazer de tudo para tirar o irmão da inércia em que estava.

Jon sempre foi tão inteligente, mas quando se tratava da ruiva podia ficar tão burro quanto uma mula.

Aegon soube que a garota era problema no momento em que colocou os olhos sobre ela. Ele gostava de problemas, mas soube imediatamente que aquele era um tipo de problema grande demais para seu irmão lidar.

Eu estava certo no final, ninguém ligou para suas advertências e Jon acabou com um coração quebrado em uma centena de pedaços; pedaços que eu tive que colar.

– Não olhe para ela.

– Não estou olhando.

– Mentiroso.

Jon voltou seus olhos para a mesa. Infelizmente, instantes depois, ele ouviu a voz da garota ao seu lado.

– Olá rapazes. Senti saudades.

Vadia.

– Bem, nós não sentimos saudades nenhuma. – Respondeu sorrindo.

– Verdade Jon? Você não sentiu minha falta? Nenhum pouco? – A garota disse olhando diretamente seu irmão.

Jon permaneceu calado. Merda, ela soube que ainda afetava ele. Mil vezes maldita.

– Estou conversando com meu irmão Ygritte, será que podia nos dar licença?

– Oh sim, claro. Nós nos vemos por ai.

– Duvido muito. – Respondeu. – Pode seguir sua viagem para onde quer que você vá, ninguém está interessado em ver você.

– E quem disse que estou viajando? Eu decidi ficar por aqui algum tempo. Porto Real é uma cidade fascinante e as pessoas daqui são ainda mais... Talvez seja hora de encerrar meus dias de nômade.

A ruiva soltou um sorriso e partiu.

Ele suspirou.

Ygritte era o tipo de garota que te ensinava o porquê de tempestades terem nome de mulher.