Enquanto você dança escrita por Raissa Vilas Boas


Capítulo 3
2 - Inesperado.


Notas iniciais do capítulo

Nesse capitulo decidi manter na linha de Edward mesmo, mas no proximo voces ja vao ler atraves da mente da nossa dançarina.
Não gostei muito do capitulo, nao estava inspirada para escrever, e não conseguia passar as ideias corretamente para o papel D: Espero não ter decepcionado ninguem!
Beijos!



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Ela estava acordada.

Tentava inutilmente se soltar das braçadeiras em silencio, não percebendo que eu a observava. Ela ia acabar quebrando o punho! Que garota persistente, será que não percebia que era impossível fazer aquilo?

Era uma cena hilária vê-la tentando se libertar. A ruguinha em sua testa, e aquele olhar determinante. Tentando, tentando, sem nunca sair no lugar. Sem me conter, soltei uma risadinha abafada.

Ela certamente ouviu, pois se assustou e deu um pulo, batendo a cabeça na cabeceira da cama, e isso só me fez rir ainda mais.

– O que é tão engraçado, idiota? – Ela falou quase rosnando. – Se quiser eu deixo seu outro olho roxo também!

Levantei uma sobrancelha, encarando-a.

Levei minha mão para meu olho esquerdo, e senti as pontadas de dor. A pirralha havia acertado um soco, e uma cabeçada. E agora estava me desafiando como se fosse párea para mim! Vê se pode?

– Desencana pirralha, você nunca vai conseguir se soltar daí. – Eu disse, tentando olhar com raiva, pra ver se ela ficava com medo.

Estaquei ao ver abrir um sorrisinho, tão presunçosa! Ela chutou o lençol sujo para o lado e se levantou, na medida do possível, e ficou de pé do lado da cama, com os braços ainda amarrados na cabeceira.

– Observe e aprenda, Cullen. – Ela disse, me olhando de cima a baixo.

Cullen? Como ela sabia meu sobrenome?

Mal tive tempo de pensar a respeito, pois a maluca reuniu forças e chutou a cama, bem na madeira onde estava presa. Com um estrondo a madeira ruiu e caiu, partindo-se ao meio e dando espaço para ela se soltar. Isso que dava confiar em coisas antigas!

Ela deu mais uma risadinha enquanto me observava de queixo caído. Mas depois ficou seria e se afastou, até ficar contra a parede, olhando para os lados procurando uma saída, suponho.

– A única coisa que conseguiu, é quebrar a única cama que tinha. Agora você vai dormir no chão. – Eu disse a ela, enquanto me aproximava. – Não há como fugir Isabella. Não tem ninguém próximo para pedir ajuda, não adianta gritar e não adianta correr. – Eu disse, agora com o corpo quase colado ao dela. Observei que ela engoliu em seco e sorri. – Como sabe meu sobrenome? – Perguntei.

Ela dobrou o lábio inferior em uma careta de fúria que fez eu me arrepiar inteiro. Ergueu sua mão apontando o dedo para mim. Ah, se ela soubesse como aquilo me irritava!

– Acha que eu não reconheceria o filho do homem que roubou tudo da minha família? Que matou minha avó? – Ela gritou, e eu fiquei chocado com essas palavras, com essas informações, e foi a minha vez de engolir em seco. – Se Peter não consegue viver por ele mesmo, diga para que ele ligue logo para o meu pai e pegue a droga do dinheiro o quanto antes, porque eu tenho nojo de olhar para vocês! E diga para ele ser rápido, porque meu pai irá matá-lo...- Ela sibilava, com as mãos fechadas em punho.

Peguei seus pulsos e os prendi na parede, um de cada lado de sua cabeça, e a encarei como se pudesse enxergar sua alma quando disse:

– Peter não fez isso, se tivesse feito, me contaria. – Eu disse, acreditando fielmente em minhas palavras. – E deixe-me deixar uma coisa bem clara aqui: Eu sou o sequestrador, e você a sequestrada. Você não tem o direito de exigir nada, apenas de ficar calada. Acha que se Peter fosse o que está dizendo, ele já não teria te matado? – Perguntei, e a senti estremecer em meus braços, prendendo o lábio inferior entre os dentes. Ela abaixou o olhar e eu soltei seus pulsos.

Respirei fundo e ela ergueu o olhar, de nariz empinado falou:

– Vai à merda, idiota.

E com isso, deu uma joelhada na minha virilha.

Seria cruel demais desejar que a pirralha tivesse um pinto só para ela sentir a dor terrível que é ser chutado nessa área? Aquela sujeitinha perdeu o juízo por completo, e qualquer vestígio da primeira impressão que eu tive, foram por agua abaixo.

Sai do cômodo ainda gemendo de dor, encurvado, buscando ar. A garota estava se contorcendo nos braços de Emmet, que a abraçava com força, prendendo-a ao corpo.

– Não deu conta Edward? – Jacob disse, encostado na parede, com o semblante fechado. – Talvez queira passar ela pra mim, já que nem ao menos conseguiu manter ela presa!

– Cala a boca seu idiota estúpido! – Isabella xingou, pisando no pé de Emmet, fazendo-o soltá-la. Ela correu para meu irmão, apontando aquele dedinho cheio de petulância para o peito dele, dizendo: – Você matou meu tio Embry! Meu segundo pai! Eu vou fazer você pagar, você vai pagar!...

Ela dizia enfurecida, socando o peito musculoso de Jacob. Meu irmão revirou os olhos impaciente, e deu um belo de um tapa na cara da pirralha. O som fez eu me encolher, e a garota caiu no chão, desacordada.

– Espero que ela ainda esteja viva quando eu voltar – Peter disse, entrando na sala em silencio.

Eu não tinha notado sua presença. Ele estava diferente desde o tiro que levou dos Volturi. E eu nem sabia dizer qual era a diferença. Mas o que ele falou chamou minha atenção.

– Quando você voltar? – Perguntei – Aonde vai?

– Nós vamos a uma missão na Itália – Jacob disse, se incluindo como sempre amava fazer – E você e esses dois idiotas – Ele apontou para Emmet e Jasper – Ficarão cuidando da Swan, por um mês.

– Missão na Itália? Mas porque tanto tempo assim? Qual o objetivo? – Perguntei.

– O objetivo você saberá quando nós conseguirmos. – Peter respondeu, cortando Jacob, que já havia começado a falar. Ele segurou meu ombro e encarou os meus olhos ao dizer: – Eu te disse que queria uma vingança, não disse? Não quero que essa menina fique na mordomia aqui. Quero que ela apanhe. Mesmo que seja só de você. E tudo o que fizer com ela – Ele disse, me encarando serio, como se eu imaginasse corretamente o que ele estava dizendo – Filme, tire fotos, e mande para esse numero aqui – Ele mostrou o numero na tela de um celular pre pago.

– Mas porque você quer se vingar dele? Você nunca contou. A menina disse que você matou a vó dela... Isso é verdade? – Perguntei, temeroso.

Eu sabia que na vida de crime existiam essas coisas, mas elas ficavam numa parte isolada do meu cérebro, como se eu pudesse ignorar. Eu já roubei, já bati, já apanhei, mas nunca matei ninguém. Não que isso me fizesse uma boa pessoa, era apenas quem eu era.

– Sem perguntas. – Peter respondeu serio e isso me assustou. Porque ele se recusava a responder? Ele nunca fez isso. – Eu e Jacob partiremos agora.

– Espere! – Chamei-o, olhando de Jacob para ele. Estava um clima estranho. – De quem é esse celular? De Charlie? E se eles conseguirem chegar até aqui? Você acha mesmo que a menina merece apanhar por isso? Você...

– Chega Edward! Não precisa ter dó de um rostinho bonito, você pode ter a mulher que quiser, apesar de eu já autorizar que ela seja sua. – Ele disse, como se a menina fosse um brinquedo, e ele o dono. – Só se certifique que ela continue respirando e viva, quanto ao estado dela, espero que esteja bem acabada quando eu voltar. E esse número é meu, assim eu vou saber se está fazendo direto e eu mesmo vou encaminhar para o Charlie.

E com isso, ele saiu. Levando Jacob e uma grande mala consigo.

Engoli em seco e deitei ao lado da pirralha, encarando seu rosto, que já estava vermelho devido ao tapa de Jacob. Será que eu conseguiria fazer aquilo? Maltratar uma pessoa que não tem nada a ver com tudo o que está acontecendo?

Será que meu pai matou mesmo a avó dela? E se sim, porque isso importava tanto pra mim? Eu sabia que meu pai matava muitas pessoas, sempre soube, mas isso nunca me incomodou tanto desse jeito.

– Que cara de enterro é essa Edward? – Emmet disse, me dando um soco no ombro. – Não ouviu tudo? É só dar umas palmadinhas na gostosinha ai e depois é festaaaaa! – Ele disse, fazendo uma dancinha ridícula, que mais parecia uma cobra envenenada.

Jasper entrou na onda e logo a sala do depósito virou um hospício. Não gostei do modo como ele falou, mas é impossível deixar de dar risada com os dois patetas. Afinal, mesmo não querendo admitir, o clima ficava bem mais leve quando meu pai não estava aqui.

E Emmet e Jasper eram mais irmãos para mim do que Jacob, que mal ligava para o que eu sentia ou deixava de existir. Então decidi aproveitar esse mês o quanto pudesse. Tentaria não lembrar da garota, e não pensar quando tivesse que deixar marcas em seu belo corpo, já que meu pai precisaria de provas que ela estava apanhando.

– Vamos lá Ed, o patrão saiu, chamem as catchorras – Jasper disse, subindo no sofá e dançando feito uma minhoca.

Emmet parou de dançar, e eu e ele trocamos um olhar, observando Jasper dançar, empolgado. Um silencio se seguiu enquanto a loirinha extrapolava, cantando um remix muito desafinado.

Gargalhamos até a barriga doer, e Jasper fez um bico emburrado. Mas logo todos nos envolvemos aquele clima convidativo, caindo na tentação da dança

– Ai meu Deus – sussurrou uma Swan debruçada no tapete vermelho.

Nós três paramos de dançar, e foi Emmet quem puxou a menina do chão e a segurou contra o peito, embalando-a numa valsa muito mal feita enquanto a esquentadinha esperneava pedindo para soltarem-na.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Deixem suas opiniões!
Muito obrigada pelo apoio que ja estao me dando nessa jornada
Beijosss!!

Raissa Vilas Boas
Email: raissaluanavb@hotmail.com



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