Whats a soulmate? escrita por Soriku


Capítulo 1
Soulmate.


Notas iniciais do capítulo

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=huWGnbBm9o8


Boa leitura.



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Uzumaki Himawari era a filha caçula do Sétimo Hokage e da atual líder do clã Hyuuga, e era certamente uma bela e doce garotinha. Mas, apesar de ser filha de pessoas tão importantes, e ter um irmão bastante conhecido por suas traquinagens e mania exibicionista, ela mesma não gostava de exposição extra. Era extrovertida, alegre e falante, mas exclusivamente com seus familiares, e conhecidos relativamente próximos. Talvez, a pequena tivesse herdado um pouco da timidez da mãe.

Então, era normal que ela se sentisse um pouco sozinha na academia, onde a maioria das outras meninas se juntava para ficar falando aleatoriedades que raramente lhe interessavam. Brincar com Bolt ou com Sarada era definitivamente mais divertido, aliás... Até visitar a floricultura e ficar escutando Inojin falar sobre as flores era infinitamente mais divertido.

Porém, naquele dia, ela escutou um breve dialogo entre as meninas, que comentavam animadamente sobre uma delas ter encontrado sua “alma gêmea”.

Particularmente, ela ficou curiosa. Era um termo que nunca tinha escutado antes, e por tanto, resolveu que pediria melhores explicações a sua mãe mais tarde. É lógico que ela poderia perguntar as outras meninas, porém, parecia ser algo muito simples e ela acabou ficando com vergonha. Certo, Bolt implicaria com ela se soubesse que tinha um comportamento tão covarde quando se tratava de colegas de classe.

Voltou para casa sozinha aquele dia, pois seu nii-san tinha algo marcado com seus amigos. Sarada também estava ocupada, e acabou ficando na academia até mais tarde: estudando, só para variar.

Por sorte, lembrou-se que sua mãe não estaria em casa, pois tinha assuntos urgentes a resolver na sede do clã e provavelmente demoraria a chegar. A comida devia estar pronta, e ela apenas teria de esquentar... Deu meia volta, dirigindo-se para a floricultura Yamanaka. “A tia Ino deve saber” concluiu, correndo para o seu destino. “Não é como se eu quisesse vê-lo... Não estou ansiosa nem nada” murmurou para si mesma, apertando o passo.

Constatou que não estava com muita sorte aquele dia, quando chegou à floricultura e foi informada pelo rapazinho loiro, dois anos mais velho que ela (por acaso, da classe de seu irmão e filho da tia Ino e do tio Sai) que Ino estava no hospital, ajudando Sakura com alguma coisa.

— Você queria pedir algo para minha mãe? — inquiriu Inojin, sorrindo amavelmente. Ele costumava ajudar a mãe na floricultura, e realmente amava flores (assim como Himawari).

— Na verdade... Eu queria perguntar algo a ela. — respondeu a menina, com as bochechas levemente coradas. Sua linguagem corporal denunciava o quanto ela se sentia sem jeito na presença do menino.

— Ehh.. E o que seria? — estendeu o assunto, curioso. Enquanto conversava, ele ajeitava cuidadosamente alguns vasos de flores.

Himawari pensou por um instante. Inojin era mais velho, então... Ele provavelmente deveria saber o que aquilo significava. A menina geralmente preferia obter respostas vindas de adultos, pois a chances de estarem corretas eram efetivamente maiores, mesmo assim, arriscou:

— O que são almas gêmeas?

— Ãn? — parou o que fazia, arqueando uma única sobrancelha. — Bem... Minha mãe costuma dizer que isso é... Hn... É algo como sua pessoa destinada! — respondeu, com um sorriso radiante. Aparentemente, sorrir era sua arma secreta, pois Himawari não ousou continuar o assunto, dando-o por entendido e encerrado.

Mas... No fim da tarde, ela ainda pensava sobre isso. “Almas gêmeas” pareciam ser algo muito maior do que “sua pessoa destinada” – seja lá qual fosse o significado disto -, a garota que havia comentado isto parecia simplesmente acreditar que fosse algo realmente grande. Imaginando que estava ociosa demais e que precisava urgente arranjar uma atividade produtiva que a impedisse de ficar encanada com coisas MUITO aleatórias, dirigiu-se até a torre do Hokage, procurando pelo pai. Oras, era uma bela desculpa para passar o tempo com ele, não?

Abriu um sorriso de orelha a orelha, e invadiu o escritório do pai após driblar com facilidade a maioria dos ninjas por ali.

— Papai! — chamou, entrando com tudo e encontrando o Hokage loiro logo atrás de uma imensa pilha de papeis. “Que bagunça! Parece o quarto do Bolt!” — constatou divertida, segurando-se para não rir.

— Hima-chan! O que faz por aqui? — exclamou o loiro, contente por ver a filha. Estava tão distraído com os assuntos burocráticos que quase perdeu a noção do tempo.

— Eu vim te ver... Estava entediada. — contou, pulando no sofá que ficava próximo a uma das paredes, balançando os pés. Ficar parada não era muito a praia dela. — Na verdade, eu queria perguntar uma coisa.

— Claro! O que quer saber? — questionou, fechando o notebook e direcionando sua atenção exclusivamente a sua garotinha. Ela raramente fazia coisas como vir para o seu escritório no fim da tarde... Himawari costumava ser um pouco mais responsável que o Bolt.

— O que são almas gêmeas?

Por um momento, Naruto permaneceu em silêncio. O loiro não poderia negar que a pergunta o pegou relativamente de surpresa... Balançou a cabeça, com um sorriso divertido nos lábios. Ao menos, ela não estava perguntando de onde vinham os bebês; isso definitivamente acarretaria em uma cena cômica juntamente a uma resposta sem pé nem cabeça que nem mesmo uma criança de três anos acreditaria quem dirá uma menina esperta de oito anos, como Himawari.

— Hn... Isto é... Algo como... — O Uzumaki pensou por alguns segundos, para em seguida andar até o sofá onde Himawari estava sentada em quanto piscava várias vezes, ansiosa pela resposta. Sentou-se ao lado da filha, fitando-a com uma expressão contemplativa. — Como o seu melhor amigo! Bom, só que mais do que isso.

A garotinha inclinou a cabeça para o lado, curiosa. Naruto sorriu, afagando gentilmente os cabelos de sua princesinha.

— Digamos que é a única pessoa no mundo que te conhece mais do que qualquer outro. É alguém que te faz ser uma pessoa melhor; na verdade, não é ela quem faz isso, mas ela te inspira e motiva a dar o seu melhor. “Alma Gêmea” é alguém que você carrega com você aqui — apontou em direção ao peito da menina, bem onde se encontrava seu coração. Himawari levou as mãozinhas para junto do coração, olhando para o pai com uma admiração quase palpável. — Para sempre. — completou, enquanto desviava o olhar da pequena para encarar uma foto antiga em sua mesa bagunçada e atolada de papeis. A foto do antigo Time Sete. O ato não passou despercebido pela menina. — É também aquele que te conhece melhor do que ninguém, que te reconhece e te aceita antes de qualquer um, e, algumas vezes, é capaz de fazer isto quando ninguém mais faria. E... Não importa o que aconteça, é alguém que você sempre vai amar.

— Waah! — exclamou, impressionada. Himawari era uma garota mais ‘sensível’ que o normal, para sua idade. Ela captou nas palavras de seu amado papai um sentimento incrível que ela gostaria de conhecer mais. Seus lindos e cintilantes olhos azuis brilhavam em admiração. — Como faço para encontrar a minha alma gêmea, papai? — quis saber, apoiando-se nos braços do loiro para conseguir manter-se em pé em cima do sofá e encara-lo de pertinho. “Papai é muito alto!” pensou, admirada.

— Hahaha! — o Uzumaki mais velho deu risada, uma gostosa e divertida risada. — Não creio que seja algo que encontramos quando procuramos Hima-chan. — respondeu usando o apelido carinhoso, fazendo a menina inflar as bochechas naturalmente coradas. — Ás vezes, ela aparecem quando menos esperamos. Talvez, não sejamos capazes de reconhecer nossa alma gêmea logo de cara. É possível que isso jamais aconteça. Ao menos, não nesta vida.

A menina sorriu, deu um beijinho estalado na bochecha do loiro que piscou algumas vezes, surpreso.

— Obrigada! Eu não consegui captar de primeira o quê “sua pessoa destinada” significava. O papai é realmente o melhor. — agradeceu, pulando do sofá e correndo para a porta que ligava ao corredor.

Quando estava quase saindo, parou no batente e encarou o Uzumaki mais velho, com um sorriso enorme nos lábios rosados.

— É muito bom que o papai tenha encontrado sua alma gêmea nesta vida. A mamãe também é sortuda! — e saiu, antes que Naruto pudesse respondê-la. O sorriso afável do loiro diminuiu gradativamente, até que se tornasse algo simples e levemente pagado.

Levantou-se do sofá bege de forma preguiçosa, e caminhou a passos lentos até a lateral de sua mesa, onde se encontrava a foto emoldurada de seu antigo time. Por longos minutos, encarou a imagem onde ele e seu melhor amigo se alfinetavam visualmente.

— É bom que esteja bem, seu bastardo maldito. — murmurou, abaixando o quadro e deixando-o de cabeça para baixo. “Você bem que poderia parar de perambular por aí... Sakura-chan e a Sarada-chan... Também estão sentindo sua falta.”

Fim.


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Notas finais do capítulo

A Hima-chan é muito fofa, licença. Eu vi tanto fanart dela com o Inojin que não pude resistir a colocar uma ceninha deles. Hihi...



Quem gostou, comenta. Quem não gostou, comenta também... Eu me sinto meio sem jeito quando vejo trezentas visualizações nas minhas ones e pouca gente fala alguma coisa... Dá a impressão que ficou horrível TT-TT