The Name Is Stella Stilinski. escrita por buckyonce


Capítulo 4
IV - Date.


Notas iniciais do capítulo

Três.
TRÊS.
T - R - Ê - S.
Sim, eu consegui três recomendações em três capítulos de fic! UAU!
Galera, abraço super especial á minha linda Banshee (obrigada mozão :3) e á Rafaela Mikaelson (thanks!) pelas mais novas delicinhas que eu visualizei na página principal da fic. Esse capítulo é totalmente especial pra vocês, garotas!
Também quero agradecer á quem favoritou e está acompanhando. Vocês são uns amores, sabiam?
Espero que gostem! Enjoy!



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Acordar ás seis da manhã em um sábado não é recomendável para ninguém.

Abri os olhos bem devagar, acostumando minha visão com a claridade, e dei de cara com meu pai na porta.

–- AI MEU DEUS! – Pulei da cama em um salto e ele arqueou uma sobrancelha. – Qual é a de todo mundo querendo me assustar, hein? Primeiro o Scott, depois o Derek e agora...

–- Derek esteve aqui? – Foi a primeira coisa que meu pai me disse. Ok, então nada de “bom dia, filha!”. Começamos com o bom e velho interrogatório familiar.

–- Que Derek? – Decidi me fazer de burro, quem sabe colava. Ele suspirou e sentou-se na ponta de minha cama. É, eu tentei.

–- Stella, eu sei que você e Derek estão namorando e eu estou sendo bem liberal até agora, mas eu não posso tolerar visitas dele na minha casa...

–- Espera aí, pai! – Interrompi-o e ele, surpreendentemente, se calou. – Acha que... Não! Pai! Eu e o Derek... Não, que nojo!

–- O que disse?

–- O senhor realmente achou que eu tinha feito sexo com ele aqui? Na minha casa? Não, isso é nojento! – Dei uma leve tremida para causar drama e sua postura relaxou.

–- Ah... Então... Não preciso ter “a conversa” com você, certo?

–- Definitivamente, não.

–- Tudo bem. – Ele levantou-se e espreguiçou-se, dando um tapinha na minha perna descoberta. – Levante-se. Tem ovos e bacon feitos, é bom comer agora porque hoje é dia de faxina.

Ele saiu e eu não evitei o grunhido que escapou de meus lábios enquanto eu caía de volta no colchão e jogava meu cobertor por cima da minha cabeça, desejando mentalmente ir para outra dimensão.

*

Com o som ligado ao máximo, um short curtinho que eu não tinha ideia de onde ele vinha e uma camisa antiga do Batman, eu já estava pronto para a faxina. Magicamente, meu pai recebeu um chamado da delegacia e ele teve que ir cobrir o turno de um “amigo doente”.

–- Tá bom, pai. Já entendi. O senhor não vai participar da faxina, que novidade. – Revirei os olhos no final e fiz um gesto com a mão e ele deu o último retoque no uniforme, arrumando a jaqueta. – Pode, pelo menos, comer algo saudável no almoço? Ouvi dizer que Beth irá fazer um ótimo tofu hoje, no restaurante dela.

Sorri com a careta que ele fez ao mencionar “tofu”. Ele detestava isso. Até eu detestava.

–- Hoje é sábado e eu sou seu pai. Ou seja, hambúrguer e fritas para o almoço.

Ah, então era assim? Será que ele não sabia que eu era o rei da psicologia inversa?

–- Tanto faz. Eu vou fazer Parrish ficar de olho em você.

–- Parrish é meu subordinado.

–- Aposto que consigo mandar mais nele do que você. – Ele parou com a mão na maçaneta e semicerrou os olhos. – Acho que sabe do que estou falando.

–- Sei, e estou fazendo muita força para não pensar nisso. – Ele suspirou e abriu a porta. – Faça suas lições, arrume a casa e... Fique longe de Parrish. – Ele acrescentou, saindo em seguida.

É, não deu certo. Bufei e joguei a bolinha de papel com a qual brincava há alguns minutos no lixo. Hora de trabalhar.

*

Se tem uma coisa que eu não suporto é que me interrompam quando estou trabalhando, ou estudando, ou qualquer coisa. Meu pai já passou por maus bocados por causa de sua mania de não bater na minha porta antes de abrir. Por isso, fiz minha melhor cara de desagrado quando fui abrir a porta para quem quer que estivesse batendo.

–- Que é... Derek?

O lobisomem deu um sorriso tímido demais para ele e passou as mãos no cabelo, molhado por causa da chuva fina que caía.

–- Oi. Posso entrar?

Eu estava hipnotizado demais pela imagem de Derek Hale molhado na porta da minha casa para dizer algo coerente, então apenas assenti com a cabeça – eu sou um atentado á lerdeza, sério – e dei espaço para ele passar por mim. Ele retirou a jaqueta de couro assim que entrou e eu fechei a porta, atrás dele.

–- O que está fazendo aqui? – Perguntei, minha voz fina demais para o meu gosto. Uma das vantagens de ser mulher: Sua voz pode ficar mais fina e ninguém nota, porque ela já é mais fina por natureza.

–- Vim te vigiar, ué. – Ele respondeu, como se eu tivesse perguntado apenas como o tempo estava. Observei-o andar até a cozinha e sentar-se em uma das cadeiras da mesa, sua postura demonstrando total relaxamento, como se estivesse acostumado com o ambiente. Balancei a cabeça para afugentar tal pensamento e pigarreei, indo até a geladeira para pegar um copo d’água.

–- Por quê veio me vigiar?

–- Porque me pediu isso ontem, esqueceu?

–- Não. Mas, que eu me lembre, eu pedi que me vigiasse como lobo. E eu não estou vendo um ser imenso e peludo de quatro patas na minha cozinha, apenas um idiota com duas.

Ele rosnou e eu mordi o lábio inferior para conter a risada que eu sabia que iria soltar. Era tão fácil irritar Derek. Apenas uma piadinha e pronto, o lobo azedo aparecia. Peguei o copo ao lado da geladeira e enchi-o de água, bebendo em seguida. Ele me observava do mesmo lugar desde o momento em que entrei na cozinha, seus olhos nunca deixando os meus nem por um segundo.

Pigarreei mais uma vez – ai, como eu pigarrear – e ele fez o mesmo.

–- O que está fazendo? – Ele perguntou e varreu os olhos pelo local, parando na vassoura jogada no chão da sala.

–- Estou aprendendo á fazer macarronada no chão sujo. O que pensa que estou fazendo com essa vassoura? Voando por aí feito uma bruxa? – Retruquei e ele bufou, passando a mão esquerda no rosto. – Bom, se já sabe o que estou fazendo aqui, por que não aproveita e vai á...

–- Eu vim te fazer um convite. – Ele soltou e eu parei com meus olhos esbugalhando á medida que eu tentava engolir o que ele me disse. – Eu sei que pediu um tempo e, acredite, eu te entendo. Se eu estivesse no seu lugar, provavelmente eu estaria mais paranoico do que o normal. Mas... Eu sei que você, sendo Stella ou Stiles, gosta de mim. E eu quero aproveitar e tentar te fazer ver o quanto pode ser feliz comigo, caso algo aconteça e isso não possa ser reversível.

Pisquei e ele já estava á minha frente, como ontem á noite. Suas mãos estavam dos lados do meu rosto, seus dedões acariciando minhas bochechas. Fechei os olhos e movi minha cabeça na direção de seu toque, sem pensar. Quando abri-os de novo, minhas mãos estavam enroscadas na base de sua camisa e ele se curvou para me dar um selinho casto nos meus lábios entreabertos.

Não fora um beijo de verdade, apenas um pequeno contato de lábios que durou meros segundos, mas que fez minha cabeça tontear e minhas pernas bambearem com o toque mínimo. Quando ele se separou e eu abri meus olhos pela segunda vez – nem havia notado que tinha os fechado de novo –, ele deu um sorriso e eu percebi o meu rosto se alargando em um também, tão grande quanto o dele.

–- Hoje á tarde, cinco horas. Eu venho te buscar no Camaro. – Assenti e ele me deu mais um selinho, se afastando para ir até a porta quando me lembrei de algo e agarrei a manga de sua camisa antes que saísse.

–- Espera.

–- O que foi?

–- Eu... Não sei o que vestir.

*

Lydia e Allison chegaram antes mesmo que eu desligasse o telefone e o pusesse no gancho. Elas disseram que estavam passando na rua e, quando receberam minha ligação, estavam passando justamente na porta de minha casa. Coincidência? Acho que não.

–- Eu não acredito que você namora Derek Hale e não tem um único vestido bonito o suficiente para vestir. Quem é você? A mulher das cavernas? – Lydia mexia nas roupas em meu closet enquanto falava. Allison estava em uma missão impossível, tentando arrumar o que eu chamava de cabelo.

–- Ai! Allison! – Reclamei e fiz um bico. Ela revirou os olhos e jogou o pente na cama, se jogando do mesmo jeito depois.

–- Desisto. Seu cabelo é grande e volumoso demais e ele está muito embaraçado. Você o penteou de ontem para hoje?

–- E eu lá sabia que precisava pentear cabelo todo dia. Eu sou um cara e tenho cabelo curto. O máximo que faço é passar gel ou lavar o cabelo de dois em dois dias.

Ela bufou e levantou da cama, indo até Lydia que estava “em busca do vestido perdido”, como ela mesma havia intitulado. Ouvi um bipe vindo do meu notebook e sorri ao ver a notificação. Era Scott e ele me chamava no Skype.

–- Oi. – A cara de cachorrinho de Scott enchia a tela e eu ri ao ver que ele me chamava do celular.

–- Oi, cara. Tá fazendo o que me ligando á essa hora? – Perguntei e estiquei meu braço embaixo da mesa para pegar um pacote de fritas que estava lá. Parece que Stella e eu temos mais em comum do que eu achava.

–- Eu soube que sequestrou minha namorada. É verdade?

–- Eu não a sequestrei. Ela apenas veio aqui por livre e espontânea pressão. – Dei de ombros e ele sorriu, movimentando um pouco com a câmera e eu pude ver nuvens escuras. – Onde está?

–- Hã... Eu acabei de chegar na esquina da sua rua. Se importa de deixar a porta já aberta para mim? A chuva voltou e está um pouco mais forte.

Assenti e ele mandou um tchau, desconectando. Levantei-me da cadeira e avisei que ia abrir a porta para Scott, mas nem foi preciso explicar muito, porque Allison fez um gesto com a mão e indicou o celular, me dizendo que já tinha falado com ele.

Desci as escadas e destranquei a porta. Dei uma olhada na cozinha e me lembrei dos ovos com bacon que meu pai havia feito e que estavam no micro-ondas. Abri a porta do mesmo e tirei as três tiras de bacon do prato, já pondo uma em minha boca enquanto subia de volta ao meu quarto. Assim que pus os pés no corredor, um grito de Lydia me fez correr e eu quase escorreguei no linóleo, mas tudo bem.

–- O que houve? – Perguntei, sem fôlego e com a boca cheia. Que cena linda de se ver.

–- EU ACHEI! – Ela gritou, de novo, e deu pulinhos com a peça de roupa em mãos. – EU MEREÇO UM PRÊMIO, MEU DEUS!

–- Do que ela está falando? – Cochichei para Allison e ela deu um sorrisinho.

–- Ela achou o vestido, Stella.

–- SIM, EU ACHEI! E ELE É PER-FEI-TO! – Ela exclamou e o estendeu na minha direção. O vestido era simples. Azul, com desenhos de pequenas flores espalhadas no tecido. Ele tinha alguns babados no final e havia uma espécie de bojo – eu sei o que é um bojo, problema? – na parte dos seios. Simples e prático, perfeito para qualquer ocasião. – Gostou?

Segurei as alças fininhas do vestido e o pus na frente do meu corpo. Eu não fazia ideia que tinha um vestido assim, então provavelmente era da minha mãe e a ideia de vestir algo que pertencia á minha mãe fez minhas bochechas corarem e meus olhos ficarem molhados, porém engoli o choro e, com muito esforço, consegui sorrir para elas.

–- É perfeito, Lydia.

*

Ainda demorou umas duas horas, mas as meninas foram embora e eu estava apresentável o suficiente, esparramado no sofá da sala. Minhas sapatilhas estavam ao pé do sofá – eu não era obrigado á usá-las enquanto estava deitado, muito menos sujar meu sofá que eu limpei com tanto gosto hoje – e eu havia desamarrado meu cabelo, fazendo com que caísse solto no braço do sofá.

A campainha tocou e eu me desesperei, tentando calçar as sapatilhas enquanto amarrava meu cabelo, o que resultou num belo tombo de cara no chão. Xinguei e, ainda no chão, ajeitei o cabelo e as sapatilhas, levantando em seguida e arrumando o vestido. Suspirei e ainda me olhei, por um segundo, no espelho perto da porta antes de abri-la.

Ele estava... Argh, lindo como sempre. Aquele homem não conseguiria ser feio nem se estivesse todo rasgado e com sangue por todo canto e, acredite, eu sei isso por experiência própria. Ele usava a jaqueta de couro – o que seria de Derek Hale sem sua paixão platônica, a jaqueta? – e, por baixo dela, havia uma camisa de uma cor que eu nunca tinha visto ele usar: branco. Ele usava jeans e botas e trazia nas mãos – o motivo de meu futuro infarto – um buquê de flores. Eram orquídeas. Mas como ele sabia que eram... Ah, é. Valeu, Stella.

–- Oi. – Falei primeiro e ele sorriu, meneando a cabeça. Fiz sinal para entrar e ele assim o fez. Quando ele fez menção de tirar a jaqueta, nos entreolhamos e sorrimos, nos lembrando do momento já passado hoje de manhã.

–- Você está linda. – Ele falou e eu tinha 99,9% de certeza de que estava corando, nesse momento. Pus a mão em meu rosto e senti um calor nas bochechas, confirmando minhas suspeitas.

–- Obrigado.

–- Podemos ir? – Ele perguntou e eu assenti. Quando já estávamos há meio caminho até o carro, ele parou e eu parei junto. – Você avisou seu pai?

–- Sim. E ele mandou te avisar que tem uma arma e não tem medo de usá-la contra você, já que ele pode arranjar balas com wolfsbane com Chris Argent. Palavras exatas dele.

–- Ele falou a mesma coisa no nosso primeiro encontro. Mas eu estava presente e a arma estava no colo dele. – Ele riu no final e abriu a porta do carro pra mim. Sentei-me e pus o cinto enquanto ele rodeava o carro e entrava, pondo o cinto em seguida. O carro foi ligado e, em instantes, já estávamos de saída.

–- Como foi nosso primeiro encontro? – Perguntei e notei que tinha sido a coisa errada á fazer, porque eu vi os nós de seus dedos esbranquiçarem, apertando o volante, mas ele relaxou e respirou fundo. – Me desculpe, eu só...

–- Não, eu... Não tem problema. Nosso primeiro encontro foi um piquenique, na verdade. Eu te levei para a reserva e nós armamos o local embaixo de uma árvore enorme. Era fim de tarde e tinha uma brisa boa no ar. Eu levei os lanches e você não comeu nenhum, exceto um balde cheio de batata frita. Ficamos até bem tarde da noite e você ficou preocupada com o horário, mas eu já tinha combinado com seu pai que iria te levar um pouco mais atrasada.

Ele parou o carro e descemos do mesmo, adentrando a reserva. Ele segurou minha mão e eu voltei meu olhar á ele.

–- Sente falta disso?

–- Se eu dissesse que não, estaria sendo hipócrita. Mas acho que já tendo a ideia de que você gosta de mim, mas não como a minha Stella, me reconforta um pouco. Eu ficaria bem pior se você não sentisse nada por mim.

–- É claro que eu sinto algo por você. – Soltei, sem pensar, e ele sorriu e apertou minha mão. – Por que não sentiria?

–- Porque você não é a minha Stella. Mas, como eu havia dito antes, sendo Stiles ou Stella, eu não ligo. Eu só preciso ter você perto de mim.

Estava prestes á falar algo quando ele veio por trás de mim e tapou meus olhos com suas mãos.

–- Derek!

–- Vai estragar a surpresa se não estiver de olhos fechados.

–- Eu fecharia se me pedisse.

–- Você faria?

–- Não. Mas seria legal ver você tentar.

Quase pude ouvir seu revirar de olhos e sorri com isso. Caminhamos mais um pouco e ele me parou.

–- Pronta?

–- Depende. Eu vou gostar ou não? Porque, se eu não gostar...

–- Stella, apenas abra seus olhos!

Era um piquenique. Exatamente como o que ele havia acabado de me dizer. Havia até um balde de batatas fritas. Ele ficou na minha frente e eu pude ver que sorria.

–- Você é um amor, sabia?

–- Pensei que fosse um lobo azedo.

–- Você é um lobo azedo. Para o resto. Para mim, você é um lobo amoroso.

Ele sorriu e estendeu a mão.

–- Pronta? – Ele perguntou de novo e, dessa vez, eu já tinha uma resposta certa.

–- Sempre.


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Notas finais do capítulo

ISSO FICOU MUITO LINDO, MEU DEUS!
Gente, até a autora fica besta com o que escreve.
Awm, que lindinhos!
Sério, eles são per-fei-tos, como diria nossa amada Queen Lydia.
Espero que tenham gostado!
Críticas ou elogios, podem falar por coments ou no meu twitter: @baddiewolfie
Amo vocês! Bjos! :3